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3 METODOLOGIA DO ESTUDO

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Para termos bons resultados em uma pesquisa, precisamos de uma metodologia adequada e feita de maneira eficiente, sendo assim, será possível atingir retornos satisfatórios.

A pesquisa quanto à natureza pode ser básica ou aplicada. Para Gil (2010) a pesquisa pode ser básica quando objetiva aumentar e/ou gerar conhecimentos novos, testar hipóteses, construir teorias e talvez descobrir alguma aplicação prática no futuro, mas muito úteis para o avanço da ciência. Envolve verdades e interesses universais. Ou aplicada, quando visa a gerar conhecimentos para aplicação prática, voltados à solução de problemas específicos da realidade. Envolve verdades e interesses locais. A fonte das questões de pesquisa é centrada em problemas e preocupações das pessoas e o propósito e oferecer soluções potenciais para os problemas humanos. A pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e a apresentação de soluções alternativas.

Quanto à forma de abordagem a pesquisa será quantitativa e qualitativa, de acordo com Gil (2010), pesquisas quantitativas são aquelas que consideram que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números, opiniões, e informações para classificá-las e analisá-las.

Minayo (2011), afirma que a pesquisa qualitativa pressupõe o aprofundamento dos fenômenos sociais, também aplicada a fenômenos organizacionais, primando por buscar significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes dos atores entrevistados, ou seja, tudo que faz parte da realidade social ou organizacional. Afirma também que “a diferença entre a abordagem quantitativa e a qualitativa da realidade social é de natureza e não de escala hierárquica” referindo-se a não condição de estabelecer um “contínuum” entre as duas abordagens por diferirem-se principalmente

na composição de regras lineares e passíveis de generalização. A pesquisa qualitativa assume o papel de interpretação dos fenômenos sociais e organizacionais, objetivando compreender principalmente significados.

De forma ampla é possível classificar a pesquisa como sendo exploratória, descritiva ou conclusiva. Malhotra (1999, p 106) conceitua pesquisa exploratória como sendo “um tipo de pesquisa que tem como principal objetivo o fornecimento de critérios sobre a situação-problema enfrentada pelo pesquisador”, e pesquisa conclusiva como sendo “concebida para auxiliar o responsável pelas decisões a determinar, avaliar e selecionar o melhor curso de ação a ser tomado em determinada situação”. Malhotra (1999, p 108) refere-se a pesquisa descritiva como “um tipo de pesquisa conclusiva que tem como principal objetivo a descrição de algo”.

No quadro a seguir destacam-se as principais diferenças entre os tipos de pesquisa:

Quadro 1 - Diferenças entre os tipos de pesquisa

Pesquisa Exploratória Pesquisa Conclusiva Pesquisa Descritiva

- Promover critérios de compreensão.

- As informações necessárias são definidas ao acaso.

- A amostra é pequena e não- representativa

- Analise dos dados primários é qualitativa

- Testar hipóteses específicas e examinar relações.

- As informações necessárias são claramente definidas. - O processo de pesquisa é formal e estruturado.

- A amostra é grande e representativa.

- A análise dos dados é quantitativa.

- Descreve características ou funções do mercado.

- Marcada pela formulação prévia de hipóteses específicas. - Estudo pré-planejado e estruturada.

- Dados secundários

Fonte: MALHOTRA (1999, p. 106)

Gil (2010), explica que as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Tem como objetivo o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

De acordo com Minayo (2011, p.22) a entrevista semiestruturada é uma ferramenta que “combina perguntas fechadas e abertas, em que o entrevistado tem a possibilidade de discorrer sobre o tema em questão sem se prender à indagação formulada”.

Minayo (2011) define o ciclo de pesquisa qualitativa como sendo um ritmo estabelecido para a pesquisa sob a forma de um espiral, onde o início do processo é a pergunta, seguindo de respostas que podem desencadear em novas perguntas.

O processo de trabalho científico pode ser divido nas fases exploratória, de trabalho de campo e de análise e tratamento do material empírico e documental. Para este estudo pode-se definir como sendo o planejamento do roteiro e do questionário de pesquisa, seguido do trabalho de coleta de dados e concluindo com a análise e interpretação dos dados coletados.

O ciclo de pesquisa não se fecha, pois toda a pesquisa produz conhecimento e gera indagações novas. Mas a ideia do ciclo se solidifica não em etapas estanques, mas em planos que se complementam. (MINAYO 2011, p. 18)

Portanto o presente estudo teve suas pesquisas feitas de forma aplicada, buscando soluções ou alternativas para minimizar o problema da evasão. Desta maneira, foram feitos questionários interpretados e analisados de modo quantitativo, mas também com perguntas descritivas, visando abranger um amplo retorno em relação ao assunto questionado.

Esta pesquisa ocorreu de forma exploratória, descritiva, visando identificar e definir os motivos pelos quais os acadêmicos se desvinculam do curso antes de concluir o mesmo e as razões pelas quais muitas vezes não retornam.

Entende-se que a pesquisa exploratória se fez necessária para realizar um aprofundamento na investigação dos motivos que levam os alunos do curso de graduação em Administração Bacharelado da Unijuí a evadirem.

A pesquisa exploratória documental foi realizada para levantar os dados do número de alunos matriculados e evadidos no ensino superior no país e do estado do Rio Grande do Sul, buscando contemplar o primeiro objetivo específico deste trabalho de conclusão de curso. Tais dados foram extraídos do portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP.

A pesquisa exploratória documental também foi aplicada no levantamento de dados do número de alunos matriculados e evadidos na universidade estudada, contemplando o segundo objetivo específico deste trabalho de conclusão de curso. Sendo que o acesso a estes dados foram liberados e disponibilizados pela vice-reitoria de Administração, secretaria acadêmica e coordenadoria financeira da Unijui.

A pesquisa aplicada foi realizada através da aplicação de um questionário de pesquisa semiestruturado (apêndice I) em contemplação ao terceiro objetivo específico deste trabalho de conclusão de curso, realizando entrevista a ex-alunos,

com questões de múltipla escolha, outras através de uma escala tipo Likert e outras ainda de livre manifestação (abertas).

Os ex-alunos receberam o questionário através de e-mail, no qual possuía um link de acesso à pesquisa. Tal link foi gerado por meio de preenchimento de formulário eletrônico do Google, ferramenta que possibilita a criação do questionário, bem como acesso as respostas realizadas pelos entrevistados, com geração de gráficos e estatísticas.

Para a elaboração das questões da pesquisa, foram utilizadas algumas informações buscadas no questionário aplicado aos alunos que realizaram o ENADE do ano de 2016, gerenciadas pelo INEP. Também, foram embasadas nas questões de uma dissertação de mestrado (Cristiano Ferreira de Assis, MG – 2013) e ainda fundamentadas e correlacionadas às justificativas alegadas pelos alunos da universidade no ato do trancamento de suas matrículas.

A entrevista realizada com a coordenadora do curso de administração foi feita através de um questionário semiestruturado (apêndice II), onde a mesma descreveu suas percepções sobre o ingresso de alunos no ensino superior, as possíveis causas da evasão e ainda sugestões sobre o que poderia ser feito para manter os alunos ou reverter os trancamentos já realizados.