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Cabos de protensão

No documento NBR6118:2002 (páginas 118-122)

18.6.1 Arranjo longitudinal

18.6.1.1 Traçado

A armadura de protensão pode ser retilínea, curvilínea, poligonal, ou de traçado misto, respeitada a exigência referente à armadura na região dos apoios, conforme item 18.3.2.4.a e b. Em apoios intermediários, deve ser disposta uma armadura, prolongamento das armaduras dos vãos adjacentes, capaz de resistir a uma força de tração igual a:

Rst=(al/d) ∆Vd + Nd≥ Rst,min = 0,2 Vd

Nessa expressão ∆Vd é a máxima diferença de força cortante de um lado para o outro do apoio e Nd a força de tração eventualmente existente. A armadura a dispor nesse apoio é a obtida para o maior dos Rst calculados para cada um dos lados do apoio.

18.6.1.2 Curvaturas

As curvaturas das armaduras de protensão devem respeitar os raios mínimos exigidos em função do diâmetro do fio, da cordoalha ou da barra, ou do diâmetro externo da bainha.

O estabelecimento dos raios mínimos de curvatura pode ser realizado experimentalmente, desde que decorrente de investigação adequadamente realizada e documentada. Dispensa-se justificativa do raio de curvatura adotado, desde que ele seja superior a 4 m, 8 m e 12 m, respectivamente, nos casos de fios, barras e cordoalhas.

Quando a curvatura ocorrer em região próxima à face do elemento estrutural, provocando empuxo no vazio, devem ser projetadas armaduras que garantam a manutenção da posição do cabo sem afetar a integridade do concreto nessa região.

18.6.1.3 Curvatura nas proximidades das ancoragens

Nas regiões próximas das ancoragens, os raios mínimos de curvatura dos fios, cordoalhas ou feixes podem ser reduzidos, desde que devidamente comprovado por ensaios conclusivos. Nessas regiões devem ficar garantidas a resistência do concreto em relação ao fendilhamento e a manutenção da posição do cabo quando ele provocar empuxo no vazio.

18.6.1.4 Fixação durante a execução

A permanência da armadura de protensão em sua posição durante a execução do elemento estrutural deve ser garantida por dispositivos apropriados.

18.6.1.5 Extremidades retas

Os cabos de protensão devem ter em suas extremidades segmentos retos que permitam o alinhamento de seus eixos com os eixos dos respectivos dispositivos de ancoragem. O comprimento desses segmentos não deve ser inferior a 100 cm ou 50 cm no caso de monocordoalhas engraxadas.

Os cabos de protensão devem ter prolongamentos de extremidade que se estendam além das ancoragens ativas, com comprimento adequado à fixação dos aparelhos de protensão.

18.6.1.7 Emendas

As barras da armadura de protensão podem ser emendadas desde que por rosca e luva.

São permitidas as emendas individuais de fios, cordoalhas e cabos, por dispositivos especiais de eficiência consagrada pelo uso ou devidamente comprovada por ensaios conclusivos.

O tipo e a posição das emendas devem estar perfeitamente caracterizados no projeto.

18.6.1.8 Ancoragens

As ancoragens previstas devem respeitar o disposto no item 9.4.7.

18.6.2 Arranjo transversal

18.6.2.1 Bainhas

18.6.2.1.1 Protensão interna com armadura aderente

As bainhas da armadura de protensão devem ser metálicas, projetadas com diâmetro adequado à livre movimentação dos cabos, ao sistema executivo empregado e capazes de resistir, sem deformação apreciável, à pressão do concreto fresco e aos esforços de montagem. Além disso, devem ser estanques relativamente à pasta e à argamassa por ocasião da concretagem.

18.6.2.1.2 Protensão interna com armadura não aderente

As bainhas podem ser de material plástico com proteção adequada da armadura.

18.6.2.1.3 Protensão externa

As bainhas podem ser de material plástico resistente às intempéries e com proteção adequada da armadura.

18.6.2.2 Agrupamento de cabos na pós-tração

Os cabos alojados em bainhas podem constituir grupos de dois, três e quatro cabos nos trechos retos, desde que não ocorram disposições em linha com mais de dois cabos adjacentes. Nos trechos curvos podem ser dispostos apenas em pares cujas curvaturas estejam em planos paralelos, de modo a não existir pressão transversal entre eles.

18.6.2.3 Espaçamentos mínimos

Os elementos da armadura de protensão devem estar suficientemente afastados entre si, de modo a ficar garantido o seu perfeito envolvimento pelo concreto.

Os afastamentos na direção horizontal visam permitir a livre passagem do concreto e, quando for empregado vibrador de agulha, a sua introdução e operação. Os valores mínimos dos espaçamentos estão indicados nas tabelas 25a e 25b.

Tabela 25b - Espaçamentos mínimos - Caso da pré-tração

19 Dimensionamento e verificação de lajes

19.1 Simbologia específica desta seção

De forma a simplificar a compreensão e portanto a aplicação dos conceitos estabelecidos nesta seção, os símbolos mais utilizados, ou que poderiam gerar dúvidas, encontram-se a seguir definidos.

A simbologia apresentada nesta seção segue a mesma orientação estabelecida na seção 4. Dessa forma, os símbolos subscritos têm o mesmo significado apresentado em 4.2.

sr - Espaçamento radial entre linhas de armadura de punção

u - Perímetro do contorno C' - punção

u* - Perímetro crítico reduzido para pilares de borda ou de canto

u0 - Perímetro do contorno C - punção

Asw - Área da armadura de punção num contorno completo paralelo a C' C - Contorno da área de aplicação de carga

C' - Contorno crítico, externo e distante 2d do contorno C, no plano da laje

FSd - Força ou reação de punção de cálculo

K - Coeficiente que fornece a parcela de MSd transmitida ao pilar - punção

MSd* - Momento fletor de cálculo resultante da excentricidade do perímetro crítico reduzido u* em

relação ao centro do pilar - punção

MSd1 - Momento fletor de cálculo transmitido pela laje ao pilar de borda, no plano perpendicular à borda

livre

Wp - Parâmetro referente ao perímetro crítico u, definido como módulo de resistência plástica do

perímetro crítico

αq - Coeficiente que depende do tipo e da natureza do carregamento

τPd - Tensão de cisalhamento devida ao efeito de cabos de protensão que atravessam o contorno

considerado e passam a menos de d/2 da face do pilar - punção

τRd1 - Tensão de cisalhamento resistente de cálculo limite, para que uma laje possa prescindir de

armadura transversal para resistir à força cortante

τRd2 - Tensão de cisalhamento resistente de cálculo limite para verificação da compressão diagonal do

concreto na ligação laje - pilar

τRd3 - Tensão de cisalhamento resistente de cálculo

τSd - Tensão de cisalhamento de cálculo

τSd,ef - Tensão de cisalhamento de cálculo efetiva

19.2 Dimensionamento e verificação de lajes - Estado Limite Último

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