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10.1 Os diretores devem comentar sobre

a. Condições financeiras e patrimoniais gerais

A estabilidade macroeconômica brasileira, resultado da queda da taxa SELIC e da estabilidade nos preços, além da expansão da oferta de crédito com menores taxas de juros e maiores prazos, a retomada da confiança do consumidor e medidas governamentais de estímulo ao setor imobiliário como, por exemplo, o Programa Habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, criaram um ambiente propício para financiamentos bancários de longo prazo para adquirentes de imóveis e, como conseqüência disso, a demanda por imóveis residenciais cresceu significativamente. Dessa forma, a Diretoria entende que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais favoráveis.

b. Estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando:

Em relação a estrutura de capital, o Patrimônio líquido da Companhia passou de R$420,8 milhões em 31 de dezembro de 2008 para R$462,3 milhões em 31 de dezembro de 2009, principalmente em decorrência do lucro líquido do exercício.

Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia possuía uma posição de caixa de R$140 milhões. Na mesma data, a dívida líquida totalizava R$316,3 milhões e o índice dívida líquida sobre patrimônio era de 68%.

(i) hipóteses de resgate

Não há hipóteses de resgate de ações de emissão da Companhia além das legalmente previstas. (ii) fórmula de cálculo do valor de resgate

Não há hipóteses de resgate de ações de emissão da Companhia além das legalmente previstas. c. Capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

A Companhia possui liquidez e recursos de capital suficientes para cobrir os investimentos, despesas, dívidas e outros valores a serem pagos nos próximos anos, embora não possa garantir que tal situação permanecerá inalterada. Caso a Companhia entenda necessário contrair empréstimos para financiar investimentos e aquisições, acredita possuir capacidade para contratá-los.

d. Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas

A Companhia conta, principalmente, com o fluxo de caixa de suas operações para gerar capital de giro e subsidiar as suas atividades operacionais e de investimentos. Para a carteira de recebíveis de empreendimentos concluídos tem a opção de repasse da mesma para bancos, assim como a venda da carteira para companhias securatizadoras. A política de gerenciamento de capital de giro da Companhia tem como objetivo o máximo retorno do capital empregado. Na compra de terrenos, a Companhia procura alongar ao máximo o prazo de pagamento e reduzir os pagamentos necessários nos períodos iniciais após a compra. Para a realização da construção de seus empreendimentos, busca financiamentos junto a instituições financeiras integrantes do SFH. Tais políticas, aliadas aos valores recebidos de seus clientes ao longo do período de construção, reduzem a exposição de caixa e, consequentemente, aumentam o retorno sobre o capital investido em seus empreendimentos.

Em grande parte dos casos, a Companhia não financia seus clientes após a conclusão de suas obras, realizando repasses para instituições financeiras e, quando necessário, securatização de seus recebíveis.

e. Fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Vide item “d” acima.

f. Níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda:

O saldo de empréstimos e financiamentos da Companhia apresentava a seguinte composição em 31 de dezembro de 2009:

Modalidade Dívida (em R$ mil) Vencimento

Debêntures 237.522 15/07/11 a 15/07/13 SFH 167.710 01/01/10 a 31/10/12 Capital Giro 50.232 01/01/10 a 30/09/13 Leasing 1.306 01/01/10 a 30/09/12 Finame 112 01/01/10 a 30/04/13 Consórcio 80 Total geral 456.962 Circulante 114.135 Não circulante 342.827 Total geral 456.962

(i) contratos de empréstimo e financiamento relevantes

No quadro abaixo, é possível observar a posição dos empréstimos e financiamentos da Companhia, inclusive os de maior relevância.

Instituição Financeira Dívida %

Bradesco 233.013 51,0% Santander / ABN 71.609 15,7% Brazilian Securities 16.824 3,7% ABC 36.745 8,0% CEF 8.882 1,9% HSBC 24.012 5,3% Itaú / Unibanco 12.494 2,7% CIT 1.164 0,3% Safra 260 0,1% BANIF 20.784 4,5% VOTORANTIM 20.784 4,5%

TRICURY 10.392 2,3%

Total geral R$ 456.962 100,0%

(ii) outras relações de longo prazo com instituições financeiras

A Companhia não apresenta relações de longo prazo com instituições financeiras além das operações mencionadas acima.

(iii) grau de subordinação entre as dívidas

Os financiamentos para construção possuem como garantia a hipoteca de cada obra, instrumentos de fiança dos acionistas e o penhor de recebíveis imobiliários, conforme cada caso em específico.

Os empréstimos para capital de giro são garantidos por aval dos acionistas.

As operações de leasing possuem como garantia os próprios bens adquiridos na forma de arrendamento mercantil financeiro.

Em julho de 2008, a Companhia emitiu 200.000 debêntures da espécie quirografária no valor total de R$ 200.000.000,00.

Em julho de 2008, a Companhia emitiu 200.000 debêntures da espécie quirografária no valor total de R$ 200.000.000,00.

Em dezembro de 2009, a Companhia emitiu uma debênture simples da espécie quirografária no valor de R$ 30.000.000,00.

Em janeiro de 2010, a Companhia emitiu 300 debêntures da espécie com garantia flutuante, no valor total de R$ 300.000.000,00. Além da garantia flutuante, que nos termos do artigo 58 da Lei n.º 6.404/76 assegura à debênture o privilégio geral sobre o ativo da Companhia, mas não impede a negociação dos bens que integram esse ativo, as debêntures emitidas são garantidas pela cessão fiduciária dos recebíveis dos empreendimentos financiados, e pela alienação fiduciária das ações/quotas das SPEs que forem financiadas com recursos oriundos das debêntures. (iv) eventuais restrições impostas à Companhia, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário

Em prejuízo às condições financeiras previstas de Vencimento Antecipado, de todas as obrigações relativas às Debêntures de 1ª Emissão e 2ª Emissão da Companhia, a Trisul atende as seguintes condições restritivas:

Dívida líquida + Imóveis a Pagar – Dívida SFH < 0,70 Recebíveis + Recebíveis a apropriar + Estoque > 1,5 Patrimônio líquido Dívida líquida – Dívida SFH + Imóveis a Pagar +

Custo a Apropriar g. Limites de utilização dos financiamentos já contratados

Demonstração de Resultados Consolidados

(em R$ mil)

Receita Operacional Bruta 582.992 326.984 234.405

Com venda de imóveis 570.637 316.976 230.629

Com prestação de serviços 12.029 9.992 3.633 Com locações de imóveis 326 16 143 (-) Deduções da receita (22.808) (11.717) (15.325)

Receita Operacional Líquida 560.184 315.267 219.079

Custos de imóveis e serviços vendidos (388.995) (208.553) (135.985)

Lucro Bruto 171.189 106.714 83.094 % Margem Bruta 30,6% 33,8% 37,9% Despesas/Receitas Operacionais (93.433) (97.666) (53.202) Despesas administrativas (48.111) (46.268) (19.376) % despesas administrativas 8,6% 14,7% 8,8% Despesas comerciais (40.904) (44.726) (25.317) % despesas comerciais 7,3% 14,2% 11,6% Despesas tributárias (3.089) (1.744) (3.812) Despesas com depreciação/amortização (1.934) (919) (2.515) Amortização de ágio (2.876) (4.060) - Provisão para contingências (543) (41) (467) Outras receitas e (despesas) operacionais 4.024 92 (1.715)

Lucro Operacional 77.756 9.048 29.892

Despesas Financeiras (32.841) (23.767) (6.265) Receitas Financeiras 22.992 32.457 10.638

Despesas com IPO (16.467)

Resultado Não-Operacional 58

Lucro antes do IR e Contribuição Social 67.907 17.738 17.856 Imposto de renda e contribuição social (16.518) (8.957) (11.605) Participação Minoritários 127 - (1)

Lucro (prejuízo) líquido 51.516 8.781 6.249

% Margem Líquida 9,2% 2,8% 2,9%

2009 2008 2007

A Companhia dispõe hoje de aproximadamente R$ 638 milhões de limites em operações de SFH já contratadas, sendo que o montante de R$ 167,7 milhões, já foi liberado para a Companhia e está registrado em sua posição de endividamento. Vale mencionar que os recursos provenientes das linhas de crédito do sistema financeiro de habitação (SFH) são liberados conforme cronograma físico-financeiro de cada obra financiada.

h. Alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

As informações do exercício de 2007 são pro forma, não auditadas, oriundas do somatório das demonstrações contábeis da Tricury e Incosul relativas ao 1T07 com as demonstrações contábeis da Trisul S.A. relativas aos últimos 9 meses do ano de 2007, as quais foram auditadas por nossos auditores independentes, ajustada pro forma após impactos contábeis introduzidos pela Lei 11.638/07.

Análise das Demonstrações de Resultado Receita Líquida:

No setor de incorporação e construção imobiliária a receita referente às vendas contratadas de cada empreendimento é apropriada ao resultado da Companhia ao longo do período de construção, através do método do percentual de evolução financeira de cada obra (PoC – Percentage of Completion Method). Esse percentual é mensurado em razão do custo incorrido em relação ao custo total orçado das unidades vendidas por empreendimento, em linha com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP). Dessa receita apropriada também é descontado o AVP – Ajuste a Valor Presente conforme CPC 12.

A receita operacional líquida aumentou 78%, passando de R$315 milhões no exercício de 2008 para R$560 milhões no exercício de 2009. Esse aumento na apropriação da receita líquida em 2009 é resultado principalmente do contínuo investimento realizado em nossos canteiros de obras e ao reconhecimento das receitas derivadas de vendas contratadas em períodos anteriores.

Lucro Bruto:

O lucro bruto no exercício de 2009 totalizou R$171 milhões, representando um aumento de 60% em comparação ao lucro bruto de R$107 milhões registrado no exercício de 2008. Esse crescimento é conseqüência principalmente do aumento na apropriação da receita líquida em 2009.

No exercício de 2009, a margem bruta das atividades da Companhia diminuiu para 30,6% comparado a 33,8% em 2008. Essa queda deve-se principalmente a maior participação de empreendimento de padrão econômico nos lançamentos da Companhia.

Despesas gerais e administrativas:

Como percentual da receita líquida, as despesas gerais e administrativas em 2009 representaram 8,6%, uma redução de 6,1 p.p. em relação ao percentual registrado em 2008 de 14,7%. Essa queda demonstra que a Companhia está absorvendo suas despesas fixas na medida em que aumenta sua receita operacional líquida.

Em valores absolutos, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$48 milhões no exercício de 2009 em relação a R$46 milhões no exercício de 2008, um aumento de 4%.

Despesas com comercialização:

Em 2009, as despesas comerciais totalizaram R$41 milhões, registrando uma queda de 8,5% quando comparado com R$45 milhões no ano de 2008. Como percentual da receita líquida, as despesas comerciais em 2009 representaram 7,3%, uma queda de 6,9 p.p. em relação a 2008. Essas reduções são resultados da assertividade dos investimentos em marketing direcionados tanto para a venda de unidades de lançamentos quanto à venda de unidades em estoque. Outras receitas (despesas) operacionais:

A linha de “Outras receitas e despesas operacionais” em 2009 totalizou R$4 milhões de receita operacional, refletindo principalmente a venda para a Tecnisa de participação societária em uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) que ocorreu no mês de agosto de 2009. A Trisul, com o objetivo de investir em sites menores, vendeu para a Tecnisa sua participação societária detida em Sociedade de Propósito Específico (“SPE”), a qual mantinham em parceria.

Despesas Financeiras:

As despesas financeiras durante o exercício de 2009 totalizaram R$33 milhões frente às despesas financeiras de R$24 milhões no exercício de 2008, registrando um aumento de 38%. Esse aumento é conseqüência do aumento da dívida da Companhia decorrente principalmente da captação de R$200 milhões via emissão de debêntures na taxa de CDI + 2,5% a.a. que ocorreu em julho de 2008, gerando assim despesas com comissões, juros e despesas bancárias. Receitas Financeiras:

As receitas financeiras em 2009 atingiram R$23 milhões, registrando queda de 29% em relação ao ano de 2008, decorrente da utilização em 2009 do recurso captado via abertura de capital em outubro de 2007 e 1ª emissão de Debêntures da Companhia em julho de 2008.

Lucro líquido do exercício:

O lucro líquido em 2009 atingiu R$51,5 milhões, aumento de 487% em relação ao ano de 2008. A margem líquida do ano ficou em 9,2%, 6,4 p.p. acima da margem líquida apresentada em 2008. Esse aumento expressivo é decorrente dos resultados que a Companhia começa a entregar, pois está completando o primeiro ciclo de crescimento pós abertura de capital em 2007.

Análise do Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial Consolidado

(em R$ mil)

Ativo Circulante 870.281 590.824 638.638

Caixa e equivalentes de caixa 137.800 255.948 251.213

Contas a receber 524.389 156.009 131.054

Imóveis a comercializar 190.305 164.360 243.266

Créditos diversos 8.436 7.892 10.514

Impostos e contribuições a recuperar 9.351 6.615 2.592

Despesas com vendas a apropriar 0 0

Ativo Não Circulante 213.206 315.588 96.678

Realizável a longo prazo 192.299 291.796 83.517

Aplicações financeiras 2.905 0 0 Contas a receber 90.032 144.417 54.295 Imóveis a comercializar 81.680 142.506 26.736 Partes relacionadas 15.199 3.168 1.536 Créditos diversos 2.483 1.705 950 Permanente 20.907 23.792 13.161 Imobilizado 17.889 18.264 5.751 Intangível 3.018 5.528 7.410 Ativo Total 1.083.487 906.412 735.316 Passivo Circulante 245.584 188.910 185.930 Fornecedores 24.185 9.738 11.166 Empréstimos e financiamentos 104.612 60.292 26.587

Obrigações trabalhistas e tributárias 14.454 10.423 4.058

Impostos e contribuições diferidos 33.347 10.844 13.391

Credores por imóveis compromissados 20.933 50.349 101.778

Adiantamento de clientes 9.372 6.241 2.071

Adiantamento de Clientes (Permutas físicas) 9.235 13.149 9.845

Contas a pagar 5.921 12.266 11.808

Partes relacionadas 3.235 1.585 0

Debêntures a pagar 9.523 14.023 0

Dividendos a pagar 10.767 0 5.227

Passivo Não Circulante 374.879 296.721 121.956

Empréstimos e financiamentos 114.828 46.482 74.735

Credores por imóveis compromissados 10.494 26.899 25.141

Provisão para contingências 4.752 4.209 4.167

Impostos e contribuições diferidos 6.273 9.900 5.465

Contas a pagar 2.583 3.688 2.512

Debêntures a pagar 227.999 197.593 0

Deságio na aquisição de investimentos 7.950 7.950 7.950

Partes relacionadas 1.986 Participação de Minoritários 676 1 1 Patrimônio Líquido 462.348 420.780 427.429 Capital social 426.520 426.520 426.520 Reservas de capital 4.538 3.719 2.420 Reservas de lucro 34.565 0 16.784

Lucros (prejuízos) acumulados 0 (6.184) (18.295)

Ações em Tesouraria (3.275) (3.275) 0

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 1.083.487 906.412 735.316

As informações do exercício de 2007 são pro forma, não auditadas, oriundas do somatório das demonstrações contábeis da Tricury e Incosul relativas ao 1T07 com as demonstrações contábeis da Trisul S.A. relativas aos últimos 9 meses do ano de 2007, as quais foram auditadas por nossos auditores independentes, ajustada pro forma após impactos contábeis introduzidos pela Lei 11.638/07.

Considerações sobre as principais contas do Ativo: Disponibilidades: Caixa e Bancos, Aplicações Financeiras

Em 31 de dezembro de 2009, as disponibilidades da Companhia totalizaram R$141 milhões, comparados a R$256 milhões em 31 de dezembro de 2008, uma redução de R$115 milhões. Essa redução deve-se, principalmente pela utilização do recurso captado via emissão de debêntures no montante de R$200 milhões em julho de 2008.

Contas a receber de clientes – Circulante e Não circulante:

O saldo de contas a receber de clientes ao final de 2009 totalizou R$1,3 bilhão, um aumento de 55% sobre o saldo de R$842 milhões em 31 de dezembro de 2008. Desse total, R$637,4 milhões já tiveram suas receitas apropriadas. O saldo referente à receita não realizada, líquida de adiantamento de clientes recebidos totalizava ao final de 2009 R$666,2 milhões. O total de recebíveis de unidades concluídas ao final de 2009 totalizava R$53,1 milhões.

Saldo em 31 de dezembro de

Contas a Receber (em R$ mil) 2009 2008

Contas a Receber - Receita realizada (1) 637.401 316.048

Contas a Receber - Receita a apropriar 684.647 545.842

Adiantamento de Clientes (2) (18.412) (19.390)

Total 1.303.636 842.500

(1) Não inclui o contas a receber com prestação de serviços de administração, ajuste a valor presente e provisão para devedores duvidosos. (2) Valores recebidos de clientes que superam a receita reconhecida.

Imóveis a Comercializar: Circulante e Não circulante:

O saldo de imóveis a comercializar estava assim composto, nos períodos indicados:

Saldo em 31 de dezembro de

Imóveis a Comercializar (em R$ mil) 2009 2008

Terrenos para futuras incorporações 150.126 193.385

Imóveis em construção 115.460 105.201

Imóveis concluídos 6.399 8.280

Total 271.985 306.866

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo de imóveis a comercializar, circulante e não circulante, totalizou R$272 milhões, comparados a R$307 milhões em 31 de dezembro de 2008, uma redução de 11%. Essa queda deve-se principalmente a linha de “Terrenos para futuras incorporações” que em 31 de dezembro de 2009 totalizava R$150 milhões, redução de 22% decorrente dos seguintes fatores: (i) da venda de participação societária para a Tecnisa em agosto de 2009; (ii) da venda de 80% de um terreno para a FUNCEF em setembro de 2009 e (iii) dos lançamentos ocorridos no ano.

Empréstimos, Financiamentos e Debêntures – Circulante e Não Circulante:

O total de endividamento da Companhia em 31 de dezembro de 2009 era de R$457 milhões, um acréscimo de R$139 milhões ou 44% em relação a 2008. Esse aumento é decorrente das liberações de financiamentos a construção (investimentos nos canteiros de obras) que aumentaram em R$118 milhões e R$30 milhões referente à 2ª emissão de debêntures concluída em dezembro de 2009.

Saldo em 31 de dezembro de

Endividamento (em R$ mil) 2009 2008

Financiamentos para construção – SFH (1) 167.710 49.978

Empréstimos para capital de giro (2) 50.232 54.812

Leasing (3) 1.307 1.755

Consórcio/Finame 191 229

Debêntures (4) 237.522 211.616

Total Endividamento 456.962 318.390

Empréstimos e Financiamentos - Curto Prazo 114.135 74.315

Empréstimos e Financiamentos - Longo Prazo 342.827 244.075

(1) Financiamentos em moeda nacional com taxas que variam de 9% a 12% a.a. acrescido de atualização pela Taxa Referencial (TR);

(2) Empréstimos tomados em moeda nacional com taxas que variam de 1,94% a 3,20% a.a., acrescidos da variação do CDI; e empréstimos com taxas que variam de 10% a 14% a.a., sem indexação;

(3) Operações de arrendamento mercantil financeiro para aquisição de máquinas e equipamentos de obra, tomados em moeda nacional com taxas que variam de 14,16% a 21,7% a.a.;

(4) A taxa de remuneração das debêntures é de 2,5% a.a. acrescida da variação do CDI.

Credores por imóveis compromissados:

O saldo de credores por imóveis compromissados representam obrigações a pagar decorrentes da aquisição de terrenos, objeto de incorporação, que serão liquidadas com recursos próprios, conforme segue:

(em R$ mil)

Credores por imóveis compromissados Saldo em 31 de dezembro de 2009 2008 Circulante 20.933 50.349 Não circulante 10.494 26.899 Total 31.427 77.248

A composição da parcela do não circulante, por ano de vencimento, pode ser assim demonstrada:

Ano de vencimento (em R$ mil) 2009

2011 8.266

2012 2.228

Total 10.494

O saldo de 2009 totalizou R$31,4 milhões, uma redução de R$45,8 milhões ou 59% quando comparado ao saldo de 2008 no valor de R$77,2 milhões. Essa redução é conseqüência dos pagamentos já realizados referentes às aquisições de terrenos.

Patrimônio líquido:

Em 31 de dezembro de 2009, o patrimônio líquido da Companhia era de R$462 milhões, um acréscimo de 10% ou R$41,6 milhões, em relação ao patrimônio líquido de R$420,8 milhões em 31 de dezembro de 2008. Deste aumento, R$ 34,6 milhões foram provenientes do lucro do exercício.

Saldo em 31 de dezembro de (em R$ mil) 2009 2008 Capital social 426.520 426.520 Reservas de capital 4.538 3.719 Reservas de lucro 34.565 - Prejuízos acumulados - (6.184) Ações em tesouraria (3.275) (3.275) Patrimônio líquido 462.348 420.780

10.2 Os diretores devem comentar sobre

a. Resultados das operações da Companhia, em especial: (i) descrição de quaisquer componentes importantes da receita

Ao longo dos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2008 e 2009, nossas receitas decorreram principalmente da venda de unidades imobiliárias. Alem disso, em menor escala parte da nossa receita decorreu com prestação de serviços e com locações de imóveis.

As receitas relativas às unidades imobiliárias vendidas são apropriadas ao resultado ao longo do período de construção dos empreendimentos, à medida da sua evolução financeira, independente da data de assinatura dos contratos de venda ou das datas de recebimento das parcelas relativas às unidades vendidas.

As receitas auferidas com prestação de serviços e locação de imóveis são registradas em conformidade com o regime de competência de exercícios.

(ii) fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais

Em 2009 a receita operacional líquida totalizou R$560 milhões, aumento de 78% em relação aos R$ 315 milhões auferidos em 2008. Esse aumento na apropriação de receita líquida em 2009 é resultado principalmente do contínuo investimento realizado em nossos canteiros de obras.

(em R$ mil) 2009 2008

Com venda de imóveis 570,637 316,976

Com prestação de serviços 12,029 9,992

Com locação de imóveis 326 16

( - ) Deduções da receita (22,808) (11,717)

As receitas auferidas são provenientes principalmente de vendas contratadas de lançamentos feitos em períodos anteriores.

b. Variações das receitas atribuíveis a modificações de preços, taxas de câmbio, inflação, alterações de volumes e introdução de novos produtos e serviços

As receitas de vendas podem ser impactadas pela variação do índice de inflação que corrige nossos contratos. As parcelas em aberto são atualizadas com base no Índice Nacional da Construção Civil (INCC) para a fase de construção dos projetos, e pelo Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M e juros, após a data de entrega das chaves para as unidades concluídas.

Introduções de novos produtos, além de alterações no volume de lançamentos e mudanças no ritmo de evolução de obra podem gerar significativas mudanças nas receitas da Companhia.

c. Impacto da inflação, da variação de preços dos principais insumos e produtos, do câmbio e da taxa de juros no resultado operacional e no resultado financeiro da Companhia.

As variações relativas ao Índice Nacional da Construção Civil (INCC) indexam os custos de produção e a carteira de recebíveis da Companhia.

As aplicações financeiras de liquidez imediata são representadas substancialmente por Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e por fundos de investimentos, remuneradas às taxas médias que variam de 98% a 108% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Nossa dívida possui alguns indexadores dependendo da modalidade do empréstimo como explicado no item 10.1 h. Com relação a taxas de cambio, a Companhia não possui dívidas ou valores a receber denominados em moeda estrangeira. Adicionalmente, nenhum dos custos relevantes da Companhia é denominado em moeda estrangeira.

10.3 Os diretores devem comentar os efeitos relevantes que os eventos abaixo tenham causado ou se espera que venham a causar nas demonstrações financeiras da Companhia e em seus resultados: a. Introdução ou alienação de segmento operacional

A Companhia atua em todos os segmentos de renda do mercado imobiliário residencial, com foco em empreendimentos de padrão econômico no estado de São Paulo e com expansão prioritária para as capitais Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Neste sentido, a Companhia possui uma estrutura de negócio adequada para a execução de seus planos futuros, não havendo, no presente momento, expectativa de introdução ou alienação futura de segmento operacional.

b. Constituição, aquisição ou alienação de participação societária

A Companhia realiza aporte de capital para constituição das Sociedades de Propósito Especifico (“SPE”), portanto a Companhia possui participação societária conforme já refletido nas demonstrações financeiras. Cumpre destacar de

maior relevância a operação realizada em agosto de 2009 referente a venda de participação societária em SPE para Tecnisa, a qual mantinham parceria para construção de empreendimentos residenciais.

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