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5.6 Codevasf e Distrito de Irrigação Jaíba

5.6.1 Análise dos Convênios Firmados entre Codevasf e Distrito

5.6.2.2 Cláusulas observadas em apenas um ou dois dos convênios

Recurso / Do Valor (Convênio D2 e D3)

No Convênio D2, a cláusula dispõe sobre liberação dos recursos e aos procedimentos para aplicação dos mesmos, enquanto estes não forem empregados. Dispõe, ainda, sobre as receitas oriundas das aplicações financeiras, que devem ser computadas a crédito do convênio e aplicadas no objeto de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações de contas.

Já no Convênio D3 foram observadas duas cláusulas que tratam deste tema. A primeira apresenta o valor do convênio e determina a condição de liberação do recurso, sendo este liberado de acordo com o cronograma de desembolso previsto no Plano de Trabalho, que se torna parte integrante deste instrumento. A segunda cláusula se refere aos recursos, enfatiza as informações constantes sobre valor e determina a forma de aplicação dos recursos (enquanto não forem aplicados para as atividades deste instrumento), e impõe condições de saque e de uso das receitas financeiras.

Divulgação (Convênio D2 e D3)

Por meio desta cláusula, buscou-se garantir os devidos créditos às partes envolvidas quando das divulgações das ações e resultados advindos do convênio. Fica vedado aos partícipes utilizar, nos empreendimentos resultantes deste convênio, nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Da Execução (Convênio D1)

Esta cláusula impõe às partes a responsabilidade de elaborar, de maneira conjunta, um documento que deverá fazer parte deste instrumento e que estabeleça os procedimentos a nível operacional, incluindo normas para elaboração, apresentação e aplicação do Plano Operativo Anual e da programação da irrigação; termos de referência para a contratação dos serviços relativos a operação e manutenção das infra-estruturas básicas de

irrigação de uso comum e execução dos programas de assistência aos irrigantes; o programa de desenvolvimento institucional do Distrito; inventário dos bens móveis e semoventes que vierem a ser cedidos ao Distrito, indicando o respectivo regime de cessão - comodato, doação, etc. -, bem como as condições técnicas de sua utilização; regulamentação do exercício do direito de veto do representante indicado pelo Principal; norma de licitação e contratação de bens e serviços; procedimentos relativos a prestação de contas e fiscalização.

Além disso, o principal assume o compromisso de disponibilizar ao agente toda a documentação do Projeto, incluindo, especialmente, as relacionadas diretamente com as funções delegadas ao Agente.

Pessoal (Convênio D2 e D3)

Tanto no Convênio D2 quanto no D3, observou-se que duas cláusulas se referem a este tema. Na primeira, o principal busca deixar claro que o pessoal envolvido na execução do objeto do convênio é de inteira responsabilidade do agente. Na segunda, o principal vislumbra a possibilidade de disponibilizar pessoal técnico para auxiliar nos procedimentos afetos a este instrumento, desde que solicitado pelo agente e que estes profissionais não venham a exercer cargo na estrutura organizacional do agente.

Plano de Trabalho (Convênio D2 e D3)

Nos Convênios D2 e D3, esta cláusula é instituída para evidenciar a necessidade da fiel observância ao Plano de Trabalho, elaborado pelo agente e aprovado pelo principal, que se torna parte integrante do convênio. No Convênio D2 é acrescida informação relativa ao valor correspondente ao plano de trabalho.

Taxa d´água (Convênio D1)

Verifica-se que a cláusula determina a forma de cobrança das taxas de água, estabelecidas sobre o princípio de recuperação anual da totalidade dos custos de administração, conservação, operação e manutenção das infra- estruturas de irrigação de uso comum. É determinado que cabe ao agente cobrar dos irrigantes e repassar a receita ao principal, ficando uma parte da

receita à disposição do agente para ser aplicada na cobertura dos custos pré- determinados.

Acompanhamento (Convênio D2 e D3)

Em ambos os Convênios, D2 e D3, a cláusula se refere ao acompanhamento, supervisão técnica e administrativa e fiscalização e busca garantir ao principal o acesso às instalações e documentação do agente. Para fiscalização e auditoria, o agente deverá manter atualizados registros contábeis, demonstrativos dos recursos recebidos e de sua aplicação. Determina que a fiscalização e supervisão técnica serão efetuadas observando o plano de trabalho referido no presente convênio, que o agente deve aplicar os recursos observando as disposições do art. 2º da Lei n. 8666/1993 e alterações posteriores, e do artigo 1º, do Decreto n. 5504/2005, no tocante aos procedimentos licitatórios.

A cláusula também prevê problemas com manutenção de infra- estruturas ou segurança do Perímetro, atribuindo ao agente responsabilidade de executar os serviços necessários para sanar os problemas em prazo fixado pelo principal.

Gestão da Água (Convênio D1)

Nesta presente cláusula, o principal delega ao agente, e este a assume, competência para desempenhar por tempo indefinido e por conta dos irrigantes, a gestão dos recursos hídricos e das infra-estruturas de irrigação adstritos aos perímetros públicos do Projeto, exclusive o Sistema Hidráulico Principal. Também são determinadas as funções e atividades do agente, que serão desempenhadas durante a maturação do projeto.

Execução de Programas de Assistência aos Irrigantes (Convênio D1)

Nesta cláusula, o principal delega ao agente, e este a assume, competência para executar, durante o período de maturação do Projeto e por conta da parte delegante, os programas de assistência aos irrigantes, previstos no convênio de implantação, cujos escopos gerais foram indicados nesta cláusula. É determinado que os serviços serão executados pelo agente ou

poderão ser contratados com firmas especializadas, desde que previamente aprovado pelo principal.

Outras competências (Convênio D1)

O principal delega ao agente, e este a assume, competência para fiscalização da observância, por parte dos irrigantes assentados e das firmas contratadas pelo agente, do regulamento do Projeto. Atribui, ainda, competência para cobrança das taxas a serem pagas pelos irrigantes relativas à amortização do valor da terra nua, bem como dos recursos públicos aplicados às benfeitorias parcelares e determina que o agente providencie repasse ao principal da parte desta cobrança relativa a terras e recursos federais e à Ruralminas, da parte relativa a terras estaduais. Além disso, são previstas competências adicionais relativas à implementação do Projeto, que o agente assumirá, quando assim for requerido pelo principal, cujos custos das atividades serão a cargo da parte delegante.

Das Responsabilidades (Convênio D2 e D3)

Nesta cláusula específica dos Convênios D2 e D3, o principal se isenta das responsabilidades por danos causados por imperícia no manuseio e na operação dos equipamentos e instalações, ou negligência por parte dos agentes, ou empregados do agente, ou ainda por falhas na manutenção do sistema da irrigação de uso comum do Perímetro e por quaisquer danos causados a terceiros pelo uso de suas instalações, equipamentos ou direito de uso ou propriedade por indivíduos que não sejam empregados do agente.

Da Aplicação dos Recursos (Convênio D2 e D3)

Nos convênios, em cláusula específica, o principal determina que a aplicação dos recursos obedecerá fielmente ao Planto de Trabalho, onde consta a programação física e financeira para a execução dos seus objetivos. O principal enfatiza que fará o acompanhamento da execução do Convênio a fim de verificar a correta aplicação dos recursos e a consecução dos objetivos. Além disso, determina que o plano de trabalho poderá ser modificado mediante autorização expressa do principal.

Da Restituição dos Recursos (Convênio D2 e D3)

Nesta cláusula dos Convênios D2 e D3, o agente compromete-se a restituir ao principal o valor transferido, atualizado monetariamente, desde a data do recebimento, acrescido de juros legais, na forma da legislação aplicável aos débitos para a Fazenda Nacional, nos casos em que: não for executado o objeto desta avenca; não for apresentada no prazo exigido a prestação de contas parcial ou final; e quando os recursos forem utilizados em finalidade diversa da estabelecida neste convênio.

Condições Decorrentes do Empréstimo BIRD (Convênio D1)

Para a implementação do projeto, foram utilizados recursos provenientes de empréstimo junto ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD. Dessa forma, as partes contratantes se obrigam ao cumprimento das condições decorrentes do Acordo de Empréstimo. Ao principal coube: destinar parte dos recursos ao financiamento das atividades do agente; emissão de relatórios de andamento; contratação de serviços e fornecimentos, e prestação de contas e fiscalização. Ao agente coube: manter estrutura organizacional de características satisfatórias para o BIRD, dotada de pessoal adequado em termos de competência e número, com qualificações também satisfatórias para o Banco; submeter ao BIRD, para apreciação e aprovação, os termos de referência para a contratação de serviços para a operação e manutenção da infraestrutura básica de irrigação e para a execução dos programas de assistências aos irrigantes e a norma própria de licitação e contratação.

5.6.3 Agrupamento das Cláusulas dos Convênios Firmados entre