• Nenhum resultado encontrado

3 MÉTODO DE PESQUISA

3.3 COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada a partir de um roteiro de entrevista (Apêndice A, B e C) elaborado à luz da visão geral dos tópicos, Quadro 12 (seção 2.5) e dos elementos de análise que constam no item 3.2. Para verificar a aplicabilidade deste roteiro, o mesmo foi validado com três especialistas na área de inovação. Para o processo de validação, foram consultados um professor doutor em Administração do Programa de Pós-Graduação em Administração da PUCRS, um professor doutor da Faculdade de Farmácia da PUCRS e um membro do Fórum Nacional de Gestores de Inovação – FORTEC.

Sendo assim, o roteiro de entrevista, elaborado à luz da fundamentação teórica, conforme Quadro 13, conta com quinze perguntas abertas e foi segmentado para cada tipo de ator, quais sejam: o pesquisador, o gestor de transferência de tecnologia e o empreendedor e são apresentados nos apêndices A, B e C, respectivamente. O roteiro foi utilizado em entrevistas realizadas entre dezembro de 2009 e junho de 2010. As entrevistas foram gravadas e tiveram duração entre 35min e 1h23min. Foram realizadas entrevistas em Porto Alegre e São Paulo, tendo em vista a localização de uma empresa.

Quadro 13. Relação da fundamentação teórica com a elaboração do roteiro de entrevista.

DIMENSÃO CATEGORIA QUESTÕES

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

Formas Quais as formas de transferência de tecnologia utilizadas?

FATORES ORGANIZACIONAIS

Estrutura Que tipo de estrutura gerencia a TT? Existem mecanismos de apoio a essa transferência? Quais? Como influenciam na TT?

Mecanismos de Gestão

Qual o modelo jurídico da estrutura de TT? Quais são as políticas? Descreva os procedimentos de TT? São mapeados? E a equipe, quais são as

habilidades? Como se dão a remuneração e os incentivos? Há uma carteira de serviços formal? Como é a relação com o cliente? Os resultados são avaliados? Existe uma política de proposição de melhorias a partir dos resultados obtidos?

FATORES INTERVENIENTES

Motivadores O que motiva o envolvimento em atividades de TT? Facilitadores Que fatores facilitam a TT?

Barreiras Quais, se existem, as barreiras para a TT? Como ultrapassá-las? Fonte: autora (2011).

Primeiramente, foram identificados os grupos de pesquisa dentro da universidade e depois as empresas que interagiam com esses grupos. Nos grupos de pesquisa, o entrevistado foi o pesquisador líder do projeto, nas empresas, foi o profissional responsável pela interação com a universidade e, somente em um caso, o proprietário. A relação de entrevistados segue abaixo, conforme o Quadro 14:

Quadro 14. Relação de Entrevistados.

Entrevistado Área de Atuação Objetivo

CASO 1

A Professor Adjunto e pesquisador da PUCRS (Doutor)

Coleta de informações referentes a licenciamento de patente para uma empresa

B Professor Adjunto e pesquisador da PUCRS (Doutor) Coleta de informações referente a prestação de serviços especializados C Professor e pesquisador da PUCRS (Doutor) Coleta de informações referente a prestação de serviços especializados D Coordenador de Pesquisa Clínica da Empresa 1 Coleta de informações referentes a licenciamento de uma patente

universitária

CASO 2

E Gestor de Inovação da empresa 2 Coleta de informações referentes a pesquisa conjunta com universidade F Coordenador do Centro de Microgravidade Coleta de informações referentes a pesquisa conjunta com empresa

CASO

3 G Administrador da Empresa 3

Coleta de informações referente a financiamento de pesquisa universitária H Diretor de Instituto Pesquisa Biomédica Coleta de informações referente a pesquisa financiada pela empresa

CASO 4

I Sócio da Empresa4 Coleta de informações referente a spin-

off universitário

J Diretor de Centro de Pesquisa em Biologia em Pesquisa Molecular e Funcional

Coleta de informações referente apropriedade de empresa por pesquisador

K Pesquisador

Coleta de informações referente apropriedade de empresa por pesquisador

CASO 5

L Gerente-Geral da Empresa 5 Coleta de informações referente a patente conjunta com universidade M Professor Adjunto e pesquisador da PUCRS (Doutor) Coleta de informações referente a patente conjunta com empresa Q Gestor de Projetos da Empresa 5 Coleta de informações referente a patente conjunta com universidade

GES T OR E S D E TR A N S FE R Ê N C IA D E T E C N OLOI GA N Gestor de Transferência de Tecnologiado ETT da PUCRS

Coleta de informações referentes a processo de transferência de tecnologia O Gestor de Transferência de Tecnologia da AGT da PUCRS Coleta de informações referentes a processo de transferência de tecnologia P Consultor externo ligado a propriedade intelectual, contratado

pelo ETT

Coleta de informações referentes a processo de transferência de tecnologia Fonte: a autora (2011).

Para Malhotra (2001), a técnica de entrevista em profundidade é direta e pessoal, onde um único respondente é avaliado por um entrevistador altamente qualificado para descobrir suas crenças, atitudes, motivações e sensações referentes a um determinado tópico.

As entrevistas realizadas neste estudo foram gravadas e suas transcrições armazenadas para posterior análise. Também foram armazenadas as anotações realizadas durante a coleta de dados, as publicações utilizadas na fundamentação teórica e as análises dos dados coletados.

Um dos princípios importantes para o trabalho de coleta de dados é a utilização de várias fontes de evidências, ou seja, evidências provenientes de duas ou mais fontes, mas que convergem em relação ao mesmo conjunto de fatos ou descobertas (YIN, 2005). Além dos dados primários, obtidos através das entrevistas, dados secundários fornecidos pelos entrevistados foram analisados.

Foram analisados documentos identificados a partir das entrevistas, a saber: site, publicações, resoluções, planejamento estratégico e documentos externos, para obtenção de informações referentes a característica dos laboratórios, das empresas e da PUCRS. Esta etapa ocorreu após as entrevistas, buscando um maior conhecimento para a interpretação destes dados.

Conforme Yin (2005), a documentação é uma excelente fonte de evidência e informação, já que é estável – pode ser revisada quantas vezes forem necessárias; é discreta – não foi criada como resultado do estudo de caso; é exata – contém nomes, referências e detalhes de um evento e possibilita uma ampla cobertura.