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A atuação do enfermeiro torna-se autêntica e humanizada quando abarca as dimensões envolvidas com a vivência do processo de transição (Chick e Meleis, 1986), referindo-se à transição enquanto passagem, ou mudança de um estado para outro, exigindo do ser humano, a utilização imediata de mecanismos, estratégias e recursos de suporte disponíveis ou não, para o confronto e adaptação, a fim de resolver de forma adequada a situação e atingir novamente um novo estado de equilíbrio.

No que respeita aos objetivos inicialmente delineados, os mesmos foram atingidos de forma satisfatória. Foram planeadas e implementadas diversas atividades, sustentadas pela evidência científica e pelas necessidades identificadas na prática, permitindo a aquisição e desenvolvimento de competências de enfermeiro especialista em Enfermagem Medico- Cirúrgica. Assim sendo, considero estar apta a prestar cuidados de enfermagem especializados na área da enfermagem Médico-Cirúrgica.

As temáticas trabalhadas ao longo dos três módulos de estágio contribuíram para a melhoria da prestação de cuidados de enfermagem. A prevenção da PAV foi o fio condutor deste estágio, uma vez que em cada contexto de estágio foram identificadas as necessidades de formação dos enfermeiros relativamente a este tema. Foi promovido o desenvolvimento de competências na área da investigação, formação e com consequente repercussão na melhoria da qualidade de cuidados. Foi também desenvolvida a capacidade de comunicar para audiências especializadas, utilizando um discurso fundamentado e promovendo a perceção da importância da prática baseada na evidência.

Todas as intervenções implementadas no decorrer do estágio foram próprias de um Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pois tiveram por base um pensamento crítico e reflexivo fundamentado num conhecimento específico pós-graduado nesta área de especialização.

Contudo, foram sentidas algumas dificuldades, que se prenderam essencialmente com factor tempo e novidade na realização deste tipo de documentos. No entanto, estas dificuldades foram colmatadas da melhor forma possível, dentro das circunstâncias existentes, considerando-as inerentes à aprendizagem e fortalecimento.

De salientar, no entanto, como aspetos positivos, a recetividade e disponibilidade de todas as equipas de enfermagem. Em todos os locais de estágio foi percetível a preocupação e investimento dos enfermeiros na mudança e no desenvolvimento das suas práticas, sentindo no futuro enfermeiro especialista um elemento crucial e impulsionador dessa mudança.

Fazendo uma análise do percurso percorrido considero que o desenvolvimento profissional é um percurso diário, longo e interminável, contudo o percurso feito pela UCI, SUG e GCL-PPCIRA proporcionaram oportunidades únicas na progressão gradual e autónoma neste processo. Foi no contexto de uma prática crítico-reflexiva, implementando os conhecimentos teóricos adquiridos, mobilizando experiências e partilhando saberes que progredi na construção das diversas competências próprias do enfermeiro especialista. Na prática foi desenvolvida a capacidade de decisão respondendo aos projetos individuais de saúde, implementando intervenções de enfermagem sensíveis às necessidades de cada doente e sua família. Relativamente à gestão, esta está ligada com a melhoria da qualidade dos cuidados, atualmente exerço liderança de equipas, supervisão e alocação de recursos. No que diz respeito à investigação considero ter desenvolvido uma visão sólida da importância da evidência baseada na prática e da necessidade de uma procura constante e sistemática da explicação dos fenómenos.

Tendo em conta as competências do enfermeiro especialista em médico-cirúrgica considero poder ser um elemento proficiente no meu local de trabalho na prestação de cuidados de enfermagem especializados ao doente e sua família, aludindo aos cuidados de saúde de qualidade e inovadores e na tomada de decisão sobre a gestão e supervisão dos cuidados prestados.

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