• Nenhum resultado encontrado

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

5.2 Caracterização das abordagens de ensino dos professores

As perguntas dos professores são determinadas, essencialmente, pela sua abordagem de ensino. Assim, tentaremos caracterizar as abordagens de P1, P2, P3 e P4. Para isso, recorremos aos dados obtidos em entrevistas individuais com os professores (vide anexo 03), em observações de sala de aula e em gravações em áudio (vide anexo 04). O objetivo dessas entrevistas foi comparar a abordagem que o professor declara seguir (por exemplo, concepção de objetivos de ensino, de estratégias de ensino, assim como de seus papéis na produção oral) com a sua prática de sala aula (a operacionalização da abordagem). Assim, confrontamos o dizer com o fazer do professor, procurando detectar as implicações para o uso das perguntas na aula de produção oral.

Abordagem explicitada x abordagem vivenciada

A primeira pergunta feita aos quatro professores versou sobre a abordagem adotada em sala de aula.

P1

P1 declara que adota a abordagem comunicativa. Para ele, ensinar uma língua estrangeira é, basicamente, ensinar os alunos a se comunicarem, torná-los "falantes ativos”, mesmo de forma limitada a seu nível:

eu gosto muito de abordagens comunicativas eu entendo que ensino de língua é basicamente comunicação e eh independente de ter apenas um semestre pra trabalhar com eles eu quero fazer desse semestre bastante frutífero no sentido de permiti-los ah sair dessa dessa situação passiva e se tornarem ativos falantes ativos da língua mesmo dentro de um limitado vocabulário de uma limitada estrutura verbal de um limitado estrutural gramatical mas conseguir eh se comunicar satisfatoriamente transmitir aquilo que pensam entender aquilo que ouvem num é? E e e daí a a gente ah ambiciona uma etapa mais mais eh super superior no sentido de permitir que eles se comuniquem mais eh comple/com linguagem mais complexa (.) isso infelizmente tem tem que ser individual porque ah na faculdade terminaria em um semestre.

Essa comunicação, segundo P1, se daria, principalmente, através de “um limitado vocabulário” e “estrutura verbal” e “gramatical”.

Os dados revelam que P1 segue, essencialmente, a AAL: o seu objetivo principal é levar o aluno a se comunicar na L-alvo, mas através da ênfase no domínio de estruturas gramaticais e do vocabulário necessários para tal comunicação. Os dados ainda apontam que P1 utiliza recursos da abordagem da gramática e da tradução: a todo momento usa a tradução como uma estratégia para facilitar a comunicação, o que entra em contradição com os procedimentos didáticos da AC que declara adotar.

P2

P2 afirma que procura ser eclética, ou seja, mescla a AC com a abordagem “tradicional”, que, segundo ela, relaciona-se com o ensino da “escrita” e da “leitura”. A abordagem eu tento fazer uma mistura de várias da abordagem comunicativa abordagem tradicional que é da escrita, leitura então eu eu na realidade eu trabalho quatro as quatro habilidades no máxi no máximo cinco. Ah qual foi a outra pergunta? eu esqueci.

Pq.: [certo]

P2.: sim quai quais fo Pq.: [então você mescla]

P2: eu me eu faço realmente uma mescla Pq: certo

P2: Eu mesclo

Pelo exposto, P2 parece associar a AC ao ensino das quatro habilidades lingüísticas (com ênfase na fala e na compreensão auditiva); já a abordagem tradicional, segundo o professor, enfatizaria mais a escrita e a leitura.

Os registros indicam que P2 segue uma abordagem essencialmente comunicativa, pois sempre trabalha a LE em contextos interacionais, ou seja, em situações de uso real – as tarefas são típicas da AC. Isso, ao nosso ver, relaciona-se com o material didático utilizado, que segue a AC. Ao contrário de P1, que freqüentemente apela para o recurso da tradução e da mudança de código, P2 procura sempre levar o aluno a se comunicar na L-alvo.

P 3

P3 declara seguir uma abordagem "pós-comunicativa", ou seja, enfatiza a comunicação mas sem deixar de lado a correção, a gramática - aspectos enfatizados pela AAL e não valorizados pela AC, quando surgiu no ensino de línguas:

olha eu acho que o que eu uso aqui ( ? ) a vivência da gente cê vai acumulando né? As experiências e o que

eu vejo hoje é que a gente tá eu colocaria até teria o atrevimento de colocar assim um pós-comunicativo tá? porque a gente teve um comunicativo acho que basicamente assim grosso modo cê pode dizer é comunicativo a abordagem que eu uso mas o comunicativo ele teve alguns pecados né? Foi aquela estória de dizer assim não se comunicou tá certo num é? E dentro de um parâmetro eu concordo com isso mas a gente teve até uma música de rock aí eu não sei de quem o autor nacional onde ele dizia assim garotos inventam um novo inglês e realmente era o que estava acontecendo com aquela abordagem puramente comunicativa num é? Em nome da comunicação você não fazia nenhuma correção pra não inibir etc e tal e as pessoas começavam a criar num é? sua própria língua. Então eu acho que nesse ponto o comunicativo amadureceu e hoje a gente vê que há coisas do estruturalismo num é ? de gramática básica que são necessárias e que a gente não pode tirar o valor delas. É claro que hoje cê faz uso dela através de quê? Uma contextualização num é? Você cria a necessidade da comunicação para essa comuni essa comunicação acontecer então depois você vem com um suporte gramatical vamos dizer assim pra ver como melhorar aquela comunicação mas a comunicação houve já (.) então eu acho que é isso a gente tá vivendo e é isso que eu chamo assim ousadamente de pós- comunicativo num é? eu acho que é isso que a gente tá vivendo hoje.

Essa declaração de P3 foi concretizada em suas aulas. Sua abordagem de ensino é a AC - as tarefas trabalhadas são, tipicamente, comunicativas; mas também, existe espaço para as atividades de exatidão formal onde se enfatizam as estruturas gramaticais.

Pudemos perceber que tal visão “pós-comunicativa” de língua e de ensino- aprendizagem de LE influi na forma como P3 enuncia perguntas didáticas: as suas perguntas enfatizam o uso comunicativo quando em atividades de fluência e o domínio da forma quando o professor está trabalhando atividades de exatidão formal.

P4

P4 confessa seguir a AC, que, segundo ele, se refere à "contextualização do conteúdo" trabalhado, ou seja, tenta associá-lo à realidade do aluno.

Eu acho que eu ah respondi essa pergunta quando eu falei na primeira é uma abordagem communicative approach é onde eu tento contextualizar de repente o o conteúdo que tá sendo abordado eu tento trazer pra pra realidade da do aluno do dia-a- dia da vida do aluno

Os dados indicam que P4 segue uma abordagem eclética: é uma mescla da AAL e da abordagem da gramática e da tradução. Assim como P1, P4 entra em contradição quando afirma seguir a AC em sala de aula. E, contrariamente ao que declarou, a sua abordagem de ensino não se caracteriza pela “contextualização do conteúdo”.

As perguntas utilizadas por P4 (como veremos mais à frente) refletem tal ecletismo: são centralizadas na forma e, de vez em quando, traduzidas.

Objetivos da disciplina

A segunda pergunta procurou detectar a percepção dos professores sobre os objetivos da disciplina observada em termos da produção oral na L-alvo.

P1

Ao ser indagado sobre os objetivos de Inglês III, P1 afirma, de uma maneira vaga, que é incentivar o aluno a se comunicar de maneira satisfatória no nível elementar.

Certo(...) primeiro é bom ahente esclarecer que são alunos que fazem vernáculas então eles não objetivam serem professores de língua inglesa e há apenas um semestre há apenas um período que é passado inglês 3 pra eles é um detalhe importante então a gente procura dar uma abrangência geral né? A gente procura dar um uma base pra que o aluno se comunique de a um mesmo nível elementar mas consiga se comunicar satisfatoriamente e satisfazer suas necessidades básicas de comunicação porque a ambição de/ o estágio superior seria barrado pela própria premência do tempo que é é limitado em seis meses. Num é? Mas é bom dizer que eles demonstram grande todo interesse em continuar eles demonstram muito entusiasmo e gostam e/da disciplina num é?/é pra que eles percebam que há prazer mesmo na presença dos alunos e uma necessidade até pessoal de continuidade a nível individual já que infelizmente na área deles a disciplina encerra aqui.

Observamos que ele tem consciência de que o fato de sua turma ser a de Vernáculo e ter apenas um semestre de ensino de inglês influi no objetivo da disciplina, que, segundo o docente, é dar "uma base para que o aluno se comunique" em um “nível elementar, mas que consiga se comunicar satisfatoriamente".

Segundo as nossas observações de sala de aula, P1, realmente, procura motivar o aluno a se comunicar na L-alvo, mas com ênfase nas estruturas gramaticais, e não no uso comunicativo. Em outros termos, temos aqui um conceito subjacente de língua como

comunicação que, porém, se realiza, principalmente, via código lingüístico, e não através de processos discursivos, interacionais.

P2

Para P2, o objetivo de sua disciplina é trabalhar as quatro habilidades lingüísticas: fala, escuta, leitura, escrita e o vocabulário de acordo com o nível da turma, assim, os objetivos são bem gerais.

É você sempre tentar os objetivos eh mais importantes seria de eh melhorar o máximo possível as quatro aptidões/ver determinadas estruturas mais avançadas trabalhar muito a parte de vocabulário escrita a escuta fala leitura. Então eu acho que são as quatro aptidões eu diria

Pq.: certo. Eh/

P2.: Para mai/ seguindo o nível deles Pq.: Certo.

P2.: Que cada grupo é um grupo.

O que podemos perceber no depoimento de P2 é que não existe uma clareza em termos de objetivos mais concretos. Por exemplo, não se sabe, se todas as habilidades receberão a mesma ênfase.

Os registros de sala de aula evidenciam que os objetivos declarados pelo professor coincidem com os implícitos em suas aulas. Há uma ênfase no desenvolvimento das quatro habilidades comunicativas: escutar, falar, ler e escrever. Esses objetivos subjazem ao livro didático adotado por P2.

P3

Como podemos observar na seqüência, P3 foi bastante evasivo, pois não responde, exatamente, à pergunta sobre os objetivos da disciplina. Ele alegou que existem dois programas, mas não explicou a diferença entre os seus objetivos. Falou ainda sobre o problema do desnivelamento e da arrumação das carteiras.

Olha essa disciplina inglês IV eu acho que ela ta /esse grupo exce excepcionalmente né? falando especialmente falando esse grupo é um grupo de nível excepcional eu digo porque eu já ouvi comentários até que inglês VI não é tão bom quanto o pessoal de inglês IV certo?

Pq.: hum hum

P3.: E até a própria professora SXXX já me falou né? Que o nível deles e eu pelo que ela me falou eu deduzi que o meu é bem melhor.

Pq.: hum hum

P3.: Agora existe também um problema é que você tem dois a gente tá com dois programas aqui a gente tá com um programa oficial que diz que (? ) uns pontos de gramática num é? porque ainda é assim o programa aqui então eu ele objetiva a o aluno eh saber usar bem tal tal tal estrutura no entanto o pessoal aqui do próprio departamento está fazendo uma coisa paralela adotaram inclusive um livro que é outra dificuldade que eu nunca eu nunca vi na minha vida um aluno de universidade num comprar livro mas está na moda fazer livro xerox né? É livro xerox isso é absurdo e aí você vê a gente tem tá seguindo uma outra linha que de acordo com que eu conversei com a professora de inglês III ela estava objetivando assim eh um certo nível in writing já que eles são tão bons in speaking porque são realmente muito bons mas eu por outro lado sinto Pq.: inglês III cê ta falando?

P3.: inglês III ela enfatizou bastante o writing Pq.: certo certo

Pq.: então ela me passou isso então o que eu sinto hoje nesses nessa turma especificamente é que a universidade falhou com eles a partir do momento que não fez o nivelamento porque esses meninos eles têm condições de estudar no inglês V ou até mesmo no inglês VI certo? Agora o que acontece eu tenho meninos aqui que não têm o mesmo nível que há um desnivelamento grande na turma então tem umas que a gente sabe você percebe enquanto professor que ela não tem o mesmo nível dos outros mas ela não se lança porque ela se sente acanhada de mostrar que não tem o mesmo nível dos outros que se a gente tivesse um nivelamento isso não aconteceria porque estaria cada um no seu nível e teria mais oportunidade de se lançar até mesmo a sala eu acho que a sala não ajuda pra um comunicativo eu já tentei arrumar a sala fazer círculo e coisa e tal mas eles mostram assim uma má vontade porque depois eu peço pra botar de volta no lugar então há um há toda uma estrutura aqui que está realmente voltada para aquele approach estruturalista isso são coisas até mesmo o espaço físico a gente tem que vencer então tem muita coisa que acho que precisa ser revista e revista não só oficiosamente como tá sendo feito quando a gente tem dois programas a gente tá fazendo oficiosamente né?(.)Mas é sentar e repensar principalmente um aluno de letras que vai ensinar depois.

Pq: certo.

P3: aí a gente tem hoje uma série de coisas que você pode fazer em sala de aula.Mas a gente tá ainda muito limitado num é? a uma estrutura de um programa que tem cinqüenta anos e que tá aí pra ser usado e que depois me perguntam porque você não está seguindo o oficial (e às vezes fica?) fica complicado isso. Pq.: certo.

P4.: mas tamo tentando.

As nossas observações de sala de aula indicam que – apesar da falta de clareza e especificação - o objetivo principal de P3, nesta disciplina, é desenvolver as habilidades comunicativas dos alunos.

P4

A resposta indica que P4 não tem uma idéia exata sobre os objetivos da disciplina que ensina. Apenas segue um programa. Ele responde, de uma forma bastante geral, que, dentro do referido programa, os objetivos da sua disciplina são "trazer o inglês para a sala de aula de uma forma “prática” e “comunicativa".

não/ veja bem SXXX eh a disciplina inglês VI/ eu simplesmente tenho que seguir/eu eu sigo/ vamos dizer assim um quadro um programa curricular que me é apresentado e que eu devo seguir/ agora eu procuro dentro desse programa trazer o inglês para a sala de aula de uma forma de uma forma prática comunicativa atual dinâmica interessante divertida levando em consideração que você hoje em dia falar inglês é essencial.

Os dados revelam que as aulas de P4 não obedecem a um planejamento, o que se confirma a impressão que fica quando lemos a declaração acima.

Estratégias verbais

A terceira pergunta aos professores procurou averiguar os tipos de recursos verbais, tais como pergunta, feedback, instrução, utilizados para promover a participação do aluno na produção oral na L-alvo.

P1

Segundo a declaração de P1, a estratégia verbal utilizada nas atividades de fala é a contextualização, ou seja, o mesmo tenta colocar o aluno em uma situação comunicativa, a fim de criar a necessidade de comunicação.

certo, eu costumeiramente eu i inici/ inicialmente eu faço com que meus alunos se coloquem com a necessidade de se comunicarem eu acho importante que o aluno sinta a necessidade daquele gap feeling né? Daquele information gap quer dizer eu tenho uma necessidade de entender uma informação essa informação você tem eu preciso chegar até você você vai transmitir ela pra mim isso essa necessidade de chegar a essa informação tem que ser natural então eu procuro despertar isso como é que eu faço isso? Eu sita situaciono os alunos eu gosto de si/situacionar as as qu/aulas em função de contextos mesmos de de colocá-los e vi vivenciar a língua porque vai vai levá-los a um um padrão ate um pouco vamos dizer assim teatral né? Fantasioso já que nós estamos num ambiente de sala de aula de se sentirem numa situação real de necessidade de comunicar-se eu coloco essa essa situação pra que desperte naturalmente o desejo da comunicação e a necessidade de ob de obtenção da informação que estará em dispo disponível ao outro ao ao indivíduo consultado né? ao ao outro aluno e essas durante a as aulas a a as/

Pq.: as atividades de fala

P1: atividades eu gosto de deixá-los bem a vontade ou seja eu gosto que eles falem e errem né? Ou seja, não

gosto de interferir muito né? Embora eu eventualmente interfira quando se faz necessário quando há uma demanda do aluno uma pergunta um questionamento eu não gosto de deixar ninguém sem a o questionamento muito embora quando aquele questionamento pode passar sem sem a minha resposta sem a minha satisfação da da curiosidade eu digo vá faça o que você acha que é como é que você faz como é que você acha que é correto e eu acho que você vai acertar e ele vai né? Então eu pro procuro evitar o máximo interferir pra que ele erre tropece né? faça cometa as suas as suas idiossincrasias mas chegue a uma a uma a um uma satisfação de comunicação a uma comunicação satisfatória me mesmo que não plena num é?

Os dados apontam que P1 utiliza várias estratégias verbais durante a interação com os alunos, tais quais: pergunta, feedback, instrução. Ao contrário do que afirmou acima, as tarefas realizadas em sala de aula não foram contextualizadas de forma a criar no aluno a necessidade de comunicação.

P2

Segundo P2, ao trabalhar uma atividade, ele utiliza as seguintes estratégias: a) explica a tarefa e b) procura acompanhar os alunos para se certificar de que eles a compreenderam.

P2.: Eu tento eh explico a a tarefa

Pq.: Muito bem

P2.:tento me assegurar que eles compreenderam a tarefa em questão Pq.: Certo

P2.: Ao mesmo tempo durante quando eles estão trabalhando na tarefa em questão dou uma vista assim eu vejo passo pelos grupos tento perguntar se se tá tudo se se precisam de alguma ajuda se tá claro(..) quer dizer eu fico eh tento me assegurar ( que ? ) certificar que realmente compreenderam aquela tarefa né? E e e eh eh quando você/uma coisa que eu vejo eh consigo perceber se tão eh levando bem a tarefa ou fazendo adequadamente pela pelo que eu escuto deles dos diferentes grupos presto atenção também se eles estão falando em português que muitos deles tentam ( ? ) quando chega perto eles falam em inglês né? Então eu acho que eu fico intermediando assim tanto na na na na apresentação da tarefa né? E quando tô intermediando né?(.) Tá tô dando assistência a eles antes da apresentação porque se eles estão trabalhando em grupo depois eu ou cada grupo vai apresentar seu trabalho então determinados grupos vão se voluntariar ou eu escolho o grupo pra apresentar o trabalho. Então né? de modo geral tento ver os grupos e tento ver o andamento da tarefa.(.) Então o o fato de você tá próximo e tá escutando os alunos já lhe lhe dá uma um retorno sobre se eles estão fazendo a tarefa adequadamente.

Os registros indicam que, além de explicar o conteúdo (estratégias de instrução) e acompanhar o desempenho do aluno, P2 usa as estratégias de pergunta e de feedback. P3

P3 afirma que usa as seguintes estratégias em atividades de fala: contextualização (procura envolver o aluno), “modelização” e “perguntas”.

P3.: eu acho que o ponto primordial é a contextualização né? porque através da contextualização você

envolve as pessoas porque se o aluno não tá envolvido ele vai olhar aquilo ali como um uma coisa que está num mundo exterior a ele num é? Ao passo se você coloca a coisa em termos de uma situação você contextualiza aí você vai chamando a atenção do aluno e depois você joga ele na cena.Então quando você joga ele na cena realmente ele se interessa. Acho que é por aí na na minha concepção.

Pq.: [ certo]

P3: Acho que tudo parte da contextualização. Pq: e durante?

P3: durante olhe eu ainda tenho algumas dúvidas em relação ao durante naquela tendência de não inibir a discussão eu acho que muitas vezes eu me furto de corrigir certo? e acho que tá certo mas acho que nesse ponto eu falho quando eu deveria fazer algumas anotações pra corrigir depois ( .) então tem algumas que eu lembro e eu faço o “feedback” depois. Mas muita coisa escapa realmente. Eu acho que se eu fosse mais disciplinada num sabe? Pegar um caderninho e sair anotando eu acho que isso funcionaria melhor(.) Porque eu acho que corrigir “on the spot” não é a melhor (? ).

Pq: certo.

olhe eu acho também que a gente tem a questão do do “modeling” né? o “modeling” também é importante agora há diferenças do “modeling” de de acordo com com o “task” que você tá fazendo se você tem quando