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CASO I – PESQUISA SOBRE UTILIZAÇÃO DO PROJETO TÉCNICO DE

5.1 CASO I – PESQUISA SOBRE UTILIZAÇÃO DO PROJETO TÉCNICO DE IMPERMEABILIZAÇÕES

Na intenção de entender como o mercado tem atuado em relação ao projeto técnico de impermeabilização, o caso I se aplica à pesquisa sobre utilização ou não de tal projeto. Nesta perspectiva, é importante se observar como e porquê a cultura da não utilização se dissemina, e aplicando de forma técnica a pesquisa por meio do estudo de caso, Fonseca define como a pesquisa deve acontecer (2002, p. 33).

Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe.

Corroborando com a temática do trabalho, pesquisou-se junto a uma fatia de empresas do ramo da construção civil da região da grande Florianópolis e de outras cidades do estado de Santa Catarina, acerca de sua vivência, execução e periodicidade no manejo de projetos técnicos de impermeabilização. Com o intuito de comprovar a tese de que uma minoria já fez uso ou ainda utiliza, foi elaborado um questionário simples, com duas questões afirmativas, onde as empresas deveriam assinalar com um “X” as opções praticadas pelas mesmas conforme a Figura 14 o e-mail utilizado na pesquisa.

Figura 14 - Modelo de e-mail enviado para a pesquisa

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Impulsionada pela procura ainda soberanamente em época de veraneio, o mercado da construção civil tem crescido em ritmo veloz comparado a outras cidades do Brasil, o que

há dois anos atrás era impensável, haja visto que em 2015 e 2016 foram dois anos de forte recessão, fechando os respectivos anos com redução de empregos na casa dos 4 dígitos. Em 2017 houve leve melhora, mas somente no atual ano a projeção é positiva.

Se procurou desenvolver questionamentos simples para que as respostas não fossem algo que tomasse tempo da rotina certamente corrida dos profissionais. É completamente aceitável que dentro desta profissão seja dado atenção as maiores situações ou problemas, afinal no dia a dia da obra são tomadas inúmeras decisões e a estas deve ser dado a devida atenção. A pesquisa foi fundamentada em dois questionamentos:

1. Sua empresa já executou alguma obra com projeto específico de impermeabilização?

[ ] SIM [ ] NÃO

2. Este Tipo de projeto é utilizado por sua empresa: [ ] ROTINEIRAMENTE [ ] ESPORADICAMENTE

As empresas pesquisadas, catalogadas e questionadas com as perguntas formuladas estão relacionadas ao Anexo I.

Entre as tantas empresas de construção civil de Santa Catarina, seja ela do ramo de mão de obra, administração ou incorporação, foram pesquisadas, encontradas e catalogadas 125 delas como mostrado na planilha. Deste levantamento, 118 endereços foram obtidos afim de entrar em contato para a pesquisa, 76 destes endereços foram e-mails, os 42 restantes foram contatados através de alguma ferramenta “fale conosco” em seu site. Dentre todos os e- mails foram obtidas 25 respostas. As 7 empresas que não se conseguiu contato, dentro da pesquisa, não foi encontrado site, mídias sociais ou qualquer publicidade na internet.

No total houveram 11 respostas afirmando que já tiveram contato em alguma obra com projeto específico de impermeabilização e 14 respostas negativas para o mesmo questionamento, totalizando 25 respostas. Das 11 respostas afirmativas houveram 6 que informaram que utilizam o projeto com bastante frequência, e outras 5 que utilizam o projeto em raras ocasiões, por meio da resposta esporadicamente. Das 14 respostas que indicaram que nunca utilizaram projeto de impermeabilização subtende-se de que não possuem contato nem frequentemente nem esporadicamente na tabela 3 e 4 será mostrado o resultado da pesquisa.

5.1.1 Resultados obtidos com a pesquisa

a) Pergunta 1 - Sua empresa já executou alguma obra com projeto específico de impermeabilização:

Tabela 3 - Resultado da primeira pergunta

Situação

Quantidade

%

Sim

11

44

Não

14

56

Total

25

100

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

b) Pergunta 2 – Das empresas que já utilizaram - este tipo de projeto é utilizado por sua empresa com qual frequência:

Tabela 4 - Resultado da segunda pergunta

Situação

Quantidade

%

Rotineiramente

6

54,55

Esporadicamente

5

45,45

Total

11

100

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Com base nos resultados da simples, porém objetiva pesquisa que foi realizada no cenário da construção civil do estado, pode-se afirmar que o resultado está dentro do que era esperado por um lado, mas por outro houve uma pequena surpresa.

Não se era esperado haver tantas empresas com experiência no uso de projeto específico de impermeabilizações, primeiro porque a cultura regional e pode-se dizer nacional é de alocar recursos onde no conhecimento social entende-se que haverá maior retorno, principalmente estético, como por exemplo nos acabamentos de uma obra, e segundo que provavelmente por esta baixa procura deste serviço, há pouquíssimas empresas especializadas que desenvolvem esta disciplina de projeto.

Por experiência dos autores, raras as obras dentro de Florianópolis utilizam/utilizaram. Em cerca de 40 obras que os autores atuaram em suas carreiras até o momento desta monografia, somente uma foi aplicado o projeto técnico de

impermeabilização, o que demonstra que além da prática/experiência dos autores, há muitas outras empresas com experiência no uso deste projeto.

Das 25 respostas obtidas, 11 empresas já utilizaram o projeto técnico de impermeabilização, o que representa 44% da amostragem, em contrapartida 14 empresas até o presente momento não utilizaram esta disciplina de projeto, o que representa 56% da amostragem.

Dentro das respostas afirmativas para o questionamento um, foi obtido parte das respostas que se esperava. Embora um número relevante de empresas já tenha experiência no manejo do projeto, cerca da metade, 45,45% o fazem raramente, já para 54,55% a prática é comum, dito rotineiro.

Analisando um pouco mais a fundo os números, e entendendo que para as empresas que responderam que a prática do uso do projeto não é tão comum assim, o resultado pode-se entender afirmativo para o que se pretende comprovar, acerca do não uso ou não uso frequente do projeto, temos um resultado próximo ao que foi imaginado quando da concepção dos questionamentos, que poucas empresas utilizam, ainda assim com boa quantidade de respostas afirmativas para o uso com frequência:

Tabela 5 - Balanço geral da pesquisa

Situação Quantidade %

Utilizam com frequência 6 24%

Não utilizam/não utilizam com frequência 19 76%

Total 25 100%

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

A tabela 5 expõe a grande perspectiva de mercado que esta disciplina pode vir a ter, entende-se que com a maior conscientização de que este projeto deve fazer parte do pacote básico de projetos de uma obra, assim como o arquitetônico, estrutural, instalações hidrossanitárias e elétricas, um maior número de profissionais e por consequência empresas, pode iniciar a prática, adaptar e incluir em seu pacote de venda, ou migrar definitivamente para este nicho, que deve ser do reconhecimento do senso comum sua grande importância.

5.2 ANÁLISE DE SOLUÇÕES PARA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS MAIS