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CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

5. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste estudo foi oportuno e relevante, visto que as práticas integrativas estão regulamentadas nas ações de promoção à saúde. O estudo também poderá subsidiar ações de educação e a ampliação das PIC no Município de Sumaré. As experiências de saúde pública têm oferecido contribuições aos campos da educação popular, arte, cultura e desenvolvimento social.

Deve-se buscar um maior incentivo à inserção dessas novas alternativas no sistema público de saúde, pois estudos realizados no Brasil já trazem indícios de uma elevada satisfação dos pacientes que tiveram acesso a essas formas de tratamento. Avaliar a oferta das práticas integrativas e complementares no SUS é fundamental para contribuir com as estratégias que a OMS tem desenvolvido para a expansão das mesmas.

Passados alguns anos da publicação da PNPIC, sabe-se pouco sobre a oferta das PIC no SUS. Sendo a promoção da saúde essencial para garantir a integralidade das ações em saúde como processo contínuo e participativo e que as PIC propõem esta atuação mais integral no cuidar, proporcionando bem estar, qualidade de vida e uma consequente busca de maior autonomia do indivíduo ante o seu processo de adoecimento.

O presente estudo trouxe contribuições sobre o conhecimento e uso das práticas por enfermeiros do Município de Sumaré, e há que salientar que o enfermeiro atuante na atenção básica em contato com a população tem a oportunidade de educá-la, esclarecê- la e orientá-la quanto ao uso dessas práticas, seja em hospitais, em unidades básicas de saúde ou junto à comunidade.

Foram identificados relatos de experiências exitosas dos profissionais com uso das PIC e o desafio de romper as barreiras ainda existentes entre aqueles que aceitam somente a biomedicina como única e verdadeira oferta para a solução do adoecimento. A maioria dos enfermeiros não conhecem a PNPIC; devemos, então, fortalecê-la no âmbito acadêmico e profissional.

Os enfermeiros desejam conhecer mais sobre as PIC e participar de capacitações, visto que a formação nesta temática foi deficiente. Os desafios enfrentados para a inclusão das PIC no SUS ainda não foram superados e dependem de muita articulação para garantir a sua priorização nos planos de saúde municipais.

É consenso entre os profissionais da rede básica que falta investimento na formação acadêmica e qualificação dos profissionais da atenção básica, bem como a necessidade de um projeto municipal para implementação das PIC efetivamente na rede. Através desta pesquisa, foi identificado que os profissionais têm interesse pelas práticas e seriam parceiros neste projeto com vistas a proporcionar um cuidado mais humanizado e holístico, proporcionando ao usuário o seu empoderamento decisório diante das escolhas na promoção da sua saúde e tratamento frente ao adoecimento.

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