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SAMPLING STRATEGIES FOR DETERMINATION OF THE RESIDUAL NITRATE SOIL AFTER GROWTH TOMATO PLANT FERTIGATION AND FURROW FERTILIZED

2.1. Tratamentos e delineamento experimental

2.2.2. Tratamentos da subparcela

Nos experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL foram considerados três tratamentos, que foram os locais de amostragem do solo, distanciados das plantas em 10 (A) e 30 cm sobre o sulco (B) e em 10 cm entre sulco (C) de transplante (Figura 1). Esses três tratamentos foram considerados como subparcela, tendo sido executados após a

última colheita de frutos, coletando-se as amostras simples na camada de 0-20 cm de profundidade. 30 cm 10 cm 10 cm 10 cm Posição de amostragem

Caule das plantas úteis Aplicação do fertilizantevia gotejamento

10 cm

30 cm

A

B

C

Figura 1 – Locais de retiradas de amostras de solo (A, B e C) nos experimentos A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL (ambiente protegido e irrigação por gotejamento).

Nos experimentos B1 e B2 foram utilizados cinco tratamentos na subparcela, que foram os locais de amostragem do solo, distanciados das plantas em 10 (A) e 30 cm (B) na linha e em 10 (C) e 30 cm à esquerda (D) e em 10 cm à direita (E) entre linha de transplante (Figura 2).

30 cm

10 cm

10 cm

10 cm

Posição de amostragem Caule das plantas úteis

30 cm

10 cm

10 cm

10 cm

30 cm

A

B

C

D

E

Aplicação do fertilizante sólido em cobertura e sulco de irrigação

Figura 2 – Locais de retiradas das amostras de solo (A, B, C, D e E) nos experimentos B1 e B2 (experimentos no campo e irrigação em sulco, com mangueira).

Todas as amostras de solo foram secadas ao ar e passadas em peneira de malha de 2 mm. Posteriormente foram acondicionadas em sacos plásticos, identificadas e armazenadas em refrigerador a 5ºC, visando paralisar atividades microbiológicas sobre as formas de N, até a determinação do teor de N-NO3.

Em laboratório, foram tomadas subamostras de 5 cm3 de solo, nas quais foi feita a extração de N-NO3, em copos plásticos descartáveis, utilizando KCl 1 mol.L-1 como extrator, na relação solo:extrator de 1:10. Após agitação em agitador horizontal, por 15

minutos, o extrato foi obtido por filtragem, utilizando-se papel de filtração lenta. O N-NO3 presente no extrato foi determinado utilizando-se a metodologia simplificada, baseada no método do salicilato, proposta por Yang et al. (1998).

Subamostras foram misturadas e homogeneizadas para constituir uma amostra composta onde foi determinado o pH em água, relação 1:2,5; teor de fósforo (P), potássio (K), cobre (Cu), zinco (Zn), ferro (Fe) e manganês (Mn) extraídos pelo Mehlich 1; cálcio (Ca) e magnésio (Mg) extraídos por KCl 1 mol.L-1 (Defelipo e Ribeiro, 1997).

2.3. Procedimento estatístico

Os dados foram submetidos a análise de variância. Para o teor de N-NO3 no solo, as médias dos tratamentos da parcela e da subparcela foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade (Pimentel-Gomes, 2000). Também, foi realizada a análise de correlação linear de Pearson entre os valores de pH e dos teores de N-NO3 nas diferentes posições de amostragem, P, K, Ca, Mg, Cu, Zn, Fe e Mn com as doses de N aplicadas nos diferentes tratamentos estudados. Os coeficientes de correlação foram testados a 1 (**), 5 (*) e 10% (º) de significância, pelo teste t.

3. RESULTADOS

3.1. Experimentos em ambiente protegido (A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL)

3.1.1. Experimento A com irrigação de lixiviação no período de verão-outono/02 (A – CIL1)

No experimento A – CIL1, houve diferenças significativas entre os tratamentos, nas três posições de amostragem quanto ao teor de N-NO3 no solo (Quadro 1). O critério SPAD-2, que resultou na maior quantidade de N aplicada, 1073,0 kg.ha-1, propiciou o maior teor de N-NO3 nas amostras de solo retiradas na posição B, distanciadas das plantas em 30 cm sobre a linha, e C, 10 cm na entre linha de transplante.

Em relação à posição de amostragem, houve diferença significativa somente no critério QENF, com a aplicação de 448,0 kg.ha-1 de N. Nesse critério, maior teor de N-

NO3 foi observado na posição de amostragem A, distanciada das plantas em 10 cm sobre a linha de transplante.

Nos critérios DRCO e DRTR foi utilizada a mesma dose de N, 280,0 kg.ha-1, mas aplicada em cobertura ou toda no momento do transplante, respectivamente. Essa diferença no momento de aplicação do N resultou em menor teor de N-NO3 no solo em todas as posições de amostragem no critério DRTR, quando o fertilizante nitrogenado foi aplicado todo no momento do transplante.

Quadro 1 – Teor de N-NO3 (mg.dm-3) das amostras de solo em diferentes posições (A, B e C), em função dos critérios estudados, no experimento A – CIL1

Dose de N Posição de amostragem1

Critério (kg.ha-1) A B C

1 – SPAD-1 246,6 96,7 defA 45,8 bcA 52,9 cdA 2 – SPAD-2 1073,0 300,7 bA 351,8 aA 407,4 aA 3 – SPAD-3 50,0,0 53,5 fgA 28,3 cA 30,1 deA 4 – PESF 90,0 74,3 efA 48,8 bcA 26,7 deA 5 – QECS 252,0 202,4 cA 56,9 bcA 76,5 cA 6 – QENF 448,0 474,1 aA 86,8 bC 221,4 bBC 7 – OVAP 200,0 131,2 dA 30,4 cA 41,4 cdeA 8 – DRCO 280,0 100,6 deA 55,0 bcA 77,7 cA 9 – DRTR 280,0 50,4 fgA 39,7 cA 32,3 deA 10 – TEST 0,0 29,4 gA 17,6 cA 8,5 eA

C.V. (%) 76,7 141,2 158,4

1 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula e minúscula não diferem significativamente entre si na linha e na coluna, respectivamente, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

O teor de N-NO3 determinado em todas as posições de amostragem correlacionou positiva e significativamente com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios (Quadro 2), indicando que o teor de N-NO3 no solo foi proporcional às doses de N aplicadas. Maior coeficiente de correlação linear foi obtido com o teor de N-NO3 das amostras de solo retiradas na posição B, distanciadas das plantas em 30 cm sobre a linha de transplante, e C, em 10 cm entre linha de transplante.

Não houve correlação entre as doses de N aplicadas nos diferentes critérios e teor dos demais nutriente determinados no solo, exceto a correlação negativa com Mn.

Quadro 2 – Coeficiente de correlação linear simples (r) entre o teor de N-NO3 determinado em amostras de solo retiradas nas posições A, B e C, valores de pH e teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn das amostras de solo com as doses de N aplicadas nos diversos critérios, no experimento A – CIL1

Característica avaliada Coeficiente de correlação linear (r)1 N-NO3 na posição de amostragem A 0,64*

N-NO3 na posição de amostragem B 0,96** N-NO3 na posição de amostragem C 0,96**

pH 0,38 P 0,37 K 0,01 Ca 0,19 Mg -0,10 Cu -0,36 Fe -0,28 Zn -0,07 Mn -0,56º 1 **, * e º = significativos a 1, 5 e 10% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t.

3.1.2. Experimento A com irrigação de lixiviação no período de primavera/02- verão/03 (A – CIL2)

No experimento A – CIL2, houve diferenças significativas entre os tratamentos nas três posições de amostragem (Quadro 3). Entretanto, o teor de N-NO3 no solo não foi proporcional às doses de N aplicadas. Nas amostras de solo retiradas na posição A, distanciadas das plantas em 10 cm na linha de transplante, o maior teor de N-NO3 foi obtido no critério SPAD-1, devido à aplicação de 420,0 kg.ha-1 de N, aos 70 DAT.

Os resultados obtidos nos critérios DRCO e DRTR foram contrários ao que seria esperado e àqueles obtidos no experimento A – CIL1 (Quadro 1). A aplicação de toda a dose de 280,0 kg.ha-1 de N no momento do transplante (DRTR) resultou em maior teor de N-NO3 no final do ciclo de cultivo do que quando aplicada em cobertura a cada 14 dias (DRCO). Além disso, no critério DRTR, a amostra de solo distanciada da planta em 30 cm sobre a linha de transplante (B) apresentou menor teor de N-NO3 do que aquelas mais próximas da planta, distanciadas em 10 cm sobre a linha (A) e na entre linha de transplante (C).

Quadro 3 – Teor de N-NO3 (mg.dm-3) das amostras de solo em diferentes posições (A, B e C) , em função dos critérios estudados, no experimento A – CIL2

Dose de N Posição de amostragem1

Critério (kg.ha-1) A B C

1 – SPAD-1 470,0 332,0 aA 166,4 cA 179,8 bcA 2 – SPAD-2 593,7 89,8 bcA 358,5 aA 378,4 aA 3 – SPAD-3 229,7 78,1 bcA 118,6 cdA 124,6 cdeA 4 – PESF 538,8 98,1 bcA 177,2 bcA 172,9 bcdA 5 – QECS 296,8 87,5 bcA 269,5 abA 132,6 cdeA 6 – QENF 439,2 125,1 bA 79,2 cdA 82,2 cdefA 7 – OVAP 152,9 44,2 bcA 118,4 cdA 74,0 defA 8 – DRCO 280,0 85,5 bcA 144,1 cdA 70,5 efA

9 – DRTR 280,0 296,6 aA 155,1 cA 263,7 bA

10 – TEST 0,0 21,3 cA 46,2 dA 20,2 fA

C.V. (%) 84,3 78,4 112,9

1 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula e minúscula não diferem significativamente entre si na linha e na coluna, respectivamente, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

No experimento A – CIL2, os coeficientes de correlação foram significativos apenas para as amostras de solo retiradas na posição B, distanciadas das plantas em 30 cm na linha, e C, em 10 cm entre linha de transplante (Quadro 4), semelhante ao observado no experimento A – CIL1 (Quadro 2).

O valor de pH e os teores de P, K, Ca, Mg e Cu foram negativa e significativamente correlacionados com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios.

Quadro 4 – Coeficiente de correlação linear simples (r) entre o teor de N-NO3 determinado em amostras de solo retiradas nas posições A, B e C, valores de pH e teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn das amostras de solo com as doses de N aplicadas nos diversos critérios, no experimento A – CIL2

Característica avaliada Coeficiente de correlação linear (r)1 N-NO3 na posição de amostragem A 0,36

N-NO3 na posição de amostragem B 0,63º N-NO3 na posição de amostragem C 0,68*

pH -0,65* P -0,53 K -0,78** Ca -0,72* Mg -0,75* Cu 0,80** Fe 0,54 Zn 0,52 Mn 0,18

1 **, * e º = significativos a 1, 5 e 10% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t.

3.1.3. Experimento A sem irrigação de lixiviação no período de primavera/02- verão/03 (A – SIL)

O teor de N-NO3 no solo do experimento A – SIL foi significativamente diferente nos critérios estudados (Quadro 5). A aplicação de toda a dose de 280,0 kg.ha-1 de N no momento do transplante resultou em maior teor de N-NO3 no final do ciclo de cultivo apenas na amostra de solo mais distante da planta, retirada na posição B, distanciada em 30 cm na linha. Não houve diferença significativa entre as posições de amostragem.

As amostras de solo retiradas na posição C, distanciadas das plantas de 10 cm entre linha de transplante, apresentaram maior teor de N-NO3 do que as outras duas posições de amostragem (A e B), para os critérios SPAD-2 e QENF que resultaram na aplicação de grande quantidade de N em cobertura, sendo 269,5 e 114,2 kg.ha-1 de N, aos 28 e 56 DAT, respectivamente.

Quadro 5 – Teor de N-NO3 (mg.dm-3) das amostras de solo em diferentes posições (A, B e C), em função dos critérios estudados, no experimento A – SIL

Dose de N Posição de amostragem1

Critério (kg.ha-1) A B C 1 – SPAD-1 166,0 197,1 eA 170,2 cdA 132,6 fA 2 – SPAD-2 319,5 358,0 bcA 492,5 aA 499,9 bA 3 – SPAD-3 50,0 90,8 fA 88,9 efA 82,9 fA 4 – PESF 570,8 551,9 aA 224,4 bcA 429,1 cA 5 – QECS 24,4 114,1 fA 70,3 fA 68,0 fA 6 – QENF 439,2 294,7 cdA 282,3 bA 631,8 aA 7 – OVAP 145,4 290,9 cdA 161,6 cdA 115,3 fA 8 – DRCO 280,0 398,4 bA 142,2 deA 322,5 dA 9 – DRTR 280,0 240,0 deA 503,1 aA 249,9 fA 10 – TEST 0,0 76,6 fA 60,0 fA 74,1 fA

C.V. (%) 70,8 56,1 61,2

1 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula e minúscula não diferem significativamente entre si na linha e na coluna, respectivamente, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

No experimento A – SIL, os resultados obtidos para as correlações entre o teor de N-NO3 nas diferentes posições de amostragem e as doses de N aplicadas foram diferentes daqueles observados nos experimentos A – CIL1 e A – CIL2 (Quadro 6). Correlação significativa e positiva com as doses de N aplicadas foi observada para o teor de N-NO3 das amostras de solo retiradas mais próximas das plantas, na posição A e C, distanciadas em 10 cm na linha e entre linha de transplante, respectivamente, e para o teor de Fe.

Correlação negativa com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios foi observada para o valor de pH e teores de K, Ca e Mg.

Quadro 6 – Coeficiente de correlação linear simples (r) entre o teor de N-NO3 determinado em amostras de solo retiradas nas posições A, B e C, valores de pH e teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn das amostras de solo com as doses de N aplicadas nos diversos critérios, no experimento A – SIL

Característica avaliada Coeficiente de correlação linear (r)1 N-NO3 na posição de amostragem A 0,89**

N-NO3 na posição de amostragem B 0,55 N-NO3 na posição de amostragem C 0,87**

pH -0,66* P -0,05 K -0,64* Ca -0,57º Mg -0,73* Cu -0,07 Fe 0,65* Zn -0,17 Mn 0,45

3.2. Experimentos no campo (B1 e B2)

3.2.1. Experimento B no período de verão-outono/02 (B1)

No experimento B1, houve diferenças significativas entre os critérios estudados em todas as posições de amostragem (Quadro 7). Nos critérios SPAD-2, PESF, QECS, QENF e DRCO, que resultaram na aplicação de doses de N acima de 495,9 kg.ha-1, o teor de N-NO3 da amostra de solo retirada na posição D, distanciada das plantas em 30 cm à esquerda entre linha de transplante, no local onde o fertilizante nitrogenado foi aplicado, foi significativamente diferente das demais posições de amostragem. Além disso, para a maioria dos critérios, as amostras retiradas nessa posição apresentaram os maiores teores de N-NO3. Por outro lado, menores teores de N-NO3, independentemente da posição de amostragem, foram obtidos quando não houve aplicação de N (TEST), quando a dose de N recomendada foi aplicada toda no momento do transplante (DRTR) e quando houve aplicação de pequena quantidade de N no momento do transplante e aos 28 DAT (SPAD-3).

Quadro 7 – Teor de N-NO3 (mg.dm-3) das amostras de solo em diferentes posições (A, B, C, D e E), em função dos critérios estudados, no experimento B1

Dose de N Posição de amostragem1

Critério (kg.ha-1) A B C D2 E

1 – SPAD-1 501,4 106,9 cA 138,0 cA 234,1 bcA 381,6 fA 50,5 cdA 2 – SPAD-2 1953,7 456,1 aAB 255,5 aB 651,6 aAB 718,4 dA 241,8 aB 3 – SPAD-3 131,6 55,7 cA 36,3 dA 17,3 cA 35,8 hA 20,4 dA 4 – PESF 505,0 75,2 cB 57,0 dB 89,5 bcB 1202,4 cA 27,8 dB 5 – QECS 1196,2 276,5 bB 182,2 bcB 373,0 abB 2638,4 aA 185,5 aB 6 – QENF 1656,2 259,5 bB 197,7 abB 444,1 abB 2253,0 bA 160,7 abB 7 – OVAP 250,0 59,7 cA 47,6 dA 36,1 cA 248,2 gA 104,8 bcA 8 – DRCO 500,0 90,3 cB 52,6 dB 110,3 bcB 594,1 eA 101,1 cB 9 – DRTR 500,0 91,5 cA 61,9 dA 34,9 cA 33,9 hA 58,8 cdA 10 – TEST 0,0 36,8 cA 21,3 dA 18,9 cA 25,9 hA 24,8 dA

C.V. (%) 55,9 81,9 76,5 44,3 92,9

1 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula e minúscula não diferem significativamente entre si na linha e na coluna, respectivamente, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

O teor de N-NO3 de todas as posições de amostragem apresentaram correlações significativas com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios (Quadro 8), sendo maiores coeficientes obtidos para as amostras de solo retiradas na posição A, distanciadas em 10 cm na linha, B, em 30 cm na linha, e D, em 30 cm à esquerda entre linha de transplante, no local onde foi aplicado o fertilizante nitrogenado.

Quadro 8 – Coeficiente de correlação linear simples (r) entre o teor de N-NO3 determinado em amostras de solo retiradas nas posições A, B, C, D e E, valores de pH e teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn das amostras de solo com as doses de N aplicadas nos diversos tratamentos, no experimento B1

Característica avaliada Coeficiente de correlação linear (r)1 N-NO3 na posição de amostragem A 0,96**

N-NO3 na posição de amostragem B 0,95** N-NO3 na posição de amostragem C 0,65* N-NO3 na posição de amostragem D 0,96** N-NO3 na posição de amostragem E 0,89**

pH 0,53 P -0,55º K -0,36 Ca 0,20 Mg 0,36 Cu -0,28 Fe 0,31 Zn -0,12 Mn 0,66* 1 **, * e º = significativos a 1, 5 e 10% de probabilidade, respectivamente, pelo teste t.

3.2.2. Experimento B no período de primavera/02-verão/03 (B2)

No experimento B2, houve diferenças significativas entre os critérios estudados em todas as posições de amostragem (Quadro 9). Somente nas duas maiores doses de N aplicadas, 727,4 e 1420,0 kg.ha-1, o teor de N-NO

3 da amostra de solo retirada na posição D, distanciada das plantas em 30 cm à esquerda entre linha de transplante, no local onde o fertilizante nitrogenado foi aplicado, foi diferente das demais posições de amostragem.

Os menores teores de N-NO3 das amostras de solo retiradas fora da linha de transplante (C e D) foram observados quando não foi aplicado N (TEST) e quando foi aplicado somente no momento do transplante, em doses de 50,0 (SPAD-1 e SPAD-2) e 525,0 kg.ha-1 de N (DRTR). Em todos os critérios estudados e posições de amostragem, o teor de N-NO3 foi menor do que no experimento B1.

Quadro 9 – Teor de N-NO3 (mg.dm-3) das amostras de solo em diferentes posições (A, B, C, D e E) e coeficientes de correlação linear com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios estudados, no experimento B2

Dose de N Posição de amostragem1

Critério (kg.ha-1) A B C D2 E

1 – SPAD-1 50,0 48,8 bcA 12,8 dA 32,7 dA 38,2 eA 52,7 abcA 2 – SPAD-2 727,4 49,1 bcB 29,0 bcdB 99,3 bAB 218,5 bA 66,7 abB 3 – SPAD-3 50,0 40,3 bcA 15,8 dA 43,8 cdA 37,6 eA 45,3 cA 4 – PESF 1423,5 87,5 aBC 47,7 aC 170,3 aB 359,0 aA 67,9 abBC 5 – QECS 333,1 52,1 bA 16,3 dA 59,1 cA 77,0 dA 63,2 abcA 6 – QENF 412,3 54,7 bA 22,4 dA 51,3 cA 88,2 cdA 62,4 abcA 7 – OVAP 273,0 46,1 bcA 24,0 cdA 41,6 cdA 30,7 eA 56,0 abcA 8 – DRCO 525,0 57,3 bA 43,4 abA 95,5 bA 100,1 cA 69,4 aA 9 – DRTR 525,0 40,6 bcA 41,2 abcA 52,1 cA 23,3 eA 52,3 abcA 10 – TEST 0,0 33,8 cA 20,6 dA 43,9 cdA 35,3 eA 50,5 bcA

C.V. (%) 33,1 51,7 66,7 103,0 26,5

1 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula e minúscula não diferem significativamente entre si na linha e na coluna, respectivamente, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.

No experimento B2, maior correlação com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios foi obtida para o teor de N-NO3 da amostra de solo retirada na posição C, distanciadas em 30 cm à esquerda entre linha de transplante, no local onde foi aplicado o fertilizante nitrogenado (Quadro 10). Correlação negativa e significativa com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios foi observada para os teores de Ca e Mg.

Quadro 10 – Coeficiente de correlação linear simples (r) entre o teor de N-NO3 determinado em amostras de solo retiradas nas posições A, B, C, D e E, valores de pH e teores de P, K, Ca, Mg, Cu, Fe, Zn e Mn das amostras de solo com as doses de N aplicadas nos diversos tratamentos, no experimento B2

Característica avaliada Coeficiente de correlação linear (r)1 N-NO3 na posição de amostragem A 0,86**

N-NO3 na posição de amostragem B 0,80** N-NO3 na posição de amostragem C 0,91** N-NO3 na posição de amostragem D 0,94** N-NO3 na posição de amostragem E 0,72*

pH -0,64 P 0,42 K -0,30 Ca -0,80** Mg -0,77** Cu -0,26 Fe 0,06 Zn -0,21 Mn 0,36

4. DISCUSSÃO

4.1. Experimentos em ambiente protegido (A – CIL1, A – CIL2 e A – SIL)

A distribuição horizontal do teor de N-NO3 na camada de 0-20 cm de profundidade do solo sob irrigação por gotejamento indicou que a maior parte do N-NO3 ficou localizado próximo às plantas, na entre linha ou na linha de transplante. Dessas posições, a amostra de solo retirada na posição A, distanciada das plantas em 10 cm na linha de transplante apresentou o maior teor de N-NO3, em todos os critérios, no experimento A – CIL1 (Quadro 1) e na maioria dos critérios, no experimento A – SIL (Quadro 5). Entretanto, no experimento A – CIL2, a amostra retirada nessa posição apresentou maior teor de N-NO3 somente nos critérios SPAD-1, QENF e DRTR (Quadro 3). Conseqüentemente, isso acarretou ausência de correlação significativa com as doses de N aplicadas nos diferentes critérios (Quadro 4).

No critério DRTR, a dose recomendada de 280,0 kg.ha-1 de N foi integralmente aplicada no momento do transplante. Nesse caso, seria esperado que a amostra de solo distanciada das plantas em 30 cm, sobre a linha de transplante (B), apresentasse maior teor de N-NO3 do que a amostra mais próxima da planta. Isso porque, o sistema radicular do tomateiro sob condições de irrigação localizada, por gotejamento, talvez não se desenvolva horizontalmente na direção da linha de transplante para absorver o N localizado a 30 cm de distância das plantas. Entretanto, apenas no experimento A – SIL, o teor de N-NO3 da amostra de solo retirada na posição B foi maior do que nas amostras distanciadas em 10 cm sobre a linha (A) e na entre linha (C) de transplante (Quadro 5). Isso indica que, provavelmente, o sistema radicular do tomateiro desenvolveu horizontalmente na direção da linha de transplante e absorveu parte do N localizado em posição mais distante das plantas.

O critério baseado no aumento do nível crítico SPAD em 20% (SPAD-2) e baseado na quantidade esperada de N no fruto (QENF) resultaram nas maiores doses de N aplicadas no experimento A – CIL1 e, conseqüentemente, no maior teor de N-NO3 no final do ciclo de cultivo. Nos experimentos A – CIL2 e A – SIL, além desses critérios, aquele baseado na produtividade esperada de frutos + contribuição do solo e do fertilizante (PESF) também apresentou comportamento semelhante. Isso foi devido a esses critérios terem resultado nas maiores quantidades de N aplicadas, conforme também observado por Guimarães (1998), Ferreira (2001) e Sainz Rozas et al. (2000).

Na maioria dos critérios estudados, que receberam aplicação de N em cobertura, nos experimentos A – CIL1 e A – SIL, a amostra de solo distanciada das plantas em 10 cm sobre a linha de transplante (A), apresentou teor médio de N-NO3 247 e 40% maior do que aquela distanciada em 10 cm na entre linha de transplante (C). Menor teor de N-NO3 na entre linha de transplante sugere que pelo menos pequena quantidade de N fertirrigado foi movido para fora desta área devido ao tubo gotejador estar localizado a ±5 cm de distância das plantas, ao longo da entre linha de transplante (Cook e Sanders, 1990 e 1991).

Os resultados nos experimentos em ambiente protegido indicam que o teor de N- NO3 no solo foi proporcional às doses de N aplicadas nos diferentes critérios, conforme pode ser comprovado pelos elevados coeficientes de correlação linear (Quadros 2, 4 e 6), exceto nas amostras distanciadas em 10 cm sobre a linha de transplante, no experimento A – CIL2 (Quadro 4). Dessa forma, altas doses de N aplicadas resultaram em alto teor de N-NO3 no solo no final do ciclo de cultivo. Esse resultado pode ser devido ao efeito da ausência de chuvas e da irrigação localizada, por gotejamento, no ambiente protegido, aliado ao solo da área que apresentava, provavelmente, altas capacidades de troca aniônica e de adsorção de N-NO3 por ter argila do tipo 1:1 e óxidos de ferro e alumínio (Singhi e Kanehiro, 1969). Tais fatores podem retardar o movimento do íon no solo em relação ao movimento de água (Bellini et al., 1996), minimizando a lixiviação N-NO3 para profundidades maiores do que 20 cm.

Nos experimentos A – CIL2 e A – SIL, à medida que as doses de N aplicadas aumentaram, o valor de pH e teores de K, Ca e Mg no solo diminuíram, conforme pôde ser comprovado pelos coeficientes de correlação negativos e significativos (Quadros 4 e 6). A diminuição do pH é devido à forma amoniacal do fertilizante nitrogenado aplicado (sulfato de amônio) que é oxidada na reação de nitrificação e libera íons hidrogênio (H+), resultando na acidificação do solo (Tisdale et al., 1985). A interação entre doses de N aplicadas e os teores de K, Ca e Mg pode ter sido devido ao aumento da quantidade de N disponível que estimulou o crescimento do tomateiro, aumentando o potencial de utilização desses nutrientes que são exigidos em grande quantidade pelo tomateiro e conseqüente aumento da absorção pela planta e redução dos teores desses nutrientes no solo.

Recomendações de N baseadas na determinação do teor de N-NO3 no solo