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Para a caracterização do contexto da pesquisa, mais especificamente, da instituição, utilizou-se as informações contidas no endereço eletrônico (https://caco.ifsc.edu.br/menu-institucional/missao?id=152) do próprio Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), além de documentos, leis, instruções normativas e portarias. O site institucional faz um resgate histórico desde a fundação da escola em 1909, passando pelas modificações legais, bem como pelas mudanças decorrentes da evolução da sociedade florianopolitana e, posteriormente, da sociedade catarinense como um todo. O resgate histórico inicia-se com a criação da então escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina, chegando até os dias atuais em sua constituição jurídica enquanto autarquia federal.

O IFSC é uma autarquia federal, que foi criada em Florianópolis por meio do decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, pelo presidente Nilo Peçanha, como Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina. Seu objetivo era proporcionar formação profissional aos filhos de classes socioeconômicas menos favorecidas. A primeira sede foi instalada em 1º de setembro de 1910, em um prédio cedido pelo governo do Estado e situado na Rua Almirante Alvim, no centro da capital catarinense (Figura 19).

Figura 19 - Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina

Fonte: https://caco.ifsc.edu.br/menu-institucional/missao?id=152

A instituição oferecia, além do ensino primário, formação em desenho, oficinas de tipografia, encadernação e pautação, cursos de carpintaria da ribeira, escultura e mecânica (que compreendia ferraria e serralheria), para atender à necessidade da sociedade de Florianópolis, que se deslocava por meio de bondes puxados a burro e embarcações que transportavam carga do continente para abastecer a ilha. Assim, a instituição trabalhava em consonância com os avanços tecnológicos de seu tempo para atender às demandas do setor produtivo e da sociedade da época que necessitavam de soluções em comunicação por meio impresso e soluções em transporte que tinha, como principal tecnologia, a produção de pequenas embarcações e de ferraduras.

Dez anos depois da instalação, a Escola de Aprendizes Artífices de Santa Catarina transferiu sua sede para um prédio na rua Presidente Coutinho, também no Centro de Florianópolis, onde permaneceu até 1962. Em 13 de janeiro de 1937, por meio da lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937, a instituição mudou de nome e status, para Liceu Industrial de Florianópolis e, cinco anos mais tarde (decreto-lei nº 4.127, de 23 de fevereiro de 1942), transformou-se em Escola Industrial de Florianópolis.

Com isso, começou a oferecer cursos industriais básicos com duração de quatro anos aos alunos que vinham do ensino primário e cursos de mestria aos candidatos à profissão de mestre.

Em 1962, a Escola Industrial de Florianópolis transferiu-se para uma nova sede, na avenida Mauro Ramos, no centro de Florianópolis, no local onde hoje funciona o Campus Florianópolis e que até 2006 foi sede da instituição. O nome e o status da instituição mudaram novamente em 1965, com a lei nº 4.759, de 20 de agosto, passando para Escola Industrial Federal de Santa Catarina (Figura 20).

Figura 20 - Escola Industrial de Florianópolis, Avenida Mauro Ramos

Fonte: https://caco.ifsc.edu.br/menu-institucional/missao?id=152

A partir de 1968, com a portaria ministerial nº 331, de 17 de junho, a instituição tornou-se Escola Técnica Federal de Santa Catarina (ETF-SC). Naquela época, começou o processo de extinção gradativa do curso ginasial, por meio da supressão da matrícula de novos alunos na primeira série. O objetivo era especializar a escola em cursos técnicos de segundo grau (atual ensino médio). Posteriormente à edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971), a LDB, e da reforma do ensino de primeiro e segundo graus introduzida por ela, a então ETF-SC passou a funcionar somente com ensino de segundo grau. Nas

décadas de 1970 e 1980, a então ETF-SC implantou diversos cursos, como os de Estradas, Saneamento, Eletrônica, Eletrotécnica, Telecomunicações e Refrigeração e Ar Condicionado, motivados principalmente pelo “milagre brasileiro”, que fomentou o uso da tecnologia para o desenvolvimento econômico.

Em 1988, a escola iniciou a oferta dos cursos de Telecomunicações e de Refrigeração e Ar Condicionado em São José, cidade da região metropolitana de Florianópolis, em um prédio cedido pela prefeitura. Três anos depois, a instituição inaugurou a Unidade São José, em instalações próprias.

No início da década de 1990, com a chegada da era dos serviços e da informática, a ETF-SC passou a oferecer cursos como Informática, Enfermagem e Segurança do Trabalho. Em 1994, foi implantada a terceira unidade de ensino da instituição, a primeira no interior de Santa Catarina, na cidade de Jaraguá do Sul, na região norte do estado. Naquela época, os cursos oferecidos eram de Têxtil e Eletromecânica. Um ano depois, passou a ser oferecido, no município de Joinville, o Curso Técnico de Enfermagem, como extensão da Unidade Florianópolis.

A lei federal de nº 8.948, de 8 de dezembro de 1994, transformava automaticamente todas as Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica, condicionando o ato à publicação de decreto presidencial específico para cada novo centro. No caso da ETF-SC, a transformação para CEFET- SC foi oficializada em 27 de março de 2002, quando foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o decreto de criação. Depois da mudança para CEFET-SC, a instituição passou a oferecer cursos superiores de tecnologia e de pós-graduação lato sensu (especialização).

Em 2006, como parte do plano de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica, o CEFET-SC implantou três novas unidades de ensino. Uma delas, a unidade continente, foi instalada na parte continental de Florianópolis, oferecendo cursos na área de turismo e hospitalidade. As outras duas unidades foram implantadas no interior de Santa Catarina: em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, e Joinville, localizada no norte do estado. Também no ano de 2006, a instituição passou a oferecer o Curso Técnico em Pesca, o primeiro em pesca marítima do país, em Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina.

No ano de 2008, a lei federal nº 11.892 de 29 de dezembro de 2008, transforma os CEFETs em Institutos Federais, a lei transformou os CEFETs nacionais em Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Os Institutos Federais são

instituições de educação básica, profissional e superior distribuídas por campi especializados na oferta de educação profissional tecnológica. O IFSC tem por finalidade formar e qualificar profissionais no âmbito da educação tecnológica, nos diferentes níveis e modalidades de ensino.

A Lei nº 11.892, em seu artigo 7º define, ainda, os objetivos dos Institutos Federais:

I - Ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos;

II - Ministrar cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;

III - Realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;

IV - Desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos;

V - Estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional;

VI - Ministrar em nível de educação superior:

a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia;

b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional;

c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento;

d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes áreas do conhecimento;

e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases sólidas em educação, ciência

e tecnologia, com vistas no processo de geração e inovação tecnológica. (BRASIL, 2008).

Em 2009, o IFSC passou por uma nova etapa de expansão com a implantação dos campi Caçador, Canoinhas, Criciúma, Gaspar, Itajaí, Lages, São Miguel do Oeste e Urupema. Em 2010, foram federalizados os campi Geraldo Werninghaus (em Jaraguá do Sul) e Xanxerê, além da implantação dos campi Garopaba e Palhoça Bilíngue.

Em 2011, com o Plano de Expansão III, foram criados também os campi São Carlos e Tubarão, que estão em fase de implantação, além do Campus Avançado São Lourenço do Oeste, vinculado à Unidade Continente. A sétima unidade de ensino do CEFET-SC começou as atividades em fevereiro de 2008, em Araranguá, município localizado na região sul do estado de Santa Catarina (https://caco.ifsc.edu.br/menu- institucional/missao?id=152). A atual distribuição geográfica dos campi alocados no estado de Santa Catarina, pode ser visualizada pela Figura 21:

Figura 21 - Distribuição Geográfica do IFSC

Fonte: http://www.ifsc.edu.br/documents/23567/185204/relatorio_gestao_2017.pdf/1ab49ed5- 8771-1fd0-3203-aab5225c5c6a

A Figura 21 permite a visualização dos 22 campi do IFSC, por meio da Figura, resume-se o resultado dos planos de expansão ocorridos durante os 110 anos de história da autarquia. A Reitoria da instituição fica localizada no espaço anexo ao campus Florianópolis-Continente, que na Figura 21, pode ser visualizado no marcador de número quatro, localizada no bairro Coqueiros, município de Florianópolis, estado de Santa Catarina.

O IFSC é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC). O IFSC tem sede e foro em Florianópolis e conforme o artigo 207 da Constituição Federal, goza de autonomia didático-cientifica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. Nesse sentido, a Figura 22 apresenta o atual organograma da instituição, por meio da figura, é possível visualizar suas relações hierárquicas e a forma como a estrutura de funções está organizada no presente.

Figura 22 - Organograma do IFSC

Fonte: IFSC - Plano de Desenvolvimento Institucional, 2017.

Conforme o organograma institucional, o Reitor, juntamente com o Conselho Superior (Consup), que de acordo com a lei nº 11.892/2008 é o órgão consultivo e deliberativo do IFSC, são os responsáveis máximos pela gestão da instituição, definindo o planejamento estratégico e os passos que a instituição deverá percorrer.

O Consup do IFSC é composto por representantes da comunidade interna (servidores e discentes), eleitos por seus pares e de segmentos ligados à educação profissional e tecnológica (sociedade civil, Secretaria de Estado da Educação, Fundação de Pesquisa do Estado de Santa Catarina e Ministério da Educação), tendo o reitor como seu presidente (BRASIL, 2008).

De acordo com o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) do instituto (IFSC, 2017), a estrutura organizacional básica da Autarquia é composta por:

1) Órgãos Superiores da Administração:

• Conselho Superior, de caráter consultivo e deliberativo; • Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo;

2) Órgão Executivo e de Administração Geral: Reitoria, composta pelo Reitor e cinco Pró-reitores:

• Pró-Reitoria de Ensino;

• Pró-Reitoria de Administração;

• Pró-Reitoria de Extensão e Relações Externas;

• Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação; • Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional.

Ainda segundo o PDI vigente (2015/2019) do IFSC, compete a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRODIN) promover a integração entre a Reitoria e os campi, coordenando o planejamento estratégico e a avaliação institucional; a sistematização dos dados, informações e procedimentos institucionais, disponibilizando-os na forma de conhecimento institucional; planejar e coordenar as atividades relacionadas à tecnologia da informação (IFSC, 2017).

São competências da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional, dentre outras, coordenar a Diretoria de tecnologia da informação e comunicação (DTIC) e a Diretoria de gestão do conhecimento (DGC). A DTIC é responsável pelo setor de tecnologia da organização, atuando no armazenamento e no compartilhamento do conhecimento organizacional. A DGC, cabe fomentar o desenvolvimento da cultura de compartilhamento de conhecimentos, de informações e práticas de gestão do conhecimento e inovação no IFSC. Subordinada a DGC, encontra-se a coordenadoria de planejamento e avaliação institucional e, a coordenadoria de processos e documentos.

Cabe a coordenadoria de planejamento e avaliação institucional, além de atuar no planejamento institucional, organizar os processos relativos a avaliação e a autoavaliação do IFSC. Por fim, a Coordenadoria de processos e documentos, cabe a elaboração dos processos e dos documentos institucionais.

A visualização do organograma da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional (PRODIN) do IFSC, facilita a localização da Diretoria de gestão do conhecimento e da Diretoria de tecnologia da informação e comunicação dentro da instituição, observado na Figura 23.

Figura 23 - Organograma da PRODIN

Fonte: https://www.ifsc.edu.br/pro-reitoria-de-desenvolvimento-institucional

O IFSC tem por missão promover a inclusão e formar cidadãos por meio da educação profissional, cientifica e tecnológica, tendo por objetivo gerar, difundir e aplicar o conhecimento e a inovação na execução de suas atividades diárias. A missão, visão e os valores do IFSC estão descritos no mapa estratégico a seguir, Figura 24.

Figura 24 - Mapa Estratégico Completo do IFSC

Fonte: https://pdi.ifsc.edu.br/files/2013/10/mapa-estrategico-site.pdf

A base do Mapa destaca a importância das pessoas e do conhecimento para a instituição, sendo finalidade institucional o seu pleno desenvolvimento para que a instituição alcance suas metas e objetivos estratégicos na área educacional e de gestão. O conjunto de processos definidos pelo IFSC, tem por objetivo atender o público alvo, respeitando os valores éticos do compromisso social, da busca pela equidade, da democracia, da sustentabilidade e da qualidade, para que, por meio deles, seja possível o atingimento da missão e da visão institucional (IFSC, 2017). Dentre os processos capazes de contribuir para o atingimento da missão e da visão institucional tem-se o processo de autoavaliação institucional.