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Demonstrou-se, no decorrer da investigação, como a condição funcional (o uso dos edifícios) pode influenciar na satisfação de seus usuários, além de contribuir positiva ou negativamente para o processo de conservação do patrimônio cultural edificado.

Através dos estudos realizados, percebemos que o processo de conservação vem sendo construído há quase sessenta anos na cidade de São Luís (SOUZA, 1999, p.177) e que, nos últimos vinte anos, tem havido intervenções significativas para tentar reverter o quadro que se apresenta – abandono e degradação do patrimônio histórico – buscando o tão almejado desenvolvimento sustentável, que poderá deixar para as gerações futuras um pouco dessa história, que foi e que está sendo construída.

A questão da conservação do patrimônio histórico já é considerada ponto pacífico/consensual, ao menos para todos os envolvidos com o Centro Histórico de São Luís. Contudo, ainda não se encontrou uma fórmula ou procedimento comum que pudesse ser utilizado em qualquer situação (se é que isso é possível). Assim, até o momento, procura-se o bom senso e buscam-se referências em experiências de outras cidades, o que de bom e proveitoso se conseguiu adaptando essas intervenções ao contexto de São Luís. As intervenções no Centro Histórico de São Luís têm tido êxito satisfatório na medida em que possibilita a permanência do uso residencial, com a reabilitação de alguns casarões e sobrados que estão recebendo

como principal função o uso residencial multifamiliar (objeto de estudo dessa dissertação).

Uma das falhas cometidas pela administração pública e pelos envolvidos no processo de conservação e revitalização do Centro Histórico de São Luís tem sido a falta de acompanhamento das intervenções já realizadas, o que permitiria detectar os problemas ocorridos. Um melhor acompanhamento possibilitaria remediar as falhas ocorridas e prevenir sua repetição em intervenções futuras, dando, assim, continuidade a esse processo.

Essa falta de acompanhamento também é observada nas intervenções realizadas nas edificações com uso de Habitação Multifamiliar. O acompanhamento só existe durante a obra propriamente dita, e nos primeiros meses de uso das edificações. Contudo, este não foi o maior problema detectado. Podemos destacar o dimensionamento inadequado à quantidade de pessoas por família como a maior reclamação dos moradores. Por exemplo, um apartamento com dois quartos para uma família de sete pessoas, ou um outro apartamento de três quartos para apenas duas pessoas.

Finalmente podemos concluir com esta investigação que:

Através da análise dos projetos arquitetônicos, da opinião dos técnicos envolvidos e dos funcionários – moradores, observamos que, de uma maneira geral, o Subprograma de Promoção Social e Habitação está conseguindo atender às necessidades básicas de moradia. As reclamações existentes, principalmente feitas

pelos entrevistados, são justificadas pela ausência de um conhecimento prévio da população envolvida no processo, ou seja, pela desinformação ou pela ausência de diálogo, em todas as etapas do processo. Enfim, não existe troca de conhecimentos entre os futuros moradores e os técnicos. Conhecimento este, que seria fundamental para se pensar o projeto arquitetônico não apenas como um emaranhado de plantas baixas e outras plantas técnicas de reforma no espaço físico, mas também como fruto de anseios e necessidades reais de seus usuários, em uma perspectiva de melhoria da qualidade de vida para muitos moradores e para o Centro Histórico em geral.

Com certa freqüência, a análise dos dados levantados na pesquisa de campo, revelou que as unidades habitacionais estudadas apresentam problemas de dimensionamento e, em alguns casos, problema de lotação, pelo número de filhos e/ou condições específicas da família que se vê na obrigação de acolher parentes próximos. Problema este que poderia ser resolvido se, antes do sorteio dos apartamentos, fosse feita uma divisão em grupos pelo número de pessoas por família. Evitando, assim, que, por exemplo, uma família de 5 pessoas não fosse contemplada com um apartamento de apenas 1 quarto.

Como não se podem processar as transformações necessárias, com o aumento de área, a população se arruma como pode. Os espaços têm sua ordem funcional subvertida e adquirem múltiplas funções: comer, dormir, ler, assistir TV, costurar e passar, estudar, são atividades que podem acontecer simultaneamente em qualquer ambiente. Disso resultam certos atritos e constrangimentos no cotidiano familiar, já que a sobreposição de atividades não permite uma adequada

organização e manutenção da casa. Objetos amontoados de qualquer forma, ambientes desorganizados, são componentes de uma configuração espacial que denuncia um habitar de certo modo conturbado, com profundos reflexos no comportamento das pessoas.

Outra solução para o problema do dimensionamento, seria a inclusão do conhecimento prévio do perfil do grupo familiar a residir nas unidades habitacionais, buscando um projeto arquitetônico mais próximo da realidade de seus futuros usuários.

Por fim, esperamos que esta investigação, que buscou produzir um estudo significativo sobre as Habitações Multifamiliares já implantadas no Centro Histórico de São Luís, sirva de estímulo ao desenvolvimento de outras investigações que, com certeza, virão a contribuir ainda mais para a consolidação dos objetivos do Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís e, principalmente, para o aperfeiçoamento do Subprograma de Promoção Social e Habitação.

Constatando que as cidades que possuem áreas de interesse histórico, vêm se tornando lugares que cada vez mais desempenham a função de áreas turísticas e de lazer, esta investigação vem mostrar justamente que não se pode pensar na conservação de Centros Históricos considerando somente as suas características e qualidades estéticas, paisagísticas e ambientais, mas também um elemento que vem sendo muitas vezes esquecido, a POPULAÇÃO usuária (existente ou em potencial). E isso passa necessariamente pela sua inclusão nestas políticas, planos

e, especialmente, nos projetos arquitetônicos a ela destinados, em especial no que diz respeito à moradia.

Como diz Bachelard, a casa é o primeiro mundo do ser humano. Antes de ser “atirado ao mundo”, o homem é colocado no berço da casa (1998, p. 26). Ou seja, a casa é responsável pela nossa primeira experiência social, é nela que aprendemos a conviver com as diferenças e nos educamos para o mundo além portões. Somos frutos da educação cotidiana familiar que aprendemos antes mesmo de irmos à escola. Somos conseqüência da convivência social nos nossos lares.

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GLOSSÁRIO

AMBIENTE CONSTRUÍDO: todo ambiente eregido, moldado ou adaptado pelo homem. São os artefatos humanos ou estruturas físicas realizadas pelo homem.

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO (APO): do inglês, Post-Ocupancy Evaluation (POE) – avaliação retrospectiva (no sentido de repensar o projeto após sua utilização) de ambientes construídos. Adotada para diagnosticar e recomendar, segundo uma visão sistêmica e realimentadora, modificações e reformas no ambiente objeto de avaliação e para aprofundar o conhecimento sobre este ambiente, tendo-se em vista futuros projetos similares. É aplicada através de multimétodos e técnicas e leva em conta o ponto de vista dos especialistas/avaliadores e dos usuários dos ambientes, leigos ou não.

CONSERVAÇAO INTEGRADA: política de conservação que seja integrada com o sistema de planejamento da cidade, otimizando as relações possíveis e os objetivos comuns. Uma metodologia de conservação integrada implica na conciliação entre os requisitos de conservação e os objetivos do planejamento urbano, por exemplo, ao considerar que os valores e interesses históricos são iguais a outros valores no processo de planejamento.

HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR: para este trabalho, será todo casarão reabilitado de uso misto – comércio e residência, pertencente ao Subprograma de Promoção Social e Habitação, dividido em unidades habitações – apartamentos.

INTEGRAÇÃO ARQUITETÔNICA: imóveis que possuem características inadequadas e desarmônicas em relação ao conjunto arquitetônico tombado,

também denominado edificações conflitantes, são considerados passíveis de Integração Arquitetônica.

PRESERVAÇÃO ARQUITETÔNICA: são classificados como imóveis de Preservação Arquitetônica os imóveis que mantêm internamente e/ ou externamente as suas características arquitetônicas originais (da época de sua construção).

REABILITAÇÃO DE UM EDIFÍCIO: obras que têm por fim a recuperação e beneficiação de uma construção, resolvendo as anomalias construtivas, funcionais, higiênicas e de segurança acumuladas ao longo dos anos procedendo a uma modernização que melhore o seu desempenho até aproximá-lo dos atuais níveis de exigência.

RECONSTITUIÇÃO ARQUITETÔNICA: as edificações de Reconstituição Arquitetônica, também denominadas edificações descaracterizadas, deverão sofrer intervenções que visem resgatar as suas características originais.

RECONSTRUÇÃO DE UM EDIFÍCIO: qualquer obra que consista em realizar de novo, total ou parcialmente, uma instalação já existente, no local de implantação ocupado por esta e mantendo, nos aspectos essenciais, o traçado original.

RENOVAÇÃO DE UM EDIFÍCIO: qualquer obra que consista em realizar, de novo e totalmente, um edifício num local em que fora anteriormente construído.

RESTAURO DE UM EDIFÍCIO: obras especializadas, que têm por fim a conservação e consolidação de uma construção, assim como a preservação ou reposição - da totalidade ou de parte - da sua concepção original ou da correspondente aos momentos mais significativos da sua história.

UNIDADE HABITACIONAL: para esta pesquisa a unidade habitacional corresponderá ao apartamento individual de cada família, localizado dentro das habitações familiares.

APÊNDICE 01 – Questionário aplicado aos moradores dos apartamentos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITEURA E URBANISMO AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Esta pesquisa visa conhecer as relações entre o ambiente construído histórico e os seus moradores. Agradecemos sua colaboração.

QUESTIONÁRIO

ENTREVISTADO:__________________________________________________________________________

Apt.º:_________ Hora :_________ N.º :_________ TEMP. MORA NO IMOVEL: ANOS MESES

NATURALIDADE:__________________________________

EST. CIVIL: SOLTEIRO CASADO OUTROS ______________________

OCUPAÇÃO: (1) DONA DE CASA (2) APOSENTADO (3) ESTUDANTE (4) UNIVERSITÁRIO (5) COMERCIANTE (6) PROF. LIBERAL (7) OUTROS IDADE: (1) DE 14-20 ANOS (2) DE 21-30 ANOS (3) DE 31-40 ANOS (4) DE 41-50 ANOS (5) DE 51-60 ANOS (6) ACIMA DE 60 ANOS ESCOLARIDADE: (1) NÃO ESTUDOU (2)ALFABETIZAÇÃO (3) FUNDAMETAL (4)MÉDIO (5) SUPERIOR (6) PÓS-GRADUAÇÃO QUANTOS MORADORES? ______________________

FIXOS REL. C/ RESPONDENTE IDADE ESCOLARIDADE OCUPAÇÃO SEXO

OBSERVAÇÃO POSIÇÃO

NÃO FIXOS

RENDA MÉDIA FAMILIAR:

( ) ATÉ R$ 1.200,00 ( ) DE R$1.201,00 até R$2.400,00 ( ) DE R$2.4001,00 até R$3.600,00 ( ) ACIMA DE R$3.600,00

HÁ ANIMAIS VIVENDO NO APARTAMENTO? SIM NÃO Qual? ______________ Quantos?______ # APARTAMENTO #

ONDE MORAVA ANTES? CASA APARTAMENTO BAIRRO:___________________________ TEMPO DE MORADIA NO IMÓVEL ANTERIOR:______ANOS____MESES O IMÓVEL ERA: PROPRIO ALUGADO QUAL A MAIOR VANTAGEM DE MORAR NO CENTRO HISTÓRICO?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ VOCE GOSTARIA DE REFORMAR SEU APARTAMENTO? SIM NÃO

QUE TIPO DE REFORMA VOCE GOSTARIA DE FAZER?______________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ # AVALIAÇAO DO IMÓVEL #

COM RELAÇÃO AO AMBIENTE FÍSICO VOCE ESTÁ: SATISFEITO INSATISFEITO PORQUE?________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ OBSERVAÇÕES GERAIS: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ QUESTIONÁRIO

COMO VOCE QUALIFICA SEU APARTAMENTO QUANTO À:

SALA QUARTO 1 QUARTO 2 BANHEIRO COZINHA VARANDA OBSERVAÇÕES: 1.DIMENSÃO 2.REVESTIMENTO PISO 3.REVESTIMENTO PAREDE 4.TEMP. DIURNA 5.TEMP. NOTURNA 6.VENTILAÇÃO 7.ILUMIN. NATURAL 8. ILUMIN. ARTIFCICIAL 9.ISOL. RUIDO EXTERNOS 10.ISOL. RUIDOS INTERNOS 11.INST. HIDRÚLICA 12.INST. ELÉTRICA

O - ÓTIMO MB - MUITO BOM B - BOM S - SATISFATÓRIO R - REGULAR PR - PRECÁRIO PE - PÉSSIMO OBSERVAÇÕES GERAIS:

APÊNDICE 02 – Formulário de entrevista com o morador-chave da edificação UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Esta pesquisa visa conhecer as relações entre o ambiente construído histórico e os seus moradores. Agradecemos sua colaboração.

FORMULÁRIO DE ENTREVISTA

1 VOCÊ PARTICIPA DE ALGUMA COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO OU MANUTENÇÃO DA EDIFICAÇÃO? QUAL A SUA FUNÇÃO?

2 A EDIFICAÇÃO POSSUI SISTEMA DE CONDOMÍNIO? COMO FUNCIONA?

3 QUAIS AS MAIORES RECLAMAÇÕES DOS MORADORES?

4 COMO É A RELAÇÃO ENTRE A COMISSÃO DA EDIFICAÇÃO E OS TÉCNICOS DO SUBPROGRAMA DE PROMOÇÃO SOCIAL E HABITAÇÃO?

5 QUAIS SÃO OS PROCEDIMENTOS QUANDO A EDIFICAÇÃO APRESENTA ALGUM PROBLEMA? COMO É FEITO ESTE REPARO? VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM O “ATENDIMENTO” DOS TÉCNICOS DO SUBPROGRAMA DE PROMOÇÃO SOCIAL E HABITAÇÃO?

APÊNDICE 03 – Formulário de entrevista aplicado à arquiteta Márcia Marques, responsável pelo projeto de reforma de Habitação Multifamiliar situada na Rua da Estrela, nº. 350 e na Rua João Gualberto, nº. 49.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Esta pesquisa visa conhecer as relações entre o ambiente construído histórico e os seus moradores. Agradecemos sua colaboração.

FORMULÁRIO DE ENTREVISTA

1 NOME: Márcia Tereza Campos Marques

2 VOCÊ JÁ HAVIA TRABALHADO EM PROJETOS DE INTERVENÇÃO EM EDIFÍCIOS HISTÓRICOS? Já. Trabalhei em outras reformas no Centro Histórico.

3 COMO FOI O SEU PRIMEIRO CONTATO COM A EDIFICAÇÃO?

No prédio da Rua da Estrela foi assustador. O prédio só tinha a casca, internamente estava muito destruído. O da Rua João Gualberto estava bem melhor.

4 QUAIS AS MAIORES DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE REFORMA?

Acho que a grande dificuldade foi deixar o prédio mais moderno, com instalação para TV a cabo, computadores, internet e ao mesmo tempo recuperar as estruturas originai. Além claro do problema da ventilação, resolvemos criar fossos de ventilação para deixar os ambientes mais agradáveis.

5 COMO FOI A RELAÇÃO ENTRE VOCÊ E OS TÉCNICOS DO SUBPROGRAMA DE PROMOÇÃO SOCIAL E HABITAÇÃO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO? HOUVE ALGUM APOIO?

Tranqüila. Eles ajudaram a gente a definir algumas questões no projeto, porque não sabíamos quem iria morar, nessa parte do projeto, na definição do programa de necessidade, eles ajudaram bastante.

6 VOCÊ SABIA QUAL ERA O PÚBLICO-ALVO DO SUBPROGRAMA DE PROMOÇÃO SOCIAL E HABITAÇÃO? FEZ ALGUM TIPO DE PESQUISA PARA SABER MELHOR SUA NECESSIDADES?

Não. Não tivemos nenhum contato com os futuros moradores, até porque nem o pessoal do Prodetur sabia direito. Só depois que o prédio fica pronto é feito o processo de seleção. A gente trabalhou o projeto sob a ótica de uma família imaginária. 7 DESCREVA COMO VOCÊ PENSOU O PROJETO. QUAIS FORAM SUAS REFERÊNCIAS E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS. Primeiro a gente definiu essa família imaginária que falei antes (o pai, a mãe e dois filhos). Depois pensamos em um apartamento pequeno, mas gostoso, agradável e, na medida do possível, moderno. Mas é complicado porque tem custo definido, tem restrições do IPHAN em algumas coisas do próprio projeto. Mas acho que o resultado ficou bom.

APÊNDICE 04 – Formulário de entrevista aplicado à arquiteta Graci Perez, responsável pelo projeto de reforma de Habitação Multifamiliar situada na Rua da Estrela, nº. 350 e na Rua da Palma, nº. 336.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO