• Nenhum resultado encontrado

Decisões ecumênicas

No documento YAHUSHUA! QUEM FOI? QUEM É? (páginas 32-35)

Os quatro primeiros concílios ecumênicos do cristianismo

Inicialmente, esclareceremos que por tratar-se de uma narrativa histórica de concílios

ecumênicos romanos, usaremos aqui os nomes que ali foram usados. O termo “igreja” a que se refere esta matéria

corresponde ao Catolicismo Romano –

apostata – ou seja, a religião criada por Roma intitulada

cristianismo; e não aos primeiros membros do povo de YAhuh que foram sendo encontrados.

Os quatro primeiros séculos do cristianismo lutas incansáveis foram travadas com o fito de definir os dogmas trinitário e cristológico. De fato, deve-se aos quatro primeiros concílios ecumênicos (Niceia, em 325 EC. – Constantinopla, em 381 EC. – Éfeso, em 431 EC. E Calcedônia, em 451 EC.), a formulação de vários dogmas cristológicos e ortodoxos, que, decisivamente, nortearam o mundo religioso da cristandade.

Procuraremos, resumidamente, ressaltar as definições desses concílios, onde doutrinas que melhor se adaptavam aos interesses terrenos da “igreja”, foram, progressiva e inescrupulosamente elaboradas por essas “célebres assembleias” conhecidas como concílios ecumênicos.

Foi sob a soberana influência dos pontífices romanos que se elevou, através dos séculos, essa mistura de dogmas estranhos às primeiras comunidades arrebanhadas pelos emissários, e que nada tem de comum com a Palavra de Yahuh e lhe são muitíssimos posteriores. Essa pesada construção de dogmas sem conta, que obstrui o caminho à VERDADE, surgiu na terra no ano 325 da era comum.

O ano 325, figura na história da “igreja” como o mais decisivo na expressão da cristologia. A divindade do Jesus da cristandade, rejeitada por três sínodos, o mais

importante dos quais foi o de Antioquia (268), foi em 325, proclamada pelo Concílio de Niceia. Convocado por Constantino, em 325 EC., o Concílio de Niceia, segundo a tradição, contou com a presença de 318 bispos procedentes de todas as províncias do

Império. O próprio imperador Constantino assumiu a direção dos trabalhos, tomando uma posição de liderança teológica no Concílio, quando arbitrou a controvérsia ariana.

Ario, sacerdote de Alexandria, entrou em conflito com a “igreja”, desligando-se dela para sempre no Concílio de Niceia. Ario, afirmava que vistas a Eternidade e unicidade de Yahuh, não cabia falar de seres criados consubstanciais a Yahuh (da mesma substância de Yahuh), mas apenas de seres criados ao lado e sob a dependência de YHWH. Ario opta, pois por uma cristologia subordinada, em nome do Monoteísmo, que não consente outro UL ao lado do Único UL Verdadeiro. Neste contexto, Ario, negava que o Jesus criado pelo cristianismo era coigual, coeterno e da mesma substância com o Pai, declarando ser ele apenas uma criatura (ou seja, assim como a Palavra de Yahuh nos demonstra – um homem).

Escrevendo a Eusébio de Nicomédia Ario se lamenta: “Somos perseguidos porque afirmamos que o messias tem uma origem, enquanto que Yahuh não tem começo. O Pai não foi Pai desde o princípio, houve época em que o filho era inexistente, ainda não criado (ou seja, não havia nascido ainda). Yahuh só se tornou Pai com o nascimento/morte e ressurreição (recriação) de seu filho. Este filho, porém, não se origina da substância do Pai, mas somente da sua vontade (o plano). O Pai é incriado, mas o filho, pois foi gerado, aliás gerado não da mesma substância do Pai, mas por estar no plano de Yahuh. Portanto, ele (o filho) não é verdadeiro UL, mas uma criatura decerto

maravilhosamente obediente e excepcionalmente relacionada com Yahuh”.

Depois de muita controvérsia sobre a questão, os bispos nicenos, notadamente, Atanásio (principal defensor e promotor da ortodoxia nicena), condenando as afirmações de Ario, criaram a formulação do dogma trinitário, nos seguintes termos:

“Cremos em um só Deus, Pai Todo-

Poderoso, Criador das coisas visíveis e invisíveis, e em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, único gerado do Pai, ou seja, consubstancial ao Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus Verdadeiro de Deus Verdadeiro, gerado e não criado, da mesma substância do Pai, que tudo criou no céu e na terra, que por nós e pela nossa salvação desceu do céu, encarnou-se e fez-se homem, sofreu e ressuscitou no terceiro dia, subiu ao céu e virá julgar os vivos e os mortos. E creio no Espírito Santo”. (Observem que o espírito

santo ainda não era uma pessoa em 325 EC.). “Aqueles que afirmam:

houve um tempo em que ele não existia e ele não existia antes de ter sido gerado, foi criado do nada, ou que sustentam ser ele de outra hipóstase ou de uma substância diferente (do Pai), ou que o Filho de Deus foi criado, que não é imutável, mas sujeito a transformação, recebem o anátema da IGREJA CATÓLICA”. (a mãe da cristandade).

Nesse dogma, o Concílio de Niceia, definia conjuntamente, segundo a sua própria conveniência, sob anuência do imperador Constantino, a base fundamental do dogma trinitário: a consubstancialidade (divindade), preexistência e a encarnação do verbo – o Logos, que conforme está explícito no dogma: “desceu do céu, encarnou-se e fez-se homem”. Finalmente, o termo “consubstancial” (homo-ousios), que em 268 EC., tinha um sabor herético, pois tratava-se de emanação gnóstica, tornou-se o “centrum nicaenum” o coração da confissão cristológica. A “igreja” precisava confessar “Jesus Cristo” como “Verdadeiro Deus”.

Em suma, as doutrinas da divindade, preexistência e encarnação do verbo, estão intimamente ligadas ao dogma da trindade. Não existe trindade se não existir esses três elementos acima mencionados. E essa definição ecumênica, do Concílio de Niceia, foi incorporada a fé “Cristã” (das “igrejas” da cristandade) e é hoje, o sustentáculo da fé da cristandade, por outro lado, é também, comprovadamente, um paradoxo ao contexto profético e apostólico sobre a pessoa do Mashiach prometido por Yahuh em Gênesis 3:15 conforme temos verificado no transcorrer deste estudo.

Convém ressaltar que, a fé na: divindade, preexistência e a encarnação do verbo (que são os três pilares principais que sustentam o dogma da trindade, de elaboração e confissão católica), não podem ser desligadas da fé da trindade. E todos os que estão ligados a todos ou a apenas um desses dogmas, estão ligados na trindade e, teologicamente, estão de mãos dadas com o catolicismo romano – A Grande Igreja Mãe, a Grande Babilônia religiosa de Apocalipse 18, onde as nações (religiões) beberam do vinho da ira de sua prostituição, e os reis da terra (organizações religiosas) se prostituíram com ela; e os mercadores da terra (líderes religiosos) se enriqueceram com a abundância de suas delícias (falsas doutrinas).

O sentido de Apocalipse 18 é religioso/político/espiritual.

No documento YAHUSHUA! QUEM FOI? QUEM É? (páginas 32-35)

Documentos relacionados