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2.2 Avaliação da Conformidade (AC)

2.2.1 Conceito e Objetivos da Avaliação da Conformidade

A Avaliação da Conformidade - AC é um processo sistematizado, acompanhado e avaliado, de forma a propiciar adequado grau de confiança de que um produto, processo ou serviço, ou ainda um profissional, atende a requisitos preestabelecidos em normas e regulamentos técnicos com o menor custo para a sociedade (INMETRO, 2007).

Segundo o SEBRAE (2005), trata-se de um poderoso instrumento para o desenvolvimento industrial, dando um incremento nas exportações e comércio interno e para proteção e defesa do consumidor. Há uma significativa contribuição da avaliação da conformidade com a idéia do desenvolvimento sustentável, por meio da minimização dos impactos ambientais na fabricação, uso e descarte de produtos.

A avaliação da conformidade é um processo sistematizado, com regras preestabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a proporcionar adequado grau de confiança de que o produto, processo ou serviço, ou ainda profissional, atende a requisitos preestabelecidos em normas ou regulamentos (SEBRAE, 2005, p. 19).

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria - CNI (2000, p.10), a Avaliação da Conformidade “é um exame sistemático do grau de atendimento por parte de um produto, processo ou serviço aos requisitos especificados”. Por esta razão, é um instrumento poderoso para o desenvolvimento empresarial e para a proteção do consumidor, pois as organizações que adotam a avaliação da conformidade beneficiam-se pelo aumento de sua competitividade.

Os objetivos principais da Avaliação da Conformidade são estabelecer uma relação de confiança do produto, processo ou serviço com o consumidor e não acarretar em custo maior do que a sociedade está disposta a investir, ou seja, requerer menor quantidade possível de recursos para atender às necessidades do cliente (SEBRAE, 2005).

No entendimento do INMETRO (2007), o processo de Avaliação da Conformidade tem os seguintes objetivos: informar e proteger o consumidor, em particular quanto à saúde, segurança e meio ambiente; propiciar a concorrência justa; estimular a melhoria contínua da qualidade; facilitar o comércio internacional e fortalecer o mercado interno.

Segundo o SEBRAE (2005) e o INMETRO (2007), os principais aspectos que justificam a implantação de um programa de Avaliação da Conformidade são:

• Propiciar concorrência justa.

• Estímulo à melhoria contínua da qualidade. • Informar e proteger o consumidor.

• Facilitar o comércio exterior. • Proteger o Mercado Interno. • Agregar valor às marcas.

Pode-se salientar que a Avaliação da Conformidade é um processo sistematizado com regras determinadas, que são avaliadas para garantir que um produto, processo, serviço ou profissional atenda aos requisitos mínimos de confiança preestabelecidos em Normas ou Regulamentos. Tem como objetivo estabelecer um canal de confiança, onde tanto o consumidor quanto o fornecedor sabem quais são as “regras do jogo”, normalmente requisitos relativos à qualidade e à segurança. Deste modo, a Avaliação da Conformidade torna-se um instrumento para o desenvolvimento industrial, para o incremento do comércio internacional e para a proteção e defesa do consumidor, tendo como alguns dos seus benefícios o de proporcionar a concorrência justa entre as empresas, estimular a melhoria contínua dos produtos, informar e proteger o consumidor, agregar valor ao produto, proteger o mercado interno e facilitar o comércio exterior.

De acordo com Resende (2004), costuma-se empregar o verbo normalizar e seus cognatos na acepção tradicional de tornar normal, de voltar à normalidade, e normatizar para expressar a ação de estabelecer normas, regras, regulamentos, rituais, entre outros. Apesar disso, os dois verbos acima por vezes são usados um pelo outro, indiferentemente, como sinônimos. Historicamente, ambos são de introdução relativamente recente na língua portuguesa, sendo que normalizar é mais antigo do que normatizar.

Poder-se-ia afirmar, então, que a Normalização é a forma de organização das atividades, cuja criação e utilização de regras ou normas visam a contribuir para o desenvolvimento econômico e social. Há três tipos de Normalização: Normatização Legal (Regulamentação); Normatização Técnica (Normalização); e Normatização Organizacional (Rotinas e Regimentos Internos).

Uma norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Para o INMETRO (2007), trata-se de:

Documento aprovado por uma instituição reconhecida, que fornece, para uso comum e repetido, regras, diretrizes ou características para produtos ou processos e métodos de produção conexos cujo cumprimento não é obrigatório (é voluntário). Poderá também tratar parcial ou exclusivamente de terminologia, símbolos, requisitos de embalagem, marcação ou rotulagem aplicáveis a um produto, um processo, um método de produção.

Para a Confederação Nacional da Indústria – CNI (2000), uma norma técnica é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Esta é a definição internacional de norma. As normas são desenvolvidas para o benefício e com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global ótima, levando-se em conta as condições funcionais e os requisitos de segurança.

As normas técnicas são aplicáveis a produtos, serviços, processos, sistemas de gestão, pessoal, enfim, nos mais diversos campos. Usualmente, é o cliente que estabelece a norma técnica que será seguida no fornecimento do bem ou serviço que pretende adquirir. Isto pode ser feito explicitamente, quando o cliente define claramente a norma aplicável, ou simplesmente espera que as normas em vigor no mercado onde atua sejam seguidas. Elas podem estabelecer requisitos de qualidade, de desempenho, de segurança (seja no fornecimento de algo, no seu uso ou mesmo na sua destinação final), mas, também, podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimensões, tipos, usos, fixar classificações ou terminologias e glossários, definir a maneira de medir ou determinar as características, como os métodos de ensaio. As normas podem ser necessárias para o cumprimento de Regulamentos Técnicos (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI, 2000).

As normas são utilizadas, entre outras finalidades, como referência para a Avaliação da Conformidade, para a Certificação4 ou a realização de Ensaios5. Muitas vezes, o cliente, além de pretender que o produto siga uma determinada norma, também deseja que a conformidade a essa norma seja demonstrada, mediante procedimentos de avaliação da conformidade. Por vezes, os procedimentos de avaliação da conformidade, em particular a certificação, são obrigatórios legalmente para determinados mercados (certificação compulsória - estabelecida pelo governo para comercialização de produtos e serviços); outras vezes, embora não haja a obrigatoriedade legal, as práticas correntes nesse mercado tornam indispensável utilizar determinados procedimentos de avaliação da conformidade, tipicamente a certificação (CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI, 2000).

Tendo apresentando questões acerca da Avaliação da Conformidade, como a sua definição e conceito, bem como os objetivos do processo, cumpre, ainda, discorrer sobre a avaliação da conformidade no mundo, conforme se poderá constatar a seguir.

4 O tema “Certificação” será abordado em seção específica, precisamente no item 2.2.5.