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SUMÁRIO

Item 9.10.2 determina que o DNIT realize estudo de viabilidade

4 EXEMPLOS SIGNIFICATIVOS

4.1.1 Blue Ridge Parkway

A Blue Ridge Parkway é classificada como All-American Road e tem como principais valores o natural, o cênico e o recreacional. Foi iniciada em 1935 e finalizada em 1983. Foi a primeira parkway do mundo como unidade de conservação (BLUE RIDGE PARKWAY, 2014). Liga

o Great Smoky Mountains National Park, no estado da Carolina do Norte com o Shenandoah National Park na Virgínia (Figura 92).

Figura 92: Blue Ridge Parkway. Mapa da America’s Byway com principais usos, hidrografia, sistema rodoviário e pontos de interesse.

Fonte: US, 2016.

O traçado une topos de montanhas, paralelo às curvas de nível, com parte desenvolvendo-se ne encosta. É uma situação privilegiada para visuais amplas e panorâmicas para vales e montanhas, com cenas pastoris, cachoeiras, vegetação colorida que recobre as montanhas. Estas características fazem da Blue Ridge Parkway uma via panorâmica (Figura 93).

190 | P á g i n a A Blue Ridge Parkway prioriza passar na borda das áreas urbanas e por dentro dos parques, florestas e áreas vegetadas. Possui diversos atrativos de lazer para os visitantes, como áreas de camping, de piquenique, restaurantes, centros de visitantes, museus, parques naturais

Padrão de traçado em relação à paisagem – Blue Ridge Parkway Relevo Borda da estrada: usos

e cobertura do solo

Ilustração Efeito visual a partir do

deslocamento na estrada Meia

Encosta

Estrada na meia encosta, mais próximo ao topo do morro. Bordas naturais, ora com vegetação arbórea mais densa, ora menos densa pela presença de rocha na encosta. Duas tipologias de estrada são adotadas: corte na encosta para acomodar a estrada e viaduto, onde o tabuleiro da estrada não toca a encosta, somente os pilares. Essa última tipologia (Figura 97) é uma boa solução quando se quer menor intervenção no meio físico, pois não interfere nos fluxos naturais e a área de supressão de vegetação é bem menor que o corte/aterro, além do que evita ocupações das bordas.

Destaca-se neste exemplo o valor ecológico da paisagem da estrada.

Figura 94: Mapa de relevo com traçado da Blue Ridge Parkway. Carolina do Norte. Marcação do trecho em estudo.

Fonte: Angela Favaretto, 2016, a partir do Google Earth, 2016.

Figura 95: 1 - Blue Ridge Parkway. Trecho central da Carolina do Norte que antecede o viaduto Linn Cove. Pista simples, barreira lateral em

madeira com design diferenciado e defensas também em madeira.

Fonte: Google Maps, 2016. Acesso em: ago. 2016.

Figura 96: Perfil de elevação na Blue Ridge Parkway, trecho Carolina do Norte, viaduto Linn Cove.

Fonte: Angela Favaretto, 2016, a partir do Google Earth, 2016.

Figura 97: 2 - Foto do viaduto Linn Cove a partir da borda da estrada. Variedade de cores e texturas

da paisagem proporcionada pela vegetação. Fonte: Blue Ridge Parkway daily, 2014.

Estrada apresenta continuidade, legibilidade e amenidade visual.

Ao desenvolver-se pela encosta a estrada permite visual ampla para a paisagem, aproveitando diversas oportunidades para instalações de parada e contemplação da paisagem, assim como outras edificações, como museu, para atividades diversas. Normalmente esse tipo de associação de traçado, com entorno bastante natural, costuma resultar em visuais cênicas.

A vegetação evidencia o movimento no tempo e as mudanças de estações pela sua coloração.

A sequencia de curvas proporciona variações nas visuais enriquecendo o itinerário. Efeitos identificados: Amplidão, direcionamento, saliências e reentrâncias, expectativa e ondulação.

192 | P á g i n a Figura 98: Abstração padrão 1 Blue Ridge Parkway – meia

encosta, vegetada, pista no solo/retaludamento. Fonte: Angela Favaretto, 2016.

Figura 99: Abstração padrão 2 Blue Ridge Parkway – meia encosta, vegetada, pista pilotis.

Fonte: Angela Favaretto, 2016. Topo de

morro , divisor de águas

Bordas com uso natural predominante de vegetação densa. Valor ecológico.

Figura 100: Mapa de relevo com traçado da Blue Ridge Parkway através dos topos de morro. Carolina do Norte.

Fonte: Angela Favaretto, 2016, a partir de Google Earth, 2016.

Figura 101: Vista geral da Blue Ridge Parkway no topo de morro e na linha de divisor de águas. Destaque

para a coloração da vegetação. Fonte: WORDPRESS, 2016

Figura 102: Perfil de elevação na Blue Ridge Parkway, trecho Carolina do Norte, Ridge Junction Overlook,. Estrada está no

divisor de águas e encontra a Route 128. Visão 360. Fonte: Angela Favaretto, 2016, a partir do Google Earth, 2016.

Figura 103: Túnel Blue Ridge Parkway, Carolina do Norte, Floresta Nacional Pisgah. Túnel permite continuidade da floresta, que pela ecologia é essencial

para não fragmentar severamente a floresta.

O traçado no topo de morro, permite visual panorâmica. Em muitos trechos da estrada a visual é fechada pela vegetação que favorece efeito cênico maior quando há abertura da visual, criando uma espécie de suspense, aplicando conceito de continuidade, profundidade e progressão sustentada. Ora a estrada está de um lado do morro, ora de outro, mostrando cenários diferentes. Em outros trechos passa exatamente no divisor de águas, quando se tem panorâmica a 360 graus. O amarelo alaranjado da vegetação da floresta torna- se outro recurso cênico. Os túneis estão colocados em locais onde o relevo forma uma espécie de saliência. Essa decisão projetual favoreceu para que a estrada ficasse visualmente integrada à paisagem, já que do contrário seria necessário

Fonte: Google Earth, 2016.

Figura 104: Abstração padrão 3 Blue Ridge Parkway – topo de morro, encosta vegetada, visão ampla e panorâmica 360

graus.

Fonte: Angela Favaretto, 2016.

Figura 105: Abstração padrão 4 Blue Ridge Parkway – topo de morro, encosta vegetada, visão panorâmica para um lado da

estrada; do outro, vegetação barra visual. Fonte: Angela Favaretto, 2016.

Figura 106: Túnel Blue Ridge Parkway, Carolina do Norte, Floresta Nacional Pisgah. Efeito de envolvimento ao passar por dentro do túnel e passa

fauna supeior Fonte: Google Earth, 2016.

Figura 107: Abstração padrão 5 Blue Ridge Parkway – traçado meia encosta, corte para passagem de estrada e inserção de túnel para permitir passagem de fauna.

Fonte: Angela Favaretto, 2016.

corte do morro. A continuidade da floresta em cima do túnel favorece os sistemas ecológicos.

Efeitos identificados: Desnível acima: sensação euforia, domínio, superioridade, exposição ou vertigem. Amplitude, ascenso/descenso (perfil vertical), envolvimento e estreitamento no túnel.

Quadro 14: Padrão de traçado em relação à paisagem – Blue Ridge Parkway. Fonte: Angela Favaretto, 2016.

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