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2.13 Conclusão

3.2.7 A Análise fonêmica das vogais altas e dos glides no inglês britânico

3.2.7.5 Conclusão geral de fonêmica

Apresentamos a análise das vogais altas e glides no português brasileiro e no inglês britânico, sob a perspectiva do modelo fonêmico. É apresentada a seguir uma tabela comparativa das vogais altas e glides no português brasileiro e no inglês britânico.

TABELA 8

Tabela comparativa de vogais altas e glides no português brasileiro e no inglês britânico.

Português brasileiro Inglês britânico

fonemas Vocálico i, u i, , u, 

consonantal j,w j, w

A TAB. 8 mostra que os fonemas vocálicos do português, ou seja /i, u/, correspondem aos casos de neutralização no inglês. Por outro lado, os fonemas vocálicos do inglês, ou seja, /i, , u, /, correspondem aos alofones em português. Os fonemas consonantais /j, w/ ocorrem nas duas línguas. Vale, entretanto ressaltar, que os contextos de ocorrência dos fonemas /j, w/ são completamente diferentes nas duas línguas. Em português, /j/ com o estatuto de consoante, ocorre em formas com o infixo –sion- (“estaciona” [estasjon]) e em inglês, /j/ ocorre em início de palavra seguido de vogal (“year” [j] ano) com o estatuto de consoante. E, após certas consoantes e seguido da vogal /u/ (“music” [mjuzk] música). Em português, /w/ ocorre em seqüências de (oclusiva velar + glide) (“quase” [kwaz]) e em inglês, /w/ ocorre em início de palavra seguido de vogal (“water” [wt] água) e em seqüências de (oclusiva+glide) (“twice” [twas] duas vezes). Em ambas as línguas, o glide /w/ tem o estatuto fonológico de consoante.

O modelo fonêmico nos permite organizar os segmentos em categorias específicas. Pode-se organizar as unidades funcionalmente relevantes (os fonemas) e as unidades que variam em contextos estruturais específicos ou devido a fatores não estruturais (alofones). Contudo, o modelo fonêmico apresenta problemas em formular generalizações sobre a estrutura sonora.

Observe, por exemplo, que no português brasileiro, a alofonia de /i/ e /u/ é operacionalmente semelhante. Por exemplo, as vogais frouxas [, ] ocorrem em sílabas átonas. Contudo, a relação entre os alofones [] e [] não pode ser expressa no modelo fonêmico. O modelo fonêmico permite expressar apenas a relação entre /i/ e o alofone [] e entre /u/ e o alofone []. Mas, de fato, o alofone [] e o alofone [] estão relacionados ao mesmo fenômeno: que determina que vogais tensas podem se manifestar como frouxas quando em sílaba átona.

Podemos dizer que o modelo fonêmico não permite expressar as generalizações encontradas nas línguas naturais. Este foi um argumento forte para apoiar a proposta do modelo fonológico gerativo padrão. A fonologia gerativa padrão introduz a noção de processo que relaciona alofones entre si e expressa as generalizações na estrutura sonora das línguas naturais.

Outro problema do modelo fonêmico é quanto a considerar o fonema como unidade mínima de análise. A fonologia gerativa padrão assume que os fonemas (que de fato são determinados segmentos na fonologia gerativa) são compostos de traços distintivos. Relações estabelecem-se entre segmentos que compartilham propriedades expressas por traços distintivos. Processos fonológicos regulam a organização da estrutura sonora.

3.3 O Modelo gerativo padrão

3.3.1 Introdução

O Modelo Gerativo Padrão em fonologia é parte da Gramática Gerativa Transformacional proposta por Chomsky, 1968 apud Cagliari, 1997. Chomsky demonstrou que as análises estruturais anteriores eram inadequadas em muitos aspectos. Na sua proposta, Chomsky considerou o conhecimento lingüístico interno do indivíduo como sendo a ''competência'' do falante e o uso real desta língua em situações reais foi denominado ''desempenho''. Chomsky argumenta que a lingüística deve se preocupar com o estudo da competência e não se restringir ao estudo do desempenho. Ao estudarmos dados de desempenho poderemos explicitar o comportamento da competência. Portanto, uma descrição das regras que governam a estrutura da competência, seria o objetivo mais importante do modelo gerativo (Crystal, 1997).

Na fonologia, a forma de superfície (relacionada ao desempenho) é representado entre [ ] e a forma subjacente (relacionada à competência) é representada por / /. As representações fonológicas são sujeitas aos processos fonológicos de uma língua. Os processos fonológicos expressam as alternâncias segmentais e são formalizados por regras fonológicas. As regras fonológicas são elaboradas na forma A B / C_D (Sendo A, B, C, D categorias opcionais). O símbolo A corresponde à descrição estrutural, o símbolo B corresponde à mudança estrutural e C e D correspondem aos ambientes que contextualizam as regras. As regras fonológicas geram novas estruturas por meio de transformações.

Schane (1973) propõe as seguintes categorias para classificar os processos fonológicos:

1) Assimilação;

2) Processo fonológico na estrutura silábica; 3) Enfraquecimento e fortalecimento;

4) Neutralização.

O modelo gerativo introduz a noção de processos fonológicos que são formalizados por regras cuja formalização envolve os traços distintivos.

3.3.2 Os Traços distintivos

Vimos que no modelo fonêmico, o fonema é considerado a unidade básica da fonologia. No entanto, há uma série de evidências mostrando que várias propriedades específicas dos sons seriam as unidades básicas da fonologia, não o fonema. O fonema de fato seria constituído por um conjunto de propriedades, denominadas traços distintivos, que se realizam simultaneamente.

A teoria dos traços foi introduzida por Jakobson, Fant e Halle em 1952, apud Katamba (1989), no livro “Preliminaries to speech analysis” e posteriormente em “Fundamentals of language” em 1956, por Jakobson e Halle. Estes autores postularam traços definidos em termos acústicos, privilegiando as propriedades físicas dos sons. Consideraram estes traços universais, ou seja, poderiam definir as propriedades dos

fonemas de qualquer língua natural. Este sistema foi criticado por não levar em conta os traços articulatórios dos sons.

De todos os trabalhos que adotaram a noção de traços distintivos, o mais difundido foi o SPE (“The Sound Pattern of English”) de Chomsky & Halle (1968) apud Katamba (1989). Chomsky & Halle propuseram uma revisão na teoria dos traços distintivos apresentados em Jackobson, Fant & Halle (1952) e Jackobson & Halle (1956) apud Katamba (1989). No livro “The Sound Pattern of English”, os autores substituíram os traços definidos acusticamente por traços com correlatos articulatórios. O número de traços distintivos foi aumentado substancialmente, porém continuaram com a propriedade binária. São assumidos dois coeficientes ou valores, o sinal (+) indicando a presença do traço e o sinal (-) indicando a ausência do traço (Katamba, 1989). Apresentamos a seguir, a lista dos traços distintivos relevantes para esta pesquisa.

3.3.3 Traços de classes principais

Os traços de classes principais definem as principais classes de sons relevantes em uma análise fonológica. São traços distintos que dividem os segmentos fonológicos de uma língua em classes lingüisticamente significativas. As definições a seguir estão baseadas nos trabalhos de Katamba (1989) e Mori (2001).

Silábico [silábico]: Sons silábicos são sons que funcionam como núcleo silábico e os não- silábicos ocorrem como margens na sílaba. Normalmente, os sons silábicos são mais proeminentes auditivamente que os sons adjacentes não-silábicos. As vogais são silábicas e no inglês, por exemplo, consoantes como [l] em “bottle” ou [n] em “cotton” são silábicas. Consonantal [consonantal]: Sons consonânticos são sons produzidos com uma constrição ao longo da linha central do trato vocal. Esta constrição pode ser total ou parcial. Os sons não consonânticos não apresentam essa constrição. Assim, as vogais e os glides [w, j] em

estudo são [-cons]. As consoantes plosivas, nasais, líquidas, fricativas, africadas são [+cons].

3.3.4 Traços do corpo da língua

Os traços do corpo da língua caracterizam as movimentações da língua em relação à posição neutra. No SPE, a posição neutra do corpo da língua refere-se à posição assumida na produção de uma vogal média anterior.

Alto [alto]: Sons altos são produzidos com uma elevação do corpo da língua acima da posição neutra e os não-altos são produzidos sem esta elevação. As vogais altas, glides [j, w], são sons [-alto].

Baixo [baixo]: Sons baixos são produzidos com o corpo da língua abaixado em relação à posição neutra e os não-baixos não apresentam esta característica. As vogais altas, sons em estudo, são [-baixo].

Recuado [recuado] ou [posterior]: São sons produzidos com uma retração do corpo da língua de sua posição neutra. Os sons produzidos com o corpo da língua em posição neutra ou sem esta retração são chamados não-recuados. O glide [w] é [+recuado]. A vogal alta [i] é [-recuado] e a [u] é [+recuado].

Raiz da língua avançada [ATR] (Advanced Tongue Root): A raiz da língua é puxada em direção à parte anterior do trato vocal, o que faz com que a cavidade faríngea aumente e produza uma elevação do corpo da língua. Os sons [-ATR] são produzidos numa posição neutra. Também pode diferenciar as vogais tensas [+ATR] das frouxas [-ATR].

3.3.5 Traços relacionados com o formato dos lábios

Estes traços caracterizam o estreitamento da passagem da corrente de ar tanto pelo arredondamento dos lábios, quanto pela constrição das vogais ou consoantes labiais. Somente um traço desta categoria será utilizado neste trabalho:

Arredondado [arredondado] Os sons arredondados são produzidos com o arredondamento dos lábios, como na vogal alta posterior do português [u]. Os não-arredondados são produzidos com a distensão dos lábios ou sua posição neutra como em [i].

3.3.6 Traços prosódicos

Os traços prosódicos ou supra-segmentais que são geralmente associados com a sílaba ou palavra, são difíceis de serem descritos em termos fonéticos. O sistema proposto por Chomsky & Halle (1968) inclui três traços e somente dois são relevantes para esta análise22:

Longo [longo]: Este traço refere-se à duração de um segmento. Uma vogal pode ser [+longa] ou [-longa]. Neste último caso, temos uma vogal curta.

Acento [acento]: Todas as sílabas tônicas em uma palavra são mais proeminentes que as átonas, mas a manifestação de tonicidade varia. A sílaba tônica é percebida como mais forte devido a uma associação de tom mais alto, maior duração e maior intensidade do sinal, que é percebido como volume. Essa maior intensidade da sílaba tônica era considerada característica da vogal, não propriamente da sílaba.

Nas páginas precedentes, caracterizamos os traços distintivos propostos pela Fonologia Gerativa Padrão que serão utilizados nesse trabalho. Um outro aspecto importante deste modelo envolve a formalização de processos fonológicos que expressam as generalizações em regras. A explicitação de todo o mecanismo que rege a formalização de regras fonológicas nos desviaria do propósito deste trabalho. Optamos, portanto, em discutir os processos fonológicos relacionados às vogais altas e glides no português brasileiro e no inglês britânico. Pretendemos avaliar as contribuições da Fonologia Gerativa Padrão e ao mesmo tempo, apontar as falhas que contribuíram para o surgimento de novas propostas teóricas. Nas páginas que se seguem apresentamos uma proposta de análise de vogais altas e glides no português brasileiro e no inglês britânico.

22 O terceiro traço (que não utilizaremos) é “tom”. Este traço é utilizado na descrição de línguas tonais, onde

a mudança de tom é utilizada para diferenciar o significado das palavras ou demonstrar distinções gramaticais.

3.3.7 As Vogais altas e os glides no português brasileiro

3.3.7.1 Introdução

Nesta seção, apresentaremos uma análise através do modelo gerativo das Vogais Altas e Glides no português brasileiro. Esta análise está baseada em trabalhos de Azevedo (1981) e Katamba (1989). Consideremos inicialmente os traços distintivos utilizados na caracterização dos segmentos vocálicos altos do português brasileiro /i, u/.

TAB. 9

Traços distintivos para as vogais altas no português brasileiro /i/ /u/ [alta] + + [baixa] − − [anterior] + − [posterior] − + FONTE: AZEVEDO, 1981. p. 11.

As vogais /i, u/ são [+alta, -baixa]. Estas vogais se diferenciam quanto aos traços [anterior, posterior]. A vogal /i/ tem os valores [+anterior, - posterior] e a vogal /u/ tem os valores [-anterior, +posterior]. Estes traços são aqueles relevantes para a caracterização dos segmentos /i, u/. Contudo, se considerarmos os segmentos /j, w/, vamos necessitar de outros traços distintivos. As vogais altas são [-consonantal], [+silábico] e /j, w/ são [+consonantal], [-silábico]. O traço [arredondado] também é relevante para caracterizar as vogais altas e glides. A TAB. 10 a seguir mostra a especificação dos traços para /i, u, j, w/.

TABELA 10

Traços utilizados na caracterização de /i, u, j, w/ no português brasileiro.

/j/ /w/ /i/ /u/ [consonantal] − − − − [silábico] − − + + [alta] + + + + [baixa] − − − − [anterior] + − + − [posterior] − + − + [arredondado] − + − + FONTE - AZEVEDO, 1981. p. 12

A matriz fonológica de /i, u, j, w/ foi apresentada acima. A TAB. 11 abaixo, específica os traços para a matriz fonética das vogais altas e glides no português brasileiro que compreende os segmentos [i, , j, i, u, , w, u].

TABELA 11

Traços distintivos dos alofones das vogais altas e glides no português brasileiro.

i  j i u  w u [consonantal] − − − − − − − − [silábico] + + − + + + − + [alta] + + + + + + + + [baixa] − − − − − − − − [anterior] − − − − − − − − [posterior] − − − − + + + + [arredondado] − − − − + + + + [tenso] + − − + + − − +

Um dos problemas do sistema de traços é que a especificação de valor para um traço implica na especificação de valor para outro traço. Por exemplo, os segmentos [+altos] são [-baixos]. Um outro problema do modelo seria a relação entre as matrizes fonética e fonológica. Contudo, a formalização das regras fonológicas possibilitaram expressar generalizações e este aspecto encobriu (parcialmente) os problemas inerentes ao modelo. A seguir, apresentamos alguns processos fonológicos relevantes na caracterização da estrutura sonora do português brasileiro.

3.3.7.2 Processos fonológicos no português brasileiro

Os processos fonológicos são formulados de maneira simples, econômica e objetivam refletir generalizações. As regras fonológicas formalizam os processos fonológicos. Consideremos alguns processos expressos pelas RF (regras fonológicas) que são apresentados a seguir.

RF1: Redução da tensão em posição átona.

+alto

+silábico [-ATR] / _______

-longo [-acento]

A RF1 prevê que os segmentos /i, u/ transformam-se em seus correspondentes frouxos [] e [], quando em posição átona ou não acentuada. Esta regra permite generalizar que ''vogais altas tornam-se frouxas em sílaba átona'' incluindo aqui, as duas

vogais altas [i, u]. A RF1 é uma regra opcional que explica a alternância entre vogais altas e glides em exemplos como:

(49) val[i] val[] áv[i]do áv[]do v[i]tal v[]tal cal[u] cal[] cúm[u]lo cúm[]lo c[u]rral c[]rral

RF2: Perda de silabicidade (formação de glides).

[+alta] [-silábico] / ([+silábico]) __________ ([+silábico]) [-acento]

A RF2 expressa que uma vogal alta realiza-se como o glide correspondente, quando seguido ou precedido de vogal, e também, quando entre vogais. Esta regra permite generalizar que “vogais altas tornam-se glides quando adjacentes a uma outra vogal”. Novamente, a regra inclui as duas vogais altas [i, u]. A RF2 é uma regra opcional que explica a alternância entre vogais altas e glides em exemplos como:

(50) a. sáb[i]a sáb[]a b. p[ia]da p[a]da c. v[ai]dade v[a]dade d. árd[]a árd[u]a e. c[u]ca c[u]ca f. r[eu]nião r[e]nião

Um problema com RF2 é que devido a seu caráter opcional deveríamos ter formas alternantes para os seguintes exemplos:23

(51) a. s[e]va b. d[e]tada

c. s[a]a d. c[a]sa

Contudo, nos exemplos acima um glide ocorre obrigatoriamente. Nestes casos, temos que assumir que os segmentos /j, w/ estão presentes na representação subjacente. Outra alternativa seria marcar lexicalmente as palavras com glide obrigatório. A opcionalidade ou obrigatoriedade da RF2 é um problema na descrição. Outro problema está no formalismo em RF2. A presença dos parênteses pode indicar também, a ausência total dos glides. Por outro lado, se os dois parênteses fossem excluídos, a regra seria invalidada.

Vejamos a RF3 que caracteriza o alongamento de vogal decorrente de epêntese.

RF3: Alongamento de vogal decorrente de epêntese24

+alta +longa ____ +consonantal $ i* +consonantal

+acento -contínuo -contínuo

A RF3 determina que uma vogal alta passa a ser longa quando seguida de uma oclusiva (oral) em posição final de sílaba que por sua vez, é seguida de um i* (i-epentético)

23 Casos em que ditongos decrescentes ocorrem em exemplos como [mes] “mês” não serão tratados neste

estudo por não serem típicos do português de Belo Horizonte.

e de outra oclusiva (oral ou nasal), mais uma vez, a regra inclui as duas vogais altas [i, u]. A RF3 explica exemplos como:

(52) a. d[i]g[i]no b. abr[u]p[i]to

Nos exemplos de (52), quando não ocorre a epêntese temos uma vogal curta: d[i]gno e abr[u]pto (ou seja, a RF3 não se aplica). Finalmente, temos os casos de palavras com o infixo –sion- (como “estaciona”) e os casos de seqüências de (oclusiva velar+glide posterior) em que o glide é especificado na representação subjacente (ver TAB. 12).

3.3.7.3 Conclusão

Apresentamos as regras que caracterizam os processos fonológicos envolvendo as vogais altas e glides no português brasileiro. Este modelo tem a vantagem de relacionar as duas vogais altas do português nos processos de redução da tensão em sílaba átona, perda de silabicidade e alongamento da vogal decorrente da epêntese. Vimos que no modelo fonêmico, as variações envolvendo as vogais altas /i, u/ são tratadas como casos não relacionados. Um dos méritos do modelo gerativo é justamente vincular segmentos sonoros em termos de seu comportamento na estrutura sonora.

Porém, este modelo apresenta problemas. Um deles está relacionado aos casos em que o glide alterna com a vogal alta correspondente (cf. (50)) e os casos em que o glide não alterna com a vogal alta correspondente (cf. (51)). Um outro fator importante a ser observado, é que a sílaba e o acento estão presentes na formulação das regras. Note, contudo, que nem a sílaba, nem o acento têm qualquer tipo de estatuto teórico no modelo

gerativo. Além destas questões, há o fato do modelo gerativo possuir um poder excessivo de abstração propiciando a postulação de formas subjacentes muito abstratas. A seguir, apresentamos uma proposta de análise das vogais altas e glides no inglês britânico sob a ótica do modelo gerativo.

3.3.8 As Vogais altas e os glides no inglês britânico

3.3.8.1 Introdução

Nesta seção, analisaremos as vogais altas e glides no inglês britânico sob a ótica do modelo gerativo. A tabela que se segue apresenta os traços distintivos dos segmentos:

TABELA 12

Traços distintivos das vogais altas e glides no inglês britânico.

i  j u  w [consonantal] − − − − − − [silábico] + + − + + − [alta] + + + + + + [baixa] − − − − − − [anterior] − − − − − − [posterior] − − − + + + [arredondado] − − − + + + [tenso] + − − + − − [longo] + − − + − −

A TAB. 12 da página anterior ilustra a matriz fonológica das vogais altas e glides no inglês britânico. Os únicos segmentos adicionais a ocorrerem na matriz fonética são /i, u/. Passamos então, a avaliar os processos fonológicos.

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