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Foto 30 – Capa do LP De Norte a Sul uma viola matuta, solista Julião, RCA

7. CONCLUSÃO

A viola está presente no Brasil desde os tempos coloniais. Apesar de bastante citada na documentação deste período, não sabemos ao certo a qual tipo de viola os autores se referiam, pois o instrumento não era descrito em seus pormenores. Da mesma forma, relatos de viajantes do século XIX pelo Brasil citam a viola, mas sem precisar detalhes do instrumento. Por outras fontes sabemos da existência de uma viola construída em Lisboa no século XVI, em um museu de Londres, com o cravelhal contendo dez cravelhas, assim como de violas construídas no século XVIII com o cravelhal contendo doze cravelhas. Ou seja, com estas referências e com violas colhidas, tanto aqui como em Portugal, ao longo do século XX, podemos afirmar que algumas características estruturais foram mantidas, como, por exemplo, a escala dividida em dez trastos e rasa com o tampo.

Na região Centro-Sul do Brasil, na tese região caipira estendida (pelos variados tipos de influência paulista nesta região, ao longo do tempo), este tipo de instrumento, identificado por viola caipira, já no início do século XX, passa a receber inovações da luteria violonística e tem seu uso expandido para outros tipos de músicas e para outros contextos musicais. Para se conhecer como eram as violas nos moldes antigos, apresentamos fotos e medidas de seis instrumentos colhidos ao longo do século XX na região Centro-Sul do Brasil. Instrumentos que consideramos serem referencias para se conhecer modelos e detalhes das violas dos antigos violeiros.

Neste processo de expansão da viola caipira e de suas práticas, a indústria fonográfica e a difusão radiofônica muito contribuíram e até mesmo definiram uma forma de apresentação desta música para os ouvintes. Havia um público consumidor em potencial e isto foi determinante para o sucesso da música de viola, ao ponto de se ter clássicos nacionais caipiras, o que seria impensável sem os meios de comunicação. Com relação aos discos de práticas musicais tradicionais, mostramos, tendo como fonte de pesquisa as informações contidas nas contracapas dos discos, a importância de diretores e produtores artísticos no sentido de viabilizar este tipo de música.

Este percurso evolutivo do instrumento, inevitavelmente, trouxe à tona o tema do preconceito que, desde o século XIX, de forma ostensiva ou subliminar, vem contaminando o reconhecimento de uma valiosa cultura brasileira, a cultura caipira. Neste sentido jogamos luz nas diversas formas de manifestações preconceituosas e tentamos mostrar que preconceitos arraigados, ou de qualquer natureza, não condiziam com o caipira antigo e não condizem com

o caipira contemporâneo. Para uma visão crítica deste tema, com relação, especificamente, à música, apresentamos a pergunta “música caipira – o que é e o que não é?” para estudiosos do mundo do caipira com o objetivo de saber onde estamos na compreensão deste universo.

A esta expansão do uso da viola caipira, para além das práticas populares e para uma nova música, estamos denominando de avivamento. O processo de avivamento teve sua gênese na década de 1960 com cinco fatores que, nos desdobramentos, consolidaram a viola como importante instrumento da música brasileira da atualidade. Estes acontecimentos, independentes entre si, mas originários do sucesso das duplas caipiras na indústria da cultura, foram: 1) o lançamento de um novo gênero musical, o pagode de viola, no qual a viola tem papel preponderante; 2) a viola é alçada a instrumento de concerto com as composições de Ascendino Theodoro Nogueira e recebe assim uma notação musical própria; 3) vários discos de viola instrumental são lançados no mercado, com destaque para os discos do violeiro Julião; 4) surge a Orquestra de Violeiros de Osasco, a primeira das inúmeras orquestras de viola espalhadas pela região Centro-Sul; 5) a viola conquista o público da música popular brasileira com sua utilização, de forma marcante, na canção Disparada (Théo de Barros e Geraldo Vandré), que conquista a primeira colocação, junto com A banda, de Chico Buarque de Holanda, no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.

Nas décadas seguintes, principalmente a partir da década de 1980, o avivamento é consolidado por uma conjunção de fatores e tem sua culminância com a viola caipira na universidade. Uma conquista que efetiva de forma inconteste sua importância como representante da cultura caipira contemporânea e como instrumento antigo cuja história remonta aos primeiros séculos do nosso país.

Verificamos, enfim, a história de um caminho construído através dos tempos e de linguagens musicais diversas: dos tempos coloniais aos dias de hoje; da prática popular à escritura da arte; do ensino imitativo, na oralidade, ao ensino formal; de instrumento acompanhador de modinhas, cantorias, danças e rezas à condição de instrumento solista em orquestra sinfônica. A mesma viola na mão calejada no trato da roça, na mão fina de um jogador de baralho, na mão trabalhada de um violeiro concertista. A viola de todos os segmentos sociais e de todas as gerações – a viola caipira.

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