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Conclusão

No documento Relatório Final_Diogo_Faria (páginas 72-74)

1. Lecionação

1.4. Conclusão

Com o intuito de concluir esta primeira área de atuação vou focar-me nos termos próprios dos objetivos, nas opções estruturantes e efeitos visados e nas principais conquistas e benefícios para os alunos/ turma e para mim como estagiário.

Relativamente ao primeiro ponto mencionado é possível afirmar que, ao observar o planeamento idealizado e os balanços realizados após cada uma das unidades didática e cada uma das etapas, concluo que os objetivos estipulados foram efetivamente cumpridos. Também tem de ser referido que os objetivos, bem como o planeamento, foram sofrendo atualizações ao longo do ano, visto que, parte dos objetivos estipulados inicialmente não foram de todo realistas ou adequados à turma, sendo este um dos princípios fundamentais (realidade e exequibilidade dos objetivos). O currículo foi assim a base do planeamento, tendo sido necessário ao longo do ano adequar o mesmo aos contextos que iam surgindo, “O currículo constitui apenas um guia para a acção. Os professores, todavia, planificam o seu ensino com uma grande margem de liberdade.” (Carreiro da Costa, 2005, p. 271).

O facto de os objetivos terem sido alcançados deveu-se também às opções de ensino que fui tomando ao longo do ano. No que diz respeito aos JDC e considerando que o basquetebol e o andebol eram prioridades no ensino, considero que, a insistência em realizar constantemente situações de jogo reduzido, manipulado, condicionado ou simplificado, permitiu que os alunos tivessem adquirido mais facilmente as competências técnico táticas necessárias, revelando no final do ano uma apreciável melhoria no entendimento do jogo.

No que diz respeito às opções estruturantes considero que o facto de ser uma escola muito enquadrada no modelo burocrático, toda a logística foi facilmente assimilada e relativamente fácil de colocar em prática, tendo sido bastante fácil perceber o modo de operar do GEF. Quanto às minhas opções na estruturação desta área, considero que inicialmente foi bastante complicado começar a operar com a turma, visto que, não estava bem ciente dos objetivos fundamentais de uma primeira etapa, tanto por, falta de conhecimento e de iniciativa em me colocar a par da bibliografia, como por, ter despendido muito tempo na função de anotar competências ou a ausência das mesmas.

Após a primeira etapa houve a necessidade de me «colocar a par» o que me permitiu compensar algum tempo perdido. Contudo cheguei à conclusão que colocar 4 matérias na mesma aula é efetivamente bastante complicado, decorrente das escolhas dos alunos resultante do regime

de opções. Esta situação implicava um acréscimo logístico em termos de organização de grupos resultando numa elevada perda de tempo útil em transições.

De forma a combater este risco de perder demasiado tempo nas transições, as aulas eram sempre estruturadas por áreas, o que permitia que os alunos estivessem sempre em atividade. Somente na aula em que se inseria algum conteúdo novo é que era necessária despender tempo com informações adicionais, pois após essa aula os alunos tendo conhecimento dos objetivos e conteúdos a trabalhar (muitas vezes fornecidos através de folhas) o tempo despendido em transição era outrora compensado pelo tempo que não era despendido a fornecer informação aos alunos.

Considerando agora as principais conquista e benefícios para os alunos, foi observado ao longo do ano uma grande melhoria nas relações sociais intra-turma. Esta melhoria surgiu em grande medida devido à introdução da matéria de Dança, visto que, esta implicava a adoção por parte dos alunos de uma postura de confiança e dependência do parceiro. Em suma, considerando a Dança um trabalho colaborativo, em que não há hipótese de assumir a individualidade, para alcançar o sucesso é necessário haver confiança e dependência para com o parceiro. Foi também observável que sempre que a Dança fazia parte do momento inicial da aula, ainda que por pouco tempo, toda a aula beneficiava de um clima mais propício à aprendizagem em que todos os alunos estavam dispostos a colaborar com os colegas.

No caso do aluno com NEE, este demonstrou uma grande evolução ao longo do ano em termos de aprendizagens, mas, acima de tudo, de acordo com a informação fornecido pelos professores responsáveis pelos alunos inserido no programa de NEE, demonstrou cada vez mais competências comunicativas e relacionais com os colegas. Inclusive o professor que estava responsável pelo mesmo nas aulas de EF, afirmou que, o esforço realizado nas mesmas com o intuito de integrar o aluno nas atividades de turma e de conseguir que este realizasse dança entre outros exercícios a pares com os colegas, foi um dos principais impulsionadores destas melhorias. Por última, a minha prática como professor estagiário permitiu-me não só estar mais informado relativamente ao ensino da EF, havendo a necessidade de me colocar e de me manter a par de como atuar nesta profissão. Consegui também desenvolver competências que outrora não estavam tão desenvolvidas. Desenvolvi a capacidade de estar atento a mais que uma prestação em simultâneo, conseguindo em seguida fornecer feedback e terminar o respetivo ciclo relativamente a ambas as prestações. Apercebi-me também que esse mesmo feedback tinha de ser o mais conciso,

exatamente ao que me referia e por outro, eu não perdia o foco nos restantes alunos. Esta foi a dificuldade com que me debati mais tempo ao longo do ano letivo e que, como tal, foi de onde retirei a maior sensação de satisfação ao ver que estava superada.

No documento Relatório Final_Diogo_Faria (páginas 72-74)