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Capítulo I Percursos formativos na prática supervisionada

4. Contextualização da prática supervisionada no 1º Ciclo do Ensino Básico

4.4 Caracterização da turma

Os dados apresentados têm como base as grelhas de caraterização da turma, disponibilizadas pela professora Conceição Vicente, para um maior aprofundamento da nossa caracterização, preenchidas pelos alunos no início do ano letivo (anexo 6).

A turma do 3ºA é constituída por 29 alunos, dos quais 18 são raparigas e 11 rapazes. Apenas dois alunos não integraram a turma desde o início, no entanto, é evidente a boa relação que existe entre todos os alunos. Apesar de, segundo a cooperante, quando a aluna estrangeira, intergou a turma, alguns alunos revelarem comportamentos de exclusão para com ela, a professora teve de intervir e, com o passar do tempo, os alunos passaram a aceitar a aluna sendo que, atualmente, têm uma atitude de integração e proteção por esta menina.

Alguns alunos, ainda que uma pequena minoria, revelam algumas dificuldades de concentração, por isso, a professora cooperante exerce junto destes um acompanhamento mais personalizado, mantendo-os sentados mais perto da sua secretária, para facilitar esse acompanhamento.

Em relação ao tempo que passam na escola, a maior parte dos alunos almoça na escola, o que significa que passam aí a maior parte do seu dia. Sabemos que os pais/encarregados de educação dos alunos são bastante preocupados com a vida escolar dos filhos/educandos, apoiando-os na resolução de trabalhos de casa, participando nas reuniões de pais e nas atividades extracurriculares.

Os alunos encontram-se, maioritariamente, no seio de famílias tradicionais, ainda que alguns integrem agregados familiares de famílias divorciadas, reconstruídas e monoparentais, existindo um caso de monoparentalidade por viuvez na sala.

As disciplinas que mais gostam são Matemática e Estudo do Meio, pois afirmam que gostam de realizar cálculos e aprendem muitas “coisas” divertidas. A maioria acha a disciplina de português a mais difícil, pois não gostam muito de escrever textos ou não gostam muito de ler. De referir também que este grupo de alunos motiva-se facilmente com propostas de atividades que envolvam a utilização das novas tecnologias como, por exemplo, tablets ou smartphones.

Assim, concluímos que dos 25 alunos sobre os quais tínhamos dados, 1 dos alunos vive apenas com o pai mas tem irmãos, 16 alunos vivem com os pais e têm irmãos, 2 alunos vivem só com a mãe e com os seus irmãos e 6 alunos vivem apenas com os pais pois não tem irmãos.

No que respeita ao subsídio escolar, 18 alunos não beneficiam de subsídio, 1 aluno beneficia de escalão A, 2 alunos têm escalão B e 4 alunos inquiridos não responderam. Todos os alunos inquiridos frequentaram a Educação Pré-Escolar. Nenhum dos alunos ficou retido e apenas 2 alunos frequentam apoio pedagógico.

Os alunos estudam, na sua maioria, durante 30 minutos diários e, os restantes, dedicam 60 minutos por dia aos estudos. O local de estudo privilegiado pelos alunos diz respeito ao quarto. As opiniões dividem-se, equitativamente, quanto à preferência nos momentos de estudo, sendo que metade prefere estudar sozinho e a outra metade em grupo. Todos os alunos pretendem continuar os estudos, à exceção de um que não mostrou interesse em prosseguir.

No que diz respeito aos interesses dos alunos, assinalando duas atividades favoritas, podemos afirmar que ver televisão e praticar desporto são as atividades preferidas. Estar no computador é também uma atividade que muitos alunos preferem e ouvir música é aquela que é a menos escolhida pelos alunos.

Quanto às características que os alunos preferem num professor, as características que prevalecem são a amizade, a simpatia e a compreensão por parte do professor. As três características que menos relevância têm para os alunos são o professor ser pouco assíduo, ser passivo durante as suas aulas e autoritário.

Os alunos definem-se, na sua maioria, como simpáticos, sinceros, confiantes, persistentes e compreensivos, poucos alunos acham-se desconfiados e nenhum aluno pensa ser egoísta.

Quando estão a falar e são interrompidos, a maioria dos alunos recorre ao diálogo para prosseguir a comunicação, pedindo ao colega que espere até eles acabarem de falar, outros preferem mandar calar o colega com alguma “agressividade” e os restantes deixam o colega falar e no fim chamam-no à atenção.

No que respeita a atitudes de agressão no recreio, a maioria dos alunos não reage contra o aluno que os agride mas dirige-se à funcionária para participar o que aconteceu, alguns optam por conversar e dois optam pela violência.

Se algum conteúdo ou atividade interessa pouco aos alunos, a maioria pede esclarecimentos ao professor sobre o assunto, outros começam a brincar com algum material que tenham à mão como por exemplo o lápis, a régua ou o estojo. Os restantes dizem começar a conversar com o colega do lado e um dos alunos respondeu que começa a desenhar no caderno.

O tipo de aulas que mais agrada aos alunos são aquelas em que trabalham em grupo, seguidas das aulas em que utilizam as novas tecnologias e aquelas em que o professor tem em conta os seus interesses. As aulas em que só o professor é dinamizador das aulas e os alunos são agentes passivos são aquelas que menos agradam aos alunos.

Em conversa com a professora cooperante percebemos que, todos os períodos, a turma elege o “aluno em destaque”, este aluno é escolhido com base em vários critérios como a atenção e o comportamento na aula, a relação mantida com todos os colegas e as notas obtidas nas avaliações.

Por observação e análise da turma pudemos constatar que, de uma forma geral, esta revela vontade de aprender e participar ativamente nas atividades propostas nas aulas.

áreas curriculares, excetuando 2 ou 3 casos de alunos que apresentam reais dificuldades.