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da Avenida Ipiranga para a Avenida São Luiz Base, meio e coroamento e também pequenos corpos laterais de arremate com a seqüência das edificações

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KEYWORDS: FORM, MEMORY, PROCESS.

Viadutos 95 da Avenida Ipiranga para a Avenida São Luiz Base, meio e coroamento e também pequenos corpos laterais de arremate com a seqüência das edificações

lindeiras.

(13) Edifício Montreal / arquiteto Oscar Niemeyer – foto do autor 2009

O edifício Montreal como parte de uma unidade maior, o quarteirão, pela exclusão do brise horizontal em um andar estabelecendo assim uma linha comum de integração da sequência de edifícios alinhados ao longo da nova Avenida Ipiranga.

(14) Edifício Viadutos / arquiteto Artacho Jurado / 1953 / foto do autor 2010

No Centro Novo novas ruas são abertas como por exemplo a Martins Fontes, a Rua Marconi junto à nova Praça D. José Gaspar e a extensão na nova Avenida Ipiranga até a Rua da Consolação, onde no fundo dessa

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O Viadutos a hora que você chega lá e vê aquele predião e tal na frente é uma referência urbana fantástica! Se tivesse um pouco mais de inteligência do pessoal que faz publicidade na cidade, teria que tirar fotografia daquela avenida com aquele prédio lá e daria uma referência muito mais...é de cartão postal, etc. Então, eu, acho isso, toda cidade tem isso. Toda cidade que tem um certo caráter, tem referências desse tipo.

Entrevista de Gian Carlo Gasperini Apud Ruy Eduardo Debs Franco - A obra de João Artacho Jurado – Dissertação de Mestrado. Orientador Gilda Collet Bruna UPM 2004.

perspectiva também lá está a Igreja da Consolação. Na perspectiva da nova Rua Martins Fontes se coloca a Biblioteca Mário de Andrade.

(15) Biblioteca Mário de Andrade / arquiteto Jacques Pillon / 1935 / foto do autor 2010

Duas esquinas confrontadas repetindo os mesmos elementos compositivos enfatizam a sequência dos espaços da Praça D. José Gaspar organizada ao longo de um eixo que começa na Avenida São Luiz que em sucessivas reduções em sua largura, é arrematado em sua terminação por esta entrada perfeitamente definida para o eixo da Rua Marconi.

(16) Esquinas / à esquerda (final da década de 30) – Escritório Técnico Ramos de

Azevedo, Severo Vilares & Cia. Ltda – Engenheiros Arquitetos Construtores / à direita Richter & Lotufo Ltda Construtores / foto do autor 1994

Ainda junto à Praça D. José Gaspar o Conjunto Metropolitano (17) dos arquitetos Salvador Candia e Giancarlo Gasperini (1960) que como galeria comercial dá seqüência à nova Rua Basílio da Gama que se desenvolve da Avenida Ipiranga, onde se localiza o Edifício Ester (18) dos arquitetos Álvaro Vital Brasil e Adhemar Marinho (1935), até essa praça.

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O edifício Estado de São Paulo insere-se em fachada curva desenhada a partir de um centro definido pela convergência de ruas. A volumetria do Edifício é composta, como tantos outros da área central, por elementos de base, meio e coroamento. A repetição desses mesmos elementos junto à sequência da quadra no alinhamento da Rua Martins Fontes reproduz na mesma escala os edifícios dessa sequência. Na torre, o elemento do meio, transfere para a altura maior a escala do restante da quadra. Para a Rua Major Quedinho, há também a compatibilização de alturas, com a mesma redução para os edifícios da sequência da quadra para este lado. Sintaxe compositiva de uma volumetria a partir dos elementos preexistentes no lugar: A construção das cidades segundo seus princípios artísticos.96

Em resumo dessa análise-diagnóstico conclui-se: Assim como a Igreja da

Consolação é um marco referencial para o desenvolvimento do Bairro Vila Buarque, o Largo Santa Cecília com sua igreja é outro marco arquitetônico formalmente referenciada ao tecido urbano que se desenvolve em Campos Elíseos onde precariamente se conecta. O conjunto de quadras em leque atrás do Largo do Arouche, ponto final do importante Corredor Sé-Arouche, isolado desse eixo não se desenvolveu à altura da reconstrução do Centro da Cidade a partir do Plano de Avenidas; sua sequência histórica até o Triângulo está interrompida no Vale do Anhangabaú pelo próprio caráter assumido pelo Sistema “Y”; sua sequência envoltória pelo bairro Vila Buarque logo acaba na Rua da Consolação e

evidentemente não vence o primeiro obstáculo que daí para frente se coloca, o vale do Rio Saracura com a Avenida Nove de Julho; já desnivelado em

desenvolvimento com relação à renovação do Centro, é percorrido pelo elevado de via expressa que acentua sua decadência. Por outro lado se apresenta, a partir da própria posição que ocupa, em hipótese, como um importante potencial de

segmento na articulação entre esses tecidos envoltórios da área central da cidade, Vila Buarque e Campos Elíseos.

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LARGO SANTA CECÍLIA E CENTRO SÃO PAULO – NOVAS RELAÇÕES

No Esquema Teórico do Plano de Avenidas está explícito o esquema da cidade moderna, evidentemente desenvolvido a partir da cidade colonial. Radiais, as estradas coloniais, de um centro, a cidade colonial, de uma urbanização que se estende até as periferias; um ponto central, o Marco Zero na Praça da Sé para onde convergem todas as estradas coloniais-ruas da cidade moderna e perimetrais que ampliam o sentido dos eixos envoltórios já presentes no Triângulo, marca principal do Plano conforme representado no Esquema Teórico. (ver fig. 17). A criação dessas novas redes de comunicações, principalmente a envoltória mais

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Referência ao livro de Camillo Sitte A construção das cidades segundo seus princípios artísticos / Editora Ática S.A./ São Paulo 1992

exterior do Plano de Avenidas, fez com que os fluxos do interior para o litoral, uma escala continental, evidentemente não chegam mais à Praça da Sé, como

originalmente pela rede de estradas analisadas que constituem os elementos primários da rede viária de organização da cidade.

Antes da construção da envoltória mais exterior do Plano de Avenidas, o hoje Mini Anel Viário Metropolitano, as adaptações dessa rede colonial para atender esses deslocamentos à grandes distâncias foi a desastrosa adaptação da Segunda

Envoltória e sua seqüência para o sul sobre o Rio Tamanduateí como vias expressas de transposição do Centro no sentido oeste-leste e também sul, desarticulando tecidos urbanos já francamente desassociados97. Essa Segunda Envoltória até hoje continua inconclusa no sentido local de envoltória central. Também o grande Corredor Norte-Sul, subvertendo o caráter de avenida central que aí já francamente se apresentava.

Do início deste texto: Na especificidade dessas estruturas centrais, o truncado, o inacabado e o descontínuo abrem possibilidades de recompor e complementar sequências de espaços públicos, articuladas às grandes estruturas centrais, estas também a recompor e complementar.

No sentido local, relacionado especificamente ao Largo Santa Cecília, se coloca evidentemente a necessidade de novas articulações98 locais nessas áreas centrais

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A extensão mais necessitada ao nosso ver, é o setor sul, entre a Vila Buarque e a Moóca, por duas razões: - a) É a direção que, contrariada pelas pregas do terreno (os vales secundários que descem do espigão divisor do Pinheiros com o Tietê), dificulta os trajetos Leste-Oeste e obriga-os a procurarem a parte baixa da cidade, mais plana, ou então o centro, naturalmente mais beneficiado por obras de acesso e passagem.

Comissão do Metropolitano / MAIA, Francisco Prestes (Presidente da Comissão e Relator) – Ante- Projeto de um Sistema de Transporte Rápido / Prefeitura do Município de São Paulo / p144 / 1956 98

A crescente atitude crítica sobre esse enfoque meramente funcionalista das infra-estruturas e do espaço público em geral, foi simultaneamente acompanhada de uma constatação da incapacidade dos mecanismos de zonificação como instrumentos de intervenção urbana. E, depois de quase duas décadas de buscas (por procedimentos de tentativa e erro) de uma prática urbanística alternativa, pode se dizer que se consolidou um novo corpo teórico e prático de intervenção sobre a cidade. Teoria e prática que relegam às normas e ao plano regulador seu exato papel de controle dos processos de edificação e parcelamento, que por sua própria essência funcionam como um gotejamento permanente e disperso sobre o tecido urbano. Teoria e prática que por sua vez priorizam como instrumento de intervenção as ações concretas de articulação urbana, de geração de centralidade, de aposta direta no valor de determinados espaços da cidade que podem atrair inversão e riqueza social, e por sua vez irradiar urbanidade e renda a seu entorno direto e ao resto da cidade.

VALLEJO, Manuel Herce – Proyectos de infraestructuras y ordenación urbana – Texto Curso AUH 842 FAUUSP 1999 / trad. J. P. de Bem

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