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A internet trouxe inúmeras mudanças no contexto social, econômico e político de todos os países que a ela se conectam. Houve incontáveis inovações em diversos campos do conhecimento. Com o Direito Tributário, não foi diferente.

O desenvolvimento e a popularização da Rede trouxeram diversos conceitos novos e rompeu com vários conceitos já consagrados nos ordenamentos jurídicos de diversos países.

Conforme já mencionado, o sistema tributário aplicado no Brasil foi criado na década de 60, ou seja, em um período no qual o processo de globalização moderno ainda se encontrava em um estágio prematuro e praticamente não desenvolvido.

Durante muito tempo o sistema tributário nacional foi adequado ao contexto sócio-econômico brasileiro. Entretanto (e naturalmente), não há como uma legislação criada em um determinado contexto sócio-econômico disciplinar perfeitamente as novas situações fáticas e as novas relações jurídicas que vieram a se desenvolver décadas

       

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Tradução Livre: Atualmente não existem impostos aduaneiros sobre transmissões eletrônicas. Os Estados Unidos e Japão irão trabalhar em direção a uma compreensão global na qual esse ambiente de livre comércio deve permanecer, pois o livre comércio no comércio electrónico irá promover o crescimento do comércio eletrônico e o crescimento econômico mundial.

Os Estados Unidos e do Japão com o anúncio dos ministros do Quad irão trabalhar em um programa de trabalho abrangente na OMC sobre os aspectos comerciais do comércio eletrônico, e os dois países vão participar ativamente neste processo. Enquanto isso, os dois países vão adotar uma paralisação, como descrito na declaração de Quad, que preserva a prática atual de não aplicar impostos aduaneiros sobre as transmissões eletrônicas.

Vamos participar ativamente no âmbito da OECD para o desenvolvimento de condições para a tributação do comércio eletrônico. Estreita cooperação e assistência mútua são necessárias para assegurar uma administração fiscal eficaz e para evitar a evasão e a fraude na Internet.

depois. Uma dessas novidades jurídicas são as transações realizadas exclusivamente por meio do comércio eletrônico, ou seja, a comercialização de bens essencialmente intangíveis.

Atualmente, o comércio eletrônico já movimenta cifras bilionárias por todo o mundo, ou seja, é inegável que é um setor de alta relevância para as autoridades tributárias. Além disso, em razão da grande interconectividade que há entre os usuários da internet, o comércio eletrônico não fica adstrito a um só país, mas sim atinge todos os países que dela fazem parte, principalmente quando se trata do comércio eletrônico direto, ou seja, aquele no qual são negociados bens intangíveis. Dessa forma, não é apenas o Brasil que enfrenta esse tipo de problema relacionado à tributação do comércio eletrônico.

Em um contexto internacional, faz-se necessário observar de que forma as grandes organizações internacionais estão se posicionando diante do tema, bem como é importante analisar exemplos de como as autoridades tributárias de importantes países no contexto do comércio eletrônico estão reagindo a essa nova forma de se negociar.

Dentre as mais importantes organizações que estão analisando e discutindo soluções para o tema, merecem destaque a OMC, a OCDE, a UNCITRAL, a W3C, o ICANN e o IETF. Essas organizações vêm debatendo e pesquisando sobre a tributação do comércio eletrônico, principalmente no tocante aos bens intangíveis transferidos via download, uma vez que é um tema de grande relevância para todos os países e suas administrações tributárias.

Ao analisamos os trabalhos que vem sendo desenvolvidos por essas organizações nos últimos anos, conclui-se que ainda não se chegou a nenhum consenso no que diz respeito à implementação e à cobrança de tributos incidentes sobre o comércio eletrônico.

Entretanto, isso não quer dizer que não houve nenhum avanço. Através do trabalho das referidas organizações internacionais, estão sendo desenvolvidas várias tecnologias de suporte para o comércio eletrônico para facilitar a identificação dos usuários, aumentar a precisão da localização de pontos de acesso e reforçar a segurança das transações realizadas no âmbito virtual. Além disso, estão sendo debatidos os conceitos e definições pertinentes ao comércio eletrônico, de forma que haja uma padronização dos conceitos, princípios e procedimentos de segurança nas transações,

facilitando o comércio e a identificação da ocorrência de fatos geradores de obrigações tributárias.

Ademais, da análise da abordagem dada ao tema pelas administrações tributárias de alguns dos ordenamentos que mais participam do comércio eletrônico (Estados Unidos, União Européia, China e Japão), tem-se que:

a) nos Estados Unidos, apesar de o país possuir um posicionamento voltado a não-tributação do comércio eletrônico, alguns Estados utilizam-se de sua liberdade e autonomia para cobrar impostos sobre as transações online. Assim, alguns Estados criaram legislações específicas para o comércio de produtos digitais, outros expandiram a interpretação de leis já existentes para abranger os bens intangíveis, outros, por sua vez, resolveram por isentá-los, ou seja, não há um consenso nos Estados Unidos quanto ao que deve ser feito em relação à tributação de bens intangíveis, razão pela qual o país está fortemente engajado nas pesquisas e debates realizados pelas organizações internacionais já mencionadas;

b) na União Européia, o principal problema se dá devido à multiplicidade de jurisdições, o que dificulta a delimitação da competência para cobrar impostos, a fiscalização da ocorrência de fatos geradores e a cobrança dos impostos devidos. Dessa forma, está sendo discutida uma reformulação no VAT, que é o principal tributo incidente sobre o comércio, de forma que se atinja um grau de uniformização que permita a tributação do comércio eletrônico ainda que inserido em um contexto de multiplicidade de ordenamentos;

c) na China, o comércio eletrônico é um fenômeno recente, mas que está em crescimento exponencial. Muitas leis vêm sendo aprovadas no sentido de aumentar a segurança e a confiabilidade do comércio virtual, o que incentiva a sua popularização. Diante de tal crescimento, a administração fiscal chinesa possui interesse em tributar o comércio eletrônico, entretanto, o país ainda não possui leis que estabeleçam impostos sobre esse tipo de comercialização. Apesar disso, algumas cidades já estão utilizando sua autonomia para editar leis que instituam impostos sobre o comércio virtual em uma esfera local;

d) no Japão, as autoridades fiscais têm grande interesse em tributar o comércio virtual por dois grandes motivos. O primeiro é que, em função do alto grau de penetração dessa forma de comércio na sociedade japonesa, o volume de capital que circula nessas transações constitui uma base de incidência de tributos altamente

relevante para a arrecadação fiscal. O segundo motivo é que o país vem sofrendo uma defasagem em sua base de arrecadação fiscal por conta do envelhecimento da população, o que vem diminuindo significativamente a arrecadação proveniente da renda, e por conta do êxodo fiscal que vem ocorrendo em função da alta carga tributária existente no país e da facilidade de mudança de ordenamento jurídico que a internet proporciona aos indivíduos e empresas no mundo virtual. Dessa forma, o Japão vem sendo um dos países mais ativos nas discussões internacionais acerca do tema, uma vez que tem pleno interesse em que sejam estabelecidos padrões e regras internacionais para iniciar a tributação no comércio eletrônico, o que deve acontecer em um futuro próximo, sob pena de enorme prejuízo à máquina estatal não só do Japão, mas de diversos países.

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