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CONEXÕES EM REDE NO ARTESANATO ELETRÔNICO

Para expandir a compreensão acerca dos sintetizadores artesanais e as trocas de informação que animam essa prática, trago, no presente capítulo, uma descrição dos principais endereços nos quais ocorrem as parcerias e a difusão desse conhecimento tecnológico. Busquei trazer os principais fabricantes, vendedores, assim como os fóruns e revistas virtuais onde são discutidas a construção e o uso desses equipamentos.

Observando esses espaços virtuais, percebo que há uma espécie de rede difusa envolvendo o assunto, formada por conexões pontuais e momentâneas, com alguns nós de conhecimento e tecnologia. Apesar de transitórias e focadas em questões pontuais, as conectividades não deixam de proporcionar consistência à produção criativa desses equipamentos. Os fóruns são importantes plataformas para a comunicação entre os interessados nos sintetizadores, possibilitando colaborações na construção dos equipamentos e do conhecimento em si. A ideia da formação de uma rede é trabalhada a partir dos desenvolvimentos do cientista social francês Bruno Latour (2012), assim como a presença de atores não humanos nessa atividade. Visando ampliar a compreensão desses conceitos latourianos, recorri a trabalhos do antropólogo brasileiro Jean Segata (2013; 2014), que articulam essas construções teóricas do francês ao estudo da internet e da chamada “cibercultura”. (SEGATA, 2014).

Para refletir acerca dessa teia de conexões, abordo as construções teóricas de Norma Takeuti (2016) acerca da conectividade, através da noção de “associabilidades lisas”. A autora trabalha com essa noção visando observar, a partir de Latour (2012), as conexões provisórias e dinâmicas de uma sociedade contemporânea cada vez mais interativa, deixando de lado conceitos caros a uma sociologia mais tradicional, tais como laços de sociabilidade ou identidades culturais, insuficientes para o presente estudo, pois estão ligados a ideias como pertença e estabilidade de relações sociais, que nem sempre se encaixam com as dinâmicas das redes virtuais que buscamos observar.

No livro Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede (LATOUR, 2012), o autor reúne alguns aspectos centrais de teorizações que elaborou em sua carreira e desenvolve uma crítica a alguns aspectos das diversas vertentes da sociologia, assim como propostas para superar essas questões. O ponto principal da sua crítica gira em torno da

utilização da ideia de social pelos sociólogos. Tal vocábulo é utilizado para se referir a agregados, associações e, principalmente, grupos já formados e com certa estabilidade. Entretanto, a sociologia costuma utilizar o social como se os laços fossem formados a priori, se referindo a fenômenos como se “social” fosse, nas palavras do autor, “um tipo de material, como se o adjetivo fosse comparável, grosso modo, a outros termos como ‘de madeira’, ‘de aço’, ‘biológico’, ‘econômico’”. (LATOUR, 2012, p. 17).

Para ele, na atualidade, o social está diluído, de maneira que não é possível dizer quais os componentes formam tal domínio, não havendo mais nada específico que o defina. Num momento em que as conexões têm se tornado cada vez mais fugazes, a tarefa da sociologia proposta por Bruno Latour (2012, p. 27), chamada por ele de “sociologia das associações”, ou “associologia”, consiste em investigar tais conexões, atentando para as constantes mudanças que ocorrem nas ligações e no que está sendo ligado. Tal tarefa seria, justamente, o ato de reagregar o social, que dá nome ao livro. Essa interpretação teórica também leva em consideração a presença dos “atores não humanos” nas conexões.

Na construção da ideia de associabilidades, Takeuti (2016) recorre também a algumas teorias elaboradas pelos pensadores franceses Gilles Deleuze e Félix Guattari (2012a; 2014). A partir da ideia de “espaço liso”, em comparação ao “espaço estriado” (DELEUZE; GUATTARI, 2012a), ela trabalha as “associabilidades lisas” (TAKEUTI, 2016), assim como leva em consideração a conectividade e heterogeneidade, abordada pelos pensadores franceses através do conceito de rizoma. (DELEUZE; GUATTARI, 2014).

Compreendo que essas ideias, assim como as teorias formuladas por Bruno Latour (2012) acerca do conceito de rede e as noções acerca do espaço, desenvolvidas por Deleuze e Guattari (2012a; 2012b; 2014), representam uma importante contribuição para o estudo dos sintetizadores e a sua presença na internet, questão que busquei abordar aqui. A seguir, veremos o funcionamento dessa rede através das maneiras como artesãos, vendedores, músicos, sintetizadores, internautas em geral, bem como ideias e conhecimentos se conectam no mundo dos instrumentos eletrônicos.

***

Buscando uma definição acerca dos sintetizadores DIY, recorro ao trabalho de Ray Wilson (2013). Em seu livro, o autor afirma o seguinte:

São pessoas fazendo suas próprias caixas de som eletrônicas, suas máquinas de ruído e seus sintetizadores; (...) é aprender sobre eletrônica e componentes, ler esquemáticos, soldar placas de circuito integrado, e cabear painéis frontais. É aprender onde encontrar os melhores componentes eletrônicos com melhores preços. É aprender que ferramentas e equipamentos você irá precisar para suceder e como descobrir problemas no seu projeto. É ser criativo (...) e, finalmente, é realmente fazer seu próprio sintetizador analógico, de uma coisa pequena, como uma caixa de ruído de baixa fidelidade, a um monstro modular que custaria dezenas de milhares no apogeu dos sintetizadores analógicos. (WILSON, 2013 p. 18, tradução nossa).

A sigla DIY, referente a expressão inglesa “do it yourself”, ou “faça você mesmo”, geralmente é utilizada para se referir tanto a instrumentos produzidos por algum artesão quanto a kits com componentes, material informativo e outros tipos de materiais físicos ou virtuais que auxiliem nesse trabalho manual, ou possibilitem que qualquer iniciante produza um equipamento. Tal termo parece ser mais utilizado para se referir a pessoas relativamente iniciantes na atividade ou que produzem equipamentos para si mesmos. Atualmente, existem diversos fabricantes artesanais de sintetizadores de alta qualidade, alguns dos quais citados nessa dissertação, para os quais o termo DIY não costuma ser utilizado, apesar de se encontrarem inseridos na rede de trocas de informação que envolve os sintetizadores.

É interessante perceber que Wilson não é um observador, como eu, mas um partícipe ativo da rede. Falecido em 2016, ele foi um ator importante no meio dos sintetizadores artesanais, de maneira que os agenciamentos que ele realizou, como o livro e o site citados no capítulo anterior, perduram e continuam contribuindo, auxiliando iniciantes, mas também veteranos da construção de sintetizadores. Em seu site, havia sintetizadores, fabricados por ele, à venda, assim como componentes para a fabricação dos mesmos.

A sua família mantém ativo o site, que ainda disponibiliza muita informação sobre o assunto, além do livro à venda. A página também armazena e disponibiliza gratuitamente os esquemáticos de todos os equipamentos anteriormente vendidos, assim como diversas dicas e indicações gerais sobre o assunto. O site da Music From Outer Space tem também um espaço delimitado para que os visitantes enviem mensagens aos administradores, além de disponibilizar várias músicas gravadas e enviadas por internautas sintetistas de vários lugares do mundo, havendo um pequeno formulário para o envio dessas músicas. Outra sessão importante desse site é a parte que contém links para diversos endereços e fóruns que tratam sobre sintetizadores artesanais, constando uma grande lista à qual recorri durante a pesquisa.

Figura 14 Imagem retirada do site www.musicfromouterespace.com

Já os fóruns online, apesar de possuírem gestores e moderadores, têm o seu conteúdo postado e discutido majoritariamente pelos membros em geral. Na internet, existem fóruns sobre diversos temas, nos quais os internautas discutem, tiram dúvidas, divulgam ideias e compartilham conhecimentos, e no caso dos sintetizadores não é diferente. A seguir, reúno situações que pude observar em alguns dos mais visitados endereços que tratam dos sintetizadores na internet.

O site electro-music.com28, dedicado à música eletrônica em geral, possui um fórum

com uma sessão dedicada a discussões acerca de projetos de hardware e software artesanais, ou DIY, como diz o portal. Dentro dessa sessão há diversos tópicos voltados para os sintetizadores, agrupados tanto pelas tecnologias utilizadas, quanto pelo autor dos projetos, como por exemplo, Ray Wilson, da Music From Outer Space.

Num tópico como o voltado para os trabalhos de Wilson, encontram-se tanto projetos de sintetizadores compartilhados, quanto dúvidas acerca da construção dos mesmos. Questionamentos acerca de, por exemplo, como construir tal sintetizador com uma fonte de energia diferente da colocada no projeto, ou qual entre diferentes opções é mais eficiente na construção de um instrumento, também são comuns. A partir de tais postagens se formam

discussões entre os membros para sanar as dúvidas e muitas vezes surgem novas ideias de construção dos equipamentos.

Na sessão do artesanato da música eletrônica nesse site, encontrei outras postagens muito interessantes, como um glossário com diversos conceitos referentes aos sintetizadores e aos equipamentos eletrônicos em geral, como “analógico”, “corrente alternada” e os tipos de filtro. O autor pede que quem encontrar erros ou souber uma maneira melhor de expressar algum conteúdo, o informe através de mensagem privada dentro do fórum para que ele atualize o glossário. Há um tópico também com diversos tutoriais para iniciantes, mas também para construtores mais experientes. Aí se encontram tanto indicações de livros quanto de canais no portal de vídeos youtube.com.

Outro fórum que cobre o assunto, sendo mais focado nos sintetizadores e na sua música, é o site muffwiggler.com29, indicado a mim pelo interlocutor da pesquisa Dante, sendo também muito citado no filme “I Dream of Wires” (2014), como um dos mais importantes endereços online sobre sintetizadores e música eletrônica. Trata-se de um grande fórum de discussões voltado para os equipamentos da música eletrônica, contendo tanto sua construção artesanal, quanto sua utilização e algumas discussões sobre a música produzida com eles.

O endereço possui cinco sessões básicas: uma voltada para questões operacionais, como anúncios sobre o site e normas de participação do fórum, outra sobre os sintetizadores modulares, uma sobre outros equipamentos musicais em geral, incluindo sintetizadores não modulares. A quarta divisão trata de música feita com sintetizadores e a quinta contém postagens sobre marcas específicas de sintetizadores, sendo a maioria artesanal, e traz a opinião dos membros sobre os equipamentos, assim como informações e tutoriais sobre a manutenção dos mesmos.

Os tópicos voltados para os modulares se dividem entre diferentes tipos de sistema modular, como, por exemplo, o padrão eurorack e alguns outros menos conhecidos. Dentro da sessão de um sistema em particular, há postagens sobre diversas questões: há alguns tópicos fixos com, por exemplo, informações básicas sobre modos de conexão e alimentação, e um voltado para o compartilhamento de fotos dos sistemas dos membros do fórum. Entretanto, a maioria das postagens trazem questões específicas sobre módulos em particular, muitas vezes

com membros buscando a opinião dos outros sintetistas sobre um módulo que planeja comprar ou construir.

Há também uma sessão voltada para discussões sobre a performance de tocar com sistemas modulares. Aí, encontrei várias postagens de pessoas de diferentes lugares do mundo falando sobre suas cenas musicais locais, ou procurando colegas sintetistas na sua região, várias sobre aspectos técnicos dos modulares, como, por exemplo, qual a melhor maneira de usar uma drum machine, ou bateria eletrônica, num sistema modular, e algumas com questões mais subjetivas, como, por exemplo, uma que pergunta “o que torna uma apresentação ao vivo de modular interessante?”. Há também, nessa sessão um tópico fixo para o compartilhamento de vídeos com performances dos membros ao sintetizador.

A sessão voltada para a música em si traz tópicos como discussões acerca do trabalho de artistas da música eletrônica, assim como técnicas musicais e de gravação e produção. Mantendo a mentalidade que visa o compartilhamento, há também um espaço para que membros compartilhem suas produções musicais, obtendo a opinião dos companheiros de fórum e divulgando seu material.

Encontrei a maior parte das discussões sobre os sintetizadores artesanais junto aos tópicos referentes aos equipamentos musicais em geral. Como na maioria dos tópicos, há postagens fixas com, por exemplo, material de aprendizado acerca de eletrônica básica e da montagem desses equipamentos; espaço para o compartilhamento dos sintetizadores montados pelos membros do fórum e divulgação de construtores artesanais que podem ser contratados para montar os instrumentos. Entre as postagens fixas há também uma voltada para a troca e o comércio de componentes e peças voltadas para o artesanato não só de sintetizadores como de equipamentos eletrônicos em geral, tais como pedais de efeitos voltados para a guitarra elétrica. Entre as postagens dos membros em geral, observei muitos levantamentos de dúvidas técnicas sobre sintetizadores sendo construídos. Em várias delas, membros compartilham problemas que encontram em algum projeto artesanal que estão desenvolvendo, de maneira que se estabelecem discussões, com os outros participantes cooperando através da sugestão e a discussão acerca de possíveis soluções para os problemas encontrados.

Outro tipo de tópico importante nesse fórum são as chamadas “wishlists”, ou listas de desejos. Tais tópicos são abertos nas sessões de um determinado tipo de sintetizador. Por exemplo, na sessão voltada para o formato Eurorack, a wishlist está lá para que os membros do fórum compartilhem quais módulos gostariam que fossem construídos. A partir disso, outros

membros escrevem concordando ou não com as propostas e os fabricantes observam e, a partir da viabilidade e da possibilidade de comercialização, elaboram os projetos e produzem os módulos. Aos cinquenta e três minutos de “I Dream of Wires” (2014), Dieter Doepfer, fundador, dono e principal criador da Doepfer Musikelektronik GMBH, afirma que criou diversos módulos a partir das demandas expressadas nesse fórum, demonstrando a importância dele e a comunicação que promove entre os fabricantes e os entusiastas dos sintetizadores, uma vez que a Doepfer é uma das maiores fabricantes dessa área.

Outro endereço online que entendo ser importante citar aqui é o Matrixsynth30. Lançado em 2005, segundo seus administradores, é o primeiro site a tratar de sintetizadores de maneira específica, aprofundando na discussão sobre os equipamentos, suas capacidades e funcionamento. Segundo eles, a página foi pioneira em “mostrar sintetizadores pelos olhos e corações dos usuários comuns, e em mostrar predominantemente sintetizadores de butique31 e

os construtores dos equipamentos que amamos”32.

É importante colocar, que, diferentemente de fóruns online como o Muff Wiggler, para postar no Matrixsynth é preciso enviar a postagem via e-mail ao administrador do site, que a avalia e, caso ela se encaixe na proposta do site, ele realiza a postagem, indicando o autor, que pode ser algum entusiasta da música eletrônica, mas também fabricantes divulgando seus produtos. O site possui também uma área voltada para a compra e venda de sintetizadores, na qual os internautas podem anunciar seus equipamentos. De maneira semelhante a um blog, é possível postar comentários nos artigos, que são geralmente respondidos pela administração do portal ou pelo autor da postagem.

No arquivo de postagens33 do Matrixsynth, consultei que há mais de doze mil artigos com a marcação DIY. Entre elas, há muitas postagens ensinando procedimentos, como a manutenção, a customização ou modificação de equipamentos, a construção de peças para sintetizadores, ou a de sintetizadores ou módulos completos. Há muitos artigos com vídeos e

30 Confira em http://www.matrixsynth.com/. Acesso em: primeiro de setembro de 2017

31 Sintetizador de butique é um termo utilizado pelos sintetistas para se referir a equipamentos produzidos por pequenas empresas, geralmente artesanalmente, diferentemente das grandes empresas industriais. Tais instrumentos têm um caráter, de certa maneira, luxuoso, por serem produzidos à mão com muita atenção para detalhes, por isso a denominação “de butique.”

32 Consultado em http://www.matrixsynth.com/p/how-to-post-on-matrixsynth.html. Acesso em 1 de setembro de 2017.

33 Em http://www.matrixsynth.com/p/archives.html podemos listar as postagens de acordo com as marcações relacionadas aos diversos assuntos, ou, em inglês, as tags.

áudio de demonstração de sintetizadores artesanais, sejam eles montados pelo próprio usuário, ou por algum fabricante artesanal.

Observando os endereços citados anteriormente, principalmente Muff Wiggler e Matrixsynth, pude ter uma visão de algumas das principais fontes de informação sobre sintetizadores, em particular os ditos DIY, na internet. Percebi que, diferentemente do primeiro, o segundo não possui uma rede tão ativa com membros comentando e estabelecendo discussões nas postagens. Entretanto, ambos os endereços representam fontes riquíssimas de conhecimento sobre o assunto, que permitem a inserção de neófitos nessa atividade. Compreendo também que fóruns, como o Muff Wiggler, que não tratam exclusivamente de sintetizadores artesanais, lidam com os equipamentos sonoros eletrônicos de maneira geral através de uma mentalidade que preza pelo compartilhamento da informação e da tecnologia, visando tanto o aprendizado de todos quanto o aprimoramento dos equipamentos.

Acerca das diversas trocas de informações, experiências e tecnologias nesses fóruns e endereços, percebermos que se estabelecem diversas associações que não são estáveis nem fixas, sempre se modificando em função das diversas conexões estabelecidas e encerradas. Na maioria das vezes, as parcerias são temporárias. Um internauta que contribui indicando alguma melhoria para um projeto não se encontra necessariamente ligado ao autor desse projeto por nenhum tipo de vínculo social duradouro. Porém, não deixa de ocorrer uma cooperação que visa o aperfeiçoamento tanto da técnica dos artesãos quanto do funcionamento do equipamento específico e da tecnologia dos sintetizadores em geral. Dessa maneira, compreendo que se mostra frutífera a noção de “associabilidades” (TAKEUTI, 2016), citada anteriormente.

A partir da observação dos fóruns e sites voltados para os sintetizadores, assim como através dos vídeos consultados, pude encontrar, no contexto do artesanato DIY, algumas situações desempenhadas pelos atores humanos, ou, colocando de outra maneira, algumas formas de se conectar. Penso que uma breve descrição delas pode contribuir para uma visão mais ampla dessa rede de conexões provisórias.

Pesquisando na web, e, com a ajuda de Dante, identifiquei fabricantes artesanais que visam à comercialização dos seus produtos, tais como o brasileiro Vinícius Brazil34, os norte-

americanos da Make Noise Music35 e da Metasonix36 e diversos outros que encontrei listados

em sites como o Muff Wiggler. Geralmente são pequenas empresas ou profissionais autônomos

34 Confira em: http://www.vbrazilsystems.com. Acesso em: 16 de maio de 2017. 35 Confira em: http://www.makenoisemusic.com. Acesso em: 16 de maio de 2017. 36 Confira em: http://www.metasonix.com/index.php. Acesso em: 16 de maio de 2017.

que, muitas vezes, produzem sob encomenda, possuindo tanto modelos modulares quanto normalizados. Os sintetizadores podem sair da maneira que o comprador escolher, e se trata de um trabalho minucioso e custoso. A empresa norte-americana Modcan37 é um exemplo nesse sentido, produzindo sintetizadores manualmente e a partir de encomendas, sendo utilizados por grandes nomes da música como a banda Daft Punk e o DJ Deadmau5.

Segundo o seu site, a Metasonix funciona em uma casa na Califórnia e produz somente sintetizadores, tanto modulares quanto normalizados, e pedais de efeito que funcionam com válvulas. Uma marca com grande alcance, seus produtos são vendidos através de representantes em diversos países. Seus produtos, considerados de alta qualidade possuem um elevado custo de compra, sendo utilizado, segundo o artigo sobre eles na enciclopédia virtual Wikipedia38, por artistas de grande nome como Aphex Twin, Trent Reznor e U2.

Figura 15 A pequena casa onde são fabricados os produtos da Metasonix, extraída da sua página oficial39).

A Make Noise, também sediada nos Estados Unidos da América, foca a sua produção em sintetizadores modulares com transístores, e caixas e pedestais voltados para a instalação de sistemas modulares. De maneira semelhante à Metasonix, seus produtos podem ser adquiridos

37 Confira em: http://www.modcan.com/index.html. Acesso em: 15 de setembro de 2017.

38 Confira o artigo a respeito da Metasonix na Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Metasonix. Acesso em: 5 de setembro de 2017.

39 Imagem pode ser conferida no seguinte endereço: www.metasonix.com/index.php/contact. Acesso em: 5 de setembro de 2017.

através de vendedores autorizados espalhados em diversos países. Em sua página, podemos ver imagens que retratam o processo de construção manual dos produtos dessa empresa.

Figura 16 Registro da produção manual dos sintetizadores da Make Noise Music, disponível na página da marca

Identifico também artesãos que produzem equipamentos para eles mesmos tocarem, ou para emprestar ou dar a amigos, geralmente músicos, utilizarem. Entre esses, posso citar o

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