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5. GÊNERO, JORNADAS E RITMOS DA DOCÊNCIA: para além das dicotomias

5.6. Conclusões provisórias

No início de minha investigação, os estudos da Sociologia do Trabalho, com os quais eu começava a dialogar, mostravam, por meio da discussão da divisão sexual do trabalho, as diferenças entre os trabalhos femininos e os trabalhos masculinos e suas implicações nas vidas dos sujeitos, homens e mulheres. De um lado, profissões consideradas femininas eram menos valorizadas e delas exigia-se menor qualificação; eram, geralmente, atividades de um turno só, para que as mulheres pudessem dedicar-se também ao trabalho doméstico e à família; os salários eram baixos e vistos como complementares aos dos pais ou dos maridos. De outro,

estavam as profissões consideradas masculinas. Mesmo consideradas perigosas e insalubres, eram valorizadas pelos homens, pois o que mais importava era estar empregado e conseguir prover sua família.

Além disso, o exame cuidadoso das produções sobre o trabalho docente atentou-me para a importância e a urgência das minhas questões de pesquisa. As jornadas de trabalho docente, analisadas sob o enfoque de gênero, ainda não eram destaque quando o tema era discutido. A feminização do magistério e a escolha profissional eram os temas mais relevantes.

Cláudio Dedecca (2004), uma das principais referências na construção de minhas categorias de análise, acrescentou muito à discussão ao apresentar três importantes dimensões do tempo de trabalho: tempo de trabalho econômico, tempo de trabalho para a reprodução social e tempo de trabalho total. A partir de estudos realizados pelo próprio autor, concluiu que os homens possuíam maiores tempos de trabalho econômico e as mulheres tinham maiores tempos para a reprodução social, que, acrescidos aos tempos de trabalho remunerado, resultavam em extensas jornadas de trabalho total, bem maiores do que as dos homens.

Apesar da grande contribuição dessas cons iderações para minha pesquisa, comecei a perceber, a partir análise dos questionários, das entrevistas e dos diários de uso dos tempos, que os dados de Dedecca (2004) não poderiam se estender aos meus sujeitos de pesquisa. Por isso, lancei-me ao desafio de tentar desconstruir algumas dicotomias apresentadas pela teoria.

Meus dados permitiram-me constatar que a maioria dos/as docentes possui extensas jornadas de trabalho total, tanto os professores quanto as professoras. No entanto, esse grupo se divide em dois. O primeiro possui grandes jornadas de trabalho econômico e pouca ou quase nenhuma atividade relacionada à reprodução social, lembrando que descanso e lazer não estão incluídos. O fato de trabalhar em duas ou três escolas ou em outra atividade fora do magistério já faz com que seus tempos de trabalho remunerado sejam grandes o suficiente para ocuparem a maior parte de seus dias, até mesmo nos finais de semana. Renato, Fernanda, Virgínia e Leandro compõem esse grupo.

O segundo grupo envolve a maioria dos/as docentes, que são aqueles/as que também possuem grandes jornadas de trabalho econômico, além das tarefas que envolvem o cuidado com a casa e/ou com filhos. O acúmulo dos dois tipos de jornada faz com que suas rotinas sejam extremamente sobrecarregadas. Neste segundo grupo, estão: Adriana, Amélia, Fátima, Gabriel, Luiza, Maria, Roberta, Pedro e Vanessa. Jéssica não respondeu ao questionário de forma que eu pudesse encaixá-la em algum grupo. Marcelo e Amanda não se enquadram em

nenhum dos dois grupos, pois não possuem jornadas extensas de trabalho, nem econômica nem para a reprodução social.

De certa maneira, esta divisão vai ao encontro da afirmação de Marcelo. Segundo ele, as mulheres casadas têm dupla jornada de trabalho econômico e ainda têm preocupações com a casa. Os homens casados, por sua vez, por terem a responsabilidade de serem os provedores, têm tripla jornada de trabalho e, em contrapartida, não possuem atividades ligadas à reprodução social. O que diferencia minhas considerações das de Marcelo é que faço um recorte de gênero e não de sexo. Essas diferenciações dos tempos de trabalho realmente acontecem no cotidiano docente, mas não podem ser separadas entre homens e mulheres ou, mais especificamente, entre professores e professoras.

Portanto, a análise aqui apresentada procurou apreender como são vividas e sentidas as jornadas de trabalho no cotidiano de professoras e professores do Ensino Fundamental II do CEU “Cecília Meireles”. Por meio dos questionários, das entrevistas e dos diários de uso dos tempos, foi possível perceber que as “práticas miúdas do cotidiano docente”, permeadas pelas relações de gênero e classe, entrecruzam-se e produzem situações que ora reproduzem ora transgridem aquelas que se referem às mulheres e aos homens, em geral.

É importante que a temática sobre o cotidiano docente passe a ser discutida com mais seriedade, considerando que, muitas vezes, as extensas jornadas de trabalho total são decorrentes dos baixos salários. Além de políticas públicas que valorizem a profissão e regulamentem as jornadas de trabalho econômico, devem-se levar em conta, como Dedecca (2004) salienta, as demais dimensões do tempo para que professoras e professores não fiquem sobrecarregados com as atividades escolares realizadas em casa e as tarefas de cuidado com a casa, familiares e, principalmente, filhos/as pequenos/as. Portanto, para garantir igualdade de oportunidades e de condições de vida para os professores e as professoras, políticas educacionais e sociais precisam considerar a articulação entre as esferas da produção e da reprodução.

O trabalho de professoras e professores da Educação Básica, seja Educação Infantil, Ensino Fundamental ou Ensino Médio, deveria permanecer por turnos ou poderia ser em tempo integral, com dedicação exclusiva a somente uma escola, assim como é na maioria das universidades públicas? Caso fosse esta uma das soluções para a diminuição da fragmentação e intensificação do trabalho, poderiam os/as docentes dedicar-se à preparação das aulas, à elaboração e à correção de atividades, ao planejamento de projetos, incluindo vários outros aspectos da prática pedagógica, dentro da jornada destinada e remunerada a tais objetivos.

E com relação aos tempos para a reprodução social? Como poderiam as professoras e os professores permanecer oito ou nove horas longe de casa, considerando os tempos para deslocamento, sem se preocupar com os/as filhos/as e com as tarefas domésticas? Pensar em equipamentos públicos, disponibilizados pelo governo, tais como, escolas públicas com período integral de boa qualidade, acesso a eletrodomésticos que facilitem os serviços domésticos, assistência médica gratuita, talvez sejam ainda possibilidades distantes para a realidade brasileira. Creio, porém, que somente o fato de começar a pensar nestas questões já é um grande avanço na qualidade de vida de professoras e professores e, mais ainda, na construção de uma educação ma is democrática e de qualidade.

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