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1 INTRODUÇÃO

4.4 COLETA DE DADOS E INSTRUMENTO DE PESQUISA

A coleta de dados foi realizada através de entrevistas contendo um roteiro semi estruturado, no qual os respondentes foram ex atletas, com características já explicitadas no tópico anterior.

O roteiro de entrevista foi composto por vinte e uma questões, no qual todas foram questionadas aos respondentes, mediante ao desenvolvimento das

entrevistas, perguntas novas por parte do entrevistador foram feitas, no intuito de extrair mais informações, enriquecendo assim o material, para análises futuras.

As entrevistas foram realizadas no período de 11.10.19 até 18.11.19, com a escolha prévia do local, em consentimento do entrevistado, não havendo nenhuma interferência externa para a realização da entrevista. Valendo do sigilo das informações e da preservação das identidades dos entrevistados, antes do início de cada entrevista, foram explicitados essas questões, desta forma permitiu aos respondentes estarem mais confortáveis e tranquilos, respondendo de forma mais natural a entrevista.

Para armazenagem das informações, foi utilizado o aplicativo whatsapp, desta forma, todas as respostas dos entrevistados foram gravadas, e posteriori, as mesmas foram transcritas de forma fidedigna.

4.5 TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS

As entrevistas foram gravadas no intuito de armazenar todas as informações expostas, logo em seguida o pesquisador realizou uma transcrição de forma fidedigna do que foi falado nas entrevistas, mantendo assim toda a redação das informações, para análise futura.

Sendo a pesquisa de caráter qualitativo, foi utilizado o método de Análise de Conteúdo.

Segundo Bardin (2011) a análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações. Não se trata de um mecanismo, mas de um leque de apetrechos, ou com maior rigor, será um único instrumento, mas marcado por uma grande disparidade de formas e adaptável a um campo de aplicação muito vasto: as comunicações. As diferentes fases da análise de conteúdo, possuem uma estruturação padrão baseada em:

 A exploração do material;

 O tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação.

Quadro 04: A análise de conteúdo

Figura 7 Análise de conteúdo

Fonte: O autor 2019

Pré-análise

Para Bardin (2011) essa é a fase de organização. Possui um período de intuições, mas tem por objetivo tornar operacionais e sistematizar as ideias iniciais, de maneira a conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações seguintes, em um plano de análise. Normalmente esta primeira fase possui três missões: a escolha dos documentos a serem submetidos à análise, a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final.

Exploração do material

Bardin (2011) afirma ainda que essa fase é caracterizada essencialmente em operações de codificação, decomposição ou enumeração, em função de regras previamente formuladas.

Em última análise Bardin (2011) expõe que os resultados brutos são tratados de maneira a serem expressivos (“falantes”) e válidos. Operações estatísticas simples (percentagens), ou mais complexas (análise fatorial), permitem estabelecer quadros de resultados, diagramas, figuras e modelos, os quais condensam e põem em relevo as informações fornecidas pela análise.

5 ANÁLISE DE DADOS

A amostra em questão do estudo é composta por ex atletas de futebol, em função do sigilo da identificação de cada um dos respondentes, segue apresentação resumida, caracterizando de forma individual, cada um dos entrevistados, de modo que o leitor possa ter uma maior entendimento do perfil das percepções, bem como um norteamento de correlações.

Os nomes apresentados são de caráter fictício, presando o sigilo de identificação dos entrevistados.

 Entrevistado 01 – Rafael Idade: 33 anos

Início/Fim da carreira: 2000/2010

Rafael é natural de Natal/RN, atualmente é educador físico. Atuou nas categoria de base do ABC e do América, ambas equipes de Natal, bem como sua maior conquista foi ser campeão Potiguar pela equipe do Alecrim, conquistando assim um grande feito, em razão da soberania presente pelas maiores equipes do estado. Sua carreira esportiva foi estimulada pelo seu pai, em meio as dificuldades presentes no futebol do Rio Grande do Norte, como podemos observar nessa transcrição: “Primeiro porque, nós vivemos em um estado onde possui poucos times, pouco dinheiro, estruturas precárias correlacionadas a equipes fora, então é muito difícil você seguir carreira aqui no estado”. Rafael não teve o desejo de seguir a carreira como treinador de futebol, em razão da não identificação pela função, embora o mesmo siga trabalhando em funções atrelados ao esporte e a saúde física.

 Entrevistado 02 – Marcelo Idade: 43 anos

Início/Fim da carreira: 1997/

Marcelo é natural do interior do Rio de Janeiro, residindo em Natal há alguns anos. Assim como Rafael, Marcelo teve como forte influência o seu pai, que também foi ex jogador. Atuou em dezoito clubes, dentre eles alguns clubes

internacionais, sendo o de maior representatividade o Club Atlético Osasuna da Espanha. Atualmente é treinador de futebol, em função disso possui uma visão de ambos os lados, tanto de atleta como de treinador de futebol.

 Entrevistado 03 – Pedro Idade: 63 anos

Início/Fim da carreira: 1976/1989

Pedro é do interior da Bahia, por ter jogado nos dois maiores times do Rio Grande do Norte, já reside em Natal a mais de vinte anos. Foi atleta em seis equipes profissionais, sendo destaque como lateral esquerdo no campeonato estadual Baiano em uma das suas passagens pela equipe do Fluminense de Feira de Santana. Atualmente Pedro, é empresário, possui um restaurante em um shopping na região metropolitana de Natal, além de ser funcionário público. Mesmo não atuando atualmente em uma área vinculada ao futebol, Pedro tem o desejo de iniciar o papel de treinador, até porque já recebeu alguns convites para treinar algumas equipes da cidade do Natal. Em função de estar próximo da aposentadoria esse desejo de ser treinador, pode se tornar realidade em um futuro próximo, tendo mais tempo assim para desempenhar a função.

A partir da realização das entrevistas, bem como a sua transcrição e por conseguinte a sua análise. Foi selecionado o método de análise por categorias.

Segundo Bardin(2011), a análise por categoria funciona por operações de desmembramento do texto em unidades, em categorias segundo reagrupamentos analógicos. Entre as diferentes possibilidades de categorização, a investigação dos temas, ou análise temática, é rápida e eficaz na condição de se aplicar a discursos diretos (significações manifestas) e simples.

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