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1.2 Caracterização da Organização

2.2.2 Classificação dos Custos

A classificação dos custos pode ser entendida levando-se em consideração a sua relação quanto à tomada de decisões (relevantes e não relevantes), quanto à identificação (custos diretos e indiretos) e quanto ao volume produzido (variáveis e fixos).

2.2.2.1 Quanto à tomada de decisões

A relação dos custos quanto à tomada de decisão pode ser relevantes e não relevantes, para Wernke (2001, p.13), “Custos relevantes são aqueles que se alteram dependendo da decisão tomada e custos não relevantes os que independem da decisão tomada. Assim, os custos realmente importantes como subsídio à tomada de decisão são os relevantes; os outros não necessitam ser considerados.”.

2.2.2.2 Quanto à identificação

A classificação dos custos quanto à identificação com o produto, especifica os custos em diretos ou indiretos.

Custos diretos são aqueles diretamente ligados ao produto, processo produtivo centro de trabalho. Bornia (2002, p. 44), entende que, “Custos diretos são aqueles facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos (produtos, processo, setores, clientes etc.). Exemplos de custos diretos em relação aos produtos são a matéria-prima e a mão de obra direta. A alocação e a análise desses custos são relativamente simples”. Segundo Wernke (2001, p. 13), custos diretos,

São os gastos facilmente apropriáveis as unidades produzidas, ou seja são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou àquele produto. Por sua natureza, características próprias e objetividade ou por controles individuais como a ficha técnica do produto, sem a necessidade de rateios.

Custos indiretos são de difícil identificação, em razão disso precisam de critérios de rateio para sua absorção. “Os custos indiretos vêm historicamente sendo os grandes vilões da contabilidade de custos, por serem de difícil alocação.” Kroetz (2001, p. 8).

Custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos às unidades, necessitando de alocação para isso. Exemplos de custos indiretos em relação aos produtos são a mão de obra indireta e o aluguel. As alocações causam a maior parte das dificuldades e

deficiências dos sistemas de custos, pois não são simples e podem ser feitas por vários critérios. A problemática da alocação dos custos indiretos aos produtos e análise dos mesmos dá origem ao que vamos denominar métodos de custeio, Bornia (2002, p. 44).

Os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividades operacionais, chamados de indiretos e caso sejam alocados necessitam de critérios de rateios. São os gastos que a empresa tem para exercer suas atividades, porém não tem relação direta com o produto, segundo Wernke (2001). A classificação dos custos pela sua identificação está representada na figura 3.

Figura 3: Classificação dos Custos em Diretos e Indiretos Fonte: Vieira (2010, p. 12).

Assim sendo, os custos diretos estão relacionados com o processo produtivo e são de fácil alocação, já os indiretos não se relacionam diretamente ao produto, sendo de difícil identificação, precisando de métodos de rateios para sua absorção.

2.2.2.3 Quanto ao Volume produzido

A forma de avaliação dos custos considerando sua relação com volume de produção os separa em fixos e variáveis.

Bornia (2002) define custos fixos como sendo aqueles, que independem do volume da atividade, não variam com alterações no volume de produção, como exemplo, salário do gerente. Os custos fixos relacionam-se com a capacidade instalada da empresa, e seu valor independe do volume de produção, existindo mesmo se a empresa estiver parada, de acordo com Vieira (2010). CUSTOS DIRETOS INDIRETOS Matéria-prima MOD Embalagem Administração Honorários Energia Elétrica Água Depreciação Seguros Outros

Conforme Perez Jr., et al (2001, p. 20) os custos fixos têm as seguintes principais características;

a. O valor total permanece constante dentro de determinada faixa da produção; b. O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume

de produção, por tratar de um valor fixo diluído por uma quantidade maior; c. Sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, na maioria

das vezes, de critérios de rateios determinados pela administração;

d. A variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização da moeda ou por aumento ou redução significativa no volume de produção. Nesta linha, Koliver (2008, p. 67) define que, “custos fixos são aqueles que tendem a permanecer num determinado nível, entre certos limites no uso da capacidade instalada da entidade”.

Já os custos variáveis são os diretamente ligados ao volume de produção. Wernke (2001, p. 14), acrescenta que,

Quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais. São os valores consumidos ou aplicados que têm seu crescimento vinculado à quantidade pela empresa. Têm seu valor determinado em função de oscilações na atividade da empresa, variando de valor na proporção direta do nível de atividade. O exemplo mais adequado para custo variável é a matéria-prima, pois se para produzir uma unidade de produto gastam-se $10, ao produzir duas unidades gastam-se $ 20. Wernke (2001) ainda ressalta a diferença entre custo variável e custo direto. Um custo é variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele é relacionado. O custo direto se pode medir em relação à atividade, setor ou produto.

No que se refere aos custos variáveis, Koliver (2008, p. 69), relata que ”os custos variáveis proporcionais na entidade são fixos na unidade produzida, seja ela um bem ou um serviço”. Na sequência a figura 4, demonstra a distinção dos custos fixos dos variáveis;

Figura 4: Classificação dos Custos em Fixo e Variável Fonte: Kroetz (2001, p. 52). CUSTOS FIXOS VARIÁVEIS Matéria-prima MOD Embalagem Energia Elétrica Água Depreciação outros

Portanto, quanto ao volume produzido, os custos podem ser variáveis, ou seja, variam de acordo com as quantidades produzidas, já os fixos independem, pois seu valor é fixo e não altera com o aumento da produção.

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