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CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ADOTANTE

No documento JOSÉ DE ALBUQUERQUE NOGUEIRA FILHO (páginas 121-124)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJ, órgão da Administração Pública Federal direta, tem por missão institucional "Trabalhar para a consolidação do Estado Democrático de Direito" (BRASIL, 2017). De acordo com a Medida Provisória n° 821, de 26 de fevereiro de 2018, criou-se o Ministério Extraordinário da Segurança Pública - Mesp, e transformou-se o Ministério da Justiça e Segurança Pública no Ministério da Justiça.

Posteriormente, com o inicio do novo governo e objetivando atender às demandas estratégicas relativas aos temas combate à corrupção, justiça, cidadania e segurança pública, conforme Decreto n° 9.662, de Io de janeiro de 2019, a estrutura regimental foi alterada (DOC. 26), criando-se o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Dessa forma, a Pasta deixou de compor em sua estrutura determinadas unidades organizacionais, dentre essas: Comissão de Anistia - órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado; Fundação Nacional do índio - Funai, fundação pública, entidade vinculada. Incorporou, todavia, as seguintes unidades: Conselho de Controle de Atividades Financeiras - órgão colegiado; Secretaria de Operações Integradas - órgão singular especifico; como também as Coordenações-Gerais de Migração Laborai e de Registro Sindical no âmbito da Secretaria Nacional Justiça - órgão singular especifico.

Após essa reestruturação, as competências institucionais do MJ foram delimitadas em políticas públicas ligadas aos seguintes temas: defesa da ordemjurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais; política judiciária; políticas sobre drogas; defesa da ordem econômica nacional e dos direitos do consumidor; nacionalidade, imigração e estrangeiros; prevenção e repressão à lavagem de dinheiro e cooperação jurídica internacional; política nacional de arquivos; assistência ao presidente da República em matérias não afetas a outro Ministério.

Para cumprir sua missão institucional, o MJ conta com a seguinte estrutura organizacional (DOC. 20): cinco órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado - Gabinete do Ministro, Assessoria Especial Internacional, Assessoria Especial de Assuntos Legislativos, Assessoria Especial de Assuntos Federativos e Parlamentares, Assessoria Especial de Controle Interno, Secretaria Executiva e Consultoria Jurídica; nove órgãos singulares específicos - Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria Nacional do Consumidor, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Secretaria Nacional de Segurança Pública,

Secretaria de Operações Integradas, Departamento Penitenciário Nacional, Policia Federal, Policia Rodoviária Federal, Arquivo Nacional; nove órgãos colegiados - Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos; Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual; Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas; Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; Conselho Nacional de Segurança Pública; Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública; Conselho de Controle de Atividades Financeiras; Conselho Nacional de Imigração; e Conselho Nacional de Arquivos.

Figura 18 - Estrutura organizacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Ministério da Justiça e Segurança Pública - Estrutura Organizacional Básica - Decreto n° 9662, de 1 de janeiro de 2019

Fonte: Site do MJ, adaptado pelo autor.

Em que pese o Arquivo Nacional, o Departamento Penitenciário Nacional, as Polícias Federal e Rodoviária Federal serem órgãos singulares específicos da estrutura regimental do MJ, eles não fazem parte do núcleo de gestão da Pasta, em razão de deterem autonomia administrativa e financeira, inclusive com quadros de força de trabalho próprios e legislação específica. A Pasta tem, ainda, como entidade vinculada, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, cuja natureza é autárquica.

No mapeamento de processos organizacionais realizados no Ministério da Justiça, definiram-se os diversos macroprocessos por meio de Cadeia de Valor (PORTER, 1990), representando o conjunto de atividades de relevância estratégica desempenhadas pelo Ministério, órgãos singulares e entidades vinculadas, desde as relações com a sociedade e atribuições regimentais até a entrega final da política pública respectiva (BRASIL, 2017).

Esse mapeamento evidenciou a necessidade de incremento de força de trabalho para execução dos respectivos processos finalísticos e de suporte.

Em período anterior, contudo, a Secretaria Executiva do Ministério da Justiça, buscando aprimorar e desenvolver os processos de provisão e lotação da força de trabalho, já havia estruturado Grupo de Trabalho - GT, instituído pela Portaria n° 729, 01 de julho de 2013, para definição de método de dimensionamento da força de trabalho do núcleo central do Ministério da Justiça (DOC. 27). Assim, o GT, com base em análise de casos práticos e proposição de projeto, concluiu suas atividades por meio de relatório (BRASIL, 2013).

Nesse relatório, foi proposta uma Estrutura Analítica de Projeto - EAP que, com o apoio de ferramentas de gestão para coleta de dados, busca obter informações para análise e proposição do quantitativo/qualitativo da força de trabalho necessários para determinado órgão singular, considerando as seguintes temáticas de gestão: estratégia, estrutura, processos, competências organizacionais e individuais. Essa proposição, porém, demanda volume considerável de recursos: humanos; financeiro; material; software; dentre outros. Além disso, exige-se prazo com tempo considerável para aplicação desse projeto no âmbito do MJ.

Importante salientar que, recentemente, corroborando com a respectiva demanda organizacional do MJ, o governo federal, por intermédio do MP, órgão central do sistema de pessoal civil da Administração Pública Federal, publicou regulamentação que dispõe sobre os critérios e procedimentos para priorização da implementação do modelo de dimensionamento da força de trabalho nos órgãos e entidades integrantes desse sistema (BRASIL, 2017). Logo, evidencia-se o fomento ao desenvolvimento de modelo que atenda de forma mais assertiva aos órgãos e às entidades do setor público federal.

Assim, com base no exposto, a presente pesquisa tem como objetivo compreender a implementação de dimensionamento da força de trabalho, na perspectiva do processo de inovação (TIDD; BESSANT; PAVIT, 2008), em órgão público federal que seja referência nessa temática, com vistas a aprimorar a gestão de pessoas do MJ com a proposição de método que busque atender de forma mais assertiva as demandas de força de trabalho da Pasta, não se limitando apenas aos preceitos do Decreto n° 6.944, de 21 de agosto de 2009, que estabelece medidas organizacionais para o aprimoramento da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

No documento JOSÉ DE ALBUQUERQUE NOGUEIRA FILHO (páginas 121-124)

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