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AOS CASOS DE ESTUDO

5.2 C ARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Neste subcapítulo serão apresentados os 10 edifícios com valor patrimonial a serem estudados, aos quais será aplicado o modelo criado e obtida a respetiva classificação. Os edifícios escolhidos são todos edifícios religiosos na zona Norte de Portugal Continental sendo que apenas um dos imóveis não tem classificação como património pela DGPC. Será feita uma caracterização tipo de cada um dos imóveis a estudar para posteriormente aplicar o modelo, mas apenas uma aplicação será discriminada, explicada e justificada neste capítulo.

A Igreja que será analisada com detalhe neste capítulo, e à qual a aplicação da metodologia criada será explicada e justificada, será a Igreja Matriz de Caminha. A análise às restantes igrejas pode ser encontrada no Anexo 2.

5.2.1-IGREJA MATRIZ DE CAMINHA

5.2.1.1- Dados Gerais

Situada no concelho de Caminha, distrito de Viana do Castelo, a Igreja Matriz de Caminha foi iniciada no ano de 1488 tendo sido concluída apenas 25 anos depois. A Igreja Matriz de Caminha, também designada como Igreja de Nossa Senhora da Assunção, está classificada, pela Direção Geral de Património Cultural, como Monumento Nacional. Nos anos de 1934 e 1935 a Igreja sofreu uma intervenção relevante de grande escala tendo sido demolidos alguns edifícios ao redor da mesma. Foram restauradas as janelas, reconstruídas as armações do telhado e da cobertura e o embasamento dos pilares da nave, consolidada e reforçada a abóbada da nave da Igreja entra outras obras de restauro. Entre 2002 e 2006 a Igreja foi sujeita a mais uma grande intervenção de restauro com objetivo de recuperação e restauro da cobertura e da sacristia sendo também tido sujeitas a obras de conservação os azulejos da nave e o teto da Igreja entre outras obras. Esta última intervenção teve um orçamento de 1.764.104 €. A Igreja possui três naves, capela-mor de planta poligonal, dois absidíolos quadrangulares, a sacristia, duas capelas laterais e uma torre sineira. [31-33]

5.2.1.2- Envolvente da Igreja

Fachadas: A fachada principal da Igreja Matriz de Caminha, virada a Oeste, está dividida em três corpos. Duas colunas rematadas por elementos manuelinos dividem o corpo central da fachada dos corpos laterais. Estes últimos têm uma pequena abertura, cada um, vertical. O corpo central da fachada possui um portal de arco pleno, organizado em retábulo. Por cima do portal encontra-se uma rosácea típica do Gótico. [32]

Cobertura: A estrutura da Igreja é em cantaria de granito sendo a cobertura exterior de telha. [32]

Pavimento: O pavimento das naves da Igreja é em granito com taburnos em madeira sendo os restantes pavimentos em lajeado de granito. As diferentes áreas da Igreja estão separadas da nave por um pequeno degrau em granito. [32]

5.2.1.3- Interior da Igreja

O teto da Igreja Matriz de Caminha é em alfarge executado em madeira exceto na capela mor, nas capelas laterais (Capela dos Mareantes e Capela da Piedade) e nos Absidíolo onde o teto possui uma abóbada polinervada em pedra. [32]

Fig. 46 - Fachada da Igreja

Fig. 47 - Interior da Igreja

5.2.2-IGREJA DA MISERICÓRDIA DO PORTO

5.2.2.1- Dados Gerais

Situada na Rua das Flores na cidade do Porto, a Igreja da Misericórdia foi construída no século XVI e faz parte do Património Edificado Português estando classificada como Imóvel de Interesse Público. Apesar da bênção da igreja ter ocorrido em 1559 pelo bispo do Porto, a capela-mor, do projetista e mestre de obra Manuel Luís, só ficou construída em 1590. A primeira intervenção profunda na igreja data do século XVIII, 1748-54, devido a problemas estruturais provocados pelas elevadas concentrações de humidades. As obras de reabilitação foram conduzidas pelo engenheiro e pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni, que é o responsável pela atual fachada de Igreja da Misericórdia. Em 1998 procedeu-se à colocação de um sistema de aquecimento por pavimento radiante na nave, altura em que também se reparou o soalho da nave da Igreja. A nave da Igreja tem um formato retangular com abside semicircular onde está situado o altar da Igreja. Na ponta contrária à abside encontra-se um coro-alto que pode ser acedido através de escadas em pedra situadas na Galeria dos Benfeitores. [34-36]

5.2.2.2- Envolvente da Igreja

Fachadas: A fachada principal da Igreja da Misericórdia, virada a Sudeste, é em cantaria de granito ornamentada. Esta assenta sobre três arcadas com portões em ferro pintado que dão acesso a um andar interior onde se encontram as portas de acesso à Igreja. Ao nível do coro-alto, a fachada contém três janelas, duas com balaustrada.[34]

Cobertura: A cobertura é em telhado de madeira revestida a telha de duas águas. [34]

Pavimento: O pavimento da Igreja está dividido em duas áreas por um degrau em granito. O revestimento do pavimento é em soalho de madeira contornado por granito em toda a nave. O pavimento do altar da Capela-mor é todo ele em pedras de granito trabalhadas. [34]

5.2.2.3- Interior da Igreja

As paredes da Igreja são em alvenaria de pedra com espessuras entre 0,75m e 1,85m e são revestidas por azulejos azuis e brancos na nave da Igreja e por azulejos amarelos e brancos com relevo, na zona da abside semicircular. [34]

Fig. 49 - Fachada da Igreja

Fig. 50- Interior da Igreja

5.2.3-IGREJA DO MOSTEIRO DE SÃO SALVADOR DE GRIJÓ

5.2.3.1- Dados Gerais

Situada na vila de Grijó, concelho de Vila Nova de Gaia, a Igreja de São Salvador de Grijó faz parte do Mosteiro com o mesmo nome. O Mosteiro data do início do século X, mas a igreja apenas foi concluída e benzida em 1626 apesar da capela-mor só ter sido fechada em 1629. Está classificada desde 2002, pela Direção Geral de Património Cultural, como Imóvel de Interesse Público. Desde 1956 que tem sofrido algumas intervenções de forma a conservar não só a Igreja, como todo o Mosteiro. Nos anos de 1996/1997 fez-se um estudo de reabilitação das fachadas e de drenagens de águas tendo sido feito um levantamento desenhado do Mosteiro. Nos anos seguintes, 1998/1999, o convento sofreu obras de consolidação estrutural, recuperação, valorização e restauro do seu património. Desde 2017 que o Mosteiro está a ser recuperado de forma a recuperar e valorizar o edificado, conservar e restaurar o património e melhorar o conforto dos visitantes numa obra avaliada em mais de 350.000 €. A Igreja possui uma nave única, 61 metros de comprimento e 20 de largura, complementada por seis capelas colaterais com altares barrocos em talha dourada. A Igreja está ligada a Sul por outros bens imóveis que constituem o Mosteiro de São Salvador de Grijó. [37-39]

5.2.3.2- Envolvente da Igreja

Fachadas: A fachada principal da Igreja do Mosteiro de São Salvador de Grijó, virada a Oeste, divide-se em três registos. O primeiro, uma galilé com três arcadas que dão acesso à entrada da igreja. Sobre esta, um entablamento com três vitrais, as imagens de São Pedro e São Paulo e seis pilastras igualmente decoradas. A parte superior da fachada é um frontão interrompido onde se encontra um relógio ao centro e um varandim. [37]

Cobertura: A cobertura da Igreja é de duas águas em telha cerâmica. [37]

Pavimento: O pavimento da Igreja apresenta três áreas, uma em soalho de madeira e as restantes duas em granito. O pavimento do altar-mor, do coro, da sacristia e do coro alto é todo ele em granito. [37]

5.2.3.3- Interior da Igreja

O revestimento das paredes da Igreja é em azulejos azuis que datam do século XVII enquanto que as paredes da Igreja são em alvenaria de granito com acabamento rebocado enquanto que o teto possui caixotões em granito.[37]

Fig. 53- Interior da Igreja Fig. 52- Fachada da Igreja

5.2.4-IGREJA DE VILAR DE FRADES

5.2.4.1- Dados Gerais

Situada em Areias de Vilar no concelho de Barcelos, a Igreja de Vilar de Frades faz parte do Mosteiro de São Salvador de Vilar de Frades e está classificada, pela Direção Geral de Património Cultural, como Monumento Nacional. O Mosteiro original terá sido construído em 566, mas as invasões muçulmanas levaram o Mosteiro às ruínas e em 1070 começou a ser reconstruído. A partir do ano de 1523 a Igreja e as outras áreas do Mosteiro, sofreram obras importantes que se prolongaram nos séculos seguintes, com o objetivo de ampliação e remodelação do Mosteiro. Durante o século XX a Igreja foi sujeita a várias intervenções tendo como principal objetivo a reconstrução dos vários elementos da Igreja, a sua reparação ou simplesmente de tratamento da mesma. Já no século XXI, nos anos de 2002 e 2003, a Igreja de Vilar de Frades foi sujeita a mais intervenções relevantes não só de reconstrução como de limpeza, ventilação da capela e instalação de sistemas de drenagem. A Igreja de Vilar de Frades apresenta uma planta cruciforme onde podemos encontrar a nave principal, a capela- mor, um coro-alto e nove capelas laterais. [40, 41]

5.2.4.2- Envolvente da Igreja

Fachada: A fachada principal da Igreja de Vilar de Frades, virada a Oeste, está dividida em três corpos. O corpo central da fachada contém o arco que dá acesso ao portal da Igreja, arco este que sobreviveu da primeira construção da Igreja. Acima do portal a fachada contém três janelas encimadas por um frontão triangular. O corpo da esquerda da fachada é uma torre sineira e o corpo da direita contém um portal mais modesto e uma janela com acesso ao convento.[40]

Cobertura: As coberturas da igreja são em telhado de duas águas revestido com telha de aba e canudo. [40]

Pavimento: O pavimento de toda a Igreja é em lajeado de granito. [40]

5.2.4.3- Interior da Igreja

O teto, da nave e da capela-mor, é em abóbada de nervuras cruzadas tal como as capelas presentes na igreja que são também abobadadas. As paredes da Igreja são em alvenaria de granito reforçadas por contrafortes no exterior sendo que as paredes interiores não têm qualquer tipo de revestimento, exceto nas capelas laterais onde existem alguns painéis de azulejo ou onde as paredes foram rebocadas e pintadas. [40]

Fig. 56- Interior da Igreja Fig. 55- Fachada da Igreja

5.2.5-IGREJA DE SÃO JOÃO NOVO

5.2.5.1- Dados Gerais

Situada no Largo de São João Novo na cidade do Porto, a Igreja de São João Novo faz parte do Mosteiro com o mesmo nome. A construção da Igreja foi iniciada no ano de 1672, mas apenas ficou terminada em 1779. O Procedimento de Classificação pela parte da DGPC caducou e por isso não está classificada como Património Edificado Português. O Convento de São João Novo ficou abandonado no ano de 1834 e é utilizado, atualmente, como Tribunal Criminal e Correcional, apesar de ainda conservar o antigo nome do Convento. A igreja é ladeada pelo Mosteiro e em frente da mesma encontra-se o Palácio de São João Novo que, durante o Cerco do Porto, funcionou como hospital Militar. Nos dias de hoje é o Museu de Etnografia e História. Nos anos de 1995 e 1996, a Igreja sofreu algumas intervenções relevantes no corpo da sacristia e na cobertura com o intuito de conservar a sua história. A igreja, com planta cruciforme, possui uma construção que se enquadra na transição entre o clássico e o barroco. Possui nave, transepto inscrito e capela-mor retangular e quer a nave quer o transepto quer a capela- mor são rematados por abóbadas de caixotões de granito. [42, 43]

5.2.5.2- Envolvente da Igreja

Fachada: A fachada principal da Igreja, virada a Nordeste, está dividida em três níveis. O nível inferior contém o portal de verga reta e frontão triangular e quatro janelas simétricas encimadas por frontões curvos abatidos. No segundo nível, encontram-se cinco janelas, sendo a maior a do eixo central e no último nível encontramos as torres sineiras nas laterais e três frontões curvos interrompidos. As paredes exteriores são em alvenaria de granito [43]

Cobertura: Cobertura diferenciada com telhado de uma, duas e três águas em telha cerâmica. [43]

Pavimento: O pavimento da Igreja apresenta dez áreas, duas em soalho de madeira, duas em granito e as restantes áreas em mosaico cerâmico. O pavimento da capela-mor é em granito e em mosaico cerâmico e esta é limitada por um pequeno degrau. [43]

5.2.5.3- Interior da Igreja

As paredes interiores da Igreja são de alvenaria de granito com acabamentos a marmoreados rosa ou lambrim de azulejos. A nave da Igreja de São João Novo compreende quatro capelas laterais que são também completadas por abóbadas de caixotões de granito. [43]

Fig. 59- Interior da Igreja Fig. 58- Fachada da Igreja

5.2.6-IGREJA PAROQUIAL DO NOSSO SENHOR DO BONFIM

5.2.6.1- Dados Gerais

Situada na freguesia do Bonfim na cidade do Porto, a Igreja Paroquial do Nosso Senhor do Bonfim foi construída no século XVII e não está classificada pela DGPC como sendo Património Nacional. [44]

A história da construção da Igreja remonta a 1743, mas a primeira pedra da igreja atual só foi colocada no ano de 1874, alguns anos depois da construção da escadaria que dá acesso à Igreja. De 1962 a 1965 o interior da Igreja sofreu algumas alterações de forma a estar atualizada segundo a harmonia litúrgica introduzida pelo Concilio Vaticano. No final do século XX a Igreja apresentava instabilidade estrutural e por isso foram reformulados os elementos estruturais da mesma. [44]

A Igreja apresenta uma planta longitudinal composta por uma nave única e por uma altar-mor um pouco mais estreita. [44]

5.2.6.2- Envolvente da Igreja

Fachadas: A fachada principal da Igreja, virada a sudoeste possui dois níveis em cantaria de granito aparente, rematados por um frontão triangular e ladeados por duas torres sineiras com cerca de 42 metros de altura. O primeiro registo do pano central da fachada apresenta duas janelas e uma porta encimados por tabelas com inscrições enquanto que o segundo registo possui três janelas, com a janela central a ser rematada com um pequeno frontão triangular. Separam o pano central das torres laterais duas pilastras e as fachadas laterais [44]

Cobertura: A cobertura do corpo principal da Igreja é de duas águas enquanto os edifícios anexos são de três e quatro águas, todos em telha. [44]

Pavimento: O pavimento da igreja é em madeira na nave e em mármore no altar-mor, separados por três degraus também em mármore. [44]

5.2.6.3- Interior da Igreja

As paredes interiores da Igreja Paroquial do Nosso Senhor do Bonfim são rebocadas e pintadas em branco com frisos, cornijas, pilastras entre outros pormenores arquitetónicos, em cantaria de granito aparente. [44]

Fig. 62- Interior da Igreja Fig. 61- Fachada da Igreja

5.2.7-IGREJA DE SANTO ILDEFONSO

5.2.7.1- Dados Gerais

Situada na Praça da Batalha na Cidade do Porto, a Igreja de Santo Ildefonso começou a ser construída no ano de 1709 sendo que a sua construção terminou apenas 21 anos depois, em 1730 e faz parte do Património Edificado Português, estando classificada pela DGPC como Imóvel de Interesse Público. Desde a sua construção que a Igreja sofreu algumas alterações como a construção da escadaria que dá acesso à Igreja e a construção do Cartório e da Residência Paroquial. Depois da Guerra Civil Portuguesa o adro e a fachada da Igreja ficaram destruídos sendo que em 1932 foi revestida a fachada e as torres com cerca de 11 mil azulejos que permanecem até hoje. Em 2001, enquadrado nas obras de requalificação da Praça da Batalha, algumas intervenções foram efetuadas como a substituição do pavimento, a consolidação do teto, entre outros. A Igreja possui uma nave única em octógono alongado com a capela-mor a sair de uma das arestas do octógono sendo assim mais estreita. [45, 46]

5.2.7.2- Envolvente da Igreja

Fachada: A fachada principal da Igreja de Santo Ildefonso, virada a Sudoeste, possui três corpos enquadrados por pilastras colossais. O corpo central está ligeiramente adiantado e contém a entrada principal para a igreja. Em cima da porta encontra-se um janelão com frontão triangular e friso denticulado que possui um vitral. Os corpos laterais correspondem às torres e têm dois registos separados por cornijas. A parte inferior possui duas janelas com frontões triangulares e a parte superior apresenta quatro sineiras, uma em cada fase que são complementadas na parte de cima por um friso denticulado. A fachada principal tem cerca de 11 mil azulejos de 1932. [46]

Cobertura: Durante o ano de 2019 está a ser substituída a cobertura da Igreja.

Pavimento: O pavimento da igreja é em madeira exceto o capela-mor onde o pavimento é em laje de granito. De realçar que a nave e a capela- mor estão separadas por um degrau em laje de granito. [46]

5.2.7.3- Interior da Igreja

A igreja é em alvenaria de granito rebocada e pintada enquanto que, nos vértices do octógono a igreja possui pilastras colossais de cantaria de granito. As paredes da Igreja são rematadas por uma abóbada de berço. O teto é de madeira com estuques decorativo de tradição barroca quer na nave como na capela-mor. O pavimento da igreja é em madeira exceto o capela-mor onde o pavimento é em laje de granito. De realçar que a nave e a capela-mor estão separadas por um degrau em laje de granito. [46]

Fig. 64- Interior da Igreja Fig. 63- Fachada da Igreja

5.2.8-IGREJA DE SÃO LOURENÇO

5.2.8.1- Dados Gerais

Situada no Largo do Colégio na Cidade do Porto, a Igreja de São Lourenço começou a ser construída no ano de 1577 e faz parte do Património Edificado Português, estando classificada pela DGPC como Monumento Nacional. A igreja sofreu algumas alterações desde a sua construção e está inteiramente ligada à história da cidade do Porto. No final do século XX, no ano de 1991, foi criado um plano de intervenção para estabilização da igreja e esta viria a sofrer obras tendo sido reaberta ao público no ano de 1998. [47, 48]

A Igreja tem uma planta em formato de cruz latina com nave, seis capelas laterais, o altar-mor e o coro-alto.

5.2.8.2- Envolvente da Igreja

Fachada: A fachada principal da Igreja de São Lourenço, virada a Noroeste, possui dois registos compostos por frontões, entablamentos, cornijas e janelas. No primeiro registo pode-se observar três portas sendo que a central possui um portal formado por colunas. No segundo registo observa-se uma janela encimada por um brasão. Os corpos laterais da fachada são duas torres sineiras que atualmente estão unidas por uma estrutura metálica e podem ser visitadas. [47]

Cobertura: A cobertura da Igreja é diferenciada em telhados de uma, duas e quatro águas em telha cerâmica. [47]

Pavimento: O pavimento da igreja é em laje de granito com taburnos de madeira e separam a nave do altar-mor dois degraus em granito. [47]

5.2.8.3- Interior da Igreja

As paredes interiores da igreja são em granito aparente rebocadas e pintadas de branco enquanto que o teto em abóbada de berço em granito possui caixotões. [47]

Fig. 67- Interior da Igreja Fig. 66- Fachada da Igreja

5.2.9-IGREJA DA MISERICÓRDIA DE CAMINHA

5.2.9.1- Dados Gerais

Situada no concelho de Caminha, Viana do Castelo, construção da Igreja da Misericórdia de Caminha começou no ano 1551 tendo sido concluída 10 anos depois, no ano de 1561. A Igreja da Misericórdia de Caminha está classificada, desde o dia 18 de março de 2019, pela Direção Geral de Património Cultural, como Imóvel de Interesse Público, classificação que começou a ser estudada em 2014. [49]

Ente 1721 e 1734 a Igreja foi recebendo algumas renovações e no ano de 2006 foi elaborado um projeto de recuperação não só da Igreja, mas de toda a sua envolvente. [50]

A Igreja da Misericórdia de Caminha, de nave única e retangular, possui também uma capela-mor com planta retangular.

5.2.9.2- Envolvente da Igreja

Fachada: A fachada principal da Igreja da Misericórdia de Caminha, virada a Sudoeste, enquadra-se num estilo renascentista. Com um portal principal de arco pleno decorado a toda a sua volta com grotescos e arabescos, a fachada é rematada por um frontão triangular que contém a imagem da Nossa Senhora da Misericórdia. Sobre o portal, está a única janela presente na fachada principal, de madeira. Do lado esquerdo da fachada está a torre sineira, que tem na sua parte inferior, um arco de volta perfeito que dá acesso a um pátio interno. A fachada lateral esquerda da Igreja, apresenta uma lógia dupla enquanto que a fachada lateral direita da igreja apresenta janelas retangulares e uma porta de acesso à nave. [50] Cobertura:Telhado de duas águas em madeira telhada. [50]

Pavimento: O pavimento é em granito com taburnos em madeira e um pequeno degrau de granito separa a capela-mor da nave. [50]

5.2.9.3- Interior da Igreja

O teto da Igreja é forrado em caixotões de madeira enquanto as paredes são revestidas por azulejos estampilhados do século XVII. A Igreja tem também um coro-alto em U assente em trave de madeira, onde se encontra o órgão. [49]

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Fig. 70- Interior da Igreja