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Cinco Forças de Porter (Atratividade do Setor)

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A atratividade está diretamente ligada ao quanto um setor econômico ou um setor empresarial são atrativos para que o empresário decida entrar ou não neste setor.

Porter (1984) apresentou a teoria das cinco forças competitivas que devem ser levadas em consideração para uma empresa entrar no setor de rivalidade e disputar uma

determinada fatia do mercado e deve-se levar em consideração que estas forças se alteram com o passar do tempo.

Estas forças são: (1) Entrada de novos concorrentes, (2) Ameaça de produtos substitutos, (3) Poder de negociação dos compradores, (4) Poder de negociação dos fornecedores, (5) Rivalidade entre os concorrentes.

O setor de rivalidade entre os concorrentes é o primeiro setor a ser avaliado pelo empresário e ele deve idealizar ações que permitam com que os consumidores se interessem mais por seu produto/serviço do que de seus concorrentes. Posteriormente ao entendimento do setor de rivalidade entre os concorrentes, observa-se o seguinte:

(1) Entrada de novos concorrentes- Quando a preocupação do empresário ou estrategista é avaliar quais são as chances de novas empresas se instalarem e passarem a concorrer no mesmo setor de rivalidade.

(2) Ameaça de produtos substitutos- O empresário ou estrategista deve identificar a capacidade dos concorrentes do setor oferecerem produtos ou serviços que sejam preferidos pelo consumidor, como por exemplo, se a empresa tem dificuldades com prazos de entrega no ponto de venda o consumidor tende a substituir o produto por outro.

(3) Poder de negociação dos compradores- O empresário ou estrategista deve se preocupar com os compradores do setor que possuem grande ou média capacidade de ditar preços em relação à demanda, ou seja, compradores que compram uma quantidade significativa dos produtos da empresa.

(4) Poder de negociação dos fornecedores- Esta força compromete o setor de rivalidade de maneira que grandes fornecedores ou fornecedores estratégicos, como por exemplo, oligopólios ou monopólios, passam a ditar os preços dos insumos e matérias primas no setor. Então o empresário ou estrategista deve avaliar qual o tamanho do impacto para o negócio.

Poderíamos dizer que há certa complexidade na aplicação de estratégias tão robustas como estas em empresas de micro e pequeno porte. Porém, mais uma vez reforçando, a pesquisa aplicada mostrou que os empresários que superaram as expectativas, aplicam algumas destas ferramentas, mas de forma inconsciente.

Pode até ser que a baixa escolaridade identificada por esta pesquisa e por dados tabulados do SEBRAE, possa justificar o pouco interesse pela busca do conhecimento mais aprofundado de gestão do negócio. Mas o fato é que os “vencedores” que compuseram a amostra da pesquisa utilizam estas ferramentas.

4 CONSTRUÇÃO DOS ITENS PARA PESQUISA

Inicialmente utilizou-se uma metodologia específica para construir e validar os itens que iriam compor o questionário inicial.

A pesquisa empírica foi estruturada a partir de dados primários, coletados por meio de entrevistas semiestruturadas de empresários do setor, bem como anotações de campo.

Algumas entrevistas foram agendadas por meio de contato telefônico outras foram efetuadas em visita direta em cada local de estudo. Outro fato relevante foi que as entrevistas foram dentro de cada empresa pesquisada pelo pesquisador responsável.

Nem todas as entrevistas foram gravadas, pois alguns dos entrevistados se recusaram a gravar, entretanto, a maioria concedeu a autorização das entrevistas e as informações destinadas ao uso acadêmico.

A pergunta aberta que consta do questionário aplicado foi analisada por categorias. E ainda, a pesquisa utiliza a técnica de triangulação, que consiste na inter-relação das informações primárias e secundárias obtidas com o intuito de aumentar a compreensão do estudo e realçar a sua fidedignidade.

Segundo Yin (2010) há uma gama de métodos de pesquisa em ciências sociais, com suas vantagens e desvantagens. Tudo depende do problema a ser abordado e suas circunstâncias. O quadro 12 apresenta algumas destas relevâncias.

Quadro 12- Situações relevantes para diferentes métodos de pesquisa

Método (1) Forma de questão de pesquisa (2) Exige controle dos eventos comportamentais (3) Enfoca eventos contemporâneos?

Experimento Como, por quê? Sim Sim

Levantamento (Survey) Quem, o que, onde,

quantos e quanto? Não Sim

Análise de Arquivos Quem, o que, onde,

quantos e quanto? Não Sim/ Não

Pesquisa Histórica Como, por quê? Não Não

Estudo de Caso Como, por quê? Não Sim

Fonte: YIN, 2010.

Para Cervo, (1996) e para Yin (2010) a lógica da metodologia é distinta entre métodos qualitativos e métodos quantitativos quando se refere à seleção das amostras, a operacionalização das variáveis e o uso da inferência especificamente.

Para Yin, (2010), quando nos referimos ao método qualitativo vale ressaltar que há limitações quanto à replicação da pesquisa e ignorar estas particularidades nos conduziria às críticas com frequência, do tipo: a. Um caso não permite generalizar suas conclusões a toda população; b. A seleção da amostra sofre muitas críticas, pois muitos utilizam o estudo de caso somente por conveniência; c. O tratamento da amostra é outro ponto que recebe críticas, pois falta representatividade dos casos elegidos.

Os fatores de validade do constructo, validade interna, validade externa e confiabilidade durante a construção e estruturação do método qualitativo compõem o que Yin (2010, p. 123) vai chamar de os critérios para o julgamento da qualidade do estudo qualitativo passa por uma série de fatores.

Quadro 13- Critérios para estudo qualitativo.

Validade do construto Validade interna Validade externa Confiabilidade

A validade de construto implica em operacionalizar

as métricas que são utilizadas durante o estudo

para poder inferir legitimamente táticas para

aumentar a validade das construções conceituais. Utilizar múltiplas fontes de

evidencia

Estabelecer uma cadeia de evidencias.

Durante a preparação do relatório: revisar informações chaves.

Apenas para estudos explanatórios ou causais e não para estudos descritivos ou exploratórios: busca do

estabelecimento da relação casual pela qual

se acredita que determinadas condições lavem a outras condições, diferenciadas das relações espúrias.

Definir o domínio para o qual as descobertas

do estudo podem ser generalizadas. Em muitos casos, geralmente a validade externa é associada com a ideia de amostragem e obtenção de amostras representativas. Demonstrações de que as operações de um estudo como os procedimentos para a coleta de dados – podem ser

repetidas, com os mesmos resultados. A mesma está vinculada com a qualidade da mensuração. Um estudo confiável depende da consistência de suas mensurações Fonte: Extraído de Yin, 2010 e elaborado pelo autor.

Os itens que compõem o questionário, que foi aplicado na amostra, são embasados em três teorias clássicas da administração, a saber: RBV- Recursos Baseados em Valores (COLLIS e MONTGOMERY, 1995), o Balanced Scorecard (BSC). (KAPLAN; NORTON, 1997) e as Cinco Forças (PORTER, 1986).

Não foi possível validar um constructo, pois a amostra foi muito insuficiente para tal método.

Portanto mesmo com os itens validados por juízes, seguindo a metodologia, a questão do fator confiabilidade não pode ser utilizada, se outro pesquisador aplicar este questionário, provavelmente terá respostas diferentes, até porque, consta uma pergunta aberta.

4.1 Procedimento de Elaboração do Instrumento para Aplicação do

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