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6. DIAGNÓSTICO

6.1. Resíduos Sólidos Urbanos

6.1.3. Resíduos de Limpeza Urbana

6.1.3.2. Capina, Roçada e Poda

As áreas verdes e públicas do município são mantidas pela Secretaria da Agricultura. Os serviços que apresentam a maior demanda são a roçada, a poda e a extração de árvores, os quais são realizados apenas em áreas verdes municipais, rotatórias e canteiros centrais, escolas municipais e prédios públicos.

 Capina e Roçada

A capina corresponde a retirada total da planta do solo, enquanto a roçada, ao corte da planta em determinada altura. A prestação destes serviços é de responsabilidade da prefeitura, que os realiza em áreas verdes municipais, rotatórias e canteiros centrais, escolas municipais e prédios públicos. A capina e roçada ocorre de forma manual e mecanizada, sendo proibida a forma química no município.

Sobre a capina e roçada em áreas particulares, a Lei nº 3.628/2010 prevê, no seu Art. 2º, que os proprietários ou possuidores de qualquer título de terrenos baldios ou não, são obrigados a mantê-los limpos, roçados e drenados, sob pena de aplicação de multa a ser estipulada pelo Poder Executivo Municipal, fixada no valor de 10 (dez) UFM’s (Unidades Fiscais do Município). Já o Art. 3º define a forma de notificação dos proprietários, que pode se dar por entrega de notificação por AR (Aviso de Recebimento-Correios) e por edital público divulgado na imprensa do Município. O Art. 4º da referida Lei prevê que o proprietário terá prazo de 30 (trinta) dias para limpar o terreno ou mantê-lo nestas condições caso já o tenha limpado e o Art. 5º dispõe sobre a multa resultante do descumprimento da notificação, enquanto o Art. 8º, trata do caso de reincidência, ao qual será aplicado o valor em dobro da multa prevista nesta Lei. A Lei nº 3.628/2010 coloca em seu Art. 10, um condicionante para a aplicação da multa, a qual está sujeita a

91 Prefeitura Municipal também manter seus terrenos de acordo com as condições previstas no art. 2º, levando-se em conta os bairros em que se localizam os bens imóveis.

As Leis nº 3.675/2010 altera o Art. 6º da Lei nº 3.628/2010, supra citada, e a Lei nº 4.061/2013, altera ambas as leis referente à limpeza do terreno de particulares por parte da prefeitura. O texto vigente prevê que “Após a notificação, a Prefeitura Municipal, através do setor competente, procederá a seu critério a limpeza do respectivo terreno, cobrando as despesas decorrentes do ato, no valos de 0,011 UFM para cada metro quadrado de terreno”.

A Secretaria de Planejamento, Obras e Serviços Municipais possui um fiscal que, ao circular pelo município, identifica os terrenos que precisam passar por limpeza e informa a referida secretaria para que esta notifique o proprietário e que este realize a limpeza. Seguindo a legislação municipal, caso o proprietário não realize a limpeza dentro de determinado prazo, a secretaria aplica a multa, realiza a limpeza e encaminha os custos ao proprietário.

No tocante as áreas públicas, os munícipes podem entrar em contato no número 32827870 e solicitarem a limpeza destas, caso seja identificada área que esteja em condições que possam comprometer a qualidade ambiental e a saúde pública.

O serviço de capina e roça no município é realizada por empresa terceirizada especializada, contratada por pregão, sendo que a Secretaria Municipal de Planeamento, Obras e Serviços Municipais indica as áreas a serem capinadas e roçadas, enquanto a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente acompanha a execução do serviço.

Volume e caracterização do resíduo

Os resíduos de poda e capinação gerados nas áreas públicas não são quantificados, não havendo estimativa de geração.

92 Acondicionamento e armazenamento

O resíduo gerado da poda e capinação é disposto diretamente no caminhão da empresa terceirizada especializada contratada.

Coleta (rotas, veículos)

Os resíduos provenientes deste serviço são transportados pela própria equipe da empresa terceirizada especializada contratada até o entreposto de galhos.

Destinação final

Os resíduos do serviço de roçada e capina gerados na manutenção de áreas verdes municipais são aterrados na área do entreposto de galhos (Imagem 15).

93  Poda

A poda do município de São José do Rio Pardo também é realizada apenas em áreas públicas, enquanto este serviço, nas áreas particulares, inclusive em frente as residências e comércio, é de responsabilidade do proprietário. Para a poda de áreas públicas, o município conta com 4 (quatro) podadores de árvores.

O serviço de poda em áreas particulares, inclusive em frente as residências e comércio, é de responsabilidade do proprietário, o qual contrata podador independente, cuja atividade não está regulamentada no município. O proprietário da área também é responsável pelo transporte e destinação final desse resíduo, não havendo área pública disponibilizada para que os particulares ou podadores destinem os resíduos de poda. O proprietário também pode solicitar a coleta dos galhos por parte da prefeitura, que cobra pelo serviço R$ 22,53 (vinte e dois reais e cinquenta e três centavos) por m3 coletado, transportado e destinado.

Volume e caracterização do resíduo

Não há um controle sistematizado do volume de galhos coletados pela Secretaria de Obras. No entanto, há a estimativa de coleta de, pelo menos, uma carreta (Imagem 16) por dia, o que corresponderia à um volume de geração de, aproximadamente, 2,5 m3/dia de galhos.

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Imagem 16: Veículo de coleta de galhos.

Acondicionamento e armazenamento

Após a poda pública, os resíduos são colocados diretamente na carreta do caminhão de coleta, que os transporta para o entreposto de galhos.

Coleta

Os resíduos provenientes deste serviço são transportados pela própria equipe de poda até o entreposto de galhos, por meio de veículo Prefixo 103 – Ford/F 4.000, placa BFW 5230, ano 1990 (Imagem 16).

Conforme já relatado no Plano Diretor de Saneamento Integrado (PDSI) do Município de São José Do Rio Pardo – SP, TOMO 4 – Plano Diretor do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (2014), quando a poda é realizada pela CPFL, para manutenção da rede elétrica, essa deve comunicar à prefeitura a respeito da necessidade de coleta desses galhos e folhas. Entretanto, essa comunicação nem sempre acontece. Muitas vezes, são os próprios moradores do local onde a manutenção foi realizada que ligam para a prefeitura e solicitam a coleta.

95 Destinação final

Os resíduos de poda são enviados para o entreposto de galhos, localizado no Sítio Santa Maria, s/nº, Zona Rural, conforme contrato administrativo nº 09/2015, cujo objeto é a locação de área destinada para “Depósito de Entulho e Galhos (ficando totalmente proibido o seu uso para depósito de Lixo Hospitalar, Pneus, Sacos Plásticos e demais produtos que prejudicam o meio ambiente”, no valor de R$ 1.900,00 (um mil e novecentos reais) por mês (ANEXO 5); ou para o pátio da prefeitura, onde são triturados para fabricação de composto orgânico.

O município de São José do Rio Pardo possui um triturador de galhos (Imagem 17), que fica no pátio da prefeitura onde é realizada a trituração.

Imagem 17: Triturador móvel do município.

O resíduo de madeiras (toras) é destinado pelos próprios funcionários, que podem utilizar esse material ou vendê-lo. O dinheiro ganho na venda dessa madeira é do próprio funcionário, sendo que a prefeitura não tem controle sobre valores e quantidades, uma vez que a lenha nem chega às dependências da prefeitura.

96 O entreposto de galhos do município de São José do Rio Pardo apresenta situações irregulares, como a disposição inadequada de outros resíduos no local (Imagem 18).

Imagem 18: Entreposto de galhos com disposição inadequada de outros resíduos.

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