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CAPÍTULO XIV – DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

19.10 CARACTERÍSTICAS DO SETOR DE ATUAÇÃO

Controlada/Coligada: ALL-AMÉRICA LAT. LOG. INTERMODAL S/A

23/01/2009 14:32:12 Pág: 198

A Indústria do Transporte Rodoviário no Brasil

O setor de transporte rodoviário no Brasil é pulverizado, com aproximadamente 46 mil empresas, sendo 95% de pequeno e médio porte. Existem ainda os transportadores autônomos que somam cerca de 310 mil e atuam prestando serviços para transportadoras ou, diretamente, para empresas privadas diversas. A frota nacional de caminhões é estimada em 1,85 milhão de unidades. De acordo com a ABTC, 80% do PIB brasileiro foi transportado por caminhões, o que corresponde a 61,1% de toda a carga transportada durante o exercício que terminou em 31 de dezembro de 2001.

Avaliação Geral das Rodovias no ano de 2005

Prejuízos devido a roubos/ furtos de cargas no Brasil R$ Milhões Péssimo; 18% Ótimo; 11% Bom; 17% Deficiente; 32% Ruim; 22% 700 630 575 550 500 420 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Fonte: CNT/Coppead.

Em termos de extensão da malha rodoviária, o Brasil ocupa a 3a posição mundial, atrás dos Estados Unidos (6.4 milhões de km) e da Índia (2.5 milhões km). Mesmo assim, o país possui algumas das piores malhas rodoviárias do mundo, em extensão (proporcionalmente à extensão territorial) e conservação, e o maior índice de mortes por acidentes de estrada (24/mil hab/ano, contra apenas 4, na França).

A tabela abaixo ilustra a configuração rodoviária no Brasil em comparação com as existentes na Argentina e nos Estados Unidos para o exercício que terminou em 31 de dezembro de 2002 (em km.) Estradas Pavimentadas Estradas sem Pavimentação Total Brasil Federais 57.933 35.132 93.065 Estaduais 115.429 161.350 276.776 Total 173.362 196.482 369.841

Quilômetros de Rodovias vs. Território total

(em milhares de Km2) 20 23 43

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Divulgação Externa CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

IAN - Informações Anuais Legislação Societária

DATA-BASE - 31/12/2007

01745-0 ALL - AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A 02.387.241/0001-60

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Federais 31.081 7.328 38.409

Estaduais 38.797 153.016 191.813

Total 69.878 160.344 230.222

Quilômetros de Rodovias vs. Território total

(em milhares de Km2) 14 69 83

Estados Unidos

Federais 124.533 70.996 195.529

Estaduais 791.525 451.057 1.242.582

Total 916.058 522.053 1.438.111

Quilômetros de Rodovias vs. Território total

(em milhares de Km2) 95 54 149

__________________

Fonte: ANTT, U.S. Department of Transportation e a Comisión Nacional de Regulación del Transporte. Não inclui estradas municipais e locais do Brasil e da Argentina.

Os gráficos abaixo mostram uma comparação entre a extensão total, a densidade e o percentual de estradas pavimentadas no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos em 31 de dezembro de 2002:

Comparação da Extensão das Estradas

Comparação da Densidade das Estradas Percentual de Estradas Pavimentadas 297 1.438 230 0 500 .000 .500

Brasil Argentina EUA em '000 km. 35 149 83 0 40 80 120 160

Brasil Argentina EUA Km. de Estrada vs. Territó rio

To tal (‘ 000 Km2) 49% 64% 30% 0% 25% 50% 75% 100%

Brasil Argentina EUA % de Estradas

Pavimentadas

___________________

Fonte: ANTT, U.S. Department of Transportation e a Comisión Nacional de Regulación del Transporte. Não inclui estradas municipais e vicinais do Brasil e da Argentina.

O transporte rodoviário é hoje a principal modalidade de transporte para a movimentação de cargas no Brasil, que é normalmente fornecido por donos de caminhões independentes, sem a capacidade de oferecer serviços centralizados para grandes volumes de carga. De acordo com a ANTT, motoristas autônomos controlam 56,6% de toda a frota de caminhões, e são responsáveis pelo transporte da maior parte das cargas no Brasil. Adicionalmente, de acordo com a ANTT, em janeiro de 2006, a idade média dos veículos de carga chega a 14,7 anos, sendo que a média de idade dos veículos de autônomos está em 19 anos, os veículos das empresas estão com 9 anos, e os veículos das cooperativas com 11 anos. A idade elevada da frota brasileira, especialmente veículos autônomos, contribui para uma redução da produtividade e um consumo mais elevado de óleo diesel.

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A receita da indústria rodoviária advém das tarifas que são baseadas na distância pela qual a carga deve ser transportada e/ou no volume das mercadorias transportadas. Estas tarifas respondem por entre 0,8% e 2,0% do preço final dos produtos industrializados e entre 15% e 20% do preço final dos produtos da agricultura. Os preços das tarifas estão intimamente relacionados aos preços dos combustíveis e os aumentos dos preços destes têm um impacto significativo sobre os serviços de transporte rodoviário, já que estes apresentam um maior consumo de óleo diesel por tonelada/km, em comparação com o transporte ferroviário e marítimo. Os principais custos no transporte rodoviário incluem combustível (geralmente óleo diesel), o preço dos caminhões e sua manutenção, peças de reposição, seguro de carga e pedágios, licenciamento dos veículos e IPVA (a tributação representa cerca de 30% do faturamento). Os custos resultantes de uma manutenção e conservação precária das estradas são sentidos de uma maneira direta em forma de um aumento de consumo de combustível e de uma incidência maior de acidentes em comparação com padrões americanos.

Com exceção de determinadas regras aplicáveis ao transporte de cargas perigosas, os serviços de transporte rodoviário não estão sujeitos a regulamentação específica, prevalecendo as regras de livre mercado. Não existe a necessidade de licença especial, nem do cumprimento de quaisquer exigências para entrar neste mercado. Não existem leis específicas regendo a indústria e as tarifas são apregoadas livremente. Isso contribui para o fato de que hoje cerca de 95% das empresas transportadoras brasileiras são classificadas como micro, pequenas ou médias empresas e com alto grau de informalidade.

A Indústria do Transporte Rodoviário na Argentina

De acordo com a CATAC, em 31 de dezembro de 2003, a frota argentina de caminhões de carga era composta de aproximadamente 350.000 veículos. Assim como no Brasil, esta indústria encontra-se muito fragmentada, com empresas de um só veículo representando mais de 70% de toda a frota em 2003, de acordo com a FADEEAC.

Durante a década de 90, a indústria de transporte rodoviário argentina experimentou um crescimento expressivo, principalmente como conseqüência da deterioração das ferrovias e das ineficiências provocadas pela falta de investimentos públicos no setor ferroviário. Também durante este período, a manutenção da paridade cambial entre o Peso e o dólar norte americano incentivou a compra de caminhões, já que tanto os caminhões como o combustível tinham preços razoáveis. Como conseqüência, a participação de mercado dos transportes rodoviários em comparação com outras formas de transporte cresceu de uma maneira substancial, chegando a aproximadamente 80% de toda a carga transportada em 2001, de acordo com a CNRT.

Todavia, a indústria argentina de transporte rodoviário foi afetada negativamente desde a desvalorização do peso em 2002. De acordo com a CATAC, em 1997, foram adquiridos 9.986 caminhões novos em comparação com os 1.392 comprados em 2003. Os efeitos da desvalorização puderam ser claramente sentidos em 2002, quando as