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O escopo deste trabalho foi investigar se a atuação do Conselho Escolar de duas Escolas Públicas de Ensino Médio do Distrito Federal atende aos incisos I, II e V do Decreto nº 29.207/08. Para tanto, foram escolhidas duas escolas pertencentes à Diretoria Regional de Ensino de Taguatinga e Diretoria Regional de Ensino da Asa norte. Para respaldar a pesquisa, foram elaborados instrumentos de coleta de dados, aplicados nas duas escolas, conforme os objetivos específicos da pesquisa. Nas duas escolas, foram realizadas entrevistas semiestruturada com todos os membros do Conselho Escolar.

A discussão girou em torno da possibilidade e da operacionalização de um aprendizado participativo de todos os segmentos da escola no qual a participação vem se efetivando por meio dos Conselhos Escolares.

Ao final da pesquisa, ficou a percepção de que o Conselho Escolar ainda é um poderoso instrumento de democratização da gestão escolar, mesmo apresentando, na construção da sua trajetória, movimentos de avanços e recuos.

A partir dessa vivência da experiência colegiada, pode-se constatar que os avanços foram muitos no sentido de termos uma abertura democrática através dos mecanismos legais e termos os Conselhos instituídos nas escolas, o que leva a uma escola mais democrática e participativa.

Na visão dos membros, o CE é bastante significativo no espaço escolar. Mas enfrenta inúmeras dificuldades. Entre elas, destacam-se: ausência de uma cultura de participação; a priorização da dimensão administrativa; falta de planejamento das reuniões; conscientização sobre o papel exercido por cada membro no CE; centralização de poder na figura do gestor escolar; falta de comunicação acerca das responsabilidades de cada parte entre os integrantes do CE. Nesse movimento de construção e consolidação dos Conselhos Escolares, pode-se destacar as possibilidades dos CE como forma de gestão democrática.

Uma vez instituído na escola, o Conselho Escolar é um mecanismo de participação que tem como função auxiliar o gestor na gestão da escola. É lamentável quando a pesquisa constata que o Decreto nº 29.207/08, não exerce sua força legal. O documento não é

cumprido na sua íntegra. A atuação do CE não atende ao disposto nos incisos I, II e V do Decreto nº 29.207/08. Com isso, as lacunas vão fortalecendo a ineficiência do órgão colegiado. A orientadora educacional da escola pesquisada foi bem precisa ao citar a frase de Carlos Drummond de Andrade, quando diz: ―As leis por si só não bastam, os lírios não nascem da lei‖.

Sabemos que a Constituição adotou como princípio legal a cidadania e previu instrumentos concretos para seu exercício via democracia participativa. Desde então, um número crescente de estruturas colegiadas passou a ser exigência constitucional das diversas esferas da administração pública (federal, estadual e municipal). (GOHN, 2007).

De fato, o Conselho escolar é importante porque é fruto de lutas e pressão da sociedade civil pela redemocratização do país. O seu crescimento enquanto órgão consultivo e deliberativo está intimamente ligado à vivência de cada membro na experiência de participação, no qual os interesses e as expectativas em relação à escola são diferenciados.

Abranches (2003) destaca que participar da gestão da escola representa a possibilidade de uma mudança na visão de gerir a escola. Significa passar a pensar a escola como um órgão público de fato, que deve ser dirigido pelo coletivo, envolvido com seus princípios e serviços, e não somente controlado e fiscalizado.

Para isso, deve-se entender que participar não se restringe à ação de ajuda material e humana que os pais ou a comunidade oferecem à escola, doando recursos ou trabalhando em seus projetos de modo passivo. (ABRANCHES, 2003). É preciso que todos os segmentos da escola entendam o CE como instrumento de participação e como possibilidade ativa nas tomadas de decisões na organização da escola.

A partir da pesquisa, foi possível constatar que os membros do CE não garantem a participação efetiva da comunidade escolar, uma vez que os entrevistados declararam a inexistência da participação, quando não existe abertura para o diálogo entre os vários segmentos da escola, nas tomadas de decisões e no acompanhamento do PPP.

Os pressupostos teóricos e a regulamentação legal têm respaldo quando são aplicados na prática educativa. Constatou-se que tais respaldos não são consolidados na prática de vivência democrática da escola. Basta perceber-se como se dá a construção e acompanhamento do PPP e a constituição dos CE. Ainda não se comprova a

representatividade que se poderia alcançar se a comunidade participasse. A participação ainda é considerada, pelos profissionais que atuam no colegiado escolar, como farsa. ―[...] O CE começa bem, mas termina com assinaturas de papeis, não havia reunião, é uma fraude.‖

Entre os fatores que interferem na consolidação dos CE como instrumento efetivo de participação, segundo os entrevistados são: ―[...] as pessoas não valorizam a participação e são totalmente alheias e omissas as decisões que se tomavam. O CE é representado por pessoas que vão só assinar documentos e aprovar orçamento.‖

Na análise do livro ata de reuniões do CE e do PPP das duas escolas pesquisadas, percebeu-se que, no tocante ao PPP os membros desconhecem tal documento, não existe acompanhamento das ações executadas pelos membros do CE e acreditam que essa atividade é tarefa exclusiva da coordenação pedagógica e do(a) gestor(a). O documento não é utilizado como ferramenta norteadora das atividades pedagógicas da escola.

Quanto ao livro ata de reuniões, os assuntos tratados eram em torno da prestação de contas e dos reparos realizados na infraestrutura do prédio escolar. O enfoque maior é dado aos assuntos administrativos. Ao longo da pesquisa, foi possível perceber que não há, atualmente, nas duas escolas públicas pesquisadas, uma preocupação com a assimilação da constituição do CE como órgão deliberativo, consultivo, mobilizador e supervisor das atividades pedagógicas. A despeito da legislação norteadora e das possibilidades de toda teoria que embasa o papel de cada sujeito na ação educativa.

Ainda há muito que aprender e caminhar, para que os CE se consolidem e incorporem a cultura da participação e do diálogo aos anseios da comunidade escolar e local. É preciso garantir a participação de todos.

Enquanto elemento de um novo modelo de gestão compartilhada nas escolas públicas, os conselhos escolares fazem parte de um novo modelo de organização escolar que está sendo implementado em todo o país. Se forem consolidados, os conselhos poderão alterar progressivamente os resultados educacionais. À medida que eles se tornem atuantes, fiscalizadores e eficazes. Eles estarão construindo as bases de uma gestão educacional democrática.

Em suma, os Conselhos escolares foram conquistas dos educadores e da sociedade civil, na luta por uma escola pública democrática e de qualidade, conseqüentemente por um país democrático, e melhores condições de vida. Eles são poderosos instrumentos de gestão democrática, estão garantidos por lei como espaço de decisão. Mas,na prática, são apenas espaço virtual, ou seja, farsa.

Para que eles tenham eficiência e efetividade na gestão da escola em que atuam, destaca-se que é necessário desenvolver algumas condições e articulações, tais como: dar peso à representatividade, com pessoas capacitadas para atuarem como membros dos CE; fortalecer a atuação dos profissionais que acreditam na democratização da escola e lutam pela melhoria dos resultados educacionais, favorecendo as condições de acesso e de exercício da participação.

A médio prazo, eles necessitam instituir formas próprias de pensar a escola e seus problemas para além da dimensão administrativa, focalizando a dimensão pedagógica. Os membros do CE precisam assumir o compromisso enquanto sujeitos participativos do processo educativo. Precisam, ainda, ter como referencial um modelo de exercício participativo, bem como acompanhar a execução e avaliação do PPP da escola.

Recomendam-se pesquisas e avaliações sobre o desempenho dos diferentes tipos de mecanismos de ação coletiva dentro da escola, tais como: associação de pais e mestres e o grêmio estudantil e Conselhos Escolares, de acordo com Lopes e Oliveira (2010) as pesquisas registram pequeno número de experiências democráticas nas escolas, os temas pesquisados perseguem a democratização e a participação na gestão, o que faz parecer que neste campo, o da gestão escolar, são as medidas governamentais, mais precisamente a legislação educacional, que vêm pautando as pesquisas ou os critérios para a sua divulgação.

Acredita-se que este trabalho possa trazer contribuições ao desenvolvimento de temas voltados para a democratização da gestão escola, na medida que aumentam as possibilidades de participação na gestão escolar viabilizada pelos Conselhos Escolares. O tema pesquisado não se exaure aqui, é pertinente que outros estudos nesse sentido sejam realizados, com a finalidade de enriquecer os conhecimentos sobre gestão democrática educacional. Assim, garantem-se os benefícios que irão contribuir para a melhoria do processo educativo.

Acredita-se, ainda, que, de fato, existirá melhoria da qualidade de ensino com a vivência da democratização da gestão, via participação da comunidade escolar e local nas tomadas de decisões na escola, quando se consolidar a efetividade dos Conselhos Escolares.

REFERÊNCIAS

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APENDICE – A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado(a) na pesquisa de campo referente ao projeto de pesquisa intitulado ―Conselhos Escolares: órgão burocrático ou instrumento de gestão democrática‖.

Pesquisadora responsável: JOSIANE MOREIRA DIAS, estudante do curso de Mestrado, na Universidade Católica de Brasília, sob orientação da Professora Doutora Clélia de Freitas Capanema.

Sua participação envolve uma entrevista, que será gravada se assim você permitir, e que tem a duração aproximadamente 30 minutos.

A participação nesse estudo é voluntária, e se você decidir não participar ou quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê-lo.

Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo (a).

Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e para a produção de conhecimento científico.

Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa, poderão ser esclarecidas pela pesquisadora pelo telefone: 96070513 ou pela entidade responsável – UCB, pelo nº do telefone 34487123.

Atenciosamente ___________________________ Assinatura da pesquisadora Matrícula: UC09063635 ____________________________ Local e data

__________________________________________________ Nome e assinatura da orientadora.

Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma cópia deste termo de consentimento. Assinatura do participante ______________________________ Local e data

APENDICE - B

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

ROTEIRO DE ENTREVISTA

Prezado (a) participante,

Este roteiro de entrevista foi elaborado por mim. Josiane Moreira Dias, pesquisadora do Programa de Pós-graduação Strictu Sensu em Educação da Universidade Católica de Brasília.

Visa investigar se a atuação do Conselho Escolar das Escolas Públicas de Ensino Médio do Distrito Federal atende aos incisos I, II e V do Decreto nº 29.207/08, que dispõe sobre os Conselhos Escolares das instituições educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal.

Não será necessário identificar-se. As respostas serão analisadas somente pela pesquisadora. (Identificar a que segmento pertencem).

Considerando a importância deste estudo para a proposição de uma nova visão sobre os Conselhos Escolares, solicita-se a sua colaboração, respondendo integralmente, e com fidelidade, a todas as questões. Caso queira acrescentar algum comentário, poderá fazê-lo na questão em que julgar necessário e pertinente esse acréscimo.

Obrigada pela sua valiosa atenção e colaboração.

Instruções:

As questões propostas visam identificar se o Conselho Escolar das escolas investigadas exercem uma função meramente burocrática nas escolas públicas. Relate o que pensa a respeito das questões formuladas.

Objetivo 1: Identificar se a atuação do Conselho Escolar garante a participação efetiva da

1. A atuação do Conselho Escolar garante a participação efetiva da comunidade escolar? 2. Que tipo de atividades os membros do C.E promovem para garantir a participação efetiva da comunidade escolar?

Objetivo 2: Identificar a atuação do Conselho Escolar na aprovação, acompanhamento e

execução do PPP da escola.

3. Os membros do Conselho Escolar atuam na aprovação, acompanhamento e execução do PPP das escolas?

4. O Conselho Escolar é atuante e expressa comprometimento, iniciativa e efetiva colaboração na construção, no desenvolvimento e na avaliação do PPP da escola?

5. Conselhos Escolares pressupõe intensa participação de todos os segmentos na tomada de decisões e na criação de estratégias/projetos que visem à melhoria da escola. Em minha escola, o que você mais facilita e estimula a participação de todos os segmentos é?

Objetivo 3: Identificar a atuação do Conselho Escolar no auxilio à gestão das escolas.

6. O Conselho Escolar auxilia o gestor na gestão da escola? Como?

Objetivo 4: Identificar a percepção dos membros a cerca do Conselho Escolar.

7. O que representa para você a expressão ―Conselhos Escolares‖?

8. Quais as contribuições que os Conselhos Escolares trazem ao processo educativo e ao sucesso da gestão escolar?

Marcar um ―x‖ no segmento: ( ) Professor / ( ) Aluno / ( ) Pai/Responsável / ( ) Funcionário da Unidade Escolar, ( ) Gestor(a), ( ) Coordenador(a) pedagógica e ( ) Orientador(a) Educacional.

Roteiro de análise documental

Ata de reuniões do Conselho Escolar e o PPP da escola.

1. Como os conselhos são constituídos, forma de escolha? 2. Como e com que periodicidade se reúnem?

3. Qual a pauta (do que tratam) as reuniões? 4. Quais as decisões que tomam?

APÊNDICE - C

TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTA

1. Representante dos alunos.

1. Dentro da escola, hoje, eu acho que ta tendo essa participação da comunidade. Principalmente esses anos que já estamos com os alunos dentro do conselho, os pais estão dentro do conselho. Tem uma atuação maior, nesse ano, no conselho escolar da escola.

2. Normalmente a gente faz reuniões aqui com os membros do CE. Ai, a gente convoca os alunos, os pais, os professores muitas vezes para discutir algumas atividades na escola. Como por exemplo: foi discutida a questão de colocar a cerca na escola, foi discutido e aprovado pelo CE por unanimidade.

3. As vezes sim, não sempre rola reuniões com freqüência. Não fazemos reuniões todo mês. Normalmente a gente faz quando o assunto é mais voltado em relação aos alunos, a escola, quando envolve a questões punitivas. Que envolve os alunos, ai, eles convocam o CE para vê o que fazer.

4. Esse ano penso que está muito melhor a política da escola. O regimento melhorou, houveram algumas alterações. Mudança na direção. E o PPP este ano esta melhor.

5. Tem alguma votação por exemplo: Eles queriam tirar o segundo horário pra não liberar a entrada pros alunos após o final do primeiro horário. E no CE a gente discute isso.

6. A maior parte das vezes sim.Tem algumas reuniões que são fechadas. Mas ai, já são reuniões escolares, não é com os membros do CE. Acompanha todo o regimento.

7. Em algumas partes,como a impor regras. Colocar regras, normas. A mudar normas antigas que não são coerentes. Por exemplo: expulsão e advertência aos alunos. Algumas tem que passar pelo CE. Se o aluno vai ser transferido ou expulso da escola tem que passar pelo CE. Na parte pedagógiga (pergunto). Esse ano eu apresentei um tema sobre drogas. Trazer uma palestra da polícia militar. A gente tem um projeto no cinema clube. São poucos os projetos pedagógicos.

8. Em algumas parte sim, Em outras parte eu discordo do CE. Como é CE a gente discute. È importante para a escola ter um CE. Tudo tem sua parte burocrática e o CE é atuante, é bem influente na escola, a participação principalmente dos pais que gostam de acompanhar essas coisas.

9. Quando eu não participava do CE, eu pensava que o CE servia apenas para julgar os alunos, condenar o aluno. Hoje, como eu participo do CE, vejo que é mais importante, é mais eficaz do que eu imaginava.

10.Pergunta difícil .rsss ... Ah, tanto na área pedagógica como na administrativa, ele já esta trazendo benefícios. Ano passado, tivemos um problema com o diretor que deu um problema com o governo. Houve um troca-troca. Mas o CE continua o mesmo. Então, ele consegue manter as coisas estáveis aqui dentro. A parte pedagógica ele esta mais atuante.

2. Professora da escola: (Presidente do CE)

1. Aqui na escola, não ouve essa participação, porque os pais e os alunos que participavam do CE, não participavam de fato. Eles eram totalmente alheios e omissos as decisões que tomavam. Não buscavam, não tinha interesse em participar.

2. Era feito convocações e os pais não vinham.

3. Enquanto eu estava na presidência do CE, ocorreu a participação de todos no PPP da

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