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(TOURISM CALGARY, 2009)

Canadá

1. Mais detalhado que o modelo Porter; 2. Trabalha com diversos atributos;

3. Cada atributo é analisado com diversas variáveis; 4. Possui sistema de pontuação, ao qual é atribuído

um peso a cada atributo;

5. Permite apontar elementos desaconselháveis para a competitividade dos destinos turísticos.

1. Requer que sejam acrescidos outros indicadores

avaliativos.

ATRIBUTOS ACONSELHÁVEIS:

1. Nível econômico local; 2. Competitividade do turismo; 3. Atrativos; 4. Gestão; 5. Organização; 6. Informação; e 7. Eficiência. Etc. ATRIBUTOS DESACONSELHÁVEIS: 1. Instabilidade política; 2. Atentados terroristas;

3. Ausência de saneamento básico; 4. Alto índice de pobreza; 5. Corrupção política; 6. Epidemias. Etc.

2.3 Modelo Compet&tenible: dimensões e atributos condicionantes

Inicialmente, deve-se fazer menção ao nome do modelo, cuja autora fundiu os

termos do espanhol ―Competitividad‖ e ―Sostenible‖. Entendendo que as premissas do

modelo é baseado em uma competitividade coerente com os princípios de sustentabilidade, Mazaro (2005) nomeou seu modelo como ―Compet&tenible‖, substituindo a letra ―E‖ pela

―&‖ para enfatizar a fusão. Finalmente, a autora adicionou o termo em inglês ―Model‖, ao invés da palavra em espanhol ―modelo‖. À rigor, a tradução para o português do termo ―Compet&tenible Model‖ seria ―Modelo Competentável‖ (Competitivo + Sustentável).

Este modelo de avaliação da condição de competitividade de destinos turísticos foi proposto por Mazaro (2005). Nele, a autora avalia três grandes dimensões (Figuras 2.5.1 e 2.5.2):

Dimensão 1 – Desenvolvimento Turístico (DT) Dimensão 2 – Competitividade Turística (CT) Dimensão 3 – Sustentabilidade Turística (ST)

Cada macrodimensão (DT, CT e ST) está dividida em atributos, e estes correspondem aos indicadores que norteiam os dados a serem aplicados ao modelo (Figura 2.5.1). Atributo também pode ser entendido com os condicionantes significativos que interferem no fenômeno de cada dimensão. A reunião de condicionantes compõe o atributo. Já os indicadores, são compreendidos como os dados, elementos ou as manifestações objetivamente observáveis e mensuráveis dos atributos e dos conceitos que representam.

Indicadores são as formas visíveis da realidade (ver relação entre atributos e indicadores no

Figura 2.5.1).

A condição de competitividade do destino turístico do modelo de Mazaro é medido somando-se as dimensões 1, 2 e 3. Estas, por sua vez, são obtidas, somando-se cada um de seus respectivos atributos. O que Mazaro chama de sustentabilidade estratégica do

destino turístico equivale-se a condição de competitividade do destino turístico.

Para cada atributo, há uma pontuação e peso específicos (Anexos A, B e C). Além dos pesos e pontos, para cada atributo, existe uma escala de valor específica, podendo ser numérica (1, 2, 3, 4 e 5) ou conceitual (adequação/inadequação, notável/inexistente,

Figura 2.5.1. Dimensões e atributos do modelo de Mazaro para aferição da avaliação global da competitividade Fonte: Elaboração própria (2009), inspirado no modelo de Mazaro (2005)

1. Recursos Turísticos (C1) 2. Atividades Potencializadas (C2) 3. Oferta Turística (C3) 4. Infra-Estrutura (C4) 5. Marketing Responsável (C5) 6. Sazonalidade (C6) 7. Rentabilidade do Fluxo (C7) 8. Capacidade de Retenção (C8) 9. Satisfação do Visitante (C9) ________________________________________ CT = C1 + C2 + C3 + C4 + C5 + C6 + C7 + C8 + C9 1. Subdimensão meio-ambiental (S1) Água (S1.1) Energia (S1.2) Produção limpa (S1.3) Transporte (S1.4) Urbanismos e paisagismo (S1.5) Arquitetura e entorno (S1.6) 2. Subdimensão social (S2) Cultura e patrimônio (S2.1) Participação cidadã (S2.2) Capacitação turística (S2.3) Emprego e ocupação (S2.4) Rendimento (S2.5) Benefícios (S2.6) PIB turístico (S2.7) Satisfação do residente (S2.8) ______________________________________ ST = S1.1 + ... + S1.6 + S2.1 + ... + S2.8 1. Visão de futuro (D1) 2. Coerência e cumprimento (D2) 3. Correção e controle (D3) 4. Caráter estratégico (D4) 5. Horizonte temporal (D5) 6. Multidimencionalidade estratégica (D6) 7. Gestão e organização (D7) 8. Financiamento do turismo (D8) 9. Coordenação e Cooperação (D9) ________________________________________ DT = D1 + D2 + D3 + D4 + D5 + D6 + D7 + D8 + D9 Somando-se as dimensões 1, 2 e 3, obtém-se a condição de

Portanto, a condição da competitividade de um destino turístico se revela partir do conjunto dessas dimensões. Mazaro (2005) explica que a sustentabilidade estratégica é um termo que representa a condição global de competitividade turística do destino, interpretada em suas três dimensões e análise e medição definido pelo modelo de Mazaro (Figuras 2.5.1 e Quadro 2.5.1).

Figura 2.5.2: Representação da competitividade turística Fonte: Mazaro (2005, p.151)

Por fim, convém destacar o entendimento que se faz do termo sustentabilidade

estratégica, empregado neste estudo como a convergência entre os conceitos de

desenvolvimento sustentável e gestão local e que serve de base para o conceito de condição de competitividade do Compet&enible Model.

Os conceitos que dão origem a expressão sustentabilidade estratégica, vem dos termos sustentabilidade (já abordado), desenvolvimento, entendido como ―processo de melhoria das condições de vida das pessoas através de uma expansão qualitativa e quantitativa

de suas potencialidades relacionadas a economia, sociedade e recursos‖ (MAZARO, 2005, p.

147-148), e estratégico, apreendido como os meios capazes de elevar o nível da qualidade de

vida das comunidades envolvidas pelo turismo ―por meio da participação da sociedade e do governo em torno de um projeto que busca o benefício comum e a longo prazo‖ (MAZARO,

2005, p. 148). Assim, sustentabilidade estratégica deve ser entendida como

um conjunto de fatores que representam uma alternativa para a gestão dos destinos turísticos para alcançar o posicionamento no sentido de competitividade global e, ao mesmo tempo, manter a sustentabilidade social e

Sustentabilidade Turística - efetividade -

Sustentabilidade Estratégica

Competitividade Turística - eficácia - Desenvolvimento Turístico - eficiência -

ambiental da localidade – o destino receptor –, utilizando a abordagem do desenvolvimento sustentável como estratégia e ao longo prazo o planejamento, coordenação, gestão e controle da oferta turística. (tradução própria, MAZARO, 2005, p. 148).

Desse modo, através da interpretação dos atributos, indicadores, fatores e dados que caracterizam o desempenho turístico de determinado destino (Figura 2.5.1 e Quadro 2.5.2) e análise da perspectiva futura, o Compet&tenible Model permite, com base nos princípios da sustentabilidade estratégica, avaliar até que ponto os destinos estão efetivamente implementando suas ações em cumprimento aos critérios atuais de êxito de competitividade global do turismo, em conformidade com os condicionantes do desenvolvimento sustentável local (MAZARO, 2005).

Significa, portanto, que é um modelo que se propõe a medir os níveis de

competitividade turística e sustentabilidade estratégica, com base na avaliação global da condição de competitividade de um destino turístico, que variam entre três níveis: forte, moderado ou deficiente, onde forte, indica que o destino turístico esta bem, moderado,

indicando que o destino turístico deverá trabalhar melhor os atributos cujos níveis de avaliação indicaram poucos pontos, e por fim deficiente, que aponta que o destino deverá trabalhar em caráter de urgência para suprir todas as deficiências que o impede de torná-lo competitivo.

Quadro 2.5.2 – Resumo da avaliação global da ―Sustentabilidade Estratégica do Destino‖, entendida como o

nível da ―Condição de Competitividade de um destino turístico‖

Avaliação Global da Sustentabilidade Estratégica do Destino

Dimensões de Análise 0 1 2 3 4 5 Níveis de Avaliação Dimensão 1: Desenvolvimento Turístico do Destino (DT)

máximo 45 pontos

Desenvolvido: > 30 pontos

Em desenvolvimento: //15 y 29 pontos A desenvolver: < 14 pontos