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A escolha do tema tratado nesta dissertação teve como objetivo principal, discutir a relevância do curso técnico profissionalizante em música do CEDMN, principalmente para as classes de baixa renda, no processo de democratização do ensino acadêmico de música na Bahia.

Considerando que seria pertinente esclarecer o motivo que levou o autor à escolha do seu objeto de pesquisa, apresenta-se no início deste trabalho um memorial que descreve toda sua ligação afetiva com o referido curso. Bliumer (1969, p. 33 apud FLICK, p.21) afirma: “Na posição de cientista social, é necessário quase sempre ter familiaridade com aquilo que de fato ocorre na esfera da vida que ele se propõe a estudar”. Portanto, foram narradas logo no começo desta dissertação, informações que descreveram toda relação do autor com curso de música do CEDMN, bem como toda sua trajetória de vida acadêmica na EMus/UFBA até os dias atuais. Através destes relatos também são demonstradas as ansiedades do pesquisador que, ao observar a importância deste curso dentro do panorama educacional de música na Bahia, foi premido pela necessidade de investigar o fenômeno no universo científico.

Deste modo, no decorrer da pesquisa foram coletados dados através de entrevistas com ex-alunos e professores do CEDMN, professores da EMus/ UFBA, pesquisa documental, estudos bibliográficos sobre educação e o mundo do trabalho, ensino profissionalizante no Brasil e as leis que o regem, dentre outros. Também, através de uma abordagem metodológica próxima do estudo de caso, por meio da exposição dos acontecimentos, procurou-se descrever e analisar o fenômeno, buscando a todo instante, respostas concretas que levassem à compreensão dos fatos apresentados. Para tanto, tornou-se indispensável reconstruir a história de existência do curso, considerando os aspectos históricos, culturais e políticos do ensino profissionalizante do estado e país.

Para Arroyo (1998, p.155), é imprescindível rever a “centralidade das discussões teóricas e das pesquisas sobre a contribuição histórica que os vínculos entre trabalho e educação tiveram e continuam a ter para a configuração moderna dos processos educativos”. Então, com o intuito de facilitar o entendimento das políticas de educação voltadas para a formação profissional no Brasil, como parte inicial da pesquisa bibliográfica, procurou-se discorrer sobre o “Ensino Profissionalizante e o Mundo do Trabalho”, através de um breve olhar sobre o significado do trabalho em diferentes períodos da história e para algumas civilizações. Nessa abordagem constaram impressões de autores como Arendt, Ramos, Marx

e Aristóteles. Essas impressões após serem discutidas e avaliadas permitiram concluir que, dependendo da ideologia presente em cada sociedade, no decorrer da história, o trabalho e a educação se constituem e se modificam de acordo ao contexto econômico, político e cultural, acompanhado pelo avanço da ciência e da tecnologia. Neste sentido, parece não ser o caso do Brasil, que ainda reflete através dos tempos, velhos paradigmas sobre o trabalho, mesmo que incorporado a novos caminhos sugeridos pelos atuais modelos de educação.

Ao optar por reconstituir boa parte de toda história do ensino profissionalizante no Brasil, desde a colonização até os dias atuais, buscou-se também explanar uma visão crítica do campo político em que se insere o ensino profissionalizante neste país, demonstrando contradições presentes na história da educação brasileira, relativas especificamente à institucionalização do ensino voltado para a formação do trabalhador. Destacou-se ainda a importância desse ramo do ensino na constituição da sociedade brasileira, denunciando também o lugar secundário que vem ocupando este setor, nas políticas públicas de educação do país. Concomitante a essas assertivas, constatou-se que, desde o início da história da educação no Brasil, o acesso ao ensino superior esteve quase sempre nas mãos da elite, enquanto às classes menos favorecidas era designada uma educação direcionada ao trabalho.

Dessa forma, observou-se também uma dualidade estrutural constante no sistema educacional brasileiro, demonstrando assim sua maneira elitista e excludente, influenciado pelo estilo de produção capitalista, que mesmo tentando superá-lo ao longo de toda sua história, se viu ainda refletido pelas ideologias neoliberais que acatavam as vertentes econômicas e sociais da década de 90.

Ao citar leis, decretos, atos e pareceres associados à história de existência do curso profissionalizante em música do CEDMN foi inevitável não perceber os desajustes, equívocos e desigualdades recorrentes nas políticas públicas de ensino desde os seus primórdios até os dias atuais. É lamentável, mas percebeu-se, que a legislação é praticamente responsável, pelo atual panorama educacional em que se encontra o ensino de nível profissionalizante no Brasil, seja gerando reformas ou desencadeando a falta de organização dentro desse sistema. Vale relembrar que este fato ocorre, pois a legislação educacional durante toda trajetória percorrida pelo ensino profissionalizante no Brasil, foi completamente influenciada pelo desenvolvimento econômico e por modificações constantes e avassaladoras que aconteceram e acontecem no contexto social relacionadas com os meios de produção, tecnológico e de comunicação dentro do mundo do trabalho, tornando-o cada vez mais imprevisível. A pesquisa assinala também, para a extrema necessidade de se fazer vigorar o cumprimento das

devidas leis e reformas criadas para o Ensino em geral e principalmente para o Técnico e Profissionalizante. Esse cumprimento deve ocorrer através de políticas públicas sérias, que destinem verbas para um ensino público de qualidade, sem favorecimentos de classes sociais, raça, sexo e com norteamento para diretrizes educacionais coerentes, implantando leis que sejam cumpridas e se estendam principalmente às classes de baixa renda. É urgente que a legislação educacional junto às políticas públicas de ensino,tenha também como foco:

[...] desenvolver um projeto político-pedagógico que, sistemática e intencionalmente, conduza à compreensão das relações entre universal e particular, sujeitos e sociedade, ciência e trabalho, razão e emoção, conteúdo e método, produto e processo, produtor e proprietário, de modo a facilitar a construção das condições necessárias à destruição da relação que dá origem a todas as formas de desigualdade: a relação contraditória entre capital e trabalho (KUENZER, 2000, p.35).

Sendo assim, o papel da escola segundo Kuenzer (1988), é o de formular propostas pedagógicas que democratizem o saber sobre o trabalho, prestando assim um serviço à classe trabalhadora e não ao capital. Isso implica na aposta de um novo critério de educação profissionalizante que prepare o indivíduo para enfrentar os desafios das novas tecnologias e resgate a dimensão política da educação e formação, que contribua para a construção da identidade social e a integração plena da cidadania. (ROMERO, 1994, p.16).

Dessa forma, espera-se uma educação preparada para as constantes mudanças que ocorrem no mundo do trabalho, mesmo limitada por esse capitalismo desenfreado que atende aos interesses do aceleramento econômico e industrial mundial. Isso sugere também a concepção de um currículo onde “ensino e pesquisa” andem de mãos dadas, garantindo uma formação sólida e autônoma dos indivíduos, permitindo-lhes assim um melhor desempenho ao longo da sua vida, das suas capacidades de análise crítica e interpretativa na busca por soluções e sugestões de escolhas.

Ao discutir o modelo de formação educacional musical e políticas públicas para ensino profissionalizante, sem maiores pretensões e não contradizendo autores como (SILVA, 2001, p.37) quando afirma que “política pública é uma forma de regulação e intervenção (estatal) na sociedade” e o próprio Ball que reconhece a importância da análise do Estado assegurando que “qualquer teoria decente de política educacional deve analisar o funcionamento e o papel do Estado” (BALL, 1994 p. 10), é importante atentar que em nenhum momento, o presente trabalho objetivou aprofundar-se nesse tema, tomando como exemplo a história de existência do curso de música do CEDMN. Porém, foram utilizados o material de estudos do sociólogo Stephen Ball, Bowe e seus colaboradores, além de autores de outras áreas da ciência, para perceber como as políticas públicas de ensino influenciaram na condução do projeto de educação musical do curso técnico de música do CEDMN.

Através desse procedimento, teve-se a intenção de entender melhor como vem se dando a manutenção da escola e a influência dela na inserção dos alunos em cada período na EMus/UFBA. Esse material de estudo se refere a uma abordagem denominada “A abordagem do Ciclo de Políticas: Uma Contribuição para Análise de Políticas Educacionais”, no qual os autores debatem as contribuições da “policy cycle approach” ou “abordagem do ciclo de políticas”, como já foi explicado na exposição do referencial teórico deste trabalho. Esta abordagem está fundamentada em cinco contextos: Contexto de Influência, Contexto da

Produção de Texto, Contexto da Prática, Contexto dos Resultados/Efeitos e Contexto de Estratégia Política. Vale ressaltar que, ainda assim, “as reflexões sobre concepção de Estado

podem ser exploradas nos três contextos primários do ciclo de políticas” (influência,

produção do texto e contexto da prática). (MAINARDES, 2007, p. 89).

Por meio desses contextos também foram discutidas questões pertinentes à: implementação e os primeiros passos para criação do curso; interesses ideológicos e políticos que envolviam o curso; conflitos internos entre os profissionais da prática quanto a interpretação da proposta pedagógica do curso; política separatista entre os professores de música e o restante dos professores da escola; dificuldades de dimensões contextuais que envolvem a parte estrutural da escola ;investigação e análise dos efeitos que geraram impactos no curso de música do CEDMN, durante as mudanças de políticas educacionais ocorridas no governo FHC e Lula, (desativação e reativação do ensino técnico profissionalizante na modalidade EPI) e programas educacionais de acesso ao nível superior para as classes de baixa renda.

Quanto ao retorno do ensino técnico profissionalizante na modalidade EPI, o autor enfatiza a fala do Prof. nº 5, quando reconhece a importância deste episódio:

O EPI (Ensino Profissional integrado) tem como proposta um ensino voltado para formação unilateral do aluno, oferecendo conhecimentos dentro de uma base unitária, entre a cultura, a ciência, tecnologia e o trabalho. Seu currículo é formado por um núcleo comum, composta de disciplinas semelhantes ao ensino de formação geral, mais a categoria de disciplinas específicas, por isso, o curso tem a duração de quatro anos. Esta proposta tem a finalidade de acabar com a dualidade entre o curso profissional, que teria a finalidade de formar a classe operária para o mundo do trabalho como mão de obra barata, e o ensino propedêutico, para o vestibular da classe dominante. O aluno egresso do CEDMN tem na sua bagagem curricular, conhecimentos que dão condições de ter acesso a graduação de música, tanto para a realização das provas do ENEM, quanto às de aptidão musical. (PROFESSOR nº5, 2015).

Através desse relato, percebe-se então, que em relação à reativação dos cursos profissionalizantes na modalidade EPI, o ensino profissionalizante em música do CEDMN corresponde de maneira satisfatória em relação à proposta de alguns autores, quando afirmam

que a junção entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio devem ocorrer de forma integrada, na mesma instituição de ensino, com uma matrícula única para cada estudante e uma grade curricular que assevere uma formação ampla, integral e humanística. Essa formação humanística abrange a cultura geral e técnica, de preferência entrelaçadas, porém sem a superposição de uma sobre a outra, garantindo assim, condições para uma participação efetiva na sociedade dentro dos contextos de ordem social, política, cultural e econômica. Isso implica também numa formação não só voltada para o mundo do trabalho, mas a qualquer uma dessas dimensões isoladamente. (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005).

No transcorrer do trabalho, através de entrevistas com a Prof.ª Lydia Hortélio, o Prof. nº3, ex-alunos do CEDMN,demonstrou-se os modelos pedagógicos de educação musical que foram referências principais para proposta pedagógica almejada pelo curso. Por meio desses modelos, ficou claro que esta era completamente diferenciada, pois além de outros propósitos, tinha também como preocupação, o respeito ao perfil dos estudantes selecionados pelo curso. Sendo assim, o trabalho nos mostrou que o foco de aprendizagem de ensino de música do CEDMN, estava relacionado a uma proposta metodológica construída a partir de uma linguagem voltada para música popular feita no Brasil e no mundo. Por meio desta, procurou-se também não só estudar, bem como associar a chamada música erudita, dos períodos, clássico, barroco, impressionismo, por exemplo, com a música popular brasileira. Deste modo, buscou-se construir uma metodologia que garantiu, de certa maneira, o sucesso do ensino de música do referido curso.

Também foram discutidas as dificuldades e resistências por parte do corpo docente em relação à aceitação desta referida proposta. Vale relembrar, como reafirmação dessa proposta, as duas falas da mentora e idealizadora do curso técnico de música do CEDMN, em entrevistas cedidas a esta pesquisa. Para Prof.ª Lydia Hortélio:

[...] o ensino do CEDMN estava voltado principalmente da música popular brasileira para música do mundo, começando claro, pela música feita na Bahia, não só em Salvador[...](HORTÉLIO, 2015).

Para que tenhamos lugar no concerto dos povos nós queremos nesta escola: ouvir o mundo e cantar o Brasil. (HORTÉLIO, 2015).

Tomando como parâmetro o ensino de violão do curso de música do CEDMN, através de uma entrevista cedida pelo Prof. de violão do CEDMN Jailson Coelho, observou-se também a importância da formação musical pautada na diversidade e pluralidade de métodos e estilos musicais. Entendeu-se, através desse tipo de formação musical oferecida pelo curso de música do CEDMN, que a diversidade é uma realidade e não uma opção. A diversidade é

uma condição da humanidade e no caso do Brasil encerra a própria idéia de brasilidade. Deste modo, o ensino de música nos colégios profissionalizantes, conservatórios, universidades e demais instâncias de ensino, devem ou deveriam estar fundamentados em conceitos que compactuam com a liberdade de expressão, crenças e valores pertinentes as diversidades dentro do universo cultural brasileiro e do mundo.

É importante atentar, em relação ao ensino de música aplicado no CEDMN, para as palavras de Souza (2007), afirmando que “... a música, por estar conectada à etnicidade,

ideologia, religião, sexualidade, pode aumentar nossa compreensão do mundo. Ela pode ajudar a compreender quem somos e, assim, nos comunicar melhor com os outros...”.

(SOUZA, 2007, p.19).

Sendo assim, através das informações adquiridas sobre os aspectos pedagógicos dessa instituição pública de ensino profissionalizante em música, que possui 23 anos de existência, pode-se considerar que ela aponta para a necessidade de trazermos material de experiências concretas e exitosas de ensino, que tenham por princípio uma formação plural dos estudantes seja ele violão ou qualquer outro instrumento.

No que diz respeito à contribuição do curso profissionalizante em música do CEDMN, para a sociedade baiana, através de depoimentos prestados por ex-alunos e professores do CEDMN, bem como os professores da EMus/UFBA, foram analisadas e discutidas informações relevantes sobre o papel deste, não só como veículo gratuito disponível para o aprendizado musical de nível profissionalizante, bem como um meio de acesso ao nível superior em música, para as classes de baixa renda. Através dos questionários e entrevistas em que constam depoimentos de alguns professores e ex-alunos do curso de música do CEDMN e determinados professores da EMus/ UFBA, obteve-se resultados significativos para a elucidação da análise dos fatos.

Ao retornar a campo, já próximo ao final da pesquisa, o autor retrata suas impressões sobre o momento atual em que se encontra o curso de música do CEDMN. Nestas impressões constam informações relativas não só aos aspectos físicos e estruturais com a relação ao andar em que se localiza o curso (quantidade e nível de conservação das salas e instrumentos disponíveis para uso; quadro de professores (as); quantidade de funcionários que servem ao andar de música), bem como informações recentes sobre o seu funcionamento na modalidade EPI (dados quantitativos sobre número de alunos matriculados atualmente nos cursos matutino, vespertino e noturno).

Através dessa recente investigação, a pesquisa atentou para mais uma atitude de comprometimento e engajamento por parte do corpo docente, com a criação no segundo semestre de 2015, da Orquestra Filarmônica do Curso de Música do CDEMN. Esse evento reflete o esforço destes profissionais que junto ao corpo discente, tentam preservar ainda a proposta ideológica inicial do curso.

Mas a frente, nos últimos capítulos, é discutida aspectos relacionados à democratização do ensino superior para as classes de baixa renda. Através de sugestão de alguns autores, a pesquisa enfatiza a necessidade de estudos, na área das políticas públicas de ensino, voltados para a compreensão do processo de formação sócio- cultural da população de classe social menos favorecida. Com estes estudos têm-se a intenção de analisar o perfil desses alunos, discutindo seus modelos de vida, valores e propósitos, com o intuito de garantir maior acessibilidade destes ao nível superior de uma universidade. Por outro lado, aponta-se também para algumas estratégias políticas, adotadas desde o início pelo governo Lula, logo após a gestão de FHC, com a finalidade de lidar com as desigualdades sociais geradas pelas políticas públicas de ensino, ao longo de toda sua trajetória. Essas estratégias têm a ver com a criação de programas de incentivo ao acesso de estudantes da rede pública de ensino, no nível superior das instituições públicas e privadas do país. Programas como o Enem, Prouni, Sisu e a Lei de Cotas (étnica e racial), são reflexos das tentativas como parte da estratégia política do governo federal, para amenizar esses desajustes resultantes das desigualdades acima citadas. Contudo, à época da criação do curso de música do CEDMN, não podemos afirmar a existência desses programas.

Sendo assim, a pesquisa denuncia que, naquela época, para adentrar ao nível superior em música, era necessária uma preparação que exigia uma formação musical adequada e que só um conservatório ou curso de música profissionalizante gratuito, teria para oferecer. Outras formas de acesso implicavam em custos financeiros (cursos de extensão da EMus/ UFBA e Instituto de Música da Universidade Católica, cursos e professores de música particulares, dentre outros) o que seria inviável para a população de baixa renda. Deste modo, esses programas de incentivo, não são e acredita-se não obterão, o sucesso pretendido pelo Governo Federal como parte dessas estratégias relacionadas a inclusão das classes de baixa renda em um nível superior, por não atenderem as especificidades relacionadas a essa referida área de concentração (Música).

A pesquisa concluiu, portanto, por meio de um breve relato sobre o processo de formação musical que antecede ao ingresso no nível superior em música no estado, que

mesmo com o surgimento do nível superior em música na Bahia, através dos Iº Seminários

Internacionais de Música da Universidade Federal da Bahia, organizado pelo músico alemão

Hans-Joachim Koellreutter, o problema da democratização do ensino de música no estado, não foi resolvido. Somente em 1993, com a criação do curso técnico profissionalizante em música do CEDMN, deu-se o pontapé inicial para essa referida democratização. Ainda neste capítulo, também foram registrados vários depoimentos de professores e ex-alunos do CEDMN, bem como professores da EMus/UFBA, onde eles expõem suas opiniões sobre a relevância de um curso técnico profissionalizante em música como o do CEDMN. Nesses depoimentos podemos notar claramente o valor que é conferido à existência desta instituição, principalmente como agente transformador do ensino de música na Bahia, devido a sua importância não só para inserção dos seus alunos no mundo do trabalho, bem como no nível superior em música da EMus/UFBA.

Este trabalho pela sua especificidade não pretende apresentar respostas definitivas sobre a importância do curso profissionalizante em música do CEDMN no processo de inserção dos seus egressos na graduação da EMus /UFBA, mas sim, atentar para a necessidade de complementar estudos como o que foi desenvolvido nessa pesquisa em outras instituições. Desta forma, permitindo que a comunidade científica possa aprofundar os temas e questões tratadas, com o intuito de apontar saídas para combater a escassez de novos modelos de formação musical a nível profissionalizante, como as do curso de música do CEDMN, que segundo Souza (2004), “tenha como meta principal agregar as mais diversas