6.3 Outros benefícios, incentivos ou regimes aplicáveis
6.3.1 Recap Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas
6.3.1.1 Compras:
6.3.1.1.1 Importação (ativos)
a) II: incidência normal do imposto, aplicando-se a alíquota conforme a classificação
fiscal, pois o Recap não possui tratamento específico para o Imposto de
Importação. Será considerado custo;
b) IPI: incidência normal do imposto, aplicando-se a alíquota conforme a
classificação fiscal, pois o Recap não possui tratamento específico para o Imposto
sobre Produtos Industrializados. Será considerado custo por ser ativo imobilizado;
c) PIS/Pasep-Importação: suspensão conforme Decreto nº 5.649/2005, aplicável
apenas para bens de capital, nas aquisições de insumos a tributação será normal;
d) Cofins-Importação: suspensão conforme Decreto nº 5.649/2005, aplicável apenas
para bens de capital, nas aquisições de insumos a tributação será normal;
e) ICMS (produto): incidirá normalmente. Serão consideradas as alíquotas internas
gerais do ICMS: 17%, 18% ou 19%, conforme o Estado onde se localiza a empresa
adquirente. Por se tratar de ativo imobilizado, caberá a absorção de crédito ao
longo de 48 meses (regra geral);
f) ICMS (frete): o Convênio ICMS n° 04/04 autoriza os Estados a concederem
isenção na prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas. Em relação
aos Estados considerados no estudo, verificou-se que concedem isenção do ICMS
à prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas: Bahia, Minas Gerais,
Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e
Tocantins. Para os demais Estados haverá tributação conforme trajeto interno
(entre 12% e 19%) ou interestadual (7% ou 12% - conforme destino). O valor do
ICMS sobre o frete não será considerado custo, pois tanto na aquisição de ativo
quanto na aquisição de insumos o crédito será devido ao contratante;
g) AFRMM: incidência normal.
Observação: O benefício não abrange os insumos.
6.3.1.1.2 Compras no mercado interno (ativo)
a) IPI: incidência normal do imposto, aplicando-se a alíquota conforme a
classificação fiscal. Será custo na compra de ativo;
b) PIS/Pasep: suspensão conforme Decreto nº 5.649/2005, aplicável apenas para bens
de capital; nas aquisições de insumos a tributação será normal;
c) Cofins: suspensão conforme Decreto nº 5.649/2005, aplicável apenas para bens de
capital; nas aquisições de insumos a tributação será normal;
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d) ICMS (produto): incidirá normalmente. Serão consideradas as alíquotas internas
gerais do ICMS: 17%, 18% ou 19%, conforme o Estado onde se localiza a empresa
adquirente. As alíquotas nas operações interestaduais levam em conta o Estado de
origem e destino, podendo ser 7% ou 12%, conforme o caso. Por se tratar de ativo
imobilizado, caberá a absorção de crédito ao longo de 48 meses (regra geral);
e) ICMS (frete): o Convênio ICMS n° 04/04 autoriza os Estados a concederem
isenção na prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas. Em relação
aos Estados considerados no estudo, verificou-se que concedem isenção do ICMS
à prestação de serviço de transporte intermunicipal de cargas: Bahia, Minas Gerais,
Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e
Tocantins. Para os demais Estados haverá tributação conforme trajeto interno
(entre 12% e 19%) ou interestadual (7% ou 12% - conforme destino). O valor do
ICMS sobre o frete não será considerado custo, pois tanto na aquisição de ativo
quanto na aquisição de insumos o crédito será devido ao contratante;
f) ICMS Diferencial de Alíquotas: nas aquisições de ativo imobilizado, salvo
dispensa específica por NCM/SH, será normalmente exigido correspondendo à
diferença entre a alíquota interna e a interestadual praticada, podendo variar entre
0% e 10% a depender da origem e destino. O Diferencial de Alíquotas recolhido
poderá ser aproveitado como crédito dentro da mesma sistemática do ativo, ou
seja, ao longo de 48 meses (regra geral). Também poderá ser exigido o Diferencial
de Alíquotas inerente ao serviço de transporte do bem;
g) IRPJ e CSLL: representarão custos na aquisição, pois incidirão nas vendas do
fornecedor, com a tributação respectiva de 15% e 9% sobre o lucro, no caso de
empresa enquadrada no lucro real (adotada como parâmetro nas memórias de
cálculo). Estes valores representariam, aproximadamente, um custo médio de 2,4%
(levando em consideração o cálculo sobre um lucro de 10%).
Observação 1: para a empresa cujo lucro seja superior a R$ 240.000,00 (duzentos e
quarenta mil reais) ano, haverá aumento de custo pela incidência do adicional que será de
10% sobre os valores que ultrapassarem o limite de R$ 240.000,00, que eleva a carga
tributária e, por consequência, o custo de aquisição. O fato de considerar estes valores como
“custo” propriamente dito é bastante relativo, pois, embora estes tributos não estejam sujeitos
a não cumulatividade, o valor do custo líquido será abatido para fins da formação da base de
cálculo dos tributos na saída.
Observação 2: o benefício não abrange os insumos.
Conclusão: o Recap possui um âmbito de aplicação muito mais específico,
alcançando apenas os ativos e não os insumos. Os incentivos ocorrem apenas no âmbito das
contribuições para o PIS/Pasep e Cofins e Pis/Pasep-Importação e Cofins-Importação.
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6.3.2 Máquinas, aparelhos e equipamentos industriais – redução na base de cálculo do
ICMS
Os Estados concedem redução de base de cálculo do ICMS às máquinas, aparelhos e
equipamentos industriais relacionados no Convênio ICMS nº 52/91, de forma que a carga
tributária do ICMS corresponda:
1) Em relação às operações com máquinas, aparelhos e equipamentos industriais
arrolados no Anexo I do Convênio:
I - nas operações interestaduais:
a) nas operações de saída dos Estados das regiões sul e sudeste, exclusive Espírito
Santo, com destino aos Estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste ou ao
Estado do Espírito Santo: 5,14% (cinco inteiros e catorze centésimos por cento);
b) nas demais operações interestaduais: 8,80% (oito inteiros e oitenta centésimos por
cento).
II - nas operações interestaduais com consumidor ou usuário final, não contribuintes
do ICMS, e nas operações internas: 8,80% (oito inteiros e oitenta centésimos por
cento).
2) Em relação às operações com máquinas e implementos agrícolas arrolados no
Anexo II do Convênio:
I - nas operações interestaduais:
a) nas operações de saída dos Estados das regiões sul e sudeste, exclusive Espírito
Santo, com destino aos Estados das regiões norte, nordeste e centro-oeste ou ao
Estado do Espírito Santo: 4,10% (quatro inteiros e um décimo por cento);
b) nas demais operações interestaduais: 7% (sete por cento).
II - nas operações interestaduais com consumidor ou usuário final, não contribuintes
do ICMS, e nas operações internas: 5,60% (cinco inteiros e sessenta centésimos
por cento).
No escopo do estudo em questão, leva-se em consideração a redução nas aquisições de
bens do ativo pelos segmentos em questão.
A aplicação deste benefício é taxativa pela NCM/SH do produto, conforme os anexos
do Convênio ICMS nº 52/1991.
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Assim, a empresa que adquirir os ativos dentro das condições dadas pela referida
legislação, estará sujeita à carga tributária estipulada para a sua operação, conforme
disciplinado no Convênio ICMS n° 52/91.
6.3.2.1 Compras para o ativo:
No documento
2013 Legitimus Relações Governamentais e Institucionais LTDA.
(páginas 42-45)