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1 INTRODUÇÃO

5.1 ESCOLHA DAS CATEGORIAS

5.1.1 Liderança do Treinador

Sendo esse o ponto central do estudo, podemos analisar as transcrições das respostas do entrevistados, que mudanças são percebidas na forma de condução da equipe, valendo de que cada modelo de liderança pode ser trabalhado, mediante a um alinhamento entre o líder para com os seus liderados.

Diante disso a percepção dos entrevistados quanto a parcela do treinador para o desenvolvimento da equipe foi retrato a partir das falas a seguir.

“ A liderança do treinador é muito importante na gestão do elenco, fazer com que o jogador se motive a cada dia, a cada sessão de treino, é importante para que os jogadores ‘comprem” a sua ideia de jogo né.... é que hoje em dia o treinador tem sido mais um gestor de vestiário do quê propriamente aquele treinador “durão” de antigamente” Afirma Marcelo.

Segundo Pedro : “ Hoje e sempre o treinador foi muito importante para o desenvolvimento da equipe, nós temos que seguir as ordens do treinador, o esquema tático dele, como ele quer que nós jogamos, muitas vezes quando um time tem vários jogadores experientes, eles dentro de campo, eles mesmos tentam mudar, sempre com o apoio do treinador, o treinador é muito importante para uma equipe.”

Na visão de Rafael: “ Olha só e correlacionado a esse desenvolvimento do perfil do treinador, eu admiro treinadores que cobram mais dos atletas do que treinadores que apaziguam o grupo, eu acho que, na minha prática, na minha vivência deu mais resultado com treinadores que cobram”.

A primeira categoria de análise sendo o Perfil de Liderança do treinador, podemos observar alguns padrões identificados, nas perguntas de número sete e nove, evidenciando algumas semelhanças quanto as respostas.

Como primeiro ponto de análise observamos a fala de Rafael, ao dar como exemplo alguns treinadores da nova geração, que estão realizando um trabalho de grande destaque, como é o caso de Thiago Nunes, no comando técnico do Atlético Paranaense, no qual o clube conquistou em dois anos, o segundo campeonato mais importante da América do sul, a Sul Americana em 2018 e a Copa do Brasil em 2019, ambos títulos inéditos.

Por ter um intervalo de tempo de cerca de dez anos entre o final da carreira como atleta e o início da experiência como treinador, Marcelo afirma:

Marcelo afirma , “ Sim, eu digo que ao longo desses 10 anos muita coisa mudou no futebol, o perfil dos treinadores também mudaram muito, hoje o treinador é mais parceiro do jogador, ele faz parte de uma engrenagem... né a gente pode citar vários exemplos aí de treinadores que estão aparecendo no futebol... com uma fator psicológico mais aguçado né... é o caso do Diniz, do Thiago Nunes do Athlético Paranaense , são treinadores de nova geração que eles compreendem a “cabeça” do jogador e tentam motivar o jogador , tentam trazer o jogador pra si, pelo lado pessoal, não só pelo lado profissional, de saber como está a família, de onde veio, aonde ele quer chegar.... então é uma mudança muito grande, na minha época de jogador por exemplo, a gente tinha treinadores que eles faziam com que a gente jogasse através da imposição, através do medo, de perder a posição, de perder o emprego, então hoje me dia, o futebol atual, a gente ver alguns casos... porém é muito mais difícil”.

Tendo o treinador um papel de liderança e motivação para com os atletas, podemos identificar tais situações a partir das falas dos atletas a seguir:

Segundo o relato de Rafael: “ Nesse quesito aí eu tenho um exemplo, que nós estávamos até pra sermos rebaixados no campeonato estadual, e o que aconteceu foi que nós precisávamos ganhar o jogo de todo o jeito, para poder escapar, já vinha de uma sequência de derrotas, e era o último jogo e a gente precisava ganhar pra poder escapar, e aí o treinador chamou um psicólogo... como era um clube pequeno o psicólogo era “de fora”, então ele chamou um psicólogo de fora e esse psicólogo fez uma dinâmica, chamou as famílias, fez umas coisas bacanas lá que mexeu com o emocional do grupo e motivou para o jogo e nós conseguimos escapar do rebaixamento foi algo positivo para a equipe.”

Pedro expressa: “ Aconteceu comigo, no Fluminense de Feira, nosso treinador formou uma equipe bacana, muito boa e nós tivemos a oportunidade de decidir o título do primeiro turno com a equipe do Leone, mas só que antes disso, o nosso treinador reuniu todo mundo e disse assim: olha o negócio aqui não está indo bem em relação ao

financeiro, mas se a gente ganhar esse turno, vai mudar totalmente e foi o que aconteceu, nós nos unimos, colamos em nosso treinador, fomos para dentro de campo, ganhamos do Bahia e do Vitória, fomos decidir com o Leone, e acabamos sendo o campeão do primeiro turno, foi uma grande festa, daí em diante mudou totalmente em termos financeiros, mudou o patamar da equipe, o astral mudou.”

Valendo-se da teoria observamos um perfil de liderança situacional, baseada na teoria comportamental, no qual fatores psicológicos, são bastante evidenciados e trabalhados pelos treinadores.

Em momento algum podemos enfatizar que determinado modelo de liderança, possa conceber melhores resultados ou a conquista de títulos para determinada equipe, porém podemos correlacionar a outros fatores que estão intrínsecos, alinhados a uma boa gestão interna do clube, além da continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido.

Para Podsakoff, Mackenzie, Moorman e Fetter (1990) sugestionam a existência de seis dimensões da liderança transformacional: prover um modelo/exemplo apropriado, articular uma visão, estimular intelectualmente, prover suporte individualizado, incentivar a aceitação de metas do grupo e esperar uma alta performance.

Enfatizando um desses pontos podemos destacar o incentivo dos treinadores mediante a um cenário ao qual o clube passava.

Podemos fazer uma análise interessante a partir do fato de dois contextos diferentes, um onde na situação de Rafael o clube estava pra ser rebaixado e no contexto de Pedro a equipe, disputava pelo título, o fator motivacional foi preponderante para o alcance dos objetivos, mesmo que ambos fossem situações antagônicas.

Segundo Anderson (2014) a teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg, propõe que o modelo do trabalho é crucial – ele deve criar condições nas quais os empregados consigam ter um senso de realização, desfrutar de responsabilidade e receber reconhecimento em seu trabalho. Níveis salariais talvez sejam importantes para recrutamento e retenção, mas são menos importantes no encorajamento para que os funcionários trabalhem com mais eficácia.

Desta forma teórica, podemos analisar que os fatores motivacionais em ambos os contextos, estavam atrelados as metas e na conquista do objetivo que foi posto, estimulando assim fatores de reconhecimento e de realização.

Em oposição a conduta atual na maioria dos treinadores, observamos no discurso exposto por Marcelo quando ele comenta que em sua época, alguns treinadores usavam uma conduta de intimidação e medo.

Segundo Chiavenato (2003), o líder que adota uma liderança autocrática fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo e determina a forma que deve ser realizada a tarefa. É difícil, mas não impossível de se encontrar esse tipo de liderança nos dias atuais em uma empresa. Em decorrência disso, há uma boa produção, toda via o trabalho não é de boa qualidade e com relação a equipe percebe-se um auto grau de insatisfação e nenhuma motivação com relação a situação. Perfil do Treinador Transcrições Liderança Autocrática Pergunta 7:

Marcelo: “A gente tinha treinadores que eles faziam com que a gente jogasse através da imposição, através do medo, de perder a posição, de perder o emprego, então hoje em dia, o futebol atual, a gente ver alguns casos... porém é muito mais difícil”.

Liderança Transformacional

Pergunta 7

Marcelo: “Né a gente pode citar vários exemplos aí de treinadores que estão aparecendo no futebol... com uma fator psicológico mais aguçado né... é o caso do Diniz, do Thiago Nunes do Athlético Paranaense , são treinadores de nova geração que eles compreendem a “cabeça” do jogador e tentam motivar o jogador , tentam trazer o jogador pra si, pelo lado pessoal, não só pelo lado profissional, de saber como está a família, de onde veio, aonde ele quer chegar.

Pergunta 9

Rafael : “Nós precisávamos ganhar o jogo de todo o jeito, para poder escapar, já vinha de uma sequência de derrotas, e era o

último jogo e a gente precisava ganhar pra poder escapar, e aí o treinador chamou um psicólogo... como era um clube pequeno o psicólogo era “de fora”, então ele chamou um psicólogo de fora e esse psicólogo fez uma dinâmica, chamou as famílias, fez umas coisas bacanas lá que mexeu com o emocional do grupo e motivou para o jogo e nós conseguimos escapar do rebaixamento foi algo positivo para a equipe.”

Pergunta 9

Pedro: “ O nosso treinador reuniu todo mundo e disse assim: olha o negócio aqui não está indo bem em relação ao financeiro, mas se a gente ganhar esse turno, vai mudar totalmente e foi o que aconteceu, nós nos unimos, colamos em nosso treinador, fomos para dentro de campo, ganhamos do Bahia e do Vitória, fomos decidir com o Leone, e acabamos sendo o campeão do primeiro turno, foi uma grande festa, daí em diante mudou totalmente em termos financeiros, mudou o patamar da equipe, o astral mudou.”

Liderança Coaching

Pergunta 7

Rafael: Olha só e correlacionado a esse desenvolvimento do perfil do treinador, eu admiro treinadores que cobram mais dos atletas do que treinadores que apaziguam o grupo, eu acho que, na minha prática, na minha vivência deu mais resultado com treinadores que cobram”.

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