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10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Os comentários a seguir devem ser lidos em conjunto com as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia, referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, arquivadas junto à CVM em 11 de fevereiro de 2015, inclusive as Notas Explicativas a elas relativas, e outras informações financeiras contidas em outras partes do presente documento. Em concordância com as demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, os valores financeiros e patrimoniais referentes aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 estão apresentados neste documento em milhões de reais – R$, exceto quando de outra forma indicada.

(a) comentários dos Diretores sobre as condições financeiras e patrimoniais gerais

Os Diretores acreditam que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais adequadas para a execução dos planos de expansão de capital e de investimento, bem como para atender aos seus requisitos de liquidez e cumprir com suas obrigações de curto e longo prazo. Os Diretores destacam, no entanto, que estas condições estão sujeitas a eventos que estão fora do controle da Companhia, tais como a estabilidade e o crescimento da economia brasileira.

A partir do 4º trimestre de 2013, os resultados divulgados de Via Varejo passam a não consolidar os resultados da Nova Pontocom, devido à alienação de seu controle em 30 de setembro de 2013, como detalhado no item 6.5 deste Formulário de Referência. A participação societária de 43,9%1 que a Via Varejo possui na Nova Pontocom passou a ser contabilizada por meio de equivalência patrimonial. Para atender à norma contábil (CPC 31 - Ativo não circulante mantido para venda e operação descontinuada), a demonstração dos resultados de 2013 e 2012 foi reapresentada para desconsolidar os efeitos de Nova Pontocom, sendo os mesmos apresentados líquidos, em uma única linha denominada “operações descontinuadas”. Por sua vez, o balanço patrimonial apenas refletiu a desconsolidação ocorrida na data da alienação do controle, não havendo qualquer alteração no exercício de 2012.

O entendimento dos Diretores acerca das condições financeiras e patrimoniais da Companhia

está baseado nos seguintes fundamentos econômico-financeiros, considerando as

demonstrações financeiras consolidadas:

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia registrou receita operacional líquida de R$22.674 milhões, apresentando um crescimento de 4,2% comparada com o exercício social de 2013, quando a receita operacional líquida foi de R$21.756 milhões, e apresentando crescimento de 11,8% comparada com o exercício social de 2012, quando a receita operacional líquida foi de R$19.455 milhões.

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, o lucro bruto foi de R$7.355 milhões e a margem bruta de 32,4%, apresentando um aumento de 9,8% e 1,6 p.p., respectivamente, em relação ao mesmo período de 2013, quando a Companhia apresentou R$6.700 milhões de lucro bruto e margem bruta de 30,8%. Se comparado a 2012, quando o lucro bruto foi de R$5.875 milhões e a margem bruta de 30,2%, houve aumento de 0,6 p.p..

1

Em 24 de julho de 2014, foi concluída a reorganização societária envolvendo a Nova Pontocom, com a transferência da totalidade dos negócios de comércio eletrônico para a Cnova, empresa sediada em Amsterdã - Holanda. Após a reorganização societária, a Companhia detém indiretamente 21,97% do

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$679 milhões, o que equivale a 3,0% da receita operacional líquida e representa um aumento de 23,2% contra o mesmo período de 2013. Esse aumento das despesas financeiras líquidas de 2014 em relação a 2013 ocorreu principalmente em função do aumento da taxa Selic no mesmo período, além do crescimento de receita e dos respectivos descontos e vendas dos recebíveis, mitigados parcialmente pela significativa geração de caixa em 2014. O resultado financeiro líquido em 2013 foi uma despesa de R$551 milhões, equivalente a 2,5% da receita operacional líquida, e em 2012 foi uma despesa de R$574 milhões, o equivalente a 3,0% da receita operacional líquida.

No exercício social findo em 31 de dezembro de 2014, o lucro líquido foi de R$938 milhões e a margem líquida foi de 4,1%, apresentando uma redução de 18,1% e 1,2 p.p. respectivamente, em relação a 2013, quando o lucro considerando as operações descontinuadas foi de R$1.145 milhões e a margem líquida de 5,3%. Na opinião dos Diretores da Companhia, esta variação ocorreu principalmente em decorrência dos diversos itens não recorrentes em 2013: (i) associação da Companhia e da CBD com a CB; (ii) provisão referente a lojas não vendidas no processo de cumprimento do Termo de Compromisso de Desempenho celebrado com o CADE; (iii) ganhos referentes a avaliação a valor justo de investimentos no processo de alienação do controle da Nova Pontocom e da aquisição da Bartira. Esses itens compõem as outras receitas (despesas) operacionais, que passaram de uma receita de R$609 milhões em 2013 para uma despesa de R$40 milhões em 2014. Em 2012, o lucro líquido foi de R$322 milhões e a margem líquida de 1,7%.

Em relação aos trabalhos dos consultores externos de avaliação do acervo líquido da Associação entre a CBD e a CB, os Diretores informam que os trabalhos foram finalizados em outubro de 2013 e que, como resultado, não houve ajustes contábeis relevantes a serem reconhecidos no resultado da Companhia, além daqueles já divulgados anteriormente ao mercado.

(b) comentários dos Diretores sobre a estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas

Estrutura de capital

Segue abaixo a composição da estrutura de capital da Companhia para os períodos indicados, considerando (i) como percentual de capital próprio o valor resultante do total do patrimônio líquido dividido pelo total do passivo e do patrimônio líquido, e (ii) como percentual de capital de terceiros o valor resultante do somatório do passivo circulante e não circulante dividido pelo total do passivo e do patrimônio líquido:

Em 31 de dezembro de

(em R$ milhões, exceto %) 2014 AV 2013 AV 2012 AV

Passivo (circulante e não

circulante) 11.289 70,5% 9.507 70,6% 9.086 75,2%

Total do patrimônio líquido 4.715 29,5% 3.951 29,4% 2.996 24,8%

Total do passivo e

patrimônio líquido 16.004 100,0% 13.458 100,0% 12.082 100,0%

Na avaliação dos Diretores da Companhia, a atual estrutura de capital da Companhia apresenta um nível de alavancagem considerado adequado.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Resgate de ações

Os Diretores esclarecem que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas.

i. hipóteses de resgate de ações ou quotas

Não aplicável, tendo em vista que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas

ii. fórmula de cálculo do valor de resgate de ações ou quotas

Não aplicável, tendo em vista que a Companhia não possuiu ações resgatáveis emitidas.

(c) comentários dos Diretores em relação a capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

Os Diretores da Companhia acreditam que o fluxo de caixa, bem como os recursos atualmente disponíveis fazem com que a Companhia apresente plena capacidade de pagamento de todos os compromissos financeiros de curto e longo prazo. Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 a Companhia honrou todos os compromissos financeiros assumidos.

(d) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes utilizadas.

Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, as principais fontes de financiamento da Companhia e de suas controladas, foram (A) geração de caixa através de sua operação; (B) contratos financeiros que representam: (i) financiamentos em reais, com obrigação de pagamento de principal e de taxa de juros atrelada à TJLP ou CDI; (ii) financiamentos baseados em moeda estrangeira, combinados com contratos de swap de moeda cruzada, com obrigações de pagamento denominadas em reais e com taxa de juros atrelada à CDI; (iii) financiamentos obtidos junto ao BNDES, em parte baseada em moeda corrente nacional, atrelada à TJLP acrescida de juros anuais; e (C) captações no mercado de capitais, mediante emissões de debêntures e operações de securitização.

Para maiores informações sobre os contratos financeiros celebrados pela Companhia, veja o item 10.1(f) deste Formulário de Referência.

(e) fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Na opinião dos Diretores da Companhia, as fontes de financiamento atualmente utilizadas nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 são adequadas, e continuarão a ser utilizadas pela Companhia como fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não circulantes.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

(f) níveis de endividamento e as características de tais dívidas

A tabela abaixo apresenta o nível de endividamento da Companhia junto a instituições financeiras e as captações feitas no mercado de capitais em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012:

(em R$ milhões) 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012

Debêntures

Debêntures, líquidas de custo de captação 620 816 918

Moeda local

BNDES 7 27 37

IBM 107 118 5

Crédito direto ao consumidor por interveniência – CDCI 2.876 2.867 2.629

Arrendamento mercantil financeiro 96 93 30

3.086 3.105 2.701

Moeda estrangeira (USD)

Capital de giro - 55 178

Contratos de swap - (13) (6)

- 42 172

Total 3.706 3.963 3.791

Em 31 de dezembro de 2014, 99,98% e 0,02% da dívida da Companhia estava ligada ao CDI e TJLP, respectivamente. Portanto, alterações no CDI e TJLP afetam as despesas da Companhia com juros. A média do CDI foi de 10,77% em 2014, 8,0% em 2013 e 8,4% em 2012; e do TJLP foi de 5,0% em 2014, 5,0% em 2013 e 5,7% em 2012.

i. contratos de empréstimo e financiamento relevantes

Os contratos abaixo descritos são os contratos de empréstimo e financiamento junto a instituições financeiras e as captações feitas no mercado de capitais nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 considerados relevantes pelos Diretores da Companhia:

Crédito Direto ao consumidor por interveniência - CDCI

As operações de crédito direto ao consumidor por interveniência correspondem às atividades de financiamento de vendas a prazo a clientes, por intermédio de uma instituição financeira. Foram formalizadas linhas de crédito entre a Companhia e os bancos Bradesco, Safra e Banco do Brasil que são acionadas na medida em que a Companhia realiza vendas na modalidade CDCI. Os financiamentos relativos às vendas podem ser realizados em até 24 meses, entretanto são substancialmente inferiores a 12 meses. Os encargos financeiros médios cobrados pelos bancos em razão das linhas de crédito mantidas pela Companhia, no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2014 são de 109,4% do CDI (110,8% em média para o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013). Nas operações de CDCI, a Companhia retém substancialmente os riscos e benefícios atrelados aos créditos financiados pelas instituições financeiras, oferecendo

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

como garantia os seus direitos creditórios. A Companhia assume a responsabilidade final pela liquidação do financiamento e pelo risco de crédito da operação.

Operações de Cessão de Crédito

A Companhia celebrou o Instrumento Particular de Convênio para a Realização de Operações de Cessão de Crédito e Outras Avenças com o Banco Citibank S.A. em 16 de novembro de 2011. A linha foi renovada para o período de 30 de setembro de 2013 até 30 de setembro de 2014 no valor de R$600 milhões à taxa de 108,5% do CDI.

Fundo de Securitização de Recebíveis Globex – Globex FIDC

A Companhia operava até 2012 com um fundo de securitização de recebíveis constituídos para fins de aquisição das contas a receber por meio de cartões de crédito resultantes de vendas de produtos e serviços a seus clientes pela Companhia e suas subsidiárias, exceto recebíveis de crediário e cheques pré-datados.

Em 31 de dezembro de 2012, o saldo remanescente do fundo era composto exclusivamente por 1.910 quotas subordinadas no montante de R$25 milhões.

As quotas subordinadas foram atribuídas à Companhia e estavam registradas no ativo circulante como participação nos fundos de securitização, com saldo de R$25 milhões em 31 de dezembro de 2012, registrado líquido no passivo circulante. A participação retida em quotas subordinadas representava a exposição máxima à perda das transações de securitização.

As quotas subordinadas tinham a obrigação de absorver as eventuais perdas nos recebíveis transferidos e eventuais perdas atribuídas ao fundo. Os detentores das quotas seniores não tinham direito de regresso contra os demais ativos da Companhia e de suas subsidiárias em caso de inadimplência dos valores devidos pelos clientes.

Reestruturação do Globex FIDC em 2012

Com o objetivo de mudar a estrutura de endividamento da Companhia, foram negociadas mudanças no Globex FIDC.

As operações de desconto de recebíveis com cartão de crédito através do Globex FIDC foram encerradas em 14 de dezembro de 2012, em comum acordo com os quotistas sênior e foram liquidadas em 18 de dezembro de 2012.

Desta forma, as quotas seniores foram pagas aos quotistas pelo Globex FIDC e em 31 de dezembro de 2012, remanescia no Globex FIDC saldo de caixa e obrigações em contrapartida a quotas subordinadas que foram resgatadas em 26 de março de 2013 pela Companhia, concluindo assim o processo de liquidação do fundo.

Com esta reestruturação, a Companhia passou a realizar a operação de vendas dos recebíveis diretamente com as operadoras de cartão de crédito.

Debêntures

A Companhia e suas controladas utilizam a emissão de debêntures para fortalecer o capital de giro e alongamento do perfil de endividamento. As debêntures emitidas não são conversíveis em ações e possuem aval da controladora CBD.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Em 26 de dezembro de 2012, a assembleia geral de debenturistas da NCB, incorporada pela Companhia em 2013, aprovou a manutenção da 1ª emissão da NCB em razão da incorporação da NCB pela Companhia.

A amortização das debêntures ocorrerá na data de vencimento com a seguinte periodicidade: 3ª emissão da Companhia: pagamentos semestrais, com base na data de emissão, sempre nos dias 30 de janeiro e 30 de julho de cada ano;

i) 1ª emissão da NCB: pagamentos semestrais, com base na data de emissão, sempre nos dias 29 de dezembro e 29 de junho de cada ano, com exceção da última parcela da 2ª série, com vencimento no dia 29 de janeiro de 2015.

A Companhia possui o direito de resgatar antecipadamente a 3ª emissão da Companhia a partir do 18º mês, enquanto que a emissão da NCB não dão o mesmo direito.

A Companhia tem a obrigação de manter índices financeiros em conexão com as emissões efetuadas. Esses índices são calculados com base nas demonstrações financeiras consolidadas das companhias, sendo: i) a dívida líquida (dívida menos caixa e equivalentes de caixa e contas a receber e para 1ª emissão da NCB considerar as contas a receber com deságio de 1,5%) não excedente ao patrimônio líquido e; ii) índice dívida líquida consolidada dividido pelo EBITDA menor ou igual a 3,25.

Em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, todos os índices financeiros da emissão de debêntures haviam sido cumpridos.

BNDES

Os contratos de linha de créditos em moeda local, com o BNDES, são sujeitos à indexação baseada na TJLP, acrescida de spread e taxa de juros, a fim de refletir a carteira de financiamento do BNDES. O financiamento é pago em parcelas mensais depois de um período de carência, como demonstrado no quadro abaixo.

ii. outras relações de longo prazo mantidas com instituições financeiras

Os Diretores informam que não existem relações de longo prazo entre a Companhia e instituições financeiras, referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, além daquelas já descritas no item 10.1(f)(i) deste Formulário de Referência.

Encargos financeiros anuais

Período de carência em meses

Emissão Vencimento 31/12/2014 31/12/2013 31/12/2012

TJLP + 2,3% a.a. 3 Jun/08 Jun/13 - - 1

TJLP + 1,9% a.a 6 Mai/11 Jun/14 - 6 17

TJLP + 1,9% a.a +1% a.a. 6 Mai/11 Jun/14 - 2 7

TJLP + 3,5%a.a. + 1% a.a. 6 Mai/11 Jun/14 - 2 6

TJLP + 2,5%a.a 12 Set/12 Ago/15 7 17 5

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

iii. grau de subordinação entre as dívidas da Companhia

Os Diretores informam que o grau de subordinação entre as dívidas da Companhia é determinado de acordo com as disposições da legislação em vigor.

iv. restrições impostas à Companhia, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário.

O contrato de empréstimo e financiamento celebrado com o Banco IBM contém cláusulas restritivas que preve que o Banco IBM pode declarar o vencimento antecipado da dívida representada pelo contrato na hipótese de mudança do controle acionário da Companhia.

A emissão de debêntures da NCB (incorporada pela Companhia em 02 de janeiro de 2013) contém cláusulas restritivas que preveem seu vencimento antecipado em caso de transferência de controle acionário.

Os contratos de financiamento (FINAME) celebrados junto ao Banco do Brasil contêm cláusulas de vencimento antecipado em caso de transferência de controle acionário. Além disso, as Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES também vedam qualquer modificação no controle efetivo, direto ou indireto, após a contratação da operação, sem prévia e expressa autorização do BNDES.

(g) limites de utilização dos financiamentos já contratados

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia não possuía limites de utilização de financiamento contratados. Em 31 de dezembro de 2013 e em 31 de dezembro de 2012, a Companhia possuía R$7.350 milhões e R$5.500 milhões, respectivamente, de limites de utilização dos financiamentos contratados junto a instituições financeiras ou captados no mercado de capitais.

(h) alterações significativas em cada item das demonstrações financeiras

Os Diretores ressaltam que, no exercício social de 2012, a Companhia reestruturou o fundo de securitização de recebíveis, com o objetivo de alterar a estrutura de endividamento, e passou a efetuar a operação de desconto de recebíveis por meio das operadoras de cartão de crédito. Esta alteração gera impactos relevantes na estrutura de endividamento e contas a receber da Companhia.

Não há outros itens que alteraram significativamente as demonstrações financeiras de 2013 e de 2014.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Balanço patrimonial consolidado

(em milhões de reais, exceto %) 31/12/2014 AV AH 2014 x

2013 31/12/2013 AV

AH 2013 x

2012 31/12/2012 AV

Ativos circulantes

Caixa e equivalente de caixa 4.448 27,8% 26,8% 3.509 26,1% 36,0% 2.581 21,4%

Aplicação Financeira - - - 24 0,2% - - - Contas a receber 2.338 14,6% 9,5% 2.136 15,9% -3,9% 2.223 18,4% Estoques 2.984 18,6% 27,7% 2.336 17,4% -13,4% 2.697 22,3% Tributos a recuperar 486 3,0% -16,1% 579 4,3% -5,9% 615 5,1% Partes relacionadas 330 2,1% 42,9% 231 1,7% 24,2% 186 1,5% Despesas antecipadas 38 0,2% -19,1% 47 0,3% 62,1% 29 0,2% Outros ativos 79 0,5% -26,2% 107 0,8% -40,9% 181 1,5%

Ativos disponíveis à venda 14 0,1% -6,7% 15 0,1% - - -

Total dos ativos circulantes 10.717 67,0% 19,3% 8.984 66,8% 5,5% 8.512 70,5%

Ativos não circulantes

Contas a receber 105 0,7% -8,7% 115 0,9% 5,5% 109 0,9%

Tributos a recuperar 1.193 7,5% 53,7% 776 5,8% -22,5% 1.001 8,3%

Depósitos judiciais 314 2,0% 17,2% 268 2,0% 48,9% 180 1,5%

Tributos diferidos ativos 87 0,5% -75,1% 350 2,6% -49,9% 698 5,8%

Partes relacionadas 391 2,4% 27,8% 306 2,3% -2,5% 314 2,6%

Outros Ativos 17 0,1% -22,7% 22 0,2% -15,4% 26 0,2%

Investimentos 809 5,1% 20,9% 669 5,0% 627,2% 92 0,8%

Imobilizado 1.313 8,2% 14,2% 1.150 8,5% 12,0% 1.027 8,5%

Intangível 1.058 6,6% 29,3% 818 6,1% 565,0% 123 1,0%

Total dos ativos não circulantes 5.287 33,0% 18,2% 4.474 33,2% 25,3% 3.570 29,5%

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

(em milhões de reais, exceto %) 31/12/2014 AV AH 2014 x 2013 31/12/2013 AV AH 2013 x 2012 31/12/2012 AV

Passivos circulantes

Fornecedores 4.132 25,8% 31,2% 3.150 23,4% 0,6% 3.132 25,9%

Empréstimos e financiamentos 3.409 21,3% 11,6% 3.056 22,7% 9,5% 2.792 23,1%

Obrigações Sociais e Trabalhistas 395 2,5% 25,4% 315 2,3% 1,0% 312 2,6%

Tributos a pagar 503 3,1% -5,5% 532 4,0% 14,7% 464 3,8%

Dividendos 223 1,4% - - - - 5 0,0%

Partes relacionadas 70 0,4% 29,6% 54 0,4% -50,9% 110 0,9%

Receitas diferidas 162 1,0% 107,7% 78 0,6% 5,4% 74 0,6%

Outros passivos 825 5,2% 32,0% 625 4,6% 13,6% 550 4,6%

Total dos passivos circulantes 9.719 60,7% 24,4% 7.810 58,0% 5,0% 7.439 61,6%

Passivos não circulantes

Empréstimos e financiamentos 297 1,9% -67,3% 907 6,7% -9,2% 999 8,3%

Provisão para demandas judiciais 569 3,6% 53,0% 372 2,8% 125,5% 165 1,4%

Tributos a pagar - - - 40 0,3% -2,4% 41 0,3%

Tributos diferidos 3 0,0% 0,0% 3 0,0% 0,0% 3 0,0%

Receitas diferidas 701 4,4% 86,9% 375 2,8% -14,6% 439 3,6%

Total dos passivos não circulantes 1.570 9,8% -7,5% 1.697 12,6% 3,0% 1.647 13,6%

Patrimônio líquido

Capital social 2.895 18,1% 0,0% 2.895 21,5% 0,0% 2.895 24,0%

Reservas de capital 369 2,3% 2,5% 360 2,7% 718,2% 45 0,4%

Reservas de lucros 1.451 9,1% 108,5% 696 5,2% 4540,0% 15 0,1%

Patrimônio líquido atribuível aos controladores 4.715 29,5% 19,3% 3.951 29,4% 33,7% 2.955 24,5%

Participação de não controladores - - - 41 0,3%

Total do patrimônio líquido 4.715 29,5% 19,3% 3.951 29,4% 31,9% 2.996 24,8%

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Análise comparativa do balanço patrimonial consolidado em 31.12.2013 e em 31.12.2014 Ativo circulante

O saldo do ativo circulante apresentou um aumento de 19,3%, passando de um saldo de R$ 8.984 milhões em 31 de dezembro de 2013 para um saldo de R$ 10.717 milhões em 31 de dezembro de 2014. Como percentual do total do ativo, o ativo circulante passou de 66,8% em 31 de dezembro de 2013 para 67,0% em 31 de dezembro de 2014. .

Os Diretores da Companhia destacam como principais variações dentro do ativo circulante, o aumento de 26,8% do Caixa e equivalente de caixa, de 9,5% de Contas a receber, de 27,7% do Estoque, de 23,9% de Impostos a recuperar e de 34,3% de Partes relacionadas.

Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa apresentou um aumento de 26,8%, passando de um saldo de R$3.509 milhões em 31 de dezembro de 2013 para um saldo de R$4.448 milhões em 31 de dezembro de 2014. Como percentual do total do ativo, o saldo de caixa e equivalentes de caixa passou de 26,1% em 31 de dezembro de 2013 para 27,8% em 31 de dezembro de 2014. Os Diretores da Companhia entendem que essa variação deveu-se principalmente em função do melhor desempenho operacional com forte lucro líquido gerado na operação e contínua melhoria da relação de contas a pagar a fornecedores e estoques.

Contas a receber

Contas a receber apresentaram um aumento de 9,5%, passando de um saldo de R$2.136 milhões em 31 de dezembro de 2013 para um saldo de R$2.338 milhões em 31 de dezembro de 2014. Como percentual em relação ao ativo total, o saldo de contas a receber passou de 15,9% em 31 de dezembro de 2013 para 14,6% em 31 de dezembro de 2014. Os Diretores da Companhia entendem que essa variação ocorreu principalmente devido a constituição dos valores a receber de seguradoras referentes à comissão de seguros em cumprimento a regulamentação da SUSEP no. 297/2013, a qual era anteriormente contabilizada como redutora do respectivo saldo de repasse às companhias de seguros.

Estoques

Estoques apresentaram um aumento de 27,7%, passando de um saldo de R$2.336 milhões em 31 de dezembro de 2013 para um saldo de R$2.984 milhões em 31 de dezembro de 2014. Como percentual em relação ao ativo total, o saldo de contas a receber passou de 18,6% em 31 de dezembro de 2013 para 17,4% em 31 de dezembro de 2014. Os Diretores da Companhia entendem que essa variação deveu-se principalmente em função do aumento no prazo médio de