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As bibliotecárias dirigentes de bibliotecas públicas catarinenses e seus ambientes de trabalho

4 RESULTADOS OBTIDOS

4.2 As bibliotecárias dirigentes de bibliotecas públicas catarinenses e seus ambientes de trabalho

Como no caso da enfermagem, por exemplo, mesmo que não utilizássemos informações de estudos desenvolvidos sobre o assunto, a partir de nossa vivência, poderíamos associar a profissão bibliotecária com as mulheres, pelos desenhos animados e filmes que já assistimos desde quando éramos crianças, pelo contato pessoal em bibliotecas que frequentamos, pelas representações em livros, tirinhas, gibis etc. As mulheres estão muito presentes nesses espaços de atuação, ainda que possamos perceber nos últimos tempos algumas mudanças.

Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a partir dos séculos XVIII e XIX, há uma preocupação social com suas escolhas, porque são elas as responsáveis por cuidar dos filhos, marido, casa, doentes - o sistema capitalista tratou de inseri-las em profissões alinhadas com tais atividades (FERREIRA, 2003).

Já houve menção nesta tese a Melvil Dewey, precursor na educação bibliotecária, com o curso estabelecido na Universidade de Columbia, Estados Unidos. Giacometti e Velloso (1987) relatam que dos vinte alunos matriculados neste curso, dezessete eram do sexo feminino e destacam que Dewey, como bibliotecário, foi um dos primeiros a contratar mulheres para atuar nesta função nos Estados Unidos. Adelpha Figueiredo, também já mencionada neste texto, participou deste curso, pioneira quando o assunto é entrada de mulheres nos Cursos de Biblioteconomia. Importante destacar também que, a

institucionalização destes cursos no Brasil e a proliferação da procura feminina coincidem pela facilidade de ingresso em virtude de serem oferecidos no período matutino, terem um tempo reduzido e recomendados para “moças de boa família”. (FERREIRA, 2003, p. 196)

As razões para a associação da biblioteconomia com as mulheres não se encerram com as explicações anteriores e também não são objeto deste estudo. Entretanto, as entrevistadas nesta Tese, em sua totalidade, representam um grupo feminino (ainda que este não fosse um critério anteriormente determinado para escolha dos participantes).

O grupo respondente foi constituído por dezoito profissionais, atuantes nas bibliotecas públicas catarinenses e principais responsáveis por essas bibliotecas. Todas possuem formação universitária em Biblioteconomia concluída e registro em Conselho (no caso o Conselho Regional de Biblioteconomia). Estão expostas no quadro a seguir informações de dezessete respondentes ao questionário, instrumento responsável pelos dados pertinentes às características, informações pessoais e profissionais destas entrevistadas e que irão se relacionar com as informações da primeira pergunta da entrevista, alocadas para esta parte do texto.

Quadro 3: Informações pessoais e profissionais dos participantes da pesquisa resultantes do questionário

Questões do questionário Informações obtidas

Idade 21 a 25 – 1 (23 anos)* 26 a 30 – 1 31 a 35 – 2 36 a 40 – 2 41 a 45 - 3 46 a 50 – 1 51 a 55 – 4 56 a 60 – 1 61 a 65 – 1 (63 anos)* Não informou – 1 * abrangência Sexo Feminino – 17 Masculino – 0

Estado civil Casada – 9

Solteira - 6 Divorciada – 2

Questões do questionário Informações obtidas Cidade e Estado de nascimento Florianópolis, SC – 3 Grande Florianópolis – 4 Vale do Itajaí - 2 Sul Catarinense – 2 Oeste Catarinense - 1 Serrana - 3

Interior do Rio Grande do Sul - 1 Interior de São Paulo - 1

Universidade em que se graduou em Biblioteconomia UFSC – 8 UDESC – 7 Fora do Estado de SC – 2 Ano de conclusão do curso

de Biblioteconomia 1976 a 1980 – 1 (1978)* 1981 a 1985 – 2 1986 a 1990 – 2 1991- 1995 – 2 1996- 2000 – 2 2001- 2005 – 3 2006-2010 – 3 2011 – 2015 – 1 (2015)* Não informou – 1 * abrangência Outros cursos de

Graduação e local do curso

Administração Pública (UDESC), Curso não informado na Univali, “Artes Práticas” (UDESC), Ciências Biológicas (UFSC), Sociologia (UNIDAVI).

Questões do questionário Informações obtidas

Cursos de Pós-Graduação Gestão de Bibliotecas, UDESC (concluído) – 1

Gestão de Bibliotecas Escolares, UFSC (concluído) – 2

Gestão de Bibliotecas Escolares, não informado (concluído) – 1 Mestrado em Planejamento e Administração de Bibliotecas e Sistemas de Informação, PUCCAMP (concluído) – 1

Doutorado em Ciência da Informação, UFSC (em andamento) – 1

Especialização Metodologia do Ensino, Unisul (concluído) – 1 Mestrado em Administração, UFSC (concluído) – 1

Especialização Metodologia científica e Bibliotecas Públicas e Escolares, não informado (concluídos) – 1

Não realizou – 8 Ocupações ou profissões

antes de atuar como bibliotecário

Assistente administrativo (2), finanças, telefonista, professora de ensino primário (2), secretária (5), técnica em edificações, digitadora em um Banco, auxiliar de biblioteca (2), gerente de projetos, professora (2), atendente no comércio, bancária, atendente em banca de

jornal, atendente em

supermercado, escriturária, balconista

Ano em que começou a atuar profissionalmente como bibliotecário 1979 (1), 1982 (1), 1986 (1), 1987 (1), 1990 (1), 2000 (1), 2002 (2), 2003 (1), 2005 (1), 2009 (1), 2011 (1), 2012 (1), 2014 (1), 2015 (1), não informado (1).

Questões do questionário Informações obtidas Ano em que começou a

atuar profissionalmente como bibliotecário na biblioteca pública em questão 1980 (1), 1986 (1), 1990 (1), 2003 (3), 2006 (1), 2007 (1), 2010 (1), 2011 (3), 2012 (2), 2014 (1), 2015 (1).

* nove dos respondentes assumiram o cargo na biblioteca pública em questão no mesmo ano, ou no seguinte ao ano que começaram a atuar como bibliotecários.

Antes, atuação em outra biblioteca pública

Sim – 3 Não – 14 Forma de ingresso na

biblioteca pública que atua

Concurso público – 15

Indicação política (cargo comissionado) - 1

Readaptação – 1 Hora de trabalho semanal 40h – 9

20h - 1 30 h – 7

Período de trabalho Matutino – 4 Vespertino – 4

Matutino, vespertino – 5 Variado - 2

Não informado – 2 Se já havia exercido cargo

de coordenação ou chefia antes da biblioteca pública

Sim – 6 (3anos – 2 respondentes -, 5 anos, 12 anos, 8 anos, 30 anos) Não – 11

Questões do questionário Informações obtidas Atividades que mais

ocupam seu tempo na biblioteca pública

Processamento técnico – 10 Atendimento ao usuário – 6 Planejamento – 3

Gestão de recursos humanos – 3 Catalogação – 2 Funções administrativas – 2 Projetos – 2 Pesquisa bibliográfica – 1 Contação de história – 1 Atividades culturais – 1 Feira do Livro – 1 Descarte – 1 Participação em comissões colegiadas – 1 Gestão da infraestrutura - 1

Articulação com gestores públicos – 1

Seleção de acervo – 1 Organização do acervo – 1 Higienização do acervo – 1 Empréstimo – 1

Questões do questionário Informações obtidas Atividades que julga mais

importantes na biblioteca pública

Atendimento ao usuário – 12 Processamento técnico – 5

Atividades culturais (contação de história, premiações, feiras) – 2 Contação de história – 2 Inovação e atualização – 1 Dinamização do ambiente – 1 Acolhimento do público alvo – 1 Relacionamento com a população - 1

Iniciação ao hábito da leitura – 1 Organização do espaço – 1

Organização de produtos e serviços – 1

Pesquisa – 1 Projetos sociais – 1

Marketing, divulgação da biblioteca - 1

Interação com os pares – 1 Aperfeiçoamento continuado – 1 Gestão de sustentabilidade baseada na necessidade dos usuários – 1

Seleção do acervo – 1 Aquisição de acervo – 1

Distribuição de “mimos” (datas festivas) – 1

Decoração de datas festivas – 1 Exposições – 1

Outra ocupação profissional Sim – 2 (professora universitária e doceira) Não – 15 Participação em entidades profissionais (associações) ou órgãos de categoria (conselho) Sim – 2 Não – 15

Viagem de estudo e estágio em bibliotecas públicas no exterior

Sim – 0 Não – 17

No que se refere à faixa etária, esse grupo representa cinco gerações diferentes – desde os 23 aos 63 anos - não havendo nenhuma predominância significativa de alguma das décadas dentro da abrangência etária mencionada, ou seja, é um grupo diversificado em relação à idade. Não somente em relação à idade como é possível observar.

Mais da metade (dez ao todo) das entrevistadas não são da Região da Grande Florianópolis - que compreende as cidades que estão no entorno da capital do Estado catarinense - e duas são do interior de outros estados. Somente três são da capital, Florianópolis. Ao discorrer sobre suas vivências alguns destacam dificuldades pontuais, em virtude de morar no interior, distante da capital, sofrendo com a falta de acesso a serviços, de terem que se deslocar de cidade ou ir para colégios internos para ter acesso à educação.

O grupo relata a vivência com seus familiares e pessoas próximas e sua relação com a leitura:

[...] o meu pai [...], [...] lia muito jornal, [...] não consegui desenvolver esse gosto [...] acho necessário, olho notícias [...], a mãe [...], [...] sempre foi de ler a noite, sempre contou história, [...], adora ler, [...] a gente sempre via ela lendo, até hoje [...], [...] a gente [...] foi instigado [...] a ter um olhar reflexivo, ativo, sempre questionando, [...] fui a criança dos por quês e os meus por quês foram sendo respondidos pela minha família [...]. [...] Nasci num ambiente [...] familiar [...] receptivo a essa questão [...] de leitura [...] imaginário [...], [...] eu sempre gostei muito de ler [...], [...] meu irmão mais velho colecionava gibis, [...] o irmão mais velho ajudava a alfabetização do irmão mais novo, [...] antes mesmo da gente ir pra alfabetização a gente já sabia um pouco ler [...], [...] tinha muitos livros [...], [...] quando não tinha livro pra ler eu lia dicionário, pra aprender palavras novas [...]. [...] Minha vó [...] contava muitas histórias pra gente, [...] meu avô, materno [...]. [...] Quando a gente ficava doente, eu tinha uma vizinha, [...] ela levava [...] livrinhos bem pequeninhos, [...], [...] também dava livro pra nós, o da escola. [...]

As condições de desenvolvimento das entrevistadas evidenciaram uma diversidade. Em dados de entrevista há relatos de um ambiente familiar com influência das religiões cristãs, católica e evangélica. Algumas revelaram ter pais com baixo grau de escolaridade, família grande, dificuldade financeira e há também quem discorra acerca de outras condições, com

pais que tiveram oportunidade de concluir um curso universitário, atuantes na educação dos filhos.

O grupo também se manifestou a respeito da sua vivência cultural:

[...] O contato que eu tive com a arte era a arte popular, [...] boi de mamão que passava pela rua, as Festas do Divino, [...] tudo tinha um significado muito grande para minha família e para a comunidade que eu morava. [...] Não tinha muito acesso a teatro, só mesmo na escola [...], [...] ao circo eu lembro de ter ido várias vezes, mas museu, uma apresentação musical, isso não. [...] Eu fiz balé, [...] música, na escola de música [...]. [...]Sempre tive inscrição em biblioteca pública [...], [...] passei um longo período da minha vida dentro da biblioteca, [...], a moça que estava na biblioteca era muito legal [...] não era bibliotecária [...] a gente ia lá pra conversar. Eu ia pra fazer os trabalhos da aula [...].

Os entrevistados estudaram em sua maioria em escola pública e há um relato sobre a dificuldade de ingressar em Universidade pública a partir desta realidade:

Pude [...] ver o quanto era excludente tu estar numa escola pública e [...] concorrer com pessoas para uma Universidade pública. [...]

Com relação ao ano de conclusão do curso de Biblioteconomia, ao ano em que começaram a atuar como bibliotecárias e ao ano que começaram a atuar na biblioteca pública, o período abrange também cinco décadas.

Os dados revelam que as entrevistadas passaram pelo processo de formação universitária e concluíram o curso, a primeira em 1978 e a última em 2015 - ao longo desse período, de maneira bem distribuída. Na UFSC se formaram oito, na UDESC sete e duas delas se formaram em Instituições de Ensino Superior fora do Estado de Santa Catarina.

Ao interagir com informações da primeira pergunta da entrevista, percebe-se que, a escolha por biblioteconomia se deu por diversos motivos: falta de opção, referência de parente, incentivo do padrasto que disse ser uma área em expansão que ganha muito bem, associação com a vocação para a leitura, para a organização.

Na fala de algumas das entrevistadas, o período de formação universitária representou um momento com situações difíceis. Há relatos de discriminação e sensação de exclusão no ambiente da Universidade, por ser estudante vinda do interior, ter

costumes e linguagem diferentes. Dificuldades também pela situação econômica como descrita a seguir

[...] eu trabalhava de manhã [...], comia aquilo disparado daí já me mandava [...], [...] no ônibus, [...] vinha dormindo cansada, daí chegava em casa fazia todo serviço, [...] ali pra meia noite em diante que eu começava a dar uma estudadinha, [...] até uma, uma e pouco e aí levantava cedo de novo [...].

Algumas destacam também situações vividas proporcionadas por ambientes como a universidade, como a experiência de viver em moradia estudantil e conviver com pessoas de regiões e cursos diferentes, compartilhando da mesma situação sócio econômica, a possibilidade de fazer estágio, sentir-se acolhida, ser impactada por alguns professores, ter a possibilidade de fazer questionamentos, apresentar trabalhos em outros Estados, participar de projetos como Projeto Rondon39 e ampliar sua visão de mundo.

Com relação ao ano em que começaram a atuar com bibliotecárias e iniciaram seus trabalhos nas bibliotecas públicas em que atuam, há maior expressividade de ocorrências a partir da década de 2000. Esse é um dado significativo. Segundo Fernandez e Machado (2015), a partir deste período houve uma série de investimentos realizados pelo MinC por meio do SNBP, junto aos Estados e Municípios que resultou na existência de mais bibliotecas do que qualquer outro equipamento cultural (museus, cinemas, teatros...) no país. Convergiram para esta situação duas metas do Plano Nacional de Cultura (PNC), a meta

39 Com ideia de levar a juventude universitária a conhecer a realidade brasileira e a participar do processo de desenvolvimento foi criado o Projeto Rondon, pelo Decreto nº 62.927, de 28 de junho de 1968. Em 1989 foi extinto e sua nova fase origina-se de uma proposta de reativação do projeto original encaminhada pela União Nacional dos Estudantes ao Exmo Sr Presidente da República em 2003. Diretrizes e orientações gerais foram consolidadas num plano estratégico aprovado pelo Presidente em 20 de agosto de 2004 com vistas à execução, em 2005, da primeira operação nacional desta nova fase do Projeto. As ações são norteadas pelo Comitê de Orientação e Supervisão do Projeto Rondon, criado por Decreto Presidencial de 14 de janeiro de 2005. (PROJETO RONDON. Nossa história. 2017. Disponível em http://www.projetorondon.defesa.gov.br/portal/index/pagina/id/9718/area/C /module/default>. Acesso em 12 jan 2017).

32 (100% dos municípios brasileiros com pelo menos uma biblioteca em atividade) e a meta 34 (prevê a modernização de 50% das bibliotecas públicas e museus) – as metas devem ser implementadas até o ano de 2020.

Outro ponto relevante com relação ao ano em que começaram a atuar profissionalmente na biblioteca pública em que se encontram: nove delas assumiram o cargo no mesmo ano, ou no seguinte ao ano que começaram a atuar como bibliotecários e a maioria, quatorze delas, não havia tido experiência anterior com biblioteca pública.

Cinco terminaram outros cursos de graduação, oito de pós-graduação e uma está com o curso de pós-graduação em andamento.

Entre as ocupações ou profissões desempenhadas pelas entrevistadas antes de atuarem como bibliotecárias figuram a de professor, técnica em edificações, atendentes em comércio e outras de contexto burocrático como assistente administrativo, secretária, bancária, digitadora em banco... Na entrevista, quando o profissional menciona sobre atividades que exerceu antes de ser bibliotecária, destacada que também trabalhou: [...] cuidando de criança, trabalhando em casa de família [...].

Atualmente, além das funções desempenhadas na biblioteca pública, duas das entrevistadas paralelamente trabalham como professora universitária e doceira.

Quinze das entrevistadas são concursadas, uma ingressou no cargo via indicação política e outra está na gestão da biblioteca na situação de readaptada. Nove delas trabalham em dois períodos, quarenta horas semanais e oito cumprem meio expediente, sete delas completando jornada de 30 horas e uma de 20 horas semanais. Nenhuma delas mencionou em questionário trabalhar no período noturno na biblioteca pública, mas este dado aparece no discurso da entrevistada 4 (ver Apêndice G). Provavelmente, atuava no período noturno sazonalmente, porque no questionário duas entrevistadas informaram que o período varia, é flexível.

Seis das entrevistadas já haviam assumido anteriormente cargo de coordenação ou chefia e outras onze o fazem pela primeira vez. Somente duas já tiveram participação ou participam em entidades profissionais (associações) ou órgãos de categoria (conselho) e nenhuma delas fez viagem de estudo e estágio em bibliotecas públicas no exterior.

No questionário, havia uma solicitação para que as entrevistadas registrassem as atividades bibliotecárias que mais ocupam seu tempo em sua rotina de trabalho e as que julgavam mais importantes na atuação em bibliotecas públicas. Várias atividades são listadas e podem ser observadas no quadro anterior, mas duas delas merecem destaque pois são as mais mencionadas e invertem de posição em cada colocação. Na primeira, dez entrevistadas citaram a atividade de processamento técnico como a atividade que mais consome tempo das bibliotecárias em sua rotina. O processamento inclui atividades relativas ao tratamento da informação (classificação, catalogação e indexação) que será disponibilizada e possibilitará a recuperação deste acervo pelos usuários. Duas ainda mencionaram a catalogação, uma de suas etapas. Em seguida aparece o atendimento ao usuário, com destaque de seis entrevistadas. Em outro ponto do questionário, quando perguntadas sobre quais atividades julgavam mais importantes em sua rotina, o atendimento ao usuário aparece citado doze e o processamento técnico, cinco vezes.

O atendimento é considerado mais importante, no entanto, o que consome mais tempo é o processamento técnico. Falta usuário para que se possa dedicar tempo ao atendimento nas bibliotecas públicas? Há grande quantidade de material (doado) e pessoas aguardando o processamento técnico desse acervo? O estudo não dará conta destas perguntas, entretanto, no que se refere à temática da exclusão configura um dado relevante diante de outras manifestações encontradas no DSC final e que serão comentadas nas interações com o DSC.

Cada uma destas atividades possui uma característica muito marcante em relação ao usuário. Se a atividade de atendimento ao usuário aproxima, a de processamento técnico afasta no sentido de ser uma atividade que o profissional, ainda que precise conhecer seu usuário (e isso pressupõe interação) para que possa executar o tratamento da informação da melhor forma, é uma atividade isolada, o bibliotecário executa sozinho ou interagindo com outros profissionais.

A seguir, está disposto o DSC final para que seja analisado posteriormente.