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8. Passagem na meta

8.1 Considerações finais

Ao longo deste ano letivo, foram muitas as experiências e vivências numa escola real, no papel de professor. Através deste relatório final, procurei refletir de uma forma construtiva e crítica acerca dos acontecimentos marcantes neste EP, que foi o meu primeiro ano como professor e o início de mais uma grande maratona. Com ele, culminou uma fase da minha formação académica, no entanto, não devemos ver isso como uma estagnação do processo de

aprendizagem. Devemos encarar este “fim” como o início de uma nova

maratona, em que o objetivo será continuar a evoluir, num continuum em que a

aprendizagem e a evolução andam de “mãos dadas” ao longo da vida dos

professores.

Olhando as experiências vivenciadas ao longo do estágio profissional, creio que consegui retirar algo de positivo em todas elas enquanto futuro docente, não só pelas competências adquiridas, mas também pela forma como procurei ultrapassar as dificuldades que fui encontrando. Todavia, é crucial realçar a importância da capacidade reflexiva que, como referem Fontana e Fávero (2013), faz com que o professor, não conheça apenas a sua prática, mas passe também a conhecer-se melhor a si mesmo. Tal como defende Bento (2003, p.175), “sem uma reflexão posterior acerca das aulas, sem uma avaliação crítica do próprio trabalho, verifica-se imediatamente um retrocesso dos resultados em todos os aspetos do ensino: da aprendizagem, da docência, da sua planificação, preparação e realização”. Neste sentido, a reflexão da prática e das minhas ações incrementou a qualidade das aulas e, consequentemente, resultou na minha evolução enquanto professor, assumindo, assim, uma grande importância no meu processo de formação.

Durante este EP, ficou também percetível que o professor não detém o conhecimento absoluto. Para além disso, o professor não pode ser apenas um conhecedor da matéria de ensino e aquele que apenas a debita. Para contrariar um processo que coloca o professor no centro do processo, consideramos que uma boa estratégia para a aprendizagem dos alunos e para a nossa própria aprendizagem, era sair da nossa zona de conforto e motivar os alunos a fazer algo diferente. Como tal, colocar o aluno no centro do processo foi uma

prioridade. Esta abordagem assumiu uma elevada importância, pois como referem Mesquita e Graça (2016), este posicionamento é favorável à aprendizagem, porque estão diretamente relacionadas com o empenhamento dos alunos nas tarefas, algo que advém da responsabilização que lhes é atribuída. Esta opção beneficiou, claramente, os alunos, visto que na perceção deles, aprenderam e divertiram-se mais.

Em suma, aquilo que poderia ter sido um “sprint”, pela ideia de rapidez com que passou este EP, foi, acima de tudo, uma maratona. Maratona de conhecimentos, aprendizagens e lições que me ajudaram a evoluir na profissão docente e que me tornaram melhor professor. Para além disso, como em todas as maratonas, o espírito de sacrifício e de trabalho foram cruciais ao longo desta experiência, tornando este ano gratificante.

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Guião da Entrevista (UD de Andebol)

Objetivo: captar a perceção dos alunos acerca das experiências tidas nas aulas de Educação

Física de Andebol ao nível da motivação, autonomia, responsabilidade, colaboração e aprendizagem sob a égide do MED

Contextualização

Questão Objetivo

Como foram as experiências que tiveram nas aulas de Andebol? (gostaram, não gostaram?

Houve diferenças?) Percecionar o interesse e a motivação dos alunos nas aulas desta modalidade.

O que é que mais gostaram e o que é que gostaram menos) Porquê?

Quais são as principais diferenças que notaram nas aulas de andebol do 1º e 2º períodos?

Saber se os alunos gostam ou não da modalidade, o que gostam e não gostam. Comparar entre o 1º e o 2º período.

MED

Questão Objetivo

O que é que acham da estrutura e

Perceber a opinião dos alunos acerca do papel do aluno e do professor na estrutura organizativa das aulas de andebol.

organização das aulas de andebol no 2º período? O que é que mais gostaram? E o que é que menos gostaram? Porquê? Qual a vossa opinião acerca das competições realizadas entre equipas (ao nível da motivação e do empenho)? Este ambiente competitivo ajudou a melhorar o vosso desempenho ou, pelo contrário, piorou?

Percecionar o efeito das competições sobre o empenho e motivação dos alunos, bem como o nível da aprendizagem.

Como é que interpretam a autonomia e responsabilidade que vos foi dada nas aulas? O que acham da função que desempenharam? Qual(ais) é que gostavam de experimentar?

Percecionar a opinião dos alunos relativamente à autonomia que tiveram na aula (situações de aprendizagem, funções de capitão, treinador, preparador físico, árbitro, jornalista, estatístico).

Qual a vossa opinião acerca da dinâmica do trabalho em grupo?

Perceber se o trabalho em grupo funcionou como elemento de envolvimento afetivo e social, contribuindo para o estabelecimento de relações de entreajuda, cooperação e espírito de grupo durante as aulas.

Apreciação Global e Sugestões

Questão Objetivo

Na vossa opinião, o que é que pode ser

melhorado nas aulas para estarem mais Perceber que melhorias podem ser motivados e empenhados? (o que é que implementadas de modo a potenciar a gostavam de fazer nas aulas e em que aprendizagem dos alunos.

estrutura organizativa)

Têm alguma dúvida ou sugestão?

Perceber se persistem dúvidas sobre a entrevista/processo e aceitar sugestões de melhoria.