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5. APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO E SEUS ELEMENTOS

5.2. COLEÇÃO DE CROQUIS

Assim, com uma base de dados conceituais e as referências visuais organizadas, e conceito bem definidos a Coleção intitulada: Empowered Fags53, assume uma coerência com a narrativa de engajamento LGBT pela qual foi gerada, em que se apresenta por fazes: a primeira explora mais a nudez e a sensualidade, com menos detalhes nas peças. A segunda fase conta com mais tecido cobrindo o corpo, mais acessórios de couro e correntes, sendo a etapa mais elaborada da coleção, e na terceira encontramos o volume concentrado na parte superior (top), para materializar a relação de empoderamento, pois evoca ascendência e supremacia.

O uso de saias para os looks não se enquadra na moda sem gênero54. Aqui elas funcionam como um questionamento sobre os estereótipos de gênero e afirmação quanto à liberdade do vestir e não uma roupa que vista todas as pessoas. Os croquis estão todos maquiados e de salto alto também para trazer essas questões e fazer uso da performance de gênero, confundindo o espectador sobre a dualidade do que se está vendo. Quando vistos em recortes, os croquis causam a dúvida sobre o que realmente é mostrado, homem ou mulher? É nesse ponto, principalmente que entra a desconstrução da imagem convencional, característica do punk

53 Pode ser traduzido por “Bichas empoderadas”.

54 Tendência de moda que visa a utilização das roupas tanto por pessoas do gênero masculino, quanto do

algodão fio 50 (Camisetas); Moletom 85% algodão, 15% poliéster (saias); Nylon 100% poliéster (jaquetas); Couro sintético 100% poliéster (Arreios, coleiras, braceletes e cintos); tecido fio 40 84% poliamida, 16% elastano (meias); Metais nas correntes, que fazem um paralelo com as correntes da escravidão e a ressignificação dessas correntes, como disse Tupac Shakur, onde os niggas, não são os que carregavam correntes na senzala ou cordas no pescoço ao serem enforcados nos linchamentos, e sim os que esbanjam as joias no corpo. Assim, seguem abaixo a apresentação dos croquis da coleção Empowered fags, ela se organiza por meio de 10 Looks, onde o corpo de suporte é o masculino.

Figura 64 - Look 1

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 1 é composto por: Saia lembrando um pouco os Kilts55 Britânicos, que são uma peça que conota tradição, mas que com um corte assimétrico, rompe a tradicionalidade; cintos de couro, fazendo referência aos acessórios Sadomasoquistas e ao rock; top cropped56 gola canoa sem mangas para mostrar mais o braço (símbolo de virilidade); estampa abstrata aplicada na barra para introduzir as estampas na coleção.

55Vestes típicas Escocesas que se assemelham às saias e são usadas por homens. 56 Camiseta mais curta que geralmente deixa o abdome à mostra.

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 2 é composto por: Saia simétrica com fendas laterais arredondadas, deixando as pernas mais à mostra, como nas vestes femininas; camiseta sem mangas com peitoral exposto por um recorte e malha puxada para trás, mostrando partes do corpo que são mais atraentes; meia 7/8, trazendo a feminilidade; acessórios de couro servindo de braceletes, coleira e amarra nas coxas, agregando mais à temática sexual.

Fonte: Criado pelo autor.

O look 3 é composto por: Saia preta de fecho transversal reforçando a ideia do feminino x masculino; camiseta gola canoa sem mangas com abertura circular, deixando o abdome à mostra; bracelete e coleira de couro; correntes no pescoço, fazendo referência às amarras da sociedade e aos acessórios do Hip Hop e do punk.

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 4 é composto por: Saia até os joelhos (lembrando saias mais tradicionais, como as usadas pelas evangélicas) com as costas mais longas e fenda lateral arredondada deixando-a mais provocante; top cropped mais curto, deixando o peitoral à mostra e com mangas curtas que possuem aberturas circulares, mostrando mais pele e deixando a peça mais insinuante; couro na coleira e nos arreios do torso, simulando adereços sexuais; meia 7/8 trazendo feminilidade; correntes pretas de metal no pescoço e nos punhos, lembrando os acessórios do Hip Hop e às gangues das ruas.

Fonte: Criado pelo autor.

O look 4 é composto por: Saia branca de fecho transversal; camiseta sem mangas cinza de gola careca e comprimento longo, abertura no peitoral e fendas laterais, dando a aparência de que se tem uma cauda e trazendo a sensação não só de sensualidade, mas de vulnerabilidade; Couro nos cintos jogados na saia e amarras braçais, que trazem a ideia de que o indivíduo está preso a algo; corrente preta largada no pescoço, como uma coleira quebrada, onde a pessoa torna-se livre; meia 7/8. Estampa Plantations No More (senzalas nunca mais) aplicada, reforçando a liberdade do look.

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 6 é composto por: Saia branca de fecho transversal com fendas laterais, liberando o movimento das pernas e forro preto ela traz a feminilidade ao look e remetem vestidos de gala; top cropped branco com manga mais longa (manga ¾ ) ,mais curto que o dos looks anteriores, mostrando ainda mais o corpo com a finalidade de despertar o desejo; estampa abstrata aplicada na barra dando a sensação de corrosão e desgaste; cinto e braceletes de couro ligados às correntes pretas de metal fazendo referência às prisões e à dança Pogo do punk (ver página 38); meia 7/8 trazendo mais feminilidade ao corpo masculino.

Figura 70 - Look 7

Fonte: Criação do autor.

O Look 7 é composto por: minissaia cinza de fecho transversal com estampa abstrata aplicada abaixo do cós, trazendo a minissaia para o universo masculino; camiseta preta com aberturas circulares no músculo oblíquo (considerado uma parte desejada do corpo masculino), estampa I am my religion (reforçando a ideia de que você mesmo impõe suas regras e normas) aplicada no torso e estampa abstrata aplicada na barra; couro branco usado no cinto e braceletes, para dar mais contrastes ao resto do look, que é mais escuro; correntes pretas nos punhos, como nas gangues; meia 7/8 reforçando o feminino vs Masculino.

Figura 71 - Look 8

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 8 é composto por: Saia branca mais longa que as anteriores, porém, com fecho transversal criando uma fenda ainda maior, lembrando os vestidos de gala e trazendo sensualidade; Jaqueta branca com estampa abstrata aplicada nos punhos e barra inferior, estampa tipográfica aplicada nas mangas, remetendo aos muros marcados pelos graffiteiros; arreios de couro abaixo do peitoral, conotando sexualidade através do sadomasoquismo; correntes pretas de metal no pescoço, como os rappers usam; lenço branco como acessório, remetendo às bandanas usadas pelos latinos do hip hop e Trazendo uma das principais características visuais do rapper Tupac Shakur.

Figura 72 - Look 9

Fonte: Criado pelo autor.

O look 9 é composto por: mini saia preta de fecho transversal como as usadas pelas mulheres; jaqueta preta mais larga, referenciando os modelos usados pelos rappers nos anos 90 com estampa abstrata branca aplicada na frente lembrando algo desgastado; correntes pretas de metal pelo torso “aprisionando o corpo”; meia 7/8 afeminando mais o look. Também foram criadas duas estampas para a jaqueta, a “Power to the people” (poder para as pessoas) lembrando o partido dos panteras negras e “Stop Killing Us” (parem de nos matar), um protesto ao genocídio contra os LGBT e os negros.

Fonte: Criado pelo autor.

O Look 10 é composto por: Jaqueta branca mais larga com recortes nas mangas, como um rasgo de desgaste e pattern tipográfico aplicado em todo o forro lembrando também, os muros pixados; coleira e arreio de couro no peitoral, remetendo aos acessórios Sadomasoquistas; lenço branco como acessório de cabeça, assim como o visual dos rappers; correntes pretas de metal nos punhos; meia calça para quebrar o visual de Gangue. Também foi criada uma estampa caligráfica para as costas da jaqueta, a “The end is now. No fucking desperate” (o fim é agora, sem essa porra de desespero) que faz referência ao momento em que as contraculturas aparecem no decorrer da história, os momentos de crise social ou econômica e incerteza do futuro.

processo de materialização de um apanhando de ideias sobre o tema do emporderamento masculino, cuja narrativa gay, é uma mensagem que fica subliminar ao processo, mas que no final ela aparece como algo latente e definidor nos desenhos exibidos, o homem que é aqui representado, onde essas ideias foram ordenadas em imagens representativas, e por fim num conceito estruturante. Podemos perceber que o visual predominante foi o do Gangsta, ou seja, do homem viril das gangues, porém, esse visual tem sua masculinidade rompida pelos elementos femininos presentes, como a saia, as meias e a maquiagem.

Assim podemos concluir que ao pesquisar o conteúdo dos movimentos de contracultura desde sua relação com a mitologia grega e judaica até a era moderna no século XX, foi possível perceber que cada movimento surge em um momento de depressão social, e a contracultura vem para libertar as pessoas desta condição através de questionamentos sociais e políticos, geralmente vinculados às áreas artísticas como música, moda, literatura e dança. E o momento em que vivemos é bem parecido com o que os movimentos anteriores presenciaram, fazendo uma relação clara sobre como a contracultura é atemporal.

Percebemos também a relação direta da moda com a contracultura como forma de comunicar a transgressão através do vestuário, transparecer significados que destoem e batam de frente com a cultura dominante autoritária. Porém, como todo fenômeno de moda, o aspecto transgressor da contracultura chega à legitimação do significado e logo após é massificado, podendo perder todo o caráter contestador e contraventor primeiramente elaborado. Este ciclo de ganho e perda de significados é fundamental para que novas contraculturas surjam. Uma geração quando cumpre seu papel tem que dar espaço para a nova leva de revolucionários darem o seu recado.

Ao estudar o movimento Punk, pode-se relatar que suas maiores características são a Transgressão e a desconstrução da imagem convencional. O Punk quebra os padrões de música estética e moda. É difícil falar de agressividade e rebeldia contra o autoritarismo sem mencionar o movimento punk. Ao estudar o movimento Hip Hop, percebeu-se o seu papel fundamental contra a segregação racial, a opressão urbana sofrida pelos menos favorecidos e a posição do negro na sociedade.

O Hip Hop fez e faz um papel social importante no distanciamento da criminalidade com os jovens, apesar de existirem as guerras e rixas entre grandes Rappers, o hip hop prega a união da comunidade. Os dois movimentos podem ter surgido em épocas só um pouco distantes, mas trazem muitas características em comum, como o fato de serem movimentos de rua, de usarem da intervenção artística urbana para comunicar seus ideais e expressar o sentimento de uma geração, de usar a música como ferramenta de contestação político-social e de estarem defendendo os oprimidos pela sociedade, no punk, a classe operária e desempregada, no hip hop os jovens dos guetos predestinados à criminalização.

O processo de aprendizagem é constate e gratificante. Com ele foi possível perceber que tais movimentos contraculturais não são exatamente como a grande mídia nos mostra. Possuem uma profundidade e ideologia muito concretas. O Hip Hop não se trata apenas de rappers esbanjando joias. É uma cultura de um povo marginalizado e esquecido. Muito aconteceu antes disso e muito já vem acontecendo. O punk não é só um monte de gente que gosta de quebrar tudo e usa

pôde conter a revolta. Aspectos como esses nos fazem refletir sobre a situação atual do mundo e quais heranças os “desajustados e rebeldes” contraculturais nos deixaram.

Em relação à coleção de moda, pode-se dizer que ela atingiu o objetivo esperado e que superou as expectativas. Com uma base fundamentada em uma grande pesquisa, foi possível gerar uma série de croquis que representassem os conceitos de empoderamento e desconstrução. Observando recortes dos desenhos finais, o efeito de dúvida e ambiguidade foi alcançado.

Figura 74 - Homem ou mulher? Recorte do Look 6

Fonte: Criado pelo autor.

O que interpretamos observando a imagem? Um homem ou uma mulher? A coleção atingiu seu objetivo quando consegue causar uma quebra na barreira de gênero e pretende instalar esses questionamentos sociais fora da esfera empírica. Ao utilizar as roupas da coleção, o usuário estará agindo de maneira política, afirmando seu desapego aos padrões construídos e legitimando sua maneira de pensar e aceitar-se.

A pauta das contraculturas do séc. XX ainda se faz recente, principalmente nos dias de hoje, que, em alguns momentos parecemos estar regredindo. Uma coleção como esta possui grande relevância no âmbito social e cultural, pois, sua característica um tanto performática, permite o questionamento de

possibilidades no mercado e na moda.

Por fim, o que podemos absorver das análises históricas desses movimentos para esse projeto de uma coleção de moda são justamente os pontos altos desses movimentos. Durante a criação foi possível se envolver com os momentos, façanhas e ícones de cada contracultura, criando um laço afetivo e de empatia pela causa das minorias e na luta contra a discriminação e pela desconstrução dos padrões estabelecidos pela sociedade.

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