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SUMÁRIO

5.1 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS

T. forsythia denticola P micra F nucleatum

5.2.2 Canal Radicular

Microrganismos foram detectados inicialmente em 11 amostras, sendo que 8 dentes se apresentavam hígidos e 3 restaurados. E, 4 amostras apresentaram ausência de microrganismos na coleta inicial.

Os microrganismos mais frequentemente encontrados nos canais radiculares pelo método de PCR na coleta inicial (antes do preparo químico mecânico) foram: P micra (80%) e F nucleatum (80%).

Imédiatamente após o PQM, P micra (80%) foi o microrganismos mais encontrado. Para os grupos onde foram utilizados MIC, após 30 dias, P micra (80%)e P gingivalis (80%) foram as mais prevalentes de acordo com a tabela 10.

Tabela 10 – Apresentação da frequência da presença de bactéias no interior do canal. Espécie

bacteriana

Sessão Única – n=5 Grupo Ca(OH)2 e CHX – n=5 Grupo Ca(OH)2 e SS – n=5

Inicial Final 1 mês Inicial Final 1 mês Inicial Final 1 mês

T. forsythia 0 0 - 2 0 0 0 2 1 T. denticola 0 0 - 0 0 0 1 0 0 P. micra 2 4 - 2 1 2 0 0 2 F. nucleatum 2 0 - 3 0 0 0 0 0 P. gingivalis 1 0 - 1 1 1 1 0 0 P. intermédia 0 0 - 0 0 0 0 0 0

*Significa diferença estatística em relação ao tempo baseline por meio do teste Mcnemar.

Nenhuma associação positiva entre microrganismos foi encontrada nos canais radiculares iniciais e após o preparo químico mecânico , conforme a tabela 11 e 12. Nessas tabelas, os valores em negrito representam as associações que tiveram diferença estatisticamente significativa (p < 0,05).

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Tabela 11 – Associação da presença de espécies distintas no interior do canal no momento pré tratamento. N=15

T. forsythia T. denticola P. micra F. nucleatum P. gingivalis P. intermédia * T. forsythia - 1 0,4762 1 0,3714 - T. denticola 1 - 1 1 1 - P. micra 0,4762 1 - 1 1 - F. nucleatum 1 1 1 - 0,2418 - P. gingivalis 0,3714 1 1 0,2418 - - P. intermédia * - - - -

Associação avaliada por meio do teste Exato de Fisher. *não foi detectada no interior do canal.

Tabela 12 – Associação da presença de espécies distintas no interior do canal após tratamento endodôntico. N=15 T. forsythia T. denticola P. micra F. nucleatum P. gingivalis P. intermédia T. forsythia - - 0,5238 - 1 - T. denticola - - - - P. micra 0,5238 - - - 1 - F. nucleatum - - - - P. gingivalis 1 - 1 - - - P. intermédia - - - -

Associação avaliada por meio do teste Exato de Fisher.

5.3. QUANTIFICAÇÃO DE ENDOTOXINAS

5.3.1. Bolsa Periodontal

O teste turbidimétrico LAL indicou que as endotoxinas estiveram presentes em 100% das amostras de bolsas periodontais e, em todas as fases analisadas (inicial, após PQM e após MIC) (APÊNDICE III).

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Médias altas de endotoxinas foram encontradas nas coletas das bolsas iniciais (192,81 EU/mL), que apresentou uma redução estatisticamente significativa após a instrumentação do canal radicular. Após o PQM, a média da concentração de endotoxinas presentes em bolsas periodontais foi de 19,65 EU/mL, sendo estatisticamente significativa em relação à coleta inicial. Esses dados estão apresentados na tabela 13.

Tabela 13 – Concentração de endotoxinas presentes na bolsa periodontal antes e após a instrumentação (n=15). Valores de mediana (mínimo – máximo) em mm.

Parâmetro Inicial Final Valor de "p"

Endotoxinas 221,00 (15,00 – 551,00) 13,70 (0,10 – 93,80) p = 0,0011*

* Valor de p calculado pelo teste t pareado.

A comparação da concentração de endotoxinas foi realizada entre a coleta inicial da bolsa periodontal e a coleta da bolsa periodontal 30 dias após a medicação intracanal, como mostra a tabela 14.

Tabela 14 – Comparação entre os grupos em relação à quantidade de endotoxinas no interior da bolsa periodontal antes e após a medicação (n=10). Valores de mediana (mínimo – máximo) em mm.

Grupo Tempo

Inicial Após medicação Grupo Ca(OH)2 e CHX 62,50 (15,5 - 225) Aa 14,80 (2,13 - 270) Aa

Grupo Ca(OH)2 e SS 335 (25,1 - 373) Aa 26,1 (8,97 – 84,80) Aa

Letras maiúsculas distintas na coluna e letras minúsculas distintas na linha significam diferença estatística pelo teste anova.

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Após 30 dias, independente da medicação utilizada, não houve diferença estatisticamente significativa quando se comparou com a concentração inicial de endotoxinas e a concentração final de endotoxinas.

Quando comparamos a concentração de endotoxinas nos 3 momentos coletados (coleta inicial da bolsa periodontal, coleta final da bolsa periodontal e coleta da bolsa periodontal 30 dias após a MIC), verificamos diferença estatisticamente significativa apenas no grupo do Ca(OH)2 e SS , quando avaliamos a redução de endotoxinas após o PQM e após MIC, como mostra a tabela 15.

Tabela 15 – Concentração de endotoxinas na bolsa periodontal na coleta inicial, após o PQM e após medicação (n=10). Valores de médiana (mínimo – máximo) em mm.

Grupos Tempo

Inicial Após instrumentação Após medicação Grupo Ca(OH)2 e CHX 62,50 (15,5 - 225) Aa 4,32 (0,1 – 93,80) Aa 14,80 (2,13 - 270) Aa

Grupo Ca(OH)2 e SS 335 (25,1 - 373) Aa 19,80 (1,59 – 29,3) Ab 26,1 (8,97 – 84,80) Aa

Letras maiúsculas distintas na coluna e letras minúsculas distintas na linha significam diferença estatística pelo teste Anova medidas repetidas.

5.3.2. Canal Radicular

Médias muito baixas de endotoxinas foram encontradas nas coletas inicias dos canais radiculares (0,1 EU/mL), que permaneceu baixa após o PQM. Antes do uso do EDTA foi encontrado uma média de 0,16 EUmL e após o uso do EDTA de 0,15 pg/mL. Esses valores são compatíveis com o estado de possível vitalidade pulpar dos dentes avaliados. Apesar dos valores serem baixos, não podemos associar eles à presença de LPS bacterianos presentes no tecido pulpar ou periodontal, visto que até mesmo a água apirogênica utilizada no teste, apresenta níveis baixos de concentração de endotoxinas. Esses dados estão apresentados na tabela 16. Não houve diferença estatisticamente significativa nos períodos avaliados.

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Tabela 16 – Concentração de endotoxinas presentes no canal radicular na coleta inicial e após o PQM (n=15). Valores de médiana (mínimo – máximo) em mm.

Parâmetro Inicial Antes EDTA Depois EDTA

Endotoxina 0,1 (0,1 – 0,1) 0,1 (0,03 – 0,92) 0,1 (0,14 – 1,18) Valores calculados pelo anova medidas repetidas (p > 0,05).

A comparação da concentração de endotoxinas foi realizada entre a coleta inicial do canal radicular e a coleta do canal radicular 30 dias após a medicação intracanal, como mostra a tabela 17. Não houve diferença estatisticamente significativa nos períodos avaliados.

Tabela 17 – Comparação entre os grupos antes e após o tratamento em relação à quantidade de endotoxinas no interior do canal (n=10). Valores de médiana (mínimo – máximo) em mm.

Grupo Tempo

Inicial Após medicação Grupo Ca(OH)2 e CHX 0,10 (0,10 – 0,10) Aa 0,10 (0,03 – 0,10) Aa

Grupo Ca(OH)2 e SS 0,10 (0,10 – 0,10) Aa 0,10 (0,01 – 0,10) Aa

Letras maiúsculas distintas na coluna e letras minúsculas distintas na linha significam diferença estatística pelo teste Anova.

Quando comparamos a concentração de endotoxinas nos 4 momentos coletados (coleta inicial do canal radicular, coleta final antes EDTA, coleta final após EDTA e coleta do canal radicular 30 dias após a MIC), não verificamos diferença estatisticamente significativa, como mostra a tabela 18.

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Tabela 18 – Concentração de endotoxinas no canal radicular na coleta inicial, após o PQM e após medicação (n=10). Valores de médiana (mínimo – máximo) em mm.

Grupos Tempo

Inicial Após instrumentação antes EDTA

Após instrumentação

depois EDTA Após medicação 1 (n=5) 0,10 (0,10 – 0,10) Aa 0,1 (0,09 – 0,16) Aa 0,02 (0,01 – 0,11) Aa 0,10 (0,03 – 0,10) Aa 3 (n=5) 0,10 (0,10 – 0,10) Aa 0,1 (0,1 – 0,92) Aa 0,1 (0,02 -1,18) Aa 0,10 (0,01 – 0,10) Aa

Letras maiúsculas distintas na coluna e letras minúsculas distintas na linha significam diferença estatística pelo teste Anova seguido pelo teste de tukey. (α=0,05)

Foi realizado teste estatístico para avaliar a correlação entre endotoxinas presentes nos canais radiculares e endotoxinas presentes nas bolsas periodontais, através da correlação de Pearson (n=15). O valor de correlação de Pearson considerando n inicial =15 é de -0,0074 e p=0,9792. Ou seja, não existe nenhuma correlação entre endotoxinas presentes na bolsa e no canal radicular quando avaliamos as coletas iniciais.