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COMPONENTES APROVEITÁVEIS (CENÁRIO RM)

4.2. AVALIAÇÃO DE IMPACTO DE CICLO DE VIDA

4.2.3. Cenário AS

O impacto gerado pelo ciclo de vida do compressor conforme pós-uso de Aterramento Sanitário, para as categorias analisadas está listado na Tabela 20. A linha ‘Total’ diz respeito ao fornecimento da unidade funcional (para os 30 anos).

Tabela 20. Impactos gerados segundo etapas do ciclo de vida do produto.

Categoria de

Impacto Depleção Abiótica Aq. Global Energia D.T.A. Ocupação de Terra

Unidade kg Sb eq kg CO2 eq MJ eq m2·a Matérias Primas 9,06 929,68 21311,03 1734,21 Processos 2,02 239,48 5613,07 21,32 Uso / Manutenção 367,77 133774,78 2877820,38 3300,59 Logística Reversa 0,45 64,65 1061,81 0,94 Aterramento Sanitário 0,04 14,21 102,75 0,59

Total 379,35 1,35E+05 2,91E+06 5057,65

Conforme Tabela 20, e já antecipado pelos comentários do item 4.2.1.Análise Preliminar Geral, a etapa de uso e manutenção apresenta as maiores contribuições para todas as categorias de impacto ambiental avaliadas. Esta e as demais etapas do ciclo de vida estão demonstradas com relação às participações para o impacto ambiental final por categoria na Figura 29. Nesta figura, observa-se a grande predominância da etapa de uso e manutenção (cor verde) na geração dos impactos. A categoria de Ocupação de Terra apresentou uma distribuição da demanda por área mais perceptível entre as etapas do ciclo de vida, com

34% atribuída à etapa de aquisição das matérias-primas (fração azul da coluna).

Nos gráficos da Figura 29, o pós-uso, como o somatório das gerações de impacto por parte da logística reversa (fração laranja) e do aterramento sanitário (fração roxa), detém pouca participação na geração de impactos ambientais quando comparado ao ciclo de vida completo do compressor, com 0,13% para a Depleção Abiótica, 0,06% das emissões do Aquecimento Global, 0,04% para a categoria de Demanda Total Acumulada de Energia e 0,03% da necessidade de Ocupação de Terra.

Figura 29. Contribuição de cada etapa do ciclo de vida por categorias de impacto ambiental.

Com a retirada da fase de uso e manutenção os valores totais decaíram consideravelmente conforme linha ‘Total’ da Tabela 21.

97% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Depleção Abiótica

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Uso e Manutenção Logística Reversa Aterramento Sanitário 99% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Aquecimento Global (PAG100)

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Uso e Manutenção Logística Reversa Aterramento Sanitário 99% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Demanda Acumulada de Energia

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Uso e Manutenção Logística Reversa Aterramento Sanitário 65% 34% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Ocupação de Terra

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Uso e Manutenção Logística Reversa Aterramento Sanitário

Tabela 21. Impactos gerados segundo etapas do ciclo de vida do produto, exceto fase de Uso e Manutenção.

Categoria de

Impacto Depleção Abiótica Aq. Global Energia D.T.A. Ocupação de Terra

Unidade kg Sb eq kg CO2 eq MJ eq m2·a Matérias Primas 9,06 929,68 21311,03 1734,21 Processos 2,02 239,48 5613,07 21,32 Uso / Manutenção - - - - Logística Reversa 0,45 64,65 1061,81 0,94 Aterramento Sanitário 0,04 14,21 102,75 0,59 Total 11,58 1248,03 28088,66 1757,06

A etapa dominante na geração de impactos passa a ser a Aquisição de Matérias-Primas, com 78%, 74%, 76% e 99% para as categorias de impacto analisadas, seguida pela etapa de manufatura do compressor de ar, de acordo com os valores apresentados na linha ‘Processos’ da Tabela 21.

Para a Depleção de recursos abióticos os gargalos do sistema de produto dentro da aquisição das matérias-primas foram o componente ‘reservatório de ar’ e o componente ‘motor’, consumidos três vezes cada para o período de 30 anos e representam os maiores subconjuntos em massa de matérias-primas metálicas do compressor. Os processos de manufatura e seus consumos representam aproximadamente 17% de contribuição para esta categoria de impacto, em virtude das matérias- primas envolvidas nos processos elementares, em específico, os processos de manufatura do reservatório, que conforme Zanghelini (2010) são realizados inteiramente dentro da empresa após a chegada da bobina de chapas de aço baixo carbono. A logística reversa representou aproximadamente 4% do consumo dos 11,58 kg de Sb eq. enquanto que a disposição em aterro praticamente não é representativa, contribuindo com 0,4% dos impactos desta categoria.

Os mesmos subconjuntos (reservatório e motor) têm a maior contribuição da liberação de GEE para a categoria de Aquecimento Global. Estes subconjuntos são os maiores emissores por possuírem maiores massas metálicas envolvidas na sua estrutura e por conseguinte, no seu beneficiamento (extração e fundição) consumirem maiores quantidades de eletricidade, gás natural e carvão. Na manufatura os principais gargalos foram os processos de fabricação do reservatório (secagem principalmente) e agora surgindo também o processo de manufatura do cilindro em detrimento ao alto consumo energético na usinagem. A logística reversa, pela emissão de gases durante a queima de combustíveis fósseis acaba por contribuir com pouco mais de 5%

enquanto que o aterramento do compressor durante o período estipulado de 30 anos emite 1,16% das emissões sem considerar a fase de uso e manutenção do equipamento.

Com relação às necessidades energéticas, a aquisição de matérias-primas apresenta o reservatório, o motor e também e a madeira que é concebida na forma de estrado e embalagem para o compressor pronto (envio ao consumidor). A manufatura do equipamento representa a segunda maior necessidade energética, em torno de 20%, pelos processos de fabricação do reservatório e do cilindro.

A ocupação terrestre está ligada principalmente ao emprego de elementos ou componentes de madeira durante o ciclo de vida do sistema de produto. São gargalos para esta categoria de impacto pelo fato de requererem área plantada, contabilizando normalmente parcelas de ocupação e de transformação de áreas nativas. Desta maneira cita-se a aquisição de matérias-primas associadas a etapa de montagem final, momento em que é ‘consumido’ a embalagem de madeira do produto pronto e o processo de descarga do reservatório, momento em que o estrado de madeira, base para o cilindro de ar, é atrelado ao mesmo após a pintura.

As participações de cada etapa, a exceção do uso e manutenção, estão na apresentados na Figura 30.

Figura 30. Contribuição de cada etapa do ciclo de vida por categorias de impacto, sem a etapa de uso e manutenção.

17% 78% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Depleção Abiótica

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Logística Reversa Aterramento Sanitário 19% 74% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Aquecimento Global (PAG100)

Etapas do Ciclo de Vida

Matérias Primas Processos Logística Reversa Aterramento Sanitário