• Nenhum resultado encontrado

UNHEATED GREENHOUSE AND FIELD TOMATO PLANT PRODUCTION, AS FUNCTION OF CRITERIONS TO MANAGEMENT NITROGEN FERTILIZER PROGRAM

2.2. Características avaliadas em todos os experimentos

2.2.1. Produção classificada de frutos

Os frutos foram colhidos quando apresentavam a coloração vermelha. Foi determinada a produção de frutos de cada um dos nove cachos produzidos por planta. A última colheita, em cada tratamento, foi realizada quando os frutos que estavam na planta não apresentavam potencialidade de se transformarem em "frutos comerciais".

Os frutos colhidos foram separados em sem e com defeitos, sendo contados e classificados. Os frutos sem defeitos foram classificados de acordo com seu diâmetro transversal, através dos critérios apresentados nos Quadros 1 e 2, para o híbrido Carmem (Experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL) e a cultivar Santa Clara (Experimentos B1 e B2), respectivamente.

Quadro 1 – Classificação dos frutos de tomate redondo, em função do maior diâmetro transversal do fruto do híbrido Carmen, experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL1 Classe Diâmetro (mm) Gigante > 100 Grande > 80 até 100 Médio > 65 até 80 Pequeno > 50 até 65

1 Portaria do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária nº 553 de 30.08.95, publicada no Diário Oficial da União de 19.09.95.

Quadro 2 – Classificação dos frutos de tomate oblongo, em função do maior diâmetro transversal da cultivar Santa Clara, experimentos B1 e B21

Classe Diâmetro (mm) Graúdo AAA ≥ 80,7 Graúdo AA2 69,7 ≤ D < 80,7 Graúdo A3 60,0 ≤ D < 69,7 Médio extra4 54,8 ≤ D < 60,0 Médio especial 50,0 ≤ D < 54,8 Pequeno 40,0 ≤ D < 50,0 Refugo D < 40,0

1 Adaptado da Portaria do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária nº 553 de 30.08.95, publicada no Diário Oficial da União de 19.09.95.

A produção comercial de frutos nos experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL (híbrido Carmen) foi obtida pelo somatório das classes de gigante, grande, médio e pequeno. Os frutos com defeitos ou não-comerciais corresponderam aos frutos com diâmetro transversal menor que 50 mm; aqueles com incidência de rachaduras, manchas despigmentadas e defeitos causados pelos ataques de insetos (broca-pequena e traça do tomateiro), patógenos (pinta preta) e desordens fisiológicas (podridão apical) e os frutos remanescentes, que foram os que não apresentavam potencialidade de se transformarem em "frutos comerciais", quando foi realizada a última colheita.

No campo (cultivar Santa Clara), foi considerada como produção comercial o somatório dos pesos dos frutos das seis primeiras classes. A produção não-comercial correspondeu ao somatório dos pesos dos frutos com diâmetro < 40 mm (refugo) e dos frutos desqualificados da mesma forma que para o ambiente protegido.

Para todos os experimentos, a produção total foi obtida pelo somatório da produções comercial e não-comercial. A produção ponderada ou equivalente de frutos extra AA, na cultivar Santa Clara, foi calculada utilizando fatores de ponderação de 0,597 e 0,387 (Experimento B1); 0,607 e 0,405 (Experimento B2), para transformar em classe de frutos extra AA, as classes extra A e extra. Os fatores de ponderação foram os preços médios de cada classe do tomate tipo Santa Cruz (cultivar Santa Clara), de formato oblongo e comercializado em caixa tipo K. Para o tomate tipo salada (híbrido Carmem), de formato redondo longa vida, a produção ponderada ou equivalente a frutos grandes foi calculada utilizando fatores de ponderação de 0,658 e 0,396 (Experimento A – CIL1); 0,635 e 0,400 (Experimento A – CIL2 e A – SIL), para transformar em classe de frutos grande as classes médio e pequeno. Os preços médios foram obtidos na CEASA de Belo Horizonte-MG, nos meses de colheita dos frutos nos experimentos. Foi calculada, também, a produção por tempo de permanência da cultura no campo proposta por Fontes (1997) pela divisão da produção comercial pelo período de tempo do transplante até a última colheita de frutos.

2.2.2. Produção por época de colheita e por cacho

As colheitas dos frutos foram realizadas nas seguintes datas:

a) Experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL (Ambiente protegido)

Experimento A – CIL1: aos 76 (20/03/02), 82 (26/03/02), 91 (04/04/02), 97 (10/04/02), 104 (17/04/02), 117 (30/04/02) e 133 (16/05/02) dias após o transplante (DAT), respectivamente.

Experimento A – CIL2: aos 77 (26/11/02), 83 (02/12/02), 87 (06/12/02), 95 (14/12/02), 105 (24/12/02), 111 (30/12/02), 120 (08/01/03), 127 (15/01/03), 132 (20/01/03) e 143 (31/01/03) DAT, respectivamente.

Experimento A – SIL: aos 78 (27/11/02), 84 (03/12/02), 88 (07/12/02), 97 (16/12/02), 107 (26/12/02), 112 (31/12/02), 120 (08/01/03), 127 (15/01/03), 132 (20/01/03) e 141 (28/01/03) DAT, respectivamente. b) Experimentos B1 e B2 (Campo) Experimento B1: aos 69 (27/03/02), 75 (02/04/02), 83 (10/04/02), 90 (17/04/02), 97 (24/04/02), 112 (09/05/02) e 120 (17/05/02) DAT, respectivamente. Experimento B2: aos 76 (25/11/02), 84 (03/12/02), 90 (09/12/02), 98 (17/12/03), 105 (24/12/02), 111 (30/12/02) e 121 (09/01/03) DAT, respectivamente.

Além da produção total de frutos obtida em cada época de colheita foi determinada a produção em cada cacho.

2.2.3. Índice de resposta

Em cada experimento, a resposta da adubação nitrogenada foi avaliada pela determinação do índice de resposta, que corresponde a divisão da produção máxima obtida com a aplicação do fertilizante nitrogenado pela produção obtida sem a aplicação do fertilizante nitrogenado, conforme proposto por Johnson e Raun (2003).

2.2.4. Análise monetária do resultado conjunto dos experimentos

Foram considerados três situações:

a) produção total, indicadora do potencial da cultura sem as perdas havidas por efeitos não ligados aos tratamentos;

b) produção comercial, indicadora da capacidade da cultura em produzir frutos que podem ser vendidos em mercado não organizado como quitandas, mercearias e feiras livres;

c) produção ponderada, indicadora da capacidade da cultura em produzir frutos que podem ser vendidos em mercado organizado como CEASA e grandes redes de supermercados.

Na análise não foram considerados os gastos extras advindos do aumento da produção. Para o cálculo da renda bruta, foram utilizados os seguintes preços para os frutos: produção total e comercial: 70% do preço de frutos da classe grande, que foi R$ 0,93 kg-1 (Experimentos A – CIL

1, A – CIL2 e A – SIL) e da classe extra AA, que foi R$ 0,72 kg-1 (Experimentos B

1 e B2); produção ponderada: 100% do preço de frutos da classe grande, que foi R$ 0,93 kg-1 (Experimentos A – CIL

1, A – CIL2 e A – SIL) e da classe extra AA, que foi R$ 0,72 kg-1 (Experimentos B

1 e B2). A renda líquida foi determinada pela diferença entre a renda bruta e o custo do N, considerando como R$ 3,87 kg-1 de N. O dólar da época era cotado em R$ 3,10.

2.3. Procedimento estatístico

Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias dos tratamentos, foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade (Pimentel-Gomes, 2000).

Para a análise dos dados obtidos da produção total de frutos em cada época de colheita e em cada cacho, os mesmos foram submetidos a análise de medidas repetidas no tempo ou espaço, utilizando o teste de esfericidade proposto por Mauchly (1940), para verificar se os dados poderiam ser analisados como parcelas subdivididas, conforme descrito por Vivaldi (1999). Dependendo da significância ou não do teste de esfericidade, os dados foram submetidos à análise multivariada, através de três hipóteses de interesse: coincidência (efeito de critério não significativo), horizontalidade (efeito de época ou cacho não significativo) e paralelismo (efeito da interação critério x época ou

cacho não significativo); testadas através do teste Lambda de Wilks. Todas as análises foram realizadas pelo programa SAS (SAS Institute, Inc., 1990).

3. RESULTADOS