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Conforme destacamos, no decorrer do capítulo anterior, nos anos posteriores à proclamação da República, o território da cidade do Rio de Janeiro passou por

67 significativas mudanças. Se na região central, os cariocas enfrentaram um pujante adensamento populacional, com demolições e mudanças arquitetônicas em razão de abertura de ruas, no subúrbio não foi diferente: as ruas foram perdendo suas características rurais, o número de habitações aumentou e o processo de crescimento populacional também alcançou os subúrbios da Central e, consequentemente, afetou as relações e as práticas sociais da população residente naquela região.

Em 1890, o Rio de Janeiro já havia recebido a alcunha de maior cidade brasileira, com um total de 522.651 habitantes, concentrando cerca de 180 mil negros e mulatos – o número mais expressivo do Sudeste – e um dos maiores contingentes de imigrantes pobres – 155.202 estrangeiros, sendo 106.461 portugueses – que haviam chegado à cidade, ainda na década de 1880104. Nesse cenário, fossem brasileiros ou estrangeiros, os trabalhadores passaram a requerer não somente melhores condições de moradia e/ou deslocamento do subúrbio para o centro, mas também melhorias nas condições de trabalho para a classe operária.

Naquele momento, posterior à abolição da escravidão, as relações de trabalho haviam sido redefinidas e as mobilizações em favor do direito “à livre organização, criação de formas associativas e espaços de sociabilidade, além das tentativas de unificar ações, reivindicações e protestos de trabalhadores” passaram a compor o cenário da cidade do Rio de Janeiro (MACIEL, 2016, p. 417). No fim da década de 1880, os trabalhadores cariocas se viram imersos em um mercado de trabalho competitivo: na cidade, com cerca de 50% da população economicamente ativa, enfrentavam longas jornadas de trabalho, recebiam baixos salários e se encontravam sob a rigidez de normas e regulamentos laborais, que tinham o intuito de coibir a liberdade de ação e a organização dos que tentassem construir alguma unidade de pensamento e/ou ação política entre esses e com esses sujeitos (MACIEL, 2016). Contudo, esse cerceamento não impediu que homens e mulheres se articulassem em prol da classe trabalhadora.

Esse movimento se deu ainda em meados do século XIX, na fase em que esses indivíduos se organizaram através de diferentes correntes políticas e deram início às práticas sindicais por toda a cidade (MACIEL, 2016). Entretanto, no ínterim da última década do século XIX e dos primeiros anos do século XX, os trabalhadores intensificaram suas ações, a fim de ampliar suas formas de organização para lutar por

104 MACIEL apud CHALHOUB, (2001).

68 melhores condições no trabalho, com redução do número de horas trabalhadas, e formação intelectual e política para seus pares.

Organizados em associações de indústria ou ramo de atividade específico, por ofício e pluriprofissionais105, os sindicatos e as sociedades de resistência passaram a fazer parte da geografia da cidade do Rio de Janeiro. Abarcando diferentes categorias profissionais, alcançavam artistas, padeiros, pintores, tecelões, ferroviários, entre muitos outros ofícios, constituindo uma conjuntura que propiciou o engendramento do sindicalismo no território carioca.

Esse movimento de ampliação no número de organizações sindicais não esteve circunscrito, exclusivamente, à região central da cidade; embora Batalha (2009) saliente que a região vizinha ao Campo de Santana, por exemplo, representava um espaço considerável para a cena política da cidade e, consecutivamente, para o movimento operário carioca, servindo, inclusive, de palco para as celebrações do 1º de maio, na passagem do século XIX para o XX. Dessa forma, o movimento de organização e mobilização dos trabalhadores extrapolou os limites do que o autor chama de cidade e alcançou os operários que residiam e trabalhavam nos subúrbios da Central.

Nesse sentido, ainda que esse movimento tenha incidido sobre os mais variados ofícios, não nos debruçaremos sobre isso, tampouco esmiuçaremos como se deu a criação das inúmeras organizações que se proliferaram pela cidade106. Nosso interesse, aqui, passa por compreender como as associações operárias se desenvolveram nos subúrbios, principalmente, no que se refere aos operários das Oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil e aos habitantes dos arredores da estação do Engenho de Dentro. Sendo assim, é hora de caminhar um pouco mais em direção aos subúrbios.

O desenvolvimento do movimento operário – bem como as disputas por isso – em torno daqueles que trabalhavam na Estrada de Ferro Central do Brasil, passou por um processo importante de organização de associações em favor dos ferroviários. Entre as décadas de 1890 e 1920, a categoria contou com um total de 28 instituições mobilizadas em favor de suas próprias questões trabalhistas.

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De acordo com Batalha (2000), os sindicatos de características pluriprofissionais surgiram, sobretudo, nas cidades e nos bairros que abrigavam pouca ou nenhuma organização por ofício e que, comumente, representavam a primeira estrutura sindical, de maneira mais frequente, na última década do século XIX ou dos primeiros anos do século XX.

106 Ver BATALHA, Claudio (Org.). Dicionário do movimento operário na cidade do Rio de Janeiro do

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Quadro 1 - Associações de empregados na EFCB.

NOME FUNDAÇÃO FUNCIONAMENTO

Associação Auxiliadora dos Empregados da Marítima

1911 Associação Beneficente de Auxílios

Mútuos da EFCB

1883 1910

Associação Beneficente dos Empregados Jornaleiros da Estação Marítima

1903 Associação Beneficente dos Empregados na Estação de São Diogo

1901 -

Associação Beneficente dos Maquinistas da EFCB

1903 -

Associação Funerária dos Empregados na Estação de São Diogo

1901 1907

Associação Jurídica Beneficente dos

Empregados da EFCB

- 1919

Caixa Auxiliar de Socorros Imediatos dos Empregados do Movimento da EFCB

1901 1905

Caixa Auxiliar de Socorros Imediatos dos Empregados do Movimento da Estrada de Ferro Central do Brasil

1901 1912

Caixa Auxiliar dos Bagageiros da EFCB 1917

Caixa Auxiliar dos Empregados da Intendência da EFCB

1905 -

Caixa Auxiliar dos Guarda-Freios da EFCB 1905 1910

Caixa de Auxílio do Pessoal da 3ª Divisão

- 1911

Caixa de Socorros do Pessoal dos Escritórios da 2ª divisão da EFCB

1902 1912

Caixa de Socorros Imediatos às Famílias dos Empregados da Contabilidade da EFCB

1892

Caixa do Pessoal Jornaleiro da EFCB 1901 1912

Caixa dos Bagageiros da EFCB - 1906/1917

Caixa dos Empregados da Intendência - 1905

Caixa Funerária da 4ª divisão da EFCB - 1913

Caixa Geral do Pessoal Jornaleiro da EFCB 1901 1910

Centro dos Maquinistas do Brasil - 1912

Centro dos Operários das Estradas de Ferro 1905 -

Centro Político dos Empregados da EFCB 1917 -

Centro União dos Empregados da EFCB 1916

Liceu dos Operários da EFCB 1892 1898

Sociedade Beneficente União dos Foguistas da EFCB

1903 1905

Sociedade de Auxílios Funerários dos Empregados da Linha da EFCB

1901 1905

União Operária do Engenho de Dentro 1899 1921

70 No decorrer do desenvolvimento desta pesquisa e em meio a todas as associações apresentadas no quadro acima, uma das que mais nos chamou à atenção foi a União Operaria do Engenho de Dentro, apontada como uma das mais proeminentes nas lutas dos trabalhadores da Central (FRACCARO, 2008).

O primeiro aspecto que nos fez lançar um olhar mais atento para essa organização foi o fato de estar localizada no entorno das Oficinas do Engenho de Dentro; em seguida, pelo fato de a UOED ter dado origem a um jornal, A União Operaria – que, conforme já mencionamos, em um primeiro momento, foi planejado como número único, em homenagem ao 1º de maio de 1904, mas, no ano seguinte, acabou sendo publicado em duas outras ocasiões – e, por fim, a escolha se deu em virtude da importância dada à pauta da instrução por parte dos seus sócios e da direção, no decurso das publicações, ponto esse que, em breve, surgirá nos trilhos da nossa viagem.

A União Operaria do Engenho de Dentro foi fundada em 14 de julho de 1899, por 71 sócios, empregados das Oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil e operários da Companhia de Tecidos Seda Brasileira. Instalada em Piedade, tinha sede localizada, em 1899, a priori, na Rua do Engenho de Dentro, 2, como é mostrado na figura 4, com destaque em vermelho; posteriormente, em 1904, passou a ter logradouro fixado na Rua Niemeyer, 3, conforme a mesma figura, com destaque em amarelo; no ano de 1908, por fim, migrou para o número 6 da mesma rua (BATALHA, 2009).

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Figura 4 - Mapa da região do distrito de Inhaúma.

Fonte: MIYASAKA apud João Gutman. Mappa portátil. Mapas 35 e 36, 2010, p. 160.

A UOED caracterizava-se como uma associação pluriprofissional e com a finalidade de promover a defesa e a união dos operários e proletários dos subúrbios. Era uma organização destinada às demandas dos trabalhadores que habitavam no entorno da linha férrea, especialmente, daqueles residentes nas proximidades da estação do Engenho de Dentro – destaque em azul – que, como podemos observar, a partir do mapa acima, estava a poucas ruas da sede da organização.

A partir do ano de 1903, quando passou a ser presidida por Antônio Augusto Pinto Machado107, a organização sofreu um influente crescimento e, já no ano de 1904, o número de associados passou a ser ilimitado: não havia distinção de nacionalidade, sexo, religião, cor ou opinião política; a única exigência era que esses sujeitos fossem operários ou proletários e que tivessem mais de 15 anos de idade. Todavia, foi no ano de 1905 que, possivelmente, a organização tenha apresentado seu maior número de associados, passando a contar com 7.500 sócios, trabalhadores das mais variadas

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A organização, antes de ser presidida por Antonio Augusto Pinto Machado, a partir do pacto social firmado em assembleia geral, em 19/05/1900, foi regida por Bernardino Francisco de Almeida, que se manteve no cargo por quatro anos.

72 categorias (FRACCARO, 2008). Quanto às mensalidades, essas variavam entre homens e mulheres, para eles custava 1$000 e para elas $ 500 e, dentre os direitos dos associados, estava a proteção em casos de prisão, perda de emprego e acidente de trabalho (BATALHA, 2009).

A organização, a princípio, compunha-se como mutualista; no entanto, em agosto de 1904, depois da publicação de seus estatutos, no Diário Oficial, se voltou para a defesa dos associados e da classe operária. Não obstante, conforme destaca Batalha (2009), a organização tenha se afastado de suas características mutualistas108, posto que suas diretrizes previam um caixa de assistência e a construção de casas que poderiam ser alugadas aos sócios por preços menores que os disponíveis no mercado da região.

As questões referentes à moradia dos trabalhadores se fizeram presentes na coluna Casas para a pobreza, publicada nos dois exemplares dA União Operaria, veiculados no ano de 1905. De acordo com o colunista e presidente da organização, Antonio Augusto Pinto Machado, na edição de 8 de outubro de 1905, a cidade do Rio de Janeiro, na tentativa de se tornar a primeira da América do Sul em beleza, limpeza e arquitetura, não preservaria a classe desprotegida, humilharia os trabalhadores, pobres, simples e proletários e esses não teriam nem mesmo uma choupana onde habitar.

Na edição seguinte, de 22 de outubro de 1905, o assunto voltou a surgir nas páginas da coluna de mesmo título. Dessa vez, Pinto Machado discorria sobre as mazelas enfrentadas pelos operários cariocas, que faleciam em decorrência da tuberculose, a moléstia que assolava as classes populares da cidade. Na concepção do presidente da União Operaria do Engenho de Dentro, os valores inflacionados do aluguel das casas – que em um momento anterior chegavam a 50$ mensaes, [e] custa[va]m 80$000 – não era um problema exclusivamente de ordem econômica, mas também de caráter higiênico das famílias proletárias que viviam agglomeradas em uma só habitação.

As críticas, elaboradas por Pinto Machado, nos possibilitam refletir sobre o impacto ocasionado pelo crescimento populacional na cidade do Rio de Janeiro com

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Nomelini (2014) destaca que as associações mutualistas poderiam ser criadas por diferentes grupos sociais e administradas por diversos agentes históricos, além de possuírem um quadro de associados variado, podendo oferecer serviços múltiplos de benefício. Ainda de acordo com a autora, as sociedades mutualistas não são organizadas e/ou frequentadas, exclusivamente, por trabalhadores, mas, ainda assim, são relevantes para compreender a experiência associativa dos trabalhadores e como essas influenciam na formação de solidariedade e conflitos de classe.

73 relação à questão habitacional, sobremaneira, no que tocava à classe trabalhadora e menos abastada.

No que diz respeito à questão da habitação dos operários, o engenheiro Francisco Pereira Passos, ainda no ano de 1876, a partir do segundo relatório da Comissão de Melhoramento da Cidade do Rio de Janeiro, apontava para a necessidade de construção de casas para os operários, em ruas secundárias, na região do centro da cidade, junto ao centro urbano, onde a pretensão era criar três vilas operárias que incluíam quatro vias que ligariam a região a outros bairros habitados por trabalhadores (AZEVEDO, 2003). Contudo, foi na década de 1880 que as vilas operárias passaram a compor o território da cidade. Consoante o que ressalta Mattos (2008), tais iniciativas tiveram início com o empreendimento da Companhia Evoneas Fluminense, localizado na Praia de São Cristóvão e, já no ano de 1892, o Rio de Janeiro contava com cinco construções voltadas para os trabalhadores109.

Essas vilas operárias alcançaram os subúrbios da cidade, nomeadamente, a região do Engenho de Dentro, conforme foi apontado no capítulo anterior, através do mapa das Officinas. No entanto, as ações propostas pela Estrada de Ferro – que, entre as décadas de 1870 e 1880, foi administrada por Pereira Passos – com relação à habitação para os seus operários, parecem não ter suprido as demandas por moradia, já que as críticas, trazidas por Pinto Machado, evidenciam que essas habitações não atendiam a toda a classe trabalhadora, ainda que não fossem operários da Estrada de Ferro.

Além das questões concernentes à habitação, Pinto Machado também destaca que os ganhos dos trabalhadores continuavam os mesmos ou até menores, enquanto os aluguéis não paravam de aumentar. Todavia, na perspectiva do autor, ainda que as autoridades tivessem grande parcela de culpa por todas essas mazelas, as queixas também deveriam ser feitas aos próprios operários que, emquanto unidos não fizerem dirigentes, obtendo os altos cargos politicos e defendendo de lá – no alto dos governos – o que de real lhe fôr preciso para conservação de sua vida, pouco poderiam exigir. Ainda nesse tocante, o colunista adianta que as eleições estavam próximas e que era fundamental que os operários votassem naqueles que tivessem consciência de que, embora os trabalhadores fossem pobres e humildes, eles eram humanos.

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Ver: ROCHA, Oswaldo Porto. A era das demolições: cidade do Rio de Janeiro: 1870-1920; CARVALHO, Lia de Aquino. Habitações Populares. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes, Departamento geral de Documentação e Informação Cultural, 1986.

74 Com base nessas colunas, podemos supor qual ideário estava sendo proposto pela organização suburbana para a classe trabalhadora: na concepção de seus dirigentes e sócios, só por meio da União, Paz e Justiça os operários alcançariam a vitória. Sob esses ideais, a União Operaria do Engenho de Dentro tinha como bandeira a defesa, pelos meios legais, dos direitos da classe trabalhadora, além da promoção da instrução dos sócios em escolas, jornais, bibliotecas e palestras.

Nessa ótica, conforme aponta Silva (2018, p. 166), o movimento associativo representou um mecanismo de atuação, na esfera pública, dos trabalhadores e sujeitos pertencentes à classe trabalhadora e, na concepção desses sujeitos, a força desse movimento estava na reunião da classe em termos “de ganhos para os trabalhadores em relação à ação individual”. Inclusive nesse aspecto, o discurso proferido por Pinto Machado e, consecutivamente, pela publicação dA União Operaria nos faz compreender quais eram as prioridades e bandeiras defendidas por eles.

Antonio Augusto Pinto Machado, jornalista e operário110, iniciou sua atuação nos mundos do trabalho, ainda no ano de 1901, à frente da organização dos tecelões111 e, em seguida, na carreira jornalística, passando a assinar colunas na publicação da União Operaria do Engenho de Dentro. No decorrer da primeira década do século XX, o líder operário acabou se estabelecendo como jornalista suburbano, atuando como diretor de título da imprensa local, colaborador e até mesmo redator de seções voltadas para os subúrbios da cidade em periódicos da grande imprensa (MENDONÇA, 2017).

Segundo nos coloca Maciel (2012), nesse prisma, o investimento na criação de jornais e a atuação de trabalhadores na imprensa – com o intuito de expressar e debater ideias, projetos e reivindicações em disputa no período republicano – faziam com que esses trabalhadores se constituíssem como sujeitos de ação coletiva, capazes de formar espaços de ação pública, através da palavra impressa. Assim, ao realizarmos a leitura de publicações como as que foram feitas pela União Operaria do Engenho de Dentro, e assinadas por sujeitos como Pinto Machado, é possível observar as lutas sociais lideradas por esses sujeitos e pelas organizações das quais faziam parte, sendo possível compreender os valores defendidos por eles de maneira mais ampla, não em detrimento

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Pinto Machado, além de operário tecelão e jornalista, também exerceu o ofício de gráfico e Capitão da Guarda Nacional.

111 A atuação do líder operário se destacou no movimento em prol dos trabalhadores, muito em virtude da

sua importância no movimento dos tecelões da fábrica de tecidos de Deodoro e da Tijuca, que protagonizou o maior número de greves – dezessete - na cidade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1890 e 1900.

75 de interesses classistas, mas sim por suas relações sociais, através das linhas por eles escritas.

Naquele momento, o movimento operário vinha enfrentando um processo fundamental: a formação de uma cultura associativa que, sob o olhar de Batalha (2004), estava compreendida em um conjunto de práticas e propostas culturais das associações, das visões de mundo propagadas por meio dos seus discursos, ou seja, se tratava de um conjunto de valores compartilhados pelas organizações operárias.

No decurso da coluna Companheiros a’ lucta112, que nos inspirou para o título deste subitem, o/a autor(a) destaca a importância da união entre os operários, sugerindo que se afastassem, de uma vez, da causa do operariado todos aqueles que fossem os intrigantes e aduladores do capital. Ainda na perspectiva da publicação, somente pela união dos que se compenetram de seus deveres, e expulsão até que se eduquem no caminho da verdade, áquelles que não sabem e nem querem cumprir seu dever é que a classe trabalhadora alcançaria seus anseios e, assim, poderia abrigar-se no pavilhão da União Operaria do Engenho de Dentro.

Nesse caminho, agora que compreendemos mais da história a União Operaria do Engenho de Dentro, é hora de seguirmos nossa viagem sob a pena dos operários.