• Nenhum resultado encontrado

O Concílio de Éfeso – 431 EC.

No documento YAHUSHUA! QUEM FOI? QUEM É? (páginas 38-43)

O Concílio em Éfeso foi convocado pelo imperador Teodósio II. A sede do Concílio não podia ser mais desfavorável a causa de Nestório. A província de Éfeso atribuía à questão um interesse particularíssimo. A “tradição” situava em Éfeso o lugar onde morreu a “Virgem Maria”. Convém acrescentar, que o qualificativo “Mãe de Deus” dado a Maria, está intimamente ligado ao desenvolvimento mariológico da

teologia católica. “Theotokos” (Mãe de Deus) e “Aeiparthenos” (Sempre Virgem) são termos que receberam entre os católicos um desenvolvimento considerável. Podemos acrescentar ainda, seguramente, que não somente entre os católicos, mas, também, , entre todos os

que creem que “Jesus é Deus” (o verbo preexistente encarnado nascido de uma virgem), pois se ele é Deus então Maria para estes também é a “Mãe de

Deus”, mesmo que de

tabela, pois também

creem que ele “foi concebido miraculosamente pelo espírito santo no ventre da Virgem Maria”, devem considerar e aceitar a definição cristológica de 431, do Concílio de Éfeso, de Maria como “Theotokos – Mãe de Deus”. É como disse um eminente historiador:

“Considerando a consubstancialidade do Verbo e a Divindade de “cristo”, em resultado dessa definição cristológica, Maria podia ser chamada, em certo sentido, “Mãe de Deus –

Theotokos”. Concluindo a breve narrativa do terceiro Concílio Ecumênico,

chegamos às fronteiras dogmáticas de Calcedônia e de seu “vere Deus et

vere homo” – verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

Devido às lutas cristológicas do século IV, o “problema” da inter- relação das duas naturezas de “cristo”, não cessava de renascer. Evidenciou-se isso particularmente no princípio do século V (500 anos após a morte do Mashiach), com a luta contra os ensinos de Nestório e de

Eutiques.

A “igreja” viu-se levada a condenar ambos no Concílio de Calcedônia, em 451 EC. O nestorianismo já tinha sido condenado pelo Concílio de Éfeso em 431 EC. Resumidamente o ensino de Nestório convertia as duas naturezas

em “cristo” em duas pessoas distintas. Eutiques reveste-se de um caráter bem diferente. Eutiques achava que depois da união hipostática (união das duas naturezas – divina e humana) só cabia falar de uma única natureza em “cristo” (Monofísimo). O Concílio de Calcedônia pronunciou-se não só contra a separação, como contra a fusão das duas naturezas. Assim, em 451 EC., o Concílio de Calcedônia, resolveu que era preciso rejeitar tanto a separação como a fusão das naturezas em “cristo”. Condenando as “heresias”, a igreja católica romana (A grande Meretriz de Apocalipse 17) definiu que “Jesus Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem (vere Deus et vere homo)”.

Convocado pelo imperador Marciano a pedido do papa, o Concílio de Calcedônia declarou a “fé ortodoxa” nos seguintes termos: ”Segundo os Santos Padres, nós confessamos unanimemente um só e o mesmo Filho Nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito na divindade e perfeito na humanidade, verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem, composto de uma alma racional e de um corpo, consubstancial como Pai segundo a divindade, e consubstancial conosco segundo a humanidade, em tudo semelhante a nós, exceto no pecado; foi gerado antes dos séculos (preexistência) pelo Pai segundo a divindade e nesses últimos tempos para nós, para nossa salvação, por Maria, a Virgem, a Mãe de Deus; um e o mesmo “cristo” senhor, unigênito, a quem reconhecemos ser em duas naturezas sem confusão, sem mudança, divisão ou separação; não sendo pela união suprimida a diferença das duas naturezas, mas antes sendo preservadas as propriedades de cada natureza e reunidas em uma só pessoa, em uma só hipóstase, mas um e o mesmo Filho Unigênito, Deus, Verbo, Senhor, Jesus Cristo, como desde o princípio os profetas ensinaram a respeito dele, e como ele mesmo o Senhor Jesus Cristo nos ensinou e nos foi transmitido nos Símbolos dos Padres”. (?!?!)

_____________________________________________

Concluímos aqui, resumidamente, a narrativa histórica dos quatro primeiros Concílios Ecumênicos, os quais foram decisivos e determinantes na elaboração doutrinal da “Grande Igreja Mãe”, e que marcou, profundamente, a fé da cristandade até os nossos dias. Ainda hoje, passados mais de dezessete séculos, desses concílios, milhões de pessoas religiosas, nas mais variadas formas eclesiásticas (denominações evangélicas, além da Grande Mãe), seguem cega e religiosamente, a

herança (apostasia) legada (transmitida) pelos chamados célebres “Pais da Igreja”.

Conforme já mencionado, no livro de Apocalipse (Revelação), encontramos registrado que a grande Babilônia, a grande meretriz está assentada sobre muitas águas (povos, nações e línguas). Essa grande prostituta embriagou as nações, dando-as de beber do cálice das suas prostituições. O sentido aqui é político e espiritual (religioso), confira em Apocalipse 17: 1-18.

Os dogmas criados (formulados) pelo catolicismo romano (cristianismo), principalmente, nos quatro primeiros Concílios Ecumênicos como: a divindade (consubstancialidade do verbo), preexistência, encarnação do verbo (que é o grande mistério do cristianismo), a trindade e a dualidade, a união hipostática das duas naturezas (doutrina das duas naturezas – divina e humana), o nascimento virginal, o título a Maria: “Mãe de Deus – Theotokos”, e a confissão de “Jesus” como “verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem (vere Deus et vere Homo)”, e diversos outros dogmas romanos (que não foram aqui mencionados), constituem, sem dúvida alguma, um reflexo da apostasia que fatalmente haveria de surgir nos últimos tempos. Esta apostasia já havia sido anteriormente alertada: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será

assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. [2Tessalonicenses 2:3]

______________________________________________

A fé primitiva e genuína, das primeiras comunidades compostas por ovelhas desgarradas das duas casas de Yashuru, foram aos poucos, sendo substituídas por dogmas estranhos aos conceitos bíblicos da época dos profetas e emissários. A sã doutrina, das congregações primitivas, foi tornando-se “heresia” para a “Grande Igreja Romana”, e a heresia romana (os dogmas, alguns aqui listados), tornou-se “ortodoxia”, a base da fé da cristandade.

Os primitivos seguidores do Mashiach transformaram-se em heréticos só porque se mantiveram à margem da evolução doutrinal da “Grande Igreja Mãe”, não aceitando, ou simplesmente ignorando, os acréscimos e desdobramentos recebidos pelos cristãos a partir do singelo “kérygma primitivo” (primeira proclamação das Boas Novas do Reino de

YAhuh – o ensinamento do próprio Mashiach e de seus emissários), sobretudo depois que assimilou os esquemas e conceitos do pensamento grego, notadamente sobre a doutrina da encarnação do verbo, o Logos de Platão.

A igreja romana, com o seu recém fundado cristianismo, conseguiu que seus pontos de vista e concepções triunfassem no conjunto de toda a cristandade recém-criada e posta no lugar do Yashuru de Yahuh, ou seja, conseguiu impor a “ortodoxia”. Em suma, a vitória final da “ortodoxia” (apostasia) na antiguidade equivale simplesmente à vitória do cristianismo inventado por Roma. A partir do momento em que o cristianismo, depois de fundado, tornou-se a religião oficial do Império Romano, pouco a pouco ia se afastando da verdadeira fé, tornava-se cada vez mais susceptível ao influxo de convertidos dos povos pagãos.

Basta dizer que muitos dos “Pais da Igreja” chamados “apologistas” e responsáveis pela herança doutrinária (apostasia) que transmitiram às posteridades, vieram do paganismo, de um mundo culturalmente grego, trazendo consigo suas tradições e crenças ligadas à filosofia grega, essencialmente a de inspiração platônica – doutrina do Logos – do verbo encarnado, é o que veremos nas próximas partes quando falaremos da helenização do cristianismo...

<<<<<>>>>>

Parte 10

YOUTUBE: http://youtu.be/Hq12JMaR7mc

No documento YAHUSHUA! QUEM FOI? QUEM É? (páginas 38-43)

Documentos relacionados