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5.4 - Outras informações relevantes

O governo brasileiro tem exercido historicamente, e continua a exercer, influência significativa sobre a economia do país. As condições políticas e econômicas do Brasil podem afetar negativamente a Companhia.

A política econômica do governo brasileiro pode ter efeitos importantes sobre as empresas brasileiras e sobre as condições. Os resultados operacionais e a situação financeira da Companhia podem ser afetados negativamente pelos seguintes fatores e pela reação do governo brasileiro a esses fatores:

 taxas de juros;

 política monetária;

 flutuação cambial e flutuações da moeda;

 inflação;

 liquidez dos mercados domésticos de capital e empréstimos;

 políticas fiscais e regulatórias; e

 outros desdobramentos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que o afetem.

A incerteza sobre a possibilidade do governo implementar mudanças em políticas ou regulamentações que afetem esses e outros fatores no futuro poderá contribuir para a incerteza econômica no Brasil e para a alta volatilidade no mercado de capitais brasileiro. Essas incertezas e outros eventos futuros que afetam a economia brasileira podem ter efeitos materiais adversos sobre a Companhia.

Os esforços do governo brasileiro para combater a inflação poderão dificultar o crescimento da economia do país e prejudicar a Companhia.

O Brasil apresentou no passado taxas de inflação extremamente altas e, portanto, seguiu políticas monetárias que resultaram em uma das mais altas taxas de juros reais do mundo. De acordo com o Banco Central, entre 2005 e 2014, a taxa básica de juros (SELIC) no Brasil apresentou variação entre 19,77% ao ano e 7,11% ao ano. A inflação e as medidas do governo brasileiro para combatê-la, principalmente por meio do Banco Central, tiveram e poderão ter efeitos significativos sobre a economia do país e os negócios da Companhia. No período de 2014, a taxa de inflação acumulada foi de 6,41%, conforme dados do IPCA. O aperto das políticas monetárias, aliado a altas taxas de juros, poderá restringir o crescimento do Brasil e a disponibilidade de crédito. Por outro lado, políticas mais tolerantes do governo e do Banco Central e a redução das taxas de juros poderão desencadear aumentos na inflação, que podem afetar negativamente os negócios da Companhia.

A Companhia pode não ser capaz de reajustar os preços que cobra de seus clientes para compensar os efeitos da inflação sobre sua estrutura de custos. Além disso, as medidas do governo brasileiro para combater a inflação que resultem em aumento nas taxas de juros poderão ter um efeito negativo sobre os resultados da Companhia, pois seu endividamento está indexado ao CDI. As pressões inflacionárias também poderão dificultar a capacidade da Companhia de

5.4 - Outras informações relevantes

acessar os mercados financeiros estrangeiros ou gerar políticas governamentais de combate à inflação que podem prejudicar a Companhia ou afetar negativamente seus negócios.

A instabilidade da taxa de câmbio poderá ter efeito substancial negativo sobre a economia brasileira e sobre a Companhia.

A moeda brasileira flutua em relação ao dólar norte-americano e outras moedas estrangeiras. No passado, o governo brasileiro utilizou diversas políticas cambiais, inclusive desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas (durante as quais a frequência de ajustes variou de diária a mensal), controles cambiais, mercados de câmbio duplo e sistema cambial flutuante. Desde 1999, o Brasil aprovou um sistema de taxa de câmbio flutuante com intervenções do Banco Central na compra e venda de moeda estrangeira. Periodicamente, há flutuações significativas na taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano e outras moedas. Por exemplo, o real se valorizou 11,8%, 8,7% e 17,2% contra o dólar norte-americano em 2005, 2006 e 2007, respectivamente. Em 2008, como resultado do agravamento da crise econômica global, o real apresentou desvalorização de 31,9% em relação ao dólar norte-americano, fechando em R$2,337 para US$1,00 em 31 de dezembro de 2008. Para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2009 e 2010, o real apresentou valorização de 25,5% e 4,3% em relação ao dólar norte-americano, fechando em R$1,741 e R$1,666 para US$1,00 em 31 de dezembro de 2009 e 2010, respectivamente. Para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011, 2012, 2013 e 2014, o real apresentou desvalorização de 12,6%, 8,9%, 14,6% e 13,4% em relação ao dólar norte-americano, fechando em R$1,876, R$2,044, R$2,343 e R$2,656 para US$ 1,00, respectivamente. O real poderá se valorizar ou desvalorizar substancialmente frente ao dólar norte-americano no futuro e esta instabilidade cambial poderá ter um efeito prejudicial relevante sobre os resultados da Companhia.

A desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano pode criar pressões inflacionárias no Brasil e provocar aumentos das taxas de juros, o que pode afetar negativamente o crescimento da economia brasileira como um todo e resultar em efeito adverso relevante sobre a Companhia.

Eventos políticos, econômicos e sociais e a percepção de riscos em outros países, incluindo os Estados Unidos, União Europeia e países de economias emergentes, podem afetar adversamente a economia brasileira, os negócios da Companhia e o valor de mercado dos valores mobiliários da Companhia.

O mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado pelas condições econômicas e de mercado de outros países como o Estados Unidos, a União Europeia e demais economias emergentes. Apesar da conjuntura econômica desses países ser significativamente diferente da conjuntura econômica do Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses países pode ter um efeito adverso relevante sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de companhias brasileiras, em especial, aqueles negociados em bolsas de valores. Crises nos Estados Unidos, na União Europeia ou em países emergentes podem reduzir o interesse de investidores nos valores mobiliários de companhias brasileiras, inclusive nos valores mobiliários de emissão da Companhia. Os preços das ações na BM&FBOVESPA, por exemplo, são historicamente afetados por flutuações nas taxas de juros vigentes nos Estados Unidos, bem como pelas variações dos principais índices de ações norte-americanos. Acontecimentos em outros países e mercados de capitais poderão prejudicar o valor de mercado das ações e das Units de emissão da Companhia, podendo, ademais, dificultar ou impedir totalmente o acesso da Companhia aos mercados de capitais e ao financiamento de suas operações no futuro em termos aceitáveis.

5.4 - Outras informações relevantes

A crise financeira global mais recente, que começou durante o segundo semestre de 2008, teve consequências significativas, inclusive no Brasil, como a volatilidade de ações e do mercado de crédito, indisponibilidade de crédito, taxas de juros mais altas, uma desaceleração econômica geral, taxas de câmbio voláteis e pressões inflacionárias, entre outros, os quais podem afetar adversamente a Companhia, o preço do mercado dos valores mobiliários brasileiros, incluindo as ações e Units da Companhia, e as condições financeiras de seus clientes. A contínua incerteza na Europa, particularmente na Grécia, Espanha, Itália e Portugal, intensificou as preocupações quanto à sustentabilidade fiscal e o risco de default desses países, reduziu a confiança dos investidores internacionais e trouxe volatilidade para os mercados. Além disso, a perspectiva de crescimento dos Estados Unidos para este ano permanece baixa, considerando determinados requisitos de poupança, política fiscal mais firme e as baixas taxas de crescimento global. A contínua deterioração financeira desses países prejudicou a economia global e, indiretamente, o crescimento dos mercados emergentes, incluindo Brasil e China, que já começaram a mostrar sinais de crescimento mais lento, afetando negativamente a Companhia.