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Componente Reversão da Desvalorização Imobiliária e Recuperação da Função Residencial.

HISTÓRICOS

1.4 – A PARTIR DO ANO DE 2000 Programa Reconstruir o Centro

1. Componente Reversão da Desvalorização Imobiliária e Recuperação da Função Residencial.

De acordo com o contrato esta componente é composta por três subcomponentes:

- Elaboração de Propostas de Legislação Urbanística: será financiada a contratação dos Planos Diretores das Subprefeituras da Sé e Mooca.

- Intervenções Urbanísticas: serão financiados:

(i) obras de recuperação de grandes áreas urbanas que serão indutoras da mudança de usos do Centro, contemplando, entre outras, a reabilitação e reforma do Parque D. Pedro II, que incluirá a intervenção no edifício São Vito; e

(ii) estudos arquitetônicos e desenhos dos projetos relacionados com o re- desenvolvimento das zonas cerealista e madeireira localizadas no setor leste do Parque.

- Morar no Centro: serão financiados:

(i) o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), com recursos da contrapartida local por intermédio da Caixa Econômica Federal (CEF), na recuperação de edifícios para uso residencial, destinados a famílias com renda superior a três salários mínimos (SM), mediante arrendamento com opção de compra;

(ii) a implementação dos Perímetros de Reabilitação Integrada do Hábitat (PRIH), constituindo-se no melhoramento de quarteirões delimitados em distritos da área central, caracterizados pela concentração de moradias precárias;

(iii) em caráter experimental, um Programa de Locação Social (PLS), para beneficiar famílias e pessoas somente com renda inferior a três salários mínimos (SM), mediante a construção de pequenos edifícios em lotes intersticiais; a recuperação de edifícios abandonados, para uso residencial; e, com recursos da contrapartida local, a compra de apartamentos em edifícios existentes;

(iv) com recursos da contrapartida local, moradias transitórias destinadas a atender temporariamente as famílias provenientes de zonas de risco que vivem nas ruas; (v) a urbanização da Favela do Gato, incluindo, entre outros, a construção de moradias para os reassentados, a implantação da infra-estrutura urbana, a construção de equipamento social e ações de geração de trabalho e renda; e

(vi) um programa de estímulos para a população de renda média morar no centro, incluindo, entre outros, campanhas de informação e difusão das vantagens de morar no centro, identificação e difusão de oferta e demanda de moradia na área, instalação de empresas construtoras de tecnologia de reforma e modernização de edifícios.

Neste componente estão incluídos dois importantes eixos de atuação do programa, o Projeto Especial Diagonal Sul - Parte 01, Reabilitação da área do Parque Dom Pedro II e Adjacências, e a manutenção e aprimoramento do projeto desenvolvido no plano anterior, Morar no Centro. O primeiro eixo, compreende a implantação de um Parque Urbano (resgatando ao Parque Dom Pedro II a função de área verde), a urbanização dos seus arredores, a transformação do uso da Casa das Retortas e do Palácio das Indústrias, a restauração do Mercado Municipal Paulistano, a implantação de um equipamento cultural âncora e a reabilitação da rua 25 de Março. Quanto as diretrizes gerais de intervenção no Parque D. Pedro II, espera-se:

• Resgate da memória inicial do Projeto Bouvard, compatibilizando-o com a conjuntura atual da área;

• ·Resgate da área remanescente das ações impactantes, incorporando-a à área do parque, como medida mitigadora e compensatória aos impactos negativos sobre a área;

• Integração do Palácio das Indústrias à área do parque, conforme previsto no projeto original, para que possa desempenhar, com plenitude, a sua função de pólo de eventos;

• Aproveitamento da situação privilegiada de estações de transporte coletivo, existentes na área, para facilitar o acesso público ao parque.

Figura 38 – Projeto de intervenção urbana no Parque D. Pedro II

Já o programa Morar no Centro é um conjunto integrado de intervenções municipais, coordenados pela SEHAB com os seguintes objetivos:

• Melhorar as condições de vida dos moradores do centro;

• Viabilizar moradia para as pessoas que moram ou trabalham na região; e

• Evitar o processo de expulsão da população mais pobre, que muitas vezes ocorrem em políticas de reabilitação de centros urbanos. 14

Suas principais diretrizes são:

• Priorizar a reforma de prédios vazios;

• Combinar soluções habitacionais com iniciativas de geração de renda;

• Buscar a diversidade social nos bairros centrais.

Considerando as características específicas dos distritos centrais, o programa Morar no Centro compreende duas formas principais de intervenção urbana:

- Projetos Habitacionais em Terrenos ou Edifícios Vazios

Segundo o programa as propostas de reforma ou reciclagem de edifícios vazios têm o papel de permitir a diversidade social e funcional de certos bairros e podem ser indutoras de outras iniciativas de reabilitação no entorno. Acredita-se também que além de oferecer solução habitacional, a produção de novas unidades, a partir de reforma ou reciclagem de edifícios vazios, contribui para reverter o processo de abandono de algumas quadras e recuperar o patrimônio arquitetônico.

- Perímetros de reabilitação Integrada do Habitat (PRIH)

Os PRIH são intervenções em áreas delimitadas nos bairros centrais, compreendendo um conjunto de quadras caracterizadas pela degradação do espaço urbano e com concentração de moradias precárias. Nestes locais é feita a atuação articulada de produção habitacional, melhoria dos cortiços, reabilitação do patrimônio, criação e requalificação de equipamentos e áreas verdes e melhoria e criação de espaços para atividades econômicas. Além disto, as intervenção no espaço físico são acompanhadas de um processo de mobilização social, programas culturais, de saúde, de educação, de capacitação profissional e de geração de renda.

- Projetos Especiais

Além destas duas formas de intervenção, também será realizada a reabilitação do Edifício São Vito e a Requalificação da Foz do Tamanduateí/Parque do Gato, que

são considerados projeto especiais por apresentarem uma maior complexidade que os outros projetos isolados e envolverem intrincados problemas sociais, necessitando a articulação de diversos órgãos municipais e federais.