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Nos discursos produzidos pela EA, a inserção das incertezas e controvérsias sobre a temática ambiental se apresenta como um interessante caminho que nos possibilita, definitivamente, questionar sobre a ideia da existência de um “consenso aparente” em relação às questões de ordem ambiental.

Voltando nosso olhar para as práticas escolarizadas de EA, assim como muitos autores, reconhecemos que ela tem muito a contribuir na apresentação, por meio de uma visão complexa de natureza, de uma realidade ambiental que envolve discussões controvertidas, sendo que esta nova visão contribui de maneira significativa para o enfrentamento daquilo que se chama de “crise ambiental”. Por este motivo, reconhecemos que as práticas de EA que privilegiam a apresentação desta realidade complexa e das controvérsias relacionadas à temática ambiental, trabalhadas em conjunto com as dimensões do conhecimento, valores e participação política, possam contribuir de maneira positiva para a construção de um novo entendimento não somente sobre a natureza, mas também sobre o meio social, político, econômico e científico.

Um tema ambiental que nos retrata de maneira bastante clara essa realidade complexa e controversa é o das mudanças climáticas. O fenômeno está cercado por diferentes complexidades e os discursos elaborados sobre este assunto são frequentemente cercados por posicionamentos distintos. A comunidade científica apresenta diversos posicionamentos divergentes ao retratar sobre as causas e consequências das mudanças climáticas. Os modelos elaborados para compreensão da evolução da situação climática e para a apresentação de possíveis “previsões” sobre o futuro do clima são passíveis de várias críticas. Os interesses políticos e econômicos, que geralmente almejam o desenvolvimento das nações envolvidas, influem de maneira direta na tomada de decisões sobre as medidas de mitigação a serem tomadas em relação ao fenômeno, o que, geralmente, afeta diretamente o modo de vida da população em geral.

Levando em consideração esse entendimento sobre os temas ambientais, nos propomos a investigar como as mudanças climáticas são compreendidas pelo campo de pesquisa da EA. A escolha das dissertações e teses como documentos de análise justifica-se pela pequena circulação desses trabalhos e pela dificuldade de acesso aos dados produzidos por tais pesquisas. Reconhecemos que a oportunidade de reunir as teses e dissertações de EA

que tratam sobre o tema nos ofereça a chance de mapear o que já se produziu sobre mudanças climáticas, encontrando lacunas e sugerindo pontos para reflexão.

A partir desse momento, organizamos nossas ideias resultantes das análises dos dados coletados a fim de sistematizar quais as compreensões que o campo de pesquisa da EA vem apresentando sobre o fenômeno das mudanças climáticas.

Essa pesquisa foi efetivada em duas etapas. Primeiramente, realizamos um mapeamento da produção teórica da área através de uma ficha de classificação. A leitura dos títulos, resumos, palavras-chave e demais informações fornecidas pela CAPES nos permitiram obter importantes informações sobre dados institucionais e alguns descritores presentes nesta ficha. Posteriormente, partimos para uma análise aprofundada de 11 dos 17 trabalhos que constituem nosso corpus documental. Os dados desse mapeamento nos apresentam que:

 Até o ano de 2010 foram produzidos 17 trabalhos que tratam do tema mudanças climáticas, sendo que estes são representados apenas por dissertações de mestrado. O número de trabalhos oscila regularmente, entre 1 e 2 trabalhos a cada 2 anos, a não ser nos anos de 2008 e 2010, que identificamos a produção de 7 e 4 dissertações, respectivamente.

 A produção está localizada em sete estados diferentes, sendo que há predominância do eixo Sul-Sudeste. Os 17 trabalhos selecionados a partir do banco de teses da CAPES estão vinculados a 16 IES diferentes, sendo que o número de trabalhos produzidos pelas instituições públicas praticamente iguala-se ao número de dissertações produzidas pelas instituições privadas;

 Grande parte dessas pesquisas está vinculada aos programas de Pós-Graduação em Educação ou Ensino, sendo que apenas 2 vinculam-se aos programas de outras áreas: “Física Ambiental” e “Estudos populacionais e pesquisas sociais”.

Também sistematizamos algumas informações referentes a alguns descritores presentes na ficha de classificação utilizada para tal mapeamento. O contexto educacional mais enfatizado por estes trabalhos foi o escolar. Nota-se um número variado referente à área curricular abrangida por estas pesquisas, visto que as mais expressivas foram a de Química, a de Comunicação e Jornalismo e a de Física. Entendemos que a Química e a Física são as áreas do conhecimento que mais oferecem subsídios para a definição do fenômeno, enquanto o meio midiático, representado pela área de comunicação e jornalismo, é o meio pelo qual o fenômeno é mais divulgado.

O tema ambiental mais recorrente foi o das mudanças climáticas. Também identificamos os temas aquecimento global e efeito estufa, dentre outros. Por fim, o principal tema de estudo identificado foi o de recursos didáticos. Os materiais mais recorrentes foram livros didáticos, mídia impressa e virtual, documentários e jogos. Também identificamos dois trabalhos que propõem e criam novos materiais didáticos para a EA, como jogos e CDs para auxílio dos professores.

Na segunda fase de desenvolvimento da presente pesquisa, optamos por realizar uma análise dos textos integrais das dissertações constituintes do corpus documental a fim de alcançar aos demais objetivos do nosso trabalho. Entretanto, nem todas as dissertações apresentavam uma discussão minuciosa sobre as mudanças climáticas e, por este motivo, selecionamos apenas aqueles trabalhos em que se realizava uma discussão “consubstancial” sobre o tema mudanças climáticas, o que nos auxiliou na escolha de 11 dissertações.

A leitura desses trabalhos nos permitiu a construção de seis categorias de análise, a saber: “caracterização de aquecimento global”, “caracterização de efeito estufa”, “causas”, “consequências”, “medidas de mitigação” e “prática de EA e o tema mudanças climáticas”.

Durante a análise desses dados, frequentemente pudemos identificar, nos excertos selecionados para a análise, indícios que nos apresentam as dimensões do trabalho educativo com a temática ambiental, tais como:

 A dimensão dos conhecimentos é trazida durante a apresentação de conceitos científicos, principalmente na apresentação de definições para os fenômenos aquecimento global e efeito estufa, que geralmente utilizam conceitos ligados à Física e à Química.

 A dimensão valorativa faz-se presente quando há a apresentação das medidas de mitigação, sendo que a apresentação destas nos incita a refletir sobre a relação que estabelecemos com a natureza e sobre o que estamos “priorizando” quando discutimos sobre as consequências atingidas pelo fenômeno.

 A participação política é incentivada durante a apresentação das diferentes discussões entre o meio científico e político, o que nos incita a tomar um posicionamento.

Um dado interessante é que em todos os trabalhos em que estava presente a definição para o fenômeno do aquecimento global, apresentava-o como o aumento da “temperatura média” terrestre. Esses trabalhos não retratavam as controvérsias científicas existentes para esta definição apresentada para o fenômeno.

Do ponto de vista científico, o efeito estufa foi definido de maneira correta em todas as dissertações que se apresentavam tais definições, já que este sempre foi reconhecido como um

fenômeno natural. Aqueles que buscam apoio na Física para explicar fenômeno do efeito estufa, geralmente recorrem a conceitos como: temperatura, energia, equilíbrio termodinâmico, comprimento de onda, radiação, reflexão, espalhamento, absorção, Lei de Wien, radiação de corpo negro, Lei de Stefan-Boltzmann, teoria da transferência radioativa, calor latente e sensível, etc. A Química geralmente aparece nos trechos em que se faz referência aos tipos de gases que compõem naturalmente a atmosfera.

Entretanto, esperávamos encontrar uma quantidade maior de excertos em que estivessem presentes as discussões científicas sobre as causas e a evolução no tempo do efeito estufa, o que revela sua complexidade e algumas controvérsias, informações identificadas apenas em uma dissertação (D1). As discussões relacionadas à contribuição do CO2 para o fenômeno também estiveram presentes nos excertos, entretanto a maior parte das dissertações apresenta este como principal gás estufa, negligenciando os demais gases presentes na atmosfera e as discussões científicas sobre o “peso” desses gases para o fenômeno.

Baseados principalmente em referenciais do relatório produzido pelo IPCC em 2007, de 70% dos trabalhos apresentam a consideração de que o ser humano seja, de fato, responsável pelas mudanças climáticas. Através destas considerações, os autores deixam clara a ideia de que a atividade antrópica é a principal, senão única, causa das variações climáticas com as quais convivemos. Apresentam-se a atividade industrial e a consequente deposição de CO2 na atmosfera como sendo responsáveis pela intensificação do efeito estufa, o que ocasiona o desequilíbrio energético da atmosfera. Nestes trabalhos, não são apresentadas as controvérsias suscitadas no meio científico no que diz respeito à apresentação de outras causas para o fenômeno em questão.

É interessante mencionar que em duas dissertações (D1 e D13) identificamos discussões significativas sobre as metodologias utilizadas para a constatação de que a concentração de gás carbônico na atmosfera esteja se elevando, bem como das elevações das temperaturas superficiais terrestres. Frente à complexidade desses fenômenos climáticos, esses métodos de coleta de dados, que nos apresentam a existência de uma correlação entre a elevação da concentração de CO2 e da temperatura superficial terrestre, são bastante questionados por estas dissertações.

Por outro lado, também agrupamos alguns excertos que apontam para a origem natural das mudanças climáticas, nos quais seus autores indicam o caráter natural do fenômeno e a possibilidade de que o ser humano possa estar contribuindo de alguma forma para intensificar essas mudanças no clima. Nesses trabalhos, além de apresentar a origem também natural das

mudanças do clima, faz-se presente a ideia de que estas diferentes constatações são responsáveis pela geração de controvérsias dentre os cientistas.

As consequências do fenômeno são discutidas por nove dissertações que apresentam principalmente grandes catástrofes climáticas, como: elevações das temperaturas superficiais terrestres, aumento das áreas desérticas; expansão dos oceanos; diminuição das áreas litorâneas; tempestades violentas; perda de colheitas e aumento da vulnerabilidade de comunidades rurais, etc., bem como os impactos que estas catástrofes acarretarão para a humanidade como um todo.

Outra constatação interessante é que a ocorrência dessas consequências é trazida como certa por estes trabalhos, o que nos auxilia a concluir que a complexidade aqui é negligenciada, ou seja, que estamos lidando com possibilidades e previsões que podem ou não se efetivar visto a grande quantidade de componentes do sistema climático e as inúmeras possibilidades de relações que podem ser estabelecidas entre esses componentes. As incertezas que acompanham o meio científico, ao discutir sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas sobre o ambiente e sociedade, bem como o reconhecimento da realidade climática complexa, principalmente no que se refere ao fato de que essas são previsões, passíveis de dúvidas e incertezas, não estão presentes nas discussões desses trabalhos que apresentam tais consequências.

Por outro lado, alguns excertos nos remetem a ideia da existência de uma realidade complexa por trás das mudanças no clima. Em duas dissertações (D1 e D13) discorria-se sobre os impactos que o fenômeno remete à economia de um país e sobre as discussões existentes por trás da adoção de algumas medidas de mitigação, apresentando assim algumas controvérsias políticas sobre o assunto.

Em relação às medidas mitigáveis, todos os trabalhos apresentavam a redução da emissão de gás carbônico como a principal medida a ser tomada para reverter o fenômeno. Em alguns trabalhos esta relação aparecia de maneira linear, ou seja, era divulgada a ideia de que a redução nas emissões de CO2 necessariamente implicaria na redução da temperatura terrestre. Em outras dissertações, embora sendo poucas, apresentavam-se algumas considerações sobre a realidade complexa, principalmente quando eram levados em consideração os demais fatores que influem na tomada de decisão em aderir ou não a redução na emissão de combustíveis fósseis (visto que a decisão de adotar tais medidas está cercada por interesses políticos e econômicos) e quando se discutia sobre o fato de que a relação entre CO2 e diminuição de temperatura não ocorre de maneira simples e direta.

Nas dissertações analisadas, também se faz presente, de maneira significativa, alguns apontamentos em relação ao trabalho com o tema mudanças climáticas nas atividades de EA. Geralmente, pontuava-se algum meio para levar as discussões para sala de aula ou discorria- se sobre as consequências positivas dos trabalhos educativos diretamente ligados ao assunto. Em duas dissertações identificamos a apresentação de propostas didáticas para o trabalho educativo com o tema mudanças climáticas e em outras três identificamos algumas considerações referentes às contribuições que o trabalho com o tema traria para a EA.

A primeira proposta educativa identificada faz referência a um jogo elaborado pela autora da dissertação que concerne aos temas: sustentabilidade, resíduos sólidos e mudanças climáticas. Por meio da análise deste material proposto, foi possível identificar a preocupação da autora em conscientizar os alunos, já que eles são levados frequentemente a refletir sobre atitudes a serem tomadas que podem reduzir a intensificação do efeito estufa e consequentemente minimizar as mudanças no clima. A segunda proposta faz referência a uma sequência de 10 aulas em que foi tratado sobre as controvérsias associadas ao aquecimento global, principalmente no que se refere à atribuição de causas para o fenômeno. As controvérsias científicas são as mais enfatizadas, entretanto o autor não deixa de lado a interferência destrutiva do ser humano sobre a natureza.

Sendo assim, este percurso da análise dos excertos selecionados esboça um quadro acerca das compreensões desenvolvidas pelo campo de pesquisa da EA sobre o fenômeno das mudanças climáticas. A realidade complexa e as controvérsias associadas a este fenômeno ambiental são pouco enfatizadas pelo campo de pesquisa da EA (aqui representado pelas dissertações selecionadas). A complexidade inerente do fenômeno é enfocada principalmente através do viés político e econômico, ao se tratar sobre as medidas de mitigação. A consideração da existência de uma realidade climática sistêmica, não linear, probabilística e irreversível não é apresentada de maneira direta, mas pode ser identificada em alguns excertos. A complexidade dos modelos climáticos também foi apresentada em poucos excertos. Quando são enfatizadas, as controvérsias científicas são as mais apresentadas principalmente ao se tratar das causas do fenômeno, já as controvérsias políticas foram identificadas ao apresentar-se sobre as dificuldades de que os líderes mundiais cheguem a um consenso em relação à adoção das medidas de mitigação. Ainda é predominante no campo de pesquisa da EA a ideia de catástrofe, certeza e consenso quando o assunto está relacionado às mudanças do clima.

Este panorama geral sobre as compreensões elaboradas no campo de pesquisa da EA a respeito das mudanças climáticas nos permite apresentar alguns questionamentos: O que

esperamos das nossas práticas educativas relacionadas diretamente aos temas ambientais? Que estas forneçam subsídios para que os sujeitos envolvidos possam participar de maneira qualificada da vida social e das discussões que envolvem uma decisão coletiva? Que apresente aos alunos uma realidade complexa, marcada pela incerteza e controvérsia?

Ao mesmo tempo, estes questionamentos também abrangem a própria EA: Qual a concepção que possuímos sobre os processos educativos? Que compreensões apresentamos sobre a temática ambiental?

As conclusões obtidas através da análise efetivada nessa dissertação nos permite refletir sobre as possíveis respostas que buscamos dar a estas questões postas. Reconhecemos a necessidade de que os cidadãos, por meio de um entendimento complexo da realidade, apresentem uma visão mais abrangente sobre a temática ambiental e as relações que estabelecemos com a natureza. Reconhecemos ainda que a EA nos proporciona as condições necessárias para inseri-los no âmago da questão, potencializando o senso da necessidade da transformação da relação que estabelecemos com o meio ambiente de modo que estes impactos possam ser minimizados, mas que, ao mesmo tempo, também incite o desenvolvimento de um sendo crítico e questionador sobre estas questões. Concordamos com as constatações apresentadas pelo autor da dissertação D13, ao apontar que:

É reducionista acreditar que o ensino de conceitos de física, química, climatologia e qualquer outro campo disciplinar para a compreensão da realidade sejam suficientes e satisfatórios ao universo humano. O posicionamento pessoal e a responsabilidade de cada ato transcendem o teórico, e qualquer enunciação não pode ser adjetivada apenas de “cientificamente embasada”, pois carrega em si outras dimensões do sujeito, tão ponderativas e importantes quanto (p. 74).

O debate sobre as questões socioambientais controversas e complexas tornam o ambiente educativo um lugar privilegiado para o desenvolvimento de um pensamento participativo, crítico e bem fundamentado.

As mudanças climáticas aqui apresentadas nos revelam claramente um mundo cercado pela complexidade, na medida em que não são encontradas soluções e explicações plausíveis através de um pensamento cartesiano. Há de se destacar, no entanto, que mesmo considerando as controvérsias e incertezas associadas ao fenômeno das mudanças climáticas e considerando as complexidades que constituem o fenômeno, não podemos descartar o fato de que o ser humano, como um elemento constituinte deste gigantesco sistema complexo que é o terrestre, também interfira nas variações climáticas. Os impactos socioambientais apresentam

justificativas suficientes para repensarmos a relação do ser humano com a natureza e do ser humano consigo mesmo.

Por este mesmo motivo, não devemos levar em consideração apenas um único ponto de vista ou fator que interfira diretamente nas mudanças do clima e que as relações entre esses diversos elementos (tanto naturais quanto antrópicos) nos apresentam um futuro climático cercado pela incerteza, irreversibilidade e imprevisibilidade.

Por fim, deixamos claro que a nossa intenção não é a de propor um modelo a ser seguido para o trabalho com o tema mudanças climáticas em atividade de EA. Entendemos as especificidades e os objetivos a serem alcançados em cada situação. Não há para a educação ou para a educação ambiental, de maneira específica, uma prática que seja ideal ou uma “receita” a ser seguida. A prática educativa é influenciada por diversos fatores e obstáculos, ela desenvolve-se diante nosso aprendizado particular, mediante “erros e acertos” e com aportes teóricos específicos, que guiem nossas reflexões sobre nosso trabalho.

Tendo em mente esse panorama acerca das compreensões apresentadas pelo campo teórico da EA sobre as mudanças climáticas, visto que a maior parte dos trabalhos analisados faz referência ao contexto escolar, entendemos que uma possível implicação desta pesquisa para estudos futuros seria a de investigar como as práticas escolares de EA têm apresentado a referida temática aos estudantes: Há diferenças entre as concepções sobre o tema que são destacadas nessas práticas com aquelas identificadas nesta pesquisa? Quais os impactos que o destaque destas características do fenômeno traz para essa prática educativa?

Ao mesmo tempo, também poderíamos questionar sobre as reais consequências que o destaque das complexidades e controvérsias (não apenas das mudanças climáticas, mas também de outros temas ambientais que possuem esta característica) traria para a vida dos sujeitos envolvidos nesses processos educativos, poderíamos ainda investigar sobre as mudanças de pensamentos, atitudes e ações perante o trabalho com esta característica da referida temática, etc.

Em fim, é importante que, através de uma visão complexa de mundo, da questão climática e dos demais temas ambientais, reconheçamos que não estamos lidando com certezas absolutas, mas sim com um mundo complexo que se constitui de controvérsias, probabilidades, irreversibilidade, etc.

Referências Bibliográficas

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