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Como lidar com os sinais que antecedem uma experiência onírica consciente

Por C l eb er Mon t ei r o Mu n i z

A d i v u l g a ç ã o l i v r e d e s t e a r t i g o é a u t o r i z a d a d e s d e q u e c i t a d o o a u t o r T e x t o r e g i s t r a d o . N ã o o p l a g i e p a r a n ã o s o f r e r a s p e n a l i d a d e s d a l e i .

Qua ndo no s po sic io na mo s p ara repo usar e co meça mo s a re la xar, surge m sina is que ind ic a m a apro xima ç ão pro gressiva do est ado let árg ico .

A per cepç ão co nsc ie nt e de sse s sina is é út il po r no s a visar a resp e it o da nece ss idad e de ma io r cu id ado u ma ve z que e m t a l mo me nt o a ho ra de de ixar o est ado víg il e st á che ga ndo . Te mo s se mpr e a t endê nc ia d e crer que e st a mo s lo nge da t ransiç ão para o so no , me smo qua ndo e la e st á be m pró xima.

Essa cre nça e qu ivo c ada se ba se ia na idé ia inco nsc ie nt e de que não há u ma vig ília e m e st ado s co rpora is pro fu nd ame nt e let árg ico s e e m me io a ce nas o nír ic a s. Supo mo s qu e o fat o de est ar mo s u m po uco despert o s é u m ind ic ado r de que e st a mo s lo nge do so no .

A apro ximaç ão pro gressiva do ado rme c ime nt o co rpo ral po de ser id e nt ifica da pe la ma io r n it idez d as vo ze s int er na s. Po uco s inst a nt es a nt es de ado r mec er mo s, a s vo ze s int er io re s fa la m em no ssa ca beç a co m nit ide z cad a vez ma io r. A pro gressão da n it ide z é sut il e a co nt ece para le la me nt e ao pro cesso de apro fu nda me nt o do so no .

À me d ida e m que o pro cesso let árg ico co rpora l a liado ao despert ar co nsc ie nt ivo no mu ndo psíqu ico a va nç a, as vo zes são o uvida s co mo se fo sse m fís ica s e são aco mp a nha da s po r endo percepçõ e s de t eo res não -so no ro s: visua is, t át eis, gust at iva s e o lfat iva s. To das c hega m à co nsc iê nc ia co m nit id ez e int e nsid ade e qu iva le nt e s à s pro porc io nada s pe la s perc epçõ es e xt erna s e à s veze s at é ma io re s. Isso se deve ao a lt o grau de nu mino sid ade das imag e ns int er na s.

Nessa et apa, t end e mo s a p erder a vig ilâ ncia de v ido ao po der a lt a me nt e hip nó t ico do s pensa me nt o s. De ver ía mo s int e nsific á-la e a co mpa nhar a e xper iê nc ia par a esp erar o resu lt ado .

A ma io r ia do s prat ica nt es qu e t ent a m a lcanç ar a e xp er iê nc ia o nír ica co nsc ie nt e t ende m a re ag ir às pr ime ir as ima g e ns nu mino sa s co m e spa nt o ,

me do , ansie dad e, cur io sid ade o u u ma ime nsa eu fo r ia po r est are m ad e nt rando a u m mu ndo e xt ra- físico . Essas rea çõ es po de m a fu ge nt á-la s, faz e ndo a prát ic a frac assar.

O prat ica nt e prec isa ma nt er a co nst a nt e reco rdação de que est á prese nc ia ndo u ma rea lid ade o nír ic a e fa nt ást ic a que co rrespo nde ao seu universo ima g ina l, se ndo tot a lme nt e d ist int a da rea lid ade físic a. Se essa reco rdação fo r perd ida, e le fica su bmet ido ao po der hip nó t ico das imag e ns, se to rna vít ima de sua nu mino sid ade e perd e o est ado po sit ivo a lt er ado de co nsc iê nc ia, ca indo e m u m so no /so nho usu a l. A e xper iê nc ia t ransce nde nt e frac assa qu a ndo no s esquec e mo s que e st amo s e m co nt at o co m ce na s de u m mu ndo o nír ico . Não deve mo s co nfu nd ir a rea lidad e e xt erna co m a int er na, de ve mo s d iscer nir.

O reco me nd á ve l é não reag ir ao s pr ime iro s sina is co m ne nhu m t ipo de surpre sa o u eu fo r ia e, ao me smo t e mpo , co nse gu ir aco mp a nhá-lo s. Para t ant o o ego deve ficar " a marrado ". É prec iso o bser var o s sina is in ic ia is e m imo bilid ad e psíqu ica t ot a l, co mo se faz ao o bser var a nima is se lvag e ns, e aco mpa nhar seus mo vime nt o s su bse que nt es se m e spa nt á-lo s. Qu a lquer mo vime nt o bru sco o u sut il do ego , se ja de t ipo se nt ime nt a l o u int e lect ua l (t ent at iva d e e nt ender o u enc a ixar o que est á se ndo vist o e m prec e it o s ló g ico s co nhe c ido s et c.), o s afuge nt a.

O t raba lho é árduo po rque t emo s que u nir do is e xt re mo s: o bser var o s sina is e, ao mesmo t e mpo , não a fug e nt á- lo s. São do is pro cesso s que no r ma lme nt e não se co mbina m mu it o , não se rea liza m simu lt a nea me nt e. Ta mbé m não deve mo s no s fa sc inar po r nen hu ma ima ge m ma s sim rec e ber seu carát er nu mino so se m co m e le no s id e nt ificar mo s.

Pro cedendo assim, va mo s mu it o lo nge na e xper iê nc ia. Do r mimo s para est e mu ndo e aco rda mo s para o o ut ro.

Refe rência s:

A técnica do relaxamento vigilante