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Consiste em um vazamento através de um prolongamento ora em alvenaria, ora em alumínio ou fibra, que na maioria dos casos, não é executado corretamente, e corriqueiramente evidenciam as manchas da patologia aos problemas em sua concepção.

A existência de churrasqueiras é praticamente lei em nossa região litorânea, apartamentos, casas e pousadas vivem praticamente apenas do verão, e nesta estação as churrasqueiras são usadas diariamente. A adoção de lareiras internas e externas, neste caso em específico a lenha (pois gera fumaça), tem crescido em número pelo detalhe estético e conforto térmico que trazem. As lareiras a gás e etanol não são tema deste estudo pois não geram fumaça, apenas calor. Em terceiro lugar na utilização estão o fogão a lenha e fornos, ainda em região litorânea, que não costuma ter um frio acentuado em estações de outono e inverno, alguns proprietários optam por instalar os fogões a lenha por tradição de família, já os fornos ganharam muitos adeptos nos últimos anos, principalmente os de pizza. As coifas de cozinha também são dispositivos que requerem exaustão externa, exceto as coifas depuradoras, que não possuem.

Todos os exemplos acima citados, exceto o último, possuem em comum uma exaustão interligada à área externa, esta exaustão tem o intuito de sugar os resíduos de fumaça internos e despejá-los para a área externa, usualmente se utiliza bases em alvenaria, fibra ou alumínio para abrigar os dutos (normalmente em alumínio), conforme representa a Figura 34 em alvenaria:

Figura 34 - Dutos de Chaminé

Fonte: Acervo dos autores, 2018.

Tais requadros possuem erros fatais em sua execução. Normalmente é visto em obra a base dos dutos em alumínio assentado sobre estes requadros, sendo que a impermeabilização fica por baixo da base em alumínio. Como qualquer execução em alumínio, os cantos e emendas de chapa são calafetados (vedados) com silicone incolor, material este que possui prazo de validade de 1 ano, após este período deve ser recalafetado para evitar infiltrações.

Em diversos casos no próprio ato da instalação a base apresenta problemas de estanqueidade.

Figura 35 - Chapa base do duto sobre alvenaria

Há construtores também que tentam chumbar o duto de alumínio diretamente na base de alvenaria, após a fixação impermeabilim a superfície com algum material flexível como a manta líquida, porém, com o passar do tempo e o uso do duto, o calor que passa por dentro da tubulação fará com que este tenha um coeficiente de dilatação diferente da alvenaria, por consequência haverá uma dilatação entre os materiais, local por onde haverá infiltração.

Figura 36 - Dilatação base da alvenaria

Fonte: Acervo dos autores, 2018.

5.7.1 Sugestões encontradas para a solução do problema

Há duas situações a se analisar deparando-se com esta situação, se o duto está assente em uma base de alvenaria que está sobre uma laje impermeabilizada, ou se o duto está assente sobre uma base de alvenaria que está envolvido por um telhado.

5.7.1.1 Para coberturas com lajes impermeabilizadas

Coberturas com lajes impermeabilizadas requerem um tipo de cuidado, o qual está descrito nos passos seguintes:

1. Limpeza da superfície retirando toda pó ou qualquer irregularidade que possa prejudicar a ancoragem da impermeabilização;

2. Após a limpeza adequada da superfície, executa-se a regularização da superfície com uma argamassa com o traço (1:3);

3. Executar em cantos e arestas, o arredondamento destas superfícies para a melhor aplicação da manta;

4. Após estas três etapas é feita a imprimação com primer para uma melhor aderência da manta;

5. Após a imprimação, com o auxílio de um maçarico instala-se a manta em toda a área da superfície da cobertura, respeitando as especificações de cada produto quanto os traspasses de mantas de camadas sobrepostas as cada uma. Muito importante ressaltar os detalhes de impermeabilização como rodapés de paredes e ralos efetuar esses detalhes com muita fiscalização;

6. Quando a etapa da impermeabilização chegar até o local da base em alvenaria onde os dutos estão chumbados, a manta deve subir em todas as paredes perimetrais da base, envolvendo o volume como um todo, passar por cima da chapa base de alumínio, subir cerca de 10 a 15cm no duto, e arrematar a manta no mesmo com o auxílio do equipamento de colagem, geralmente se utiliza colher de pedreiro, uma faca, ou qualquer elemento metálico que possa ser aquecido e seja de fácil manuseio e apropriado à este fim.

Figura 37 - Duto em laje impermeabilizada

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

Após estas etapas, a finalização da impermeabilização complementa-se com as camadas subsequentes já descritas acima.

5.7.1.2 Para coberturas com telhados

Já para coberturas com telhados, a grande diferença é que a laje não será impermeabilizada. Como a base ficará envolvida pelo telhado, a vedação se faz necessária apenas nos perímetros da base de alvenaria, por meio de manta alumínio, no caso de material impermeabilizante, ou por meio de calhas e rufos de alumínio ou fibra.

1. Limpeza da superfície retirando toda e qualquer irregularidade que possa a danificar a impermeabilização;

2. Imprimação para uma melhor aderência da manta com produto asfáltico;

3. Após a imprimação, com o auxílio de um maçarico instala-se a manta revestida com filme de alumínio em volta do perímetro da base de alvenaria, respeitando as especificações de cada produto quanto os traspasses de mantas de camadas sobrepostas as cada uma. Importante observar que esta mante deve ancorar no duto metálico assim como no desenho abaixo. Na face mais alta da inclinação do telhado, a manta deve adentrar à calha de captação pluvial para que esta não transborde e afete a área interna da construção.

Figura 38 - Chaminés com telhado

Fonte: Elaboração dos autores, 2018.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As conclusões que serão apresentadas a seguir são válidas para a revisão bibliográfica feita durante todo o processo deste trabalho. Para a pesquisa do estudo de caso I, o qual abordou diversas empresas de mão de obra, administração e incorporação do estado de Santa Catarina. Também, para o levantamento feito em obras diversas na região da grande Florianópolis.

Embora tenha tido uma taxa de retorno baixa de 21,18%, em relação ao estudo de caso I, no total 25 respostas para 118 questionamentos, pode-se constatar respostas conclusivas que ao fim, comprovaram a ideia inicial anterior à elaboração da monografia.