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A importância do projeto de impermeabilização para redução de manifestações patológicas

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Academic year: 2021

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ALIVINO JOÃO DA SILVA JUNIOR VALCELI LEAL JUNIOR

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO PARA REDUÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Palhoça 2018

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ALIVINO JOÃO DA SILVA JUNIOR VALCELI LEAL JUNIOR

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO PARA REDUÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Marcelo Cechinel, Esp.

Palhoça 2018

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DETICATÓRIA - 1

Agradeço a Deus por ter aberto portas e ter me oportunizado ser a primeira pessoa do meu núcleo familiar a possuir uma graduação. A minha querida mãe (in memoriam), Vanda Leite, que hoje, mesmo no céu, sinto que me conduz e aconselha as melhores decisões. A minha esposa, amiga e confidente Kamila Fernandes Guimarães da Silva que possui grande parcela de responsabilidade nesta página feliz de nossas vidas, pois é uma conquista nossa.

A minha família e amigos, que mesmo pouco presentes nestes anos, nos momentos de encontro revigoraram minhas energias para seguir centrado e firme.

Ao grande amigo que a vida me proporcionou, e que depositou confiança em nossa equipe durante todo o curso, e trabalho de conclusão. A engenharia civil, por ser o veículo de mudança da minha vida, e de me fazer ter esperança no futuro.

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DETICATÓRIA - 2

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada. Aos meus pais Valceli Leal e Margarida Dias Leal, por sempre acreditarem no meu sonho e não medirem esforços para que eu chegasse até aqui. Ao meu grande amor e companheira de todas as horas Mariane Silva de Souza, por sua paciência, compreensão e por estar sempre ao meu lado nesta jornada. Ao meu grande amigo e parceiro deste trabalho, por ter apostado na parceria deste trabalho.

In memoriam: O meu grande amigo Darlan,

que tenho certeza que me acompanhou e inspirou por todo este tempo com sua luz, meu eterno obrigado por ter me ensinado o verdadeiro significado da amizade.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, por ter nos concebido saúde e força para superar as batalhas ao longo de nossas vidas.

A esta universidade e a seu corpo docente que nos oportunizaram abrir a janela que hoje vislumbra um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presente.

Ao nosso orientador, amigo e Professor Marcelo Cechinel, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas correções e pela “força” na elaboração deste trabalho, aqui fico nosso eterno agradecimento.

Aos nossos amados irmãos e familiares, que conviveram quase diariamente nesta caminhada, agradecemos pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

Aos nossos amigos Orildo José de Sousa e Wagner Luís Koch, companheiros e irmãos na amizade, agradecemos pelos momentos que fizeram parte de nossa formação, pela mão que sempre se estendia quando precisávamos. Esta jornada não seria a mesma sem vocês. A todos os envolvidos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, o nosso muito obrigado.

“Como é bom render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo”. Salmo 92:1

Alivino João da Silva Junior Valceli Leal Júnior

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“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho. ” (Dalai Lama)

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RESUMO

Com a cultura na construção civil da execução da impermeabilização na ausência de um projeto específico, sendo executados a partir de conhecimentos empíricos e sendo na maioria das vezes o vilão das manifestações patológicas. Ao passar dos tempos os grandes especialistas na área estão modificando este cenário, desde a criação da NB-279 que serviu como texto base e o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI) vem se modernizando as técnicas de impermeabilização. E com a criação na ABNT NBR 9575 – Impermeabilização – Seleção de Impermeabilização de Outubro de 2003, mudou-se o panorama de forma positiva. Onde os profissionais têm como apoio técnicas regulamentadas dispondo de suporte para a formulação de projetos específicos assim sendo cada vez mais solicitados em variados tipos de empreendimentos. Neste trabalho será apresentado a importância de um projeto específico e variados tipos de sistemas de impermeabilização, como as técnicas corretas para sua execução. Para melhor entendimento apresentam-se, estudos de casos de obras com manifestações patológicas e propostas para a solução das mesmas. Será abordado em forma de pesquisa, o panorama atual do efetivo uso de projetos específicos.

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ABSTRACT

With the culture in the construction of the execution of the waterproofing in the absence of a specific project, being executed from empirical knowledge and being in most cases the villain of the pathological manifestations. Over time, the great experts have been modifying this scenario since the creation of the NB-279, which served as a base text and the Brazilian Institute of Waterproofing (IBI) has been modernizing waterproofing techniques. And with the creation in ABNT NBR 9575 – Waterproofing – Selection of Waterproofing in October 2003, this panora changed positively. Where the professionals have as support regulated techniques with support for the formulation of specific projects thus being increasingly requested in various types of enterprises. In this work the importance of a specific project and various type of waterproofing systems will be presented, as the correct techniques for their execution. For better understanding, case studies of works with pathological manifestations and proposals for their solution are presented. It will be approached in the form of research, the current panorama of the effective use of specific projects.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Mecanismo de atuação da água em edificações ... 24

Figura 2 - Percolação de água grão à grão... 25

Figura 3 - Pressão unilateral positiva ... 26

Figura 4 - Pressão unilateral negativa... 27

Figura 5 - Pressão bilateral ... 28

Figura 6 - Camadas que compõem o sistema de impermeabilização ... 29

Figura 7 - Camada de base ou substrato ... 30

Figura 8 - Camada reguladora ... 31

Figura 9 - Camadas intermediárias de amortecimento e de berço ... 31

Figura 10 - Camada impermeabilizante... 32

Figura 11 - Camada de proteção ao sistema de impermeabilização ... 32

Figura 12 - Principais motivos para infiltrações ... 41

Figura 13 - Falhas construtivas ... 42

Figura 14 - Modelo de e-mail enviado para a pesquisa ... 46

Figura 15 - Infiltração no ralo do deck da piscina ... 50

Figura 16 - Imprimação como ponte de aderência ... 52

Figura 17 - Aplicação da manta asfáltica no interior do ralo ... 52

Figura 18 - Reforço em ralo com manta asfáltica ... 53

Figura 19 - Descolamento de manta em parede de platibanda ... 53

Figura 20 - Incidência de água na parede de platibanda... 54

Figura 21 - Infiltração de água devido ao ... 54

Figura 22 - Limpeza do material colante ... 55

Figura 23 - Corte horizontal para impermeabilização ... 56

Figura 24 - Embutimento da manta asfáltica no corte horizontal... 56

Figura 25 - Rufo de granito ... 57

Figura 26 - Infiltração de água em parede de subsolo ... 58

Figura 27 - Incidência da água em solo com parede de contenção ... 58

Figura 28 - Remoção do solo para a impermeabilização... 60

Figura 29 - Regularização da parede de contenção ... 60

Figura 30 - Aplicação da manta asfáltica ... 61

Figura 31 - Drenagem horizontal... 62

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Figura 33 - Compactação do solo ... 63

Figura 34 - Dutos de Chaminé ... 68

Figura 35 - Chapa base do duto sobre alvenaria ... 68

Figura 36 - Dilatação base da alvenaria... 69

Figura 37 - Duto em laje impermeabilizada ... 70

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Origem das falhas construtivas de impermeabilização ... 45

Tabela 2 - Natureza das falhas de impermeabilização ... 45

Tabela 3 - Resultado da primeira pergunta ... 48

Tabela 4 - Resultado da segunda pergunta ... 48

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 12 1.1 TEMA DA PESQUISA ... 12 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ... 12 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ... 12 1.4 JUSTIFICATIVA ... 14 1.5 OBJETIVOS ... 16 1.5.1 Objetivo geral ... 16 1.5.2 Objetivo específico... 16 1.6 HIPÓTESE DE PESQUISA ... 16 1.7 METODOLOGIA ... 17

1.7.1 Quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados ... 17

1.8 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO ... 18 2 ASPECTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO ... 19 2.1 ASPECTO HISTÓRICO ... 19 2.2 NO BRASIL ... 19 2.3 CRIAÇÃO DA NORMA ... 20 2.4 ASPECTOS ESPECÍFICOS ... 20

2.4.1 As exigências da durabilidade nas edificações ... 20

2.4.2 Vida útil nas edificações ... 21

2.5 MECANISMOS DE ATUAÇÃO DAS ÁGUAS NAS EDIFICAÇÕES ... 21

2.5.1 Umidade durante a construção ... 22

2.5.2 Umidade das chuvas ... 23

2.5.3 Umidade por capilaridade ... 23

2.5.4 Umidade por vazamento de redes hidrossanitárias ... 23

2.5.5 Umidade por condensação ... 24

2.6 SOLICITAÇÕES IMPOSTAS ... 25

2.6.1 Água de percolação ... 25

2.6.2 Imposta por fluído sob pressão unilateral ou bilateral ... 26

2.6.2.1 Pressão Unilateral Positiva ... 26

2.6.2.2 Pressão Unilateral Negativa ... 27

2.6.2.3 Pressão Bilateral ... 27

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2.6.4 Imposta pela condensação da água ... 28

3 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 29

3.1 COMPONENTES DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 29

3.1.1 Camada Base ... 29

3.1.2 Camada reguladora... 30

3.1.3 Camada de Berço e Camada de Amortecimento... 31

3.1.4 Camada impermeabilizante ... 31

3.1.5 Proteção mecânica ... 32

3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO . 32 3.2.1 Sistema rígido ... 33

3.2.1.1 Aditivos impermeabilizantes para concreto e argamassas ... 33

3.2.1.2 Argamassa polimérica ... 34

3.2.1.3 Cristalizantes ... 34

3.2.2 Sistema flexível ... 35

3.2.2.1 Manta asfáltica e complementares ... 35

3.2.2.2 Manta líquida ... 36

4 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 37

4.1 IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 37

4.2 OS OBJETIVOS PRINCIPAIS COM O PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ... 38

4.3 ETAPAS DO PROJETO ... 38

4.3.1 Projeto Básico ... 38

4.3.2 Projeto Executivo ... 39

4.3.3 Informações complementares importantes ... 39

4.3.4 Normas regulamentadoras complementares ... 39

4.4 IMPLICAÇÕES NA AUSÊNCIA DE UM PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO . 40 4.4.1 Identificação e origem ... 44

5 ESTUDOS DE CASOS MULTIPLOS – ANÁLISE E SUGESTÕES DE IMPERMEABILIZAÇÕES ... 46

5.1 CASO I – PESQUISA SOBRE UTILIZAÇÃO DO PROJETO TÉCNICO DE IMPERMEABILIZAÇÕES ... 46

5.1.1 Resultados obtidos com a pesquisa ... 48

5.2 ANÁLISE DE SOLUÇÕES PARA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS MAIS FREQUENTES NA REGIÃO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS ... 50

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5.3 CASO II – INFITRAÇÃO EM RALO OU CONDUTORES DE ÁGUA ... 50

5.3.1 Sugestões encontradas para a solução do problema ... 51

5.4 CASO III – RUFOS E CONTRA RUFOS EM CALHAS DE CONCRETO ... 53

5.4.1 Sugestões encontradas para a solução do problema ... 55

5.5 CASO IV – INFITRAÇÃO EM PAREDE DE SUBSOLO ... 57

5.5.1 Sugestões encontradas para a solução do problema ... 59

5.5.1.1 Solução através do lado externo da parede ... 59

5.5.1.1.1 Proposta com Manta Asfáltica ... 59

5.5.1.1.2 Proposta com Cristalizante ... 63

5.5.1.2 Solução através do lado interno da parede ... 64

5.6 CASO V – INFILTRAÇÃO DE LAJES DE COBERTURA ... 65

5.6.1 Sugestões encontradas para a solução do problema ... 65

5.6.1.1 Para coberturas acessíveis e com trânsito de pessoas ... 65

5.6.1.2 Para coberturas não acessíveis sem trânsitos de pessoas... 66

5.7 CASO VI – INFILTRAÇÃO EM DUTO DE EXAUSTÃO ... 67

5.7.1 Sugestões encontradas para a solução do problema ... 69

5.7.1.1 Para coberturas com lajes impermeabilizadas ... 69

5.7.1.2 Para coberturas com telhados ... 71

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 72

6.1 CONCLUSÕES ... 72

6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ... 73

REFERÊNCIAS ... 74

ANEXOS ... 77

ANEXO A – COMPILAÇÃO DE EMPRESAS DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA. ... 78

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA DA PESQUISA

Projeto de impermeabilização.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A importância do projeto de impermeabilização para a redução de manifestações patológicas.

1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A construção civil, em especial no Brasil, acaba muitas vezes por desprezar alguns pontos tomados como irrelevantes e que em um futuro próximo podem vir a se tornar uma eterna fonte de preocupação e retrabalho.

Neste sentido, destaca-se a impermeabilização e a ausência, quase que na totalidade das obras, de seu respectivo projeto.

É sabido que dentre as atribuições que se estabelecem ao profissional de engenharia encontra-se a elaboração e perfeita execução dos projetos de impermeabilização, atribuição esta cujo efetivo atendimento é exigido pela NBR 9575/2010.

Neste sentido, o instituto brasileiro de impermeabilização (IBI) corrobora com a supracitada afirmação quando ressalta que: “exigido pela NBR 9575/2010, o projeto é imprescindível para assegurar correta especificação do sistema de impermeabilização, bem como para garantir estanqueidade e durabilidade às edificações”1.

Desta forma, salienta-se que esta obrigatoriedade encontra respaldo quando se correlaciona os efeitos danosos das manifestações patológicas advindas de má execução da impermeabilização, especialmente em estruturas de concreto, às novas exigências tanto da norma brasileira regulamentadora (NBR) 15757/2013 – Desempenho de Edificações Habitacionais e quanto da própria NBR 6118/2014 – Projetos de Estruturas de Concreto.

1 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

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Por sua vez, apresenta-se no mercado uma série de produtos e tecnologias, muitas nem mesmo respaldadas, que acabam por dificultar ou até mesmo levar os profissionais sem muita experiência no assunto a optar por uma alternativa equivocada.

É de conhecimento geral dos profissionais da construção civil, que as atribuições estabelecidas para um engenheiro civil, dado como exemplo os projetos complementares de instalações hidráulicas e elétricas, um projeto para a construção civil deve contemplar igualmente o projeto de impermeabilização IBI2.

Acerca desta problemática entendem Cunha e Neumann(1979)3:

De fato, nada é rígido e imutável na construção.

A impermeabilização carrega o estigma de um certo mistério provocado pela grande variedade de produtos e sistemas que são oferecidos, com características e custos disparos ou pela sofisticação da argumentação técnica, para compelir os que não tem conhecimento, a terem a imagem de uma solução difícil que confunde os leigos e motiva as pessoas a fugirem da impermeabilização.

Desde seus primórdios a humanidade já observa o comportamento nocivo que a água traz para as construções. Assim como descreve VENTURINI (2009), para se proteger das chuvas, dos animais e intempéries da idade, como o frio, o homem passou a se abrigar em cavernas. Nesta idade o homem já percebera que a umidade ascendia pelas paredes através do solo, o que tornou a vida dentro das cavernas insalubre4.

Assim sendo, os problemas relacionados com a impermeabilização podem tomar proporções ainda mais danosas, influenciando inclusive a integridade física e a saúde do proprietário da edificação.

O que precisa ser entendido é que a correta execução da impermeabilização nas obras traz conforto a quem habita, sossego a quem executa, e longevidade as edificações.

Nesta seara, ressalta-se que o profissional de engenharia é o real responsável por fazer com que a boa prática seja aplicada, sempre embasado em um projeto bem elaborado e de fácil entendimento, reduzindo desta forma futuro aparecimento de manifestações patológicas de qualquer espécie, inclusive as provenientes da impermeabilização.

Trazendo o objeto deste estudo para a realidade da região sul do Brasil, mais especificamente para o estado de Santa Catarina, é visto que a cultura adotada sobre a

2 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

Acesso em 07 set. 2017.

3 CUNHA, Aimar G. da; NEUMANN, Walter. Manual de impermeabilização e isolamento térmico. Como

projetar e executar, 5ª ed. Rio de Janeiro; Argos 1979. P.15.

4VENTURINI, JAMILA. Características da cobertura condicionam escolha de sistema de

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necessidade e até mesmo a obrigatoriedade dos projetos de impermeabilização não é respeitada. É necessário determinar-se os pontos que levam os vários empreendedores, mesmo de obras vultuosas, a desprezar este quesito em seus empreendimentos.

Tentar-se-á ainda, buscar as justificativas de profissionais que consideram a necessidade de um projeto de impermeabilização irrelevante, tentando levantar pontos que contraponham e condenem suas justificativas.

1.4 JUSTIFICATIVA

A cada dia fica mais evidente a importância da impermeabilização para o desempenho de uma construção. O bom resultado dessa proteção é resultado da interação de diferentes variáveis. A falha de uma delas pode colocar em risco a durabilidade da impermeabilização.

Para o Instituto Brasileiro de Impermeabilização5 entende-se que:

O projeto de impermeabilização deve ser parte integrante dos projetos de uma edificação, como hidráulica, elétrica, cálculo estrutural, arquitetura, paisagismo. Isso porque a impermeabilização necessita ser compatibilizada com todos os componentes de uma construção de forma a não sofrer ou ocasionar interferências.

Dado ao grande número de manifestações patológicas em obras acompanhadas pelos autores deste trabalho, bem como pela pouca divulgação de informações, houve o interesse dos mesmos em abordar o assunto de forma a trazer para o meio acadêmico mais um material de consulta com informações pertinentes acerca de um assunto de extrema relevância e que se encontra pouco difundido.

Têm-se dados estatísticos em estudos recentes que apontam que o custo de uma boa impermeabilização, varia de 1% a 3% do custo total da obra, se executada durante a construção, respeitando-se o prazo de sua real aplicação, ao passo que, se deixadas para atuar como método de correção de manifestações patológicas advindas de sua ineficiência ou até mesmo inexistência, tal monta passa a ser de 10% a 15% do custo total de uma obra6. Desta forma, novamente se evidencia a necessidade imperativa de os projetos de impermeabilização compor o rol de projetos executivos em qualquer edificação.

5 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

Acesso em 07 set. 2017.

6FÓRUM DA CONSTRUÇÃO. A importância do projeto de impermeabilização. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/ >. Acesso em: 02 set. 2017.

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Conforme estatística exposta sobre o tema corroboram Cunha e Neumann7.

Não é admissível que a impermeabilização seja considerada como um serviço adicional, de função meramente secundária em relação às demais etapas da construção, e de custo adicional quase supérfluo.

Cabe-nos sempre e cada vez mais conscientizar os responsáveis da importância da impermeabilização, principalmente de obras públicas.

Impermeabilizar é necessário, para cada construtora é extremamente importante construir um empreendimento seguro e agradável utilizando-se das boas técnicas, garantindo desta forma o cumprimento da vida útil prescrita em norma, que atualmente é de 50 anos NBR 15575/20138.

Sustenta-se que o sucesso de uma edificação parte de três princípios básicos: o pacote de necessidades básicas do cliente, representado por um bom layout, uma boa área de vivência e localização da estrutura. Princípio este complementado por mais dois que se encontram deveras alinhados a esta pesquisa: o custo e o prazo. Quando se fala em custo, a tendência de qualquer investidor é a busca por tentar minimizá-los, elevando desta forma seu lucro auferido. Cotidianamente observam-se manifestações patológicas decorrentes desta tentativa extrema de minimizar os custos de uma obra; ato falho, pois no futuro esta omissão fatalmente irá aparecer. No que se refere ao quesito prazo, muitas das boas práticas e técnicas normatizadas são preteridas, para atender exigência ligada ao tempo de entrega da obra, como por exemplo, aplicação do revestimento cerâmico em um banheiro sem que as paredes estejam devidamente impermeabilizadas, ou a colocação de material pétreo, como soleira, em um requadro sem a devido tratamento impermeabilizante.

É comum os construtores fecharem os olhos para estes tão importantes detalhes, o que acaba sendo uma prática nada coerente, visto que, tais atitudes, no futuro, representarão problemas que certamente incorrerão em custos adicionais e retrabalho.

Desta forma, considera-se de suma importância o tema proposto à pesquisa, posto a quantidade de manifestações patológicas já evidenciadas. Tanto quanto pelos relatos de vários profissionais acerca dos malefícios que uma impermeabilização deficiente pode causar, seja no ponto de vista da integridade da obra, seja no ponto de vista do acréscimo de custo na construção.

7 CUNHA, Aimar G. da; NEUMANN, Walter. Manual de impermeabilização e isolamento térmico. Como

projetar e executar, 5ª ed. Rio de Janeiro; Argos 1979.

8ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Desempenho de Edifícios Habitacionais. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://www.sindusconjp.com.br/ >. Acesso em: 03 set. 2017.

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1.5 OBJETIVOS

Com o intuito de aprofundar nos conhecimentos na área de projeto de impermeabilização cabe ressaltar o que IBI esclarece9:

Elaboração de Projetos de Impermeabilização é crucial para garantir a eficiência desejada com a melhor relação custo-benefício. Cabe lembrar que o projeto de impermeabilização possibilita melhor planejamento da execução da impermeabilização, melhora a sua interface com outros sistemas, além de promover a escolha de tipos de impermeabilização mais pertinentes a cada situação.

1.5.1 Objetivo geral

Analisar a importância da utilização de um projeto de impermeabilização no que tange a redução e a incidência de manifestações patológicas.

1.5.2 Objetivo específico

 Realizar pesquisa de campo sobre o emprego do projeto técnico de impermeabilizações;

 Ampliar os conhecimentos acerca da impermeabilização através de uma breve revisão da história da utilização da impermeabilização e seus conceitos no âmbito da construção civil.

 Analisar a redução e a incidência de manifestações patológicas com a utilização do projeto de impermeabilização.

 Abordar os reflexos da redução da incidência das manifestações patológicas com a aplicação do projeto.

1.6 HIPÓTESE DE PESQUISA

O engenheiro civil é competente para dimensionar um projeto de impermeabilização e o responsável para disseminar a técnica correta e seus procedimentos de execução. Sendo assim, o estudo desta pesquisa será fundamentado em revisões bibliográficas e manuais técnicos desenvolvidos por especialistas na área dando ênfase ao projeto de impermeabilização.

9 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

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Conforme nos esclarece Boccato10:

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos, analisando e discutindo as várias contribuições cientificas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura cientifica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação.

1.7 METODOLOGIA

Segundo Gil (2002), o método caracteriza-se pela “série de regras com a finalidade de resolver determinado problema ou explicar um fato por meio de hipóteses ou teorias que devem ser testadas experimentalmente e que podem ser comprovadas ou refutadas” 11.

Neste ponto a pesquisa abordará este quesito sobre duas vertentes:

 Método de abordagem, que se caracteriza “por uma abordagem mais ampla, em nível de abstração mais elevado, dos fenômenos da natureza e/ou da sociedade” 12.

 Método de procedimento, que tem seu uso mais restrito, “são menos abrangentes e menos abstratos do que os métodos de abordagem” 13.

1.7.1 Quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados

No presente projeto será utilizada como procedimento para coleta de dados a pesquisa bibliográfica e documental, tendo em vista a coleta de dados em manuais técnicos, dissertação de monografias, artigos e anuais sobre o tema.

Em complemento à pesquisa bibliográfica e documental, será feita uma pesquisa descritiva por levantamento, com a técnica de obtenção de informação através de questionário em meio digital a construtoras regionais. O intuito será avaliar a forma de trabalho das construtoras frente ao uso do projeto técnico de impermeabilização, com perguntas diretas

10 BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico

como forma de comunicação. Ver. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265, 2006.

11 GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 70. 12 Ibid., p.47.

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sobre o uso ou não, e a periodicidade da utilização em caso de resposta afirmativa. Com isto, busca-se entender de forma direta o hábito construtivo relacionado as práticas de vedação na construção civil da região.

1.8 ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO

No presente trabalho, optou-se pela divisão em quatro partes principais: Introdução, Revisão Bibliográfica, Estudo de Caso e Considerações Finais. Com o intuito de nos aprofundar um pouco mais no que engloba a impermeabilização dividimos a Revisão Bibliográfica em 3 partes principais sendo elas: Aspectos da Impermeabilização, Sistemas de Impermeabilização e Projeto de Impermeabilização. A seguir mostraremos o conteúdo estudado a cada parte.

Introdução: será apresentado a formulação do específico tema com seu respectivo objetivo, com uma análise do mérito no estudo dos atuais meios e contribuição do conhecimento dos acadêmicos quanto as boas práticas da engenharia e quanto às técnicas de impermeabilização.

Revisão Bibliográfica: descreveremos neste trecho em três capítulos como: Os aspectos mais importantes da impermeabilização como suas abordagem desde o princípio desta técnica contra os fluídos causadores de patologias; Os grandes sistemas de impermeabilização, bem como suas técnicas e escolhas para cada área especifica; A importância de um projeto específico de impermeabilização, como a NBR 9575/2010 recomenda e normatiza suas etapas de execução, e ainda, como as implicações pela omissão deste projeto pode causar determinadas manifestações patológicas.

Estudo de Caso: Pesquisa que contribuirá com a confirmação do tema quanto a importância de um projeto de impermeabilização, sugestões dadas para solucionar múltiplos casos reais, relatando o grande problema da falta de informações de projetos de impermeabilização em pequenas obras.

Considerações Finais: Capítulo final que concluiremos o estudo do mérito, para a contribuição da formação acadêmica dos autores desta dissertação.

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2 ASPECTOS DA IMPERMEABILIZAÇÃO

Todos os materiais utilizados na construção civil de alguma maneira estão sujeitos à deterioração, sendo ela agressiva ou não para as edificações. Apesar disso, existem diversos métodos para evitar, minimizar ou até mesmo eliminar este problema. Em que visa precipadamente a conservação da obra no que tange aos malefícios da percolação da água, aumentando ou simplesmente mantendo sua expectativa de vida útil, surge a prática da impermeabilização.

2.1 ASPECTO HISTÓRICO

Há muito tempo já se procura uma solução para impedir o livre caminhamento da água por locais despreparados a esta finalidade, entretanto a impermeabilização já vem sendo usada ao redor do planeta há muito tempo. Toma-se como exemplo a civilização Romana e os Incas, que já se utilizavam de algumas técnicas para barrar a água em estruturas. Todavia empregavam selantes derivados de ovos, sangue, óleos e outros elementos com o intuito de impermeabilizar seus locais de banhos e aquedutos.

De acordo com a AEI - Associação das Empresas de Impermebilização do Estado do Rio de Janeiro - mesmo na natureza este metódo de impermeabilizar acontece. Observa-se, por exemplo, as abelhas, que utilizam o mais eficiente sistema de impermeabilização, no qual elas conseguem integrar grandes áreas com pequena quantidade de material, impermeabilizando assim sua colméia. Analisando-se historicamente relatos descritos da Bíblia no Versículo do Antigo Testamento, informam que na Torre de Babel e Arca de Noé foram utilizados formas para impedir a passagem de água14.

2.2 NO BRASIL

No Brasil não foi diferente, nossos colonizadores, os portugueses, já utilizavam-se de métodos para a impermeabilizar as caravelas que trouxeram a expedição de Pedro Álvares Cabral. Acredita-se que utilizavam betume para calefetar juntas das caravelas e outros métodos impermeabilizantes para os cascos.

14ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

História da Impermeabilização. Disponível em < http://aei.org.br/historia-da-impermeabilizacao/>. Acesso

(24)

Também como prática de vedação, antigamente era usual a aplicação de óleo de baleia nas construções como material impermeabilizante devido suas propriedades plastificantes. Pode-se observar estas técnicas nas várias igrejas e pontes históricas mundo afora.

Atualmente, o uso de impermeabilizantes ainda durante as etapas construtivas de uma obra ficou mais atrativo levando em conta a questão econômica, considerada por muitos a parte crucial da obra, trazendo assim uma execução mais facilitada, difundida, segura e econômica, frente ao possível aparecimento de patologias decorrentes da falta de impermeabilização. Reduzindo assim os custos de reparo e retrabalho que acrescem de forma considerável o valor final da edificação.

2.3 CRIAÇÃO DA NORMA

Ao passar dos anos os sistemas foram se modernizando e recebendo novas técnicas. Em 1971 no Brasil, o Engenheiro Otto Baungart, utilizando como base normas internacionais como DIN, ASTM e pesquisas nacionais, apresentou à Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, o texto base para elaboração da NB-279, que originou a NBR 12190, norma que objetiva a seleção do tipo de impermeabilização e respectivo modo de emprego. Revisada em Outubro de 2003 gerando a NBR 9575 – Impermeabilização – Seleção e Projeto.

Convém mencionar que no ano de 1975 no Brasil foi fundado o IBI, Instituto Brasileiro de Impermeabilização com o intuito de criar e reger todas as normas técnicas utilizadas em sistemas de impermeabilização no âmbito nacional15.

2.4 ASPECTOS ESPECÍFICOS

2.4.1 As exigências da durabilidade nas edificações

A importância do sistema de impermeabilização está ligada de modo direto à durabilidade das edificações onde estão empregadas. Isto é, os sistemas de impermeabilização devem ser projetados e executados levando-se em consideração o modo que será feito a

15 VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. 6ª edição, Disponível em: <

(25)

conservação de seus elementos, buscando prolongar a vida útil na edificação, bem como proporcionar ao indivíduo residente, um ambiente seguro sem nenhum tipo de substância nociva a sua saúde.

No que diz respeito ao conceito de durabilidade a ISO 13823/2008 dispõe que “durabilidade é a capacidade de uma estrutura ou de seus componentes de satisfazer, com dada manutenção planejada, os requisitos de desempenho do projeto, por um período específico de tempo sob influência das ações ambientais, ou como resultado do processo de envelhecimento natural”16.

2.4.2 Vida útil nas edificações

Entende-se como a vida útil nas edificações o mensuramento do quanto uma estrutura poderá sofrer algum tipo de falha ou colapso, destacando-se que estas ações podem ser ações físicas e químicas.

A ISO 13823/2008 dispõe que a vida útil nas edificações é “o período efetivo de tempo durante o qual uma estrutura ou qualquer de seus componentes satisfazem os requisitos de desempenho do projeto, sem ações imprevistas de manutenção ou reparo17”.

De uma forma mais simples a NBR 15575/2013 diz que a vida útil é “uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes”18.

Conclui-se então, que é o tempo de uma determinada edificação que resulta os fatores inerentes ao projeto, como seus procedimentos executivos, materiais empregados, as condições da utilização, tanto como suas eventuais solicitações não previstas (Vedacit, 2010)19.

2.5 MECANISMOS DE ATUAÇÃO DAS ÁGUAS NAS EDIFICAÇÕES

Como em qualquer outra situação cotidiana, precisa-se achar a origem do problema para falar-se sobre a escolha da técnica de impermeabilização mais adequada. No

16 INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDZATION (ISO). General Principles on the Design

of Structures for Durability. ISO 13823. Geneva: ISO/TC, 2008.

17 Ibid.

18ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Desempenho de Edifícios

Habitacionais. Rio de Janeiro, 2013.

19 VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. 6ª edição, Disponível em: <

(26)

entanto, é preciso entender o que está acarretando determinada infiltração e intervir no problema na origem para resolver a patologia de maneira definitiva (Fórum da Construção, 2018) 20.

Portanto, logo se admite que a água é o maior causador de patologias na construção de modo que, pode culminar em eventos diretos e/ou indiretos nas patologias. “Pode ser vista como um agente de degradação ou como meio para a instalação de outros agentes”

(Queruz, 2018) 21.

Dentre as origens da umidade presente em grandes partes das patologias, (Verçoza, 1991), acredita-se que há cinco tipos de origens:

 Umidade oriunda durante a construção;  Umidade das chuvas;

 Umidade por capilaridade;

 Umidade por vazamentos de redes hidrossanitárias e  Umidade por condensação22.

2.5.1 Umidade durante a construção

Pode-se definir a umidade durante a construção se dá pelo mau uso de materiais ao início da obra, tanto como, pela má seleção e armazenamento desses materiais. Pode-se citar as dosagens erradas nas produções de concreto, argamassas e outros materiais, no qual grande parte de sua água fica retida em seu interior demorando muito tempo para evaporar podendo trazer futuras patologias decorrentes deste fato. Conforme estudo feito por Cechinel e Vieira (2007), o processo de secagem desses materiais acontece em três fases distintas sendo: “na primeira há evaporação somente da água; na segunda fase, a água contida nos poros de maiores diâmetros evapora num processo muito demorado; finalmente, a água contida nos poros menores começa a ser liberada em um processo extremamente lento ao longo dos anos”23.

20 FÓRUM DA CONSTRUÇÃO. Impermeabilização em parades, como fazer para acabar com a

infiltração. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/ >. Acesso em: 02 set. 2017.

21 QUERUZ, F. Contribuição para identificação dos principais agentes e mecanismos de degradação em

edificação de Vila Belga. Santa Maria: UFSM, 2007. Dissertação (Mestrado em Endenharia Civil) –

Universidade.

22 VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra 1991.

23 CECHINEL, B. M.; VIEIRA, F. L.; MANTELLI, P; TONEL. S. Infiltração em alvenaria – Estudo de Caso

em edificio na Grande Florianipolis. 2007. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Intituto Federal

(27)

2.5.2 Umidade das chuvas

A umidade das chuvas consiste em uma má ou inexistente impermeabilização de coberturas ou até mesmo a não existência de selamento das paredes que contribuem para a infiltração de águas decorrentes das intempéries.

2.5.3 Umidade por capilaridade

Pode-se afirmar que vários fatores intrínsecos influenciam diretamente no processo de degradação de um material que compõe uma edificação. A absorção de umidade acontece pelo fato de quanto as superfícies mais rugosas maiores os índices de retenção de água, onde a capilarização dos vãos desses materiais em contato com o lençol freático potencializa esses efeitos e com a pressão hidrostática faz subir o líquido (Vedacit, 2010) 24.

Para Verçoza (1985), são oriundos da descontinuidade dos materiais utilizados na construção civil, formando uma rede de espaços cheios de ar, que vão sendo saturados pela água a medida que esta se desloca dentro do material25.

Righi (2009) ainda define a “umidade por capilaridade como a ação da água sobre os elementos das construções que estão em contato com bases alagadas ou solo úmido”26.

Moreira (2015) define a “infiltração por capilaridade como a ascensão da água pelos poros capilares, ou seja, poros interligados entre si e que por vasos comunicantes migram para cima nas construções”27.

2.5.4 Umidade por vazamento de redes hidrossanitárias

A umidade por vazamento de rede hidrossanitárias é um dos problemas que é muito presente nas construções, tanto pela falta de capacitação dos profissionais responsáveis pela instalação de elementos hidrossanitários, quanto pela falta de conferências dos profissionais técnicos habilitados a este fim. Referido problema acaba culminando com o surgimento de vazamentos específicos durante e após a obra concluída.

24VEDACIT – Manual técnico: Recuperação de estruturas. Pg.327. 3ª edição, Disponível em: <

http://www.vedacit.com.br > Acesso em 22 out. 2017.

25 VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre, Editora Sagra 1991.

26RIGHI, Geovane V. Estudo dos sistemas de impermeabilização: Patologias, prevenções e correçãoes –

Analise de casos. 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – UFSM, Santa Maria, 2009.

27 MOREIRA, Kirke Andrew Wrubel. Impermeabilização. Apostila. Disciplina Tópicos Especiais em

(28)

Em paredes ou em outras estruturas que possuem tubulações embutidas de água e esgoto, a possiblidade destas apresentarem fadiga e/ou falhas no processo executivo, pode acabar culminando na liberação dos fluídos, o que para a unanimidade dos casos geram problemas muitas vezes irreversíveis à manutenção, restando somente a troca. Toma-se como exemplo um assoalho de madeira, que uma vez tendo contato e absorvido água, dificilmente retornará ao seu estado e acabamento natural.

2.5.5 Umidade por condensação

Ambientes enclausurados colaboram muito para a transformação da água do estado líquido para o meio gasoso. Sem ventilações corretamente dimensionadas e cruzadas, a água será acumulada nas partes mais altas do ambiente produzindo reações nas superfícies das estruturas e posteriormente, aumentando as infiltrações e deteriorando os materiais componentes das edificações (Verçoza, 1991)28.

Conforme citado anteriormente, sobre os fatores que podem provocar a umidade nos ambientes e visto que podemos encontrar sua presença em vários estados e seus efeitos, pode-se ilustrar melhor com a Figura 1, a ação da água em determinadas edificações.

Figura 1 - Mecanismo de atuação da água em edificações

Fonte: Casa d'água [20??].

(29)

2.6 SOLICITAÇÕES IMPOSTAS

Cada superfície ao receber impermeabilização deve ser analisada e projetada para o caso visando às solicitações impostas pela água na estrutura, adequando-se as seguintes solicitações:

 Imposta pela água de percolação;

 Imposta pelo fluído sob pressão unilateral ou bilateral;  Imposta pela umidade do solo,

 Imposta pela condensação da água.

2.6.1 Água de percolação

A água de percolação é algo muito comum, basta imaginar um elemento saturado de água e outro seco e aproximar os dois materiais. Com a referida aproximação pode-se observar que até mesmo sem o contato entre eles a transferência de unidade acontece. Este fenômeno acontece pela passagem de água de um corpo para outro por transmissão de grão a grão. Outro exemplo a ser dado é o de uma parede de alvenaria, onde a água em uma determinada região começa a encharcar o grão ao redor de determinada zona.

Algumas bibliografias informam que a passagem por percolação pode chegar aproximadamente 1 metro de altura em paredes de alvenaria sem proteção de impermeabilizantes.

Observa-se o fenômeno da percolação de água grão a grão na Figura 2 abaixo ilustrada:

Figura 2 - Percolação de água grão à grão

(30)

2.6.2 Imposta por fluído sob pressão unilateral ou bilateral

Ocorre pelo excesso de pressões sendo elas unilaterais ou bilaterais, usualmente aflui em reservatório de água que por sua vez com seu volume máximo exerce em suas paredes pressões pelo fato da água estar confinada em todas as direções, fazendo com que as passagens dos fluídos aconteçam por meio de fissuras, trincas e rachaduras na estrutura. No entanto pressões unilaterais podem ser representadas por pressões positivas ou negativas.

2.6.2.1 Pressão Unilateral Positiva

São pressões que tem sua origem no interior do elemento, ou seja, exerce sua pressão de dentro para fora da estrutura, como exemplo piscinas e caixas de água em concreto.

A NBR 9575/2010 define tal conceito como sendo: “água confinada ou não, exercendo pressão hidrostática superior a 1Kpa de forma direta na impermeabilização29”, como pode-se representar na Figura 3.

Figura 3 - Pressão unilateral positiva

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

29 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(31)

2.6.2.2 Pressão Unilateral Negativa

Conforme a NBR 9575/2010, “ exercendo pressões hidrostáticas superiores a 1Kpa de forma inversa à impermeabilização”30. Isto é, tem sua origem na parte externa de elementos impermeabilizados, exercendo pressões de fora para dentro conforme mostra a Figura 4.

Figura 4 - Pressão unilateral negativa

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

2.6.2.3 Pressão Bilateral

Entende-se como pressões com natureza tanto positiva quanto negativas, isto é, pressões que ocorrem nas estruturas na parte interna assim como na externa, conforme mostra a Figura 5.

30 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(32)

Figura 5 - Pressão bilateral

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

2.6.3 Imposta pela umidade do solo

Ação imposta pela umidade do solo é semelhante à percolação, ou seja, as ações de umidade do solo acontecem por meio da capilaridade dos materiais. Em outras palavras, ocorre através dos poros dos materiais, com a pressão do solo úmido em contato como uma parede, gerando a passagem de fluídos de um lado para o outro.

Normalmente os materiais usados nas construções são muitos porosos, o que eleva a umidade no material acometido pela falta de impermeabilização nas fundações e baldrames.

2.6.4 Imposta pela condensação da água

A água acumulada por condensação em um ambiente saturado de umidade, sob diferentes condições de temperatura ou de pressão. Inicialmente o acúmulo de agua acontece na superfície do material, posteriormente há passagem de umidade por capilaridade para a parte superior do material.

De acordo com a NBR 9575/2010, “é a água com origem na condensação de vapor d’água presente no ambiente sobre a superfície de um elemento construtivo deste ambiente” 31.

31 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(33)

3 SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

3.1 COMPONENTES DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Como todos os sistemas empregados na construção civil, o sistema de impermeabilização é composto pelo conjunto de camadas sobrepostas sucessivas uma das outras, cada qual com funções específicas onde devem ser adequadamente dimensionadas e aplicadas sobre uma superfície com o intuito da estanqueidade de água entre elas.

No entanto, a impermeabilização não é composta apenas pela camada impermeabilizante, e sim todo o sistema composto por elas. A seguir como mostra a Figura 6, descreve-se cada uma dessas camadas.

Figura 6 - Camadas que compõem o sistema de impermeabilização

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.1.1 Camada Base

Para iniciar a impermeabilização, de pouco adianta ter a disposição uma gama de materiais com altíssimo desempenho aplicados em uma superfície totalmente irregular e inadequada, por isto, para este fim, a camada base ou substrato desempenha essa função. É a camada sobre o qual a função é resistir as imposições ou exigências das cargas e movimentações, deformações das estruturas, absorvendo e distribuindo os esforços estáticos ou dinâmicos que atuam sobre as camadas do sistema de impermeabilização.

(34)

Algumas dessas exigências podem ter o grau de fissuração, deformidade devido a cargas que ali atuam e exigências pela movimentação térmica da estrutura, onde “resistir às cargas estáticas e dinâmicas pelo impacto de objetos que atuam perpendicularmente ao plano da impermeabilização” tanto como, “resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato e revestimentos, ocasionados por variações térmicas” NBR 9575/2010

32.

No entanto é uma das camadas cruciais para o bom desempenho do sistema exemplificada na Figura 7 logo abaixo.

Figura 7 - Camada de base ou substrato

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.1.2 Camada reguladora

Com a função de regularização do substrato da base, a camada reguladora proporciona à camada de impermeabilização uma superfície sem deformidades deixando a base mais uniforme para a correta ancoragem da camada impermeável como mostra a Figura 8.

É nesta camada que o planejamento dos caimentos e declividades para o direcionamento as águas são executadas, como menciona a NBR 9575/2010, “a inclinação do substrato das áreas horizontais deve ser no mínimo de 1% em direção aos coletores de água. Para as calhas e áreas internas é permitido no mínimo de 0,5%” 33. Nos cantos vivos e arestas deve ser feito o arredondamento para facilitar a execução e a performance do sistema impermeabilizante.

32 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

Rio de Janeiro: 2010.

(35)

Figura 8 - Camada reguladora

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.1.3 Camada de Berço e Camada de Amortecimento

Como mostra a Figura 9, são camadas que envolvem a camada do impermeabilizante, com a função de amortecimento. Essa camada garante a proteção necessária para que a película impermeabilizante não sofra nenhum impacto proveniente de outras camadas e até mesmo de ações humanas e animais.

Figura 9 - Camadas intermediárias de amortecimento e de berço

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.1.4 Camada impermeabilizante

A NBR 9575/2010 disciplina que a camada impermeabilizante tem como objetivo “resistir as pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade de solo, bem como deslocamento ocasionado pela perda de aderência” 34.

Como mostra a Figura 10, é a camada que de fato obstrui a passagem de água, já as outras camadas possuem funções secundárias de suporte a esta.

34 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(36)

Figura 10 - Camada impermeabilizante

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.1.5 Proteção mecânica

De acordo com a NBR 9575/2010 a proteção mecânica é o “estrato com a função de absorver e dissipar os esforços estáticos ou dinâmicos atuantes por sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação deletéria destes esforços” 35.

A Figura 11, demonstra que essa é a última etapa do sistema impermeabilizante, executado logo após a camada impermeabilizante tendo uma variada composição de materiais na sua utilização, sendo que a mais comum delas é o uso de argamassa de cimento e areia, em alguns casos também é utilizada argila expandida.

Figura 11 - Camada de proteção ao sistema de impermeabilização

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS UTILIZADOS EM IMPERMEABILIZAÇÃO

Considerando que os sistemas de impermeabilizações estão diretamente relacionados ao local de aplicação, pode-se presumir que há uma gama enorme de diferentes

35 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(37)

produtos e técnicas empregadas para este fim, também inúmeras classificações dos sistemas que as empregam. Conforme a NBR 9575/2010, os sistemas de impermeabilização classificam-se em sistemas rígidos e flexíveis. A grande diferença é a relação de sua resistência à movimentação da estrutura36.

3.2.1 Sistema rígido

Como o próprio nome já define, é um sistema rígido que não resiste à movimentação. São normalmente aditivos químicos que são incorporados em outros sistemas construtivos para uma melhor proteção contra fluídos de infiltração.

A NBR 9575/2010, caracteriza a impermeabilização rígida como “conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas não sujeitas à fissuração” 37. Isto é, materiais ou produtos que aplicados em determinadas estruturas não tem o comportamento elástico, fazendo assim com que a camada de impermeabilização sofra algum tipo de rompimento na movimentação do elemento o qual está estruturada.

Normalmente a camada impermeabilizante deste sistema é aplicada diretamente sobre a base, sem a utilização de outra camada complementar.

É indicado em diferentes situações de impermeabilização como informa IBI, “Subsolos, poços de elevadores, baldrame e alicerces, paredes internas e externas, pisos em contatos com o solo, reservatórios de água, áreas frias em geral e estruturas sujeitas à infiltração do lençol freático” 38.

3.2.1.1 Aditivos impermeabilizantes para concreto e argamassas

É um sistema que é utilizado para agregar na mistura de argamassas e concretos com descreve Vedacit (2016) que tem como objetivo “atuar de forma direta nos poros de argamassas e concreto, formando uma fina película que absorve a água e ajuda a tamponar esse poro” 39.

36 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

Rio de Janeiro: 2010.

37 Ibid.

38 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

Acesso em 07 set. 2017.

39 VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. 6ª edição, Disponível em: <

(38)

A NBR 9575/2010, trata como “tipo de impermeabilização não industrializada aplicada em substrato de concreto ou alvenaria, constituída de areia, cimento, aditivo hidrófugo e água formando um revestimento com propriedades impermeabilizantes”40.

A Viapol (2016) complementa que “são aditivos que tem por finalidade melhorar as condições básicas das argamassas ou do concreto, criando melhores condições de aderência, de impermeabilidade e plasticidade do material” 41.

É um sistema de impermeabilização com boas aceitações na mistura de outros componentes e apropriados para estruturas submersas como: fundações enterradas, muro de contenções de solo, cortinas, piscinas enterradas, poços de elevadores, revestimento de argamassa externa ou assentamento de alvenaria e outras estruturas. Este sistema de impermeabilização é pouco usado em lugares com muita oscilação térmica e exposta ao sol.

3.2.1.2 Argamassa polimérica

O manual técnico Vedacit (2016), destaca que a argamassa polimérica é um sistema industrializado muitas vezes bicomponentes que são aplicadas em substratos de concreto e alvenaria, constituídos de minerais inertes e cimento e outra parte formada por polímeros, posteriormente esta mistura adquire propriedades hidrofugantes42.

Entre suas principais funções o IBI, complementa que “são apropriadas para proteger diferentes estruturas da ação nociva da água e da umidade e facilmente aplicados com trinchas, possuindo excelente aderência e resistência mecânica”43.

Este sistema tem eficiência tanto em pressões hidrostáticas positivas como as negativas.

3.2.1.3 Cristalizantes

É um sistema de impermeabilização que tem como base o produto cimento e aditivos especiais, com uma propriedade muito específica de penetração por osmose nos

40 Ibid.

41 VIAPOL – Manual técnico de impermeabilizante. Apostila da Viapol Disponível em:

<http://www.viapol.com.br> Acesso em 22 out. 2017.

42 VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. Pag.155 6ª edição, Disponível em: <

http://www.vedacit.com.br > Acesso em 22 out. 2017.

43 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

(39)

capilares da estrutura, onde posteriormente forma um gel que cristaliza, incorporando compostos de cálcio estáveis e insolúveis (Vedacit, 2016)44.

Produto constituído por silicatos que quando misturados com a água com a alta taxa de compostos alcalinos do cimento, transforma-se em hidrocilicato. Ou seja, o pó se transforma com o contato da água, preenchendo assim os poros do material (Fórum da Construção, 2018)45.

Sistema muito eficaz no estanqueamento e tamponamento de estruturas em que há uma frequência de passagem de água, estão sujeitas a pressões hidrostáticas negativas.

3.2.2 Sistema flexível

Diferentemente do rígido, tem uma facilidade de acompanhar a movimentação das estruturas, melhorando o material impermeabilizante contra as contrações e dilatações térmicas que as estruturas estão sujeitas.

3.2.2.1 Manta asfáltica e complementares

Talvez o mais usado e mais famoso sistema de impermeabilização do país, a manta asfáltica já conquistou a confiança de seus usuários. Constituída de material asfáltico modificado, armado com diversos materiais, sendo o mais comum o filme de polietileno, borracha, poliéster e fibras de vidro (Fibersals, 2018)46.

É considerado um sistema flexível, largamente utilizado por sua característica de se adaptar a grandes movimentações estruturais por também seu alto desempenho em durabilidade, no entanto requer certa cautela na instalação, o cuidado principalmente quanto às juntas que são pontos críticos deste sistema.

44 VEDACIT – Manual técnico de impermeabilização de estruturas. Pag.172. 6ª edição, Disponível em: <

http://www.vedacit.com.br > Acesso em 22 out. 2017.

45 FÓRUM DA CONSTRUÇÃO. A importância do projeto de impermeabilização. Disponível em:

<http://www.forumdaconstrucao.com.br/ >. Acesso em: 02 set. 2017.

(40)

3.2.2.2 Manta líquida

Demonstra um alto desempenho quando utilizado em áreas de difícil acesso, por tratar-se de um sistema moldado diretamente no local da instalação diferentemente da manta asfáltica, aplicado normalmente a frio em sucessivas camadas cruzadas. Quando se busca um rendimento em áreas com grande movimentação há a necessidade de incorporação de estruturantes (Vedacit, 2003)47.

47 VEDACIT – Manual técnico: Recuperação de estruturas. Pag.208 3ª edição, Disponível em: <

(41)

4 PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

A cerca do que se remonta a NBR 9575/2010, no Brasil infelizmente criou-se uma cultura que impermeabilização é mito e ineficaz, com valores desnecessários para aplicar em uma obra, devido muitas vezes por situações anteriores de má execução, o que na verdade ocorre pelo pouco domínio sobre o assunto, e a verdade também é que o custo gerado após o surgimento de uma manifestação patológica será muito mais elevado (Fórum da Construção, 2018)48.

No entanto uma impermeabilização bem projetada por profissionais capacitados para tanto e sob rigorosa fiscalização em sua execução, definirá, em longo prazo uma economia significativa para a obra em questão.

4.1 IMPORTÂNCIA DE UM PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Pode-se elencar vários pontos pela importância de um projeto de impermeabilização, que, além do fato de sua exigibilidade por parte de NBR 9575/2010, o configura como um projeto imprescindível para a durabilidade das obras, qualificando-o em mesmo grau de importância que os demais projetos complementares ditos indispensáveis.

Por outro lado, tal exigibilidade do projeto de impermeabilização já era preconizada também pela NBR 9574/1986, “o executante das obras de impermeabilização deve obedecer rigorosamente ao projeto”49.

Esclarece IBI que, “projetar é a maneira mais eficiente de obter um desempenho do sistema de impermeabilização com a melhor relação custo-benefício”50.

Em contrapartida, tal projeto é muitas vezes deixado de lado por motivos de contenção de gastos e desinformação resultando posteriormente em ambientes insalubres a saúde do usuário ficando com aspectos desagradáveis.

O planejamento e a implementação do projeto de um sistema de impermeabilização têm uma significativa importância na economia a curto prazo de uma edificação, no qual o sistema representa em média 1 a 3% do custo da obra, considerando

48 FÓRUM DA CONSTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/ >. Acesso em: 03 set.

2017.

49 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9574: impermeabilização:

execução de impermeabilização. Rio de Janeiro: 2008.

50 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

(42)

todas as etapas que envolvem a implantação, desde o projeto, consultoria, fiscalização dos serviços executados, materiais e componentes do sistema. Em contrapartida, o complemento pós obra e/ou reimpermeabilização pode elevar os custos correspondendo a 25% do custo total da obra. (Fórum da Construção, 2018)51.

4.2 OS OBJETIVOS PRINCIPAIS COM O PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

Dentro de muitos objetivos que um projeto de impermeabilização pode proporcionar, pode-se enfatizar a garantia da vida útil prolongada nas edificações. Além do máximo desempenho do sistema adotado de acordo a cada obra.

Proporciona uma execução mais prática e apropriada racionalizando o uso dos materiais, indo de encontro ao que busca todo gestor de obra, uma máxima economia nos materiais e uma maior eficiência dos serviços executados.

Para Granato (2002), o projeto de impermeabilização tem como função “elaborar, analisar, planificar, detalhar, descriminar e adotar todas as metodologias objetivando o bom comportamento da impermeabilização, compatibilizando os possíveis sistemas impermeabilizantes com a concepção da edificação”52.

4.3 ETAPAS DO PROJETO

Pela NBR 9575/2010, que determina que esteja contemplando nos projetos os seguintes itens.

4.3.1 Projeto Básico

A NBR 9575/2010 define como o “Conjunto de informação gráficas e descritas que definem as soluções de impermeabilização a serem adotadas, de forma a atender exigências de desempenho em relação à estanqueidade e à durabilidade frente à ação de fluídos, vapor e umidade”53.

51 FÓRUM DA CONSTRUÇÃO. Disponível em: <http://www.forumdaconstrucao.com.br/ >. Acesso em: 03 set.

2017.

52 GRANATO, J. E. Patologia das construções. 2002. Apostila Engenharia Civil. Disponivel em <

http://irapuama.dominiotemporario.com/doc /Patologiadasconstrucoes2002> Acesso em 15 de mai. 2018.

53 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

(43)

4.3.2 Projeto Executivo

Ainda seguindo os conceitos da NBR 9575/2010, a mesma define como sendo o “Conjunto de informações gráficas descritas que, com base no projeto básico, detalha e especifica os sistemas de impermeabilização a serem empregados”54.

A IBI enfatiza que antemão na idealização dos projetos, o profissional incumbido de planejar, deve de fato não conhecer apenas o projeto arquitetônico, e sim fazer uma interface com todos os projetos, como o estrutural, elétrico, hidráulico55.

4.3.3 Informações complementares importantes

Detalhamento do tipo de sistema utilizado a cada setor ou área da obra, tanto como as peculiaridades dos produtos como, o tempo de cura e do intervalo mínimo e máximo entre cada demão.

Informações de fatores externos, como cargas estáticas, exposição térmica, exposição as intempéries da natureza, cargas sobre os sistemas, tráfego, assim como também a facilidade da região de aplicação para futuras reparações ou manutenções preventivas.

Deve conter um cronograma executivo para a execução das áreas tratadas simultaneamente envolvendo os demais serviços de uma obra no qual a compatibilização será determinante em alguns na maioria dos casos.

Detalhes de armazenamentos conforme instruções dos fabricantes respectivamente de seus materiais. Um plano de manutenção preventiva para garantir a durabilidade de cada sistema.

4.3.4 Normas regulamentadoras complementares

A NBR 9575/2010 é a referência normativa que estabelece as exigências relativas ao critério de seleção de materiais e principalmente ao projeto de impermeabilização, entretanto para maior conhecimento sobre o tema a seguir algumas normas técnicas que

54 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575: impermeabilização: seleção e projeto.

Rio de Janeiro: 2010.

55 INSTITUTO BRASILEIRO DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Disponível em < http://www.ibibrasil.org.br/ >.

(44)

poderão esclarecer e ajudar o profissional especializado no seu trabalho, conforme abaixo descrito:

ABNT NBR 9685, Emulsões asfálticas para impermeabilização;

ABNT NBR 9686, Solução e emulsão asfálticas empregadas como material de imprimação na impermeabilização;

ABNT NBR 9910, Asfalto modificados para impermeabilização sem adição de polímeros;

ABNT NBR 9952, Manta asfáltica com armadura para impermeabilização;

ABNT NBR 11905, Sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros;

ABNT NBR 1312, Asfalto elastomérico para a impermeabilização;

ABNT NBR 1332, Membrana acrílica com armadura para a impermeabilização; ABNT NBR 13724, Membrana asfáltica para impermeabilização moldada no local, com estruturantes;

ABNT NBR 15414, Membrana de poliuretano com asfalto para impermeabilização;

ABNT NBR 15885, Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento, para impermeabilização;

ABNT NBR 11752, Materiais celulares de poliestireno para isolamento térmico na construção civil e refrigeração industrial;

4.4 IMPLICAÇÕES NA AUSÊNCIA DE UM PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO

São infinitas as implicações sem um sistema de impermeabilização bem dimensionado por um profissional especializado, vai desde uma simples criação de fungo na parede à corrosão da própria estrutura.

As patologias causadas a uma edificação podem decorrer de diversos motivos, todos eles culminam em problemas ora graves e onerosos, e em raros casos simples, de fácil correção e que por sorte não necessitará de despesas extras para corrigi-lo. É do conhecimento geral e de certa forma empírico de quem atua em obra, sobretudo mão de obra, que há locais que possuem maior incidência de problemas decorrentes de impermeabilização. Este conhecimento vem da prática, de suas experiências construtivas, e também do conhecimento propagado entre profissionais.

Referências

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